segunda-feira, 30 de abril de 2001

[ 21:09 ]

Descobri que em inglês existe um nome para o espaço entre as sobrancelhas: glabella. Haverá uma palavra para isso em português também? Se alguém souber, por favor me avise. #

[ 14:40 ]

Aquela história que sandálias Havaianas não têm cheiro é pura jogada de marketing. As minhas estavam à beira de serem classificadas como arma química, e não adiantava lavar, era uma coisa que já tinha contaminado o âmago das pobrezinhas. Então hoje no supermercado comprei um novo par. O curioso é que, no meu número, só tinham sandálias completamente brancas. Agora ando pela casa calçando Havaianas albinas. Elegância ímpar. #

[ 09:39 ]

Eu gosto de ver a Sandra Bullock na tela. Ela não é gostosona como a Angelina Jolie, não é tão boa atriz como a Emma Thompson, não é vamp como a Nicole Kidman, mas tem um jeitinho de nice girl que cativa. Alguém com quem se pode passar uma agradável tarde de inverno, tomando chocolate quente, em frente à televisão, assistindo uma comediazinha descompromissada. Talvez estrelada pela própria Sandrinha. #

[ 09:00 ]

Ontem fui assistir, com a Rosinha Monkees, Miss Simpatia (Miss Congeniality, EUA, 2000), dirigido por Donald Petrie. É o que eu chamo de filme em 2D: divertido e descartável. Algumas boas risadas para acompanhar a pipoca, mais uma chance de ver a Sandra Bullock, e depois um mergulho no esquecimento, é tudo que Miss Congeniality oferece. #

domingo, 29 de abril de 2001

[ 17:57 ]

Confirmado o engodo da DirecTV que os playoffs da NBA seriam transmitidos pela ESPN: hoje teve Kings x Suns, Knicks x Raptors, e agora começou Lakers x Blazers, e todos os jogos foram ignorados na programação. #

[ 17:29 ]

O pessoal do Spam Zine foi gentil e incluiu o Pijama Selvagem num possível "novo movimento de escritores" (teoria do Pedro Doria). Também acho a idéia de um "movimento" exagerada, o que acontece realmente na web é mais uma fragmentação e multiplicação de formadores de opinião. De qualquer forma agradeço a inclusão do Pijama Selvagem na lista de páginas que "precisam estar relacionadas como exemplos do melhor que pode se encontrar Internet afora". #

[ 14:21 ]

Assisti ontem na DirecTV um filme que preferiria não ter assistido. No Coração dos Deuses, escrito e dirigido por Geraldo Moraes, é tão ruim que desafia explicações. O roteiro parece ter sido feito por uma criança pouco capacitada, mistura história do Brasil com aventura adolescente (mas que adolescente vai gostar de uma história sem sentido como aquela?), mistura viagens no tempo (sem explicação) com sósias históricos (também sem explicação), mistura bons atores (Antonio Fagundes, Roberto Bonfim, Iara Jamra) com outros que mais parecem figurantes de sketches humorísticos de terceira categoria. Foram cinco reais de pay per view jogados no lixo. #

[ 12:32 ]

O título do filme 15 Minutes vem, obviamente, da frase do Andy Warhol: "In the future everyone will be famous for fifteen minutes." Mas parece que já somos todos famosos por quinze minutos, graças principalmente à internet, aos sites pessoais, aos blogs, e também à vigilância promovida por governos e corporações. Uma frase mais apropriada para o novo século talvez fosse: "No futuro, todos serão anônimos por quinze minutos." #

[ 12:09 ]

Ontem fui assistir 15 Minutos (15 Minutes, EUA, 2001), dirigido pelo John Herzfeld (por coincidência, há pouco tempo vi um filme dele em vídeo, 2 Days in the Valley, e comentei aqui). Junte o fascínio da mídia com episódios sanguinolentos às leis que protegem indivíduos considerados insanos, e você tem basicamente a história de 15 Minutes. Não é um grande filme policial mas uma boa crítica ao circo norte-americano que envolve o poder judiciário, o poder da imprensa, e principalmente milhões de espectadores ávidos por sangue. #

sábado, 28 de abril de 2001

[ 21:47 ]

Descobri agora que o Argumento publicou o email que mandei para eles sobre Dr. T e as Mulheres. #

[ 16:28 ]

Terminei de ler Sacred Hoops (Hyperion, 1995), do Phil Jackson. Interessante. Eu esperava comentários mais objetivos sobre a arte de controlar uma equipe na NBA e menos zen-budismo-hippie-cristão, mas só os episódios envolvendo jogadores do calibre de Michael Jordan, Dennis Rodman ou Scottie Pippen já valem a leitura. E o Jackson tem sete anéis de campeão como técnico (seis com os Bulls, um com os Lakers), merece respeito. #

[ 16:12 ]

Não sei qual é o desrespeito maior, enviar spam ou enviar spam que afirma não ser spam. E ainda existem aqueles que apelam para uma tal "nova legislação sobre correio eletrônico", que é pura ficção. No site da Abranet-RJ há um artigo explicando a falcatrua: "Se você receber um spam contendo a citação desta 'legislação', ignore. Trate a mensagem como spam mesmo, pois não existe no Brasil tal 'decreto'." #

[ 12:26 ]

Como seria a navegabilidade de um site cubista? A SatireWire fez um texto muito divertido sobre esta possibilidade: Cubists Launch Unnavigable Web Site. #

[ 11:52 ]

Sobrevivi à dedetização do edifício. Não sou um inseto, afinal. Espero que nenhum dos meus vizinhos se chame Gregor Samsa. #

[ 11:45 ]

Ontem assisti novamente, em vídeo, o clássico Mr. Smith Goes to Washington (EUA, 1939), do Frank Capra (eu me recuso a chamar o filme pelo absurdo título que recebeu no Brasil, A Mulher Faz o Homem, que nem passa perto da intenção central da história). Numa época de escândalo atrás de escândalo no senado, é refrescante ver a comédia otimista do Capra. Claro que não tenho ilusões quanto à política e acho o Mr. Smith um tolinho no que diz respeito ao patriotismo dele. Mas simpatizo com a teimosia do personagem, aquela convicção de que se ele insistir o suficiente tudo vai se resolver. O final pode ser um pouco abrupto, mas o filme é imperdível. Ótimas interpretações do James Stewart e da Jean Arthur. "And I'll tell you one thing, that wild horses aren't gonna drag me off this floor until those people have heard everything I've got to say, even if it takes all winter." #

[ 11:37 ]

Um site com navegação simples, elegante e interessante: relevare. #

[ 10:55 ]

Ontem consegui finalmente chegar ao final do Vampire The Masquerade. Aquela última catedral cheia de monstros foi um verdadeiro pesadelo. Gostei do jogo, mas só fui até o fim por teimosia, porque a partir de certo ponto é tudo muito repetitivo. Por mim, poderia ser bem mais curto. Mesmo assim, diversão garantida, música bacana, gráficos competentes, e um monte de vilões que morrem sangrando e fazendo "squishhh". #

sexta-feira, 27 de abril de 2001

[ 15:58 ]

Três teorias sobre hockey no gelo:

  • O hockey surgiu por acaso, quando três eventos foram marcados para a mesma ocasião. Um funcionário desatento agendou uma partida de futebol infantil, um espetáculo de patinação e uma competição de luta livre, tudo no mesmo horário e no mesmo estádio. A solução encontrada para apaziguar os ânimos do público foi usar a pista de gelo, os gols minúsculos e os lutadores em combinação. Sucesso imediato. Os bastões usados na primeira partida eram na verdade bengalas, já que os lutadores não conseguiam se manter em pé sem um terceiro apoio. Ninguém sabe de onde surgiu o disco (ou puck).
  • Só pessoas com problemas motores podem jogar na posição de goleiro. Como um ser humano normal vestido com aquela armadura obrigatória impediria a passagem do disco (ou puck) simplesmente ficando parado na frente daquele golzinho minúsculo, são recrutados para a posição somente pessoas com deficiências motoras, que se movendo desnecessariamente permitem a realização dos gols. A cada temporada, na época do draft, as equipes em busca de revelações esportivas rondam avidamente os hospitais especializados em autismo e mal de Parkinson.
  • Na verdade, eles jogam sem o disco (ou puck). Como é impossível para um ser humano patinar e ao mesmo tempo controlar um disco minúsculo na ponta do bastão, o jogo de hockey é na verdade uma coreografia bem ensaiada. O disco (ou puck) é adicionado mais tarde à imagem, com efeitos de computação gráfica. Existe uma modalidade rara do jogo em que um disco (ou puck) é realmente usado e onde as partidas sempre transcorrem com fundo musical. Chama-se disc-hockey. #

    [ 14:08 ]

    Começaram a dedetizar o edifício, o cheiro de inseticida é terrível e invasivo. Se amanhã eu ainda estiver escrevendo aqui será a prova definitiva que não sou um inseto. #

    [ 09:13 ]

    Então o governo resolve racionar energia elétrica e quer cobrar até quinze vezes mais pelo meu consumo? "Para escapar a ladrões ocasionais e que se toma por ladrões, entregamo-nos a ladrões permanentes, organizados, e que se toma por benfeitores: entregamo-nos aos governos." (Tolstoi) #

    quinta-feira, 26 de abril de 2001

    [ 22:10 ]

    Cibermuseo Bitniks Presenta: Impacto, una Exposición sobre el Impacto en la Sociedad de la Información. #

    [ 16:38 ]

    Quem o senador mentiroso Antonio Carlos Magalhães acha que engana? É revoltante ver o velhote descarado apresentar versões diferentes dos fatos a cada depoimento e dizer que ocultou a verdade para preservar o senado. A historinha que ele conta na Comissão de Ética é um desafio à lógica e um insulto à inteligência. Ainda assim, montam um teatro onde surgem vários defensores do baiano despudorado. Dá vontade de emigrar. #

    [ 10:44 ]

    Mais uma da DirecTV. Num dos vários telefonemas que fiz para lá nos últimos dias, o atendente me informou que o sistema estava com problemas e que transferiria a ligação para outro departamento. Aí entrou uma gravação pedindo para que eu desse uma nota para o atendimento que havia acabado de receber, teclando 2 para ruim, 4 para regular, 6 para bom ou 8 para excelente. Como o problema nem chegou a ser tratado, por falha no sistema, escolhi 2, é claro. Nova gravação: "Opção inválida! Tu-tu-tu-tu-tu-tu..." E eles devem achar que o serviço é ótimo porque a nota mais baixa nunca aparece nas estatísticas. #

    [ 10:12 ]

    Em vídeo, assisti novamente O Piano (The Piano, Austrália, 1993), da Jane Campion. A música do Michael Nyman é fabulosa (apesar de um pouco anacrônica), e continuo achando o filme ótimo, bem merecedor dos Oscars que recebeu (de atriz para a Holly Hunter, de atriz coadjuvante para a Anna Paquin, e de roteiro para a própria Campion). Só as mulheres foram premiadas, mas o Harvey Keitel e o Sam Neill também aparecem em sua melhor forma. Detalhes como a correspondência entre a tecla retirada do piano e o dedo decepado enriquecem muito a história. E a crueldade daquela criança é arrepiante. Eu só acho o final feliz um pouco forçado. Para mim, o filme teria terminado com a Ada afundando no mar com o piano, bem mais apropriado. #

    [ 09:16 ]

    Grande sacada da Cris: "Sandy é a Pombinha d'O Cortiço chamado Brasil." #

    [ 09:09 ]

    Serviço parece ser um conceito ainda não assimilado pela empresas que atuam no Brasil. O meu drama com a DirecTV desembocou ontem numa descoberta ridícula. Tudo começou na semana passada quando o canal NBA parou de funcionar na véspera dos playoffs. Depois de horas ouvindo a maldita gravação "você ligou para o SAC DirecTV, por favor aguarde um momento", no sábado consegui ser atendido por uma rapaz que efetuou vários testes remotos com o canal e chegou à conclusão que se tratava de um defeito na antena. Na segunda-feira, chamei um técnico, que ficou de vir na terça. Não veio, claro. Veio ontem, depois de eu reclamar. E me informou que a antena não tem problema algum, a questão é com a DirecTV que não transmite mais os jogos pelo canal NBA e instrui os assinantes a assistirem pela ESPN. Acontece que eu paguei para ver a temporada completa, e paguei adiantado. Para assistir os playoffs num canal aberto eu não preciso pagar uma taxa extra. Então telefonei novamente para lá, ouvi mais gravações irritantes, agüentei "nosso sistema está inoperante, por favor ligue mais tarde", e finalmente consegui falar com alguém que confirmou a notícia absurda: o canal NBA não faz mais parte dos pacotes da DirecTV. Aí começou a briga (e por que o consumidor precisa que brigar pelo que tem direito?) para ser reembolsado. Eles alegam que a temporada não inclui os playoffs (algo como assistir um filme de mistério e cortarem a história antes de sabermos quem é o assassino) e que não poderia haver reembolso porque eu já tinha usufruído do serviço vendido. Só quando eu disse que queria o cancelamento da minha assinatura da DirecTV foi que me passaram para alguém disposto a ajudar. Uma moça muito atenciosa do departamento de retenção ouviu a história e ofereceu um mês gratuito de assinatura (valor superior ao que eu havia pago pelo canal NBA) como compensação pelo transtorno. A melhor arma do consumidor continua sendo recusar-se a consumir quando a situação é injusta. #

    quarta-feira, 25 de abril de 2001

    [ 11:56 ]

    Esta é do profeta Tom B: "no futuro toda a produção cultural da humanidade estará imediatamente disponível para todos, mas nós acharemos tudo chato". Outra dele: "no futuro a arte vai acabar - depois de exaustas todas as alternativas, de mulheres fora de perspectiva a vacas fatiadas. só restará um único artista; em suas performances ele distribuirá frangos assados, mas isso não será arte, na verdade nós estaremos lá é pelo frango". #

    [ 11:04 ]

    Desenho animado muito estranho: Stainboy, criação do Tim Burton. #

    [ 10:03 ]

    No Senta a Pua falaram algumas vezes sobre a Convenção de Genebra. É uma coisa que não consigo entender. Se os sujeitos são suficientemente civilizados para estabelecer e seguir regras durante a guerra, por que não são capazes de evitar a guerra? E se vão à guerra, que sentido fazem aqueles supostos bons tratos aos prisioneiros enquanto estão tentando se exterminar mutuamente? #

    [ 09:39 ]

    Som do dia: Altamiro Carrilho, mestre da flauta, chorinho tranqüilo para não alvoroçar o whisky de ontem que ainda está no organismo. #

    [ 09:20 ]

    Ontem foi a pré-estréia de Senta a Pua (Brasil, 2001), um documentário do Erik de Castro sobre a ação da FAB na guerra contra os nazistas. O filme é bem montado, alterna imagens de época com declarações dos sobreviventes, tem animações discretas para complementar alguns episódios, e sabe manter a intervenção do narrador no mínimo necessário. E o que mais me surpreendeu foi terem conseguido fugir do tom heróico quase onipresente no gênero (principalmente nas produções norte-americanas). Aqui não foi deixado de lado o fato de, independentemente da causa defendida, as forças de combate estavam lá para matar gente e destruir coisas. Talvez o momento mais emocionante não seja a lembrança de qualquer companheiro morto em ação, mas a reflexão sobre a morte do inimigo, muito bem simbolizada na história do carrinho vermelho destruído pelo piloto que depois fica imaginando quem estaria lá dentro. #

    terça-feira, 24 de abril de 2001

    [ 19:39 ]

    Animação online de alta qualidade: Chi-Chian, escrita e dirigida pelo Voltaire. "Sometimes you have to be bad to be good." #

    [ 19:21 ]

    Frase do dia: "It takes a genius to whine appealingly." (F. Scott Fitzgerald) #

    [ 09:08 ]

    Publicada mais uma coluna da série Cataploft!, desta vez sobre bárbaros e bardos, no Notepad. #

    [ 08:44 ]

    É possível entender uma coisa dessas? O tal José Roberto Arruda conspirou para ter acesso a uma informação secreta do senado, depois mentiu dizendo que não sabia de nada, agora admitiu tudo, e seus colegas ainda estão divididos quanto a possibilidade de cassar o seu mandato. Só falta instituirem sapatos compridos e narizes vermelhos como traje obrigatório no senado. #

    [ 08:25 ]

    Ontem fui assistir, com a Fá e a Zel, Domésticas, o Filme (Brasil, 2001), dirigido por Fernando Meirelles e Nando Olival. Bem feito e divertido, foge daquela mania brasileira de querer sempre fazer o "filme definitivo". Este aqui é só mais um filme, entretém e ao mesmo tempo passa seu recado, sem grandes pretensões. O texto é bom, o elenco é bom (destaque para a Graziela Moretto, que muitas vezes lembra a Marília Pêra), a direção não é genial mas é imaginativa sem se colocar à frente da história. A trilha sonora é um capítulo à parte, com sucessos do radinho de pilha como Lindomar Castilho, Angelo Máximo, Waldick Soriano e outros do mesmo naipe. #

    segunda-feira, 23 de abril de 2001

    [ 18:12 ]

    Uma animação interessante na web: Eclipse, historinha de ficção-científica. #

    [ 14:39 ]

    Mais uma publicação online que deixa de ser gratuita, a revista Inscriptions. Logo na capa, a frase agourenta do jornalista David Propson: "We should consider the possibility that there is no way for publications to make money or even survive producing high-quality writing on the Web." #

    [ 11:18 ]

    Ontem assisti, na DirecTV, Amigos Indiscretos (The Best Man, EUA, 1999), dirigido pelo Malcolm D. Lee, primo do Spike Lee. Apesar do ponto central da trama ser completamente inconseqüente (uma possível infidelidade muito anterior ao casamento), é uma comédia romântica de algum interesse graças aos diálogos e relacionamentos entre o grupo de amigos. Fiquei com a sensação de um The Big Chill com elenco negro, onde em vez de "o que houve com nossos sonhos?" a questão é "quem transou com quem?". #

    domingo, 22 de abril de 2001

    [ 10:16 ]

    Agora ando recebendo spam que vem com o título "Attention! This Is Not Spam! Read Me!". É como ser assaltado por alguém que coloca a arma na sua cara e diz "passa a grana, isto não é um assalto". #

    [ 10:10 ]

    Ontem assisti, na DirecTV, Chá com Mussolini (Tea With Mussolini, Itália/Inglaterra, 1999), do Franco Zeffirelli. Que diferença faz ter um grande elenco! Cher, Judi Dench, Joan Plowright, Maggie Smith, Lily Tomlin, elas fazem um espetáculo de interpretação. Zefirelli sempre dá umas deslizadas sentimentalóides mas aqui a história e principalmente o elenco falam mais alto que isso. Gostei. #

    sábado, 21 de abril de 2001

    [ 19:43 ]

    Finalmente consegui ser atendido pela DirecTV, mas não puderam resolver o meu problema. Um dos canais deixou de funcionar e, segundo eles, só pode ser algum defeito na antena, o que requer a atenção de um técnico especializado. E como é sábado e feriado, ainda não consegui marcar uma visita. O pior de tudo é que o canal é o da NBA, e o problema acontece exatamente no weekend em que começam os playoffs. #

    [ 19:36 ]

    Nem tudo é alegria para quem trabalha em casa. Surgiu uma urgência no BOL e passei o sábado trabalhando. Mas não me queixo, ao menos não tenho que ir até lá e faço tudo no conforto do meu lar. #

    [ 17:46 ]

    Ontem a Renata comemorou seu aniversário num lugar que desafia classificações. Era uma espécie de porão na rua Frei Caneca. Um corredor íngreme que se alongava até desembocar numa saletinha (que também funcionava como pista de dança) e numa cozinha (que também funcionava como cabine de dj). A música variou de Bezerra da Silva a Elvis Presley, com algum tecno pelo meio e umas coisas bregas que não consegui identificar. Quando saí tocava Gretchen. Mas o mais curioso era mesmo o dono do muquifo, o ilustre Lalau, um sujeito com ares de pagodeiro e um assustador casaco brilhante. Estavam na festa vários blogueiros, entre eles a Ana, que eu ainda não conhecia pessoalmente, vinda especialmente do Rio de Janeiro para o evento. #

    sexta-feira, 20 de abril de 2001

    [ 09:02 ]

    A Pandora Books vai lançar no Brasil a série de quadrinhos As Aventuras da Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen), escrita pelo Alan Moore e desenhada pelo Kevin O'Neill. Para quem não sabe, a história reúne personagens clássicos como o Capitão Nemo (20000 Mil Léguas Submarinas), Allan Quatermain (As Minas do Rei Salomão), Hawley Griffin (O Homem Invisível), Henry Jekyll (O Médico e o Monstro) e Mina Murray (Drácula), entre outros. #

    [ 08:51 ]

    Ontem assisti na DirecTV um filme muito fraquinho, Polícia Desmontada (Dudley Do-Right, EUA, 1999), do Hugh Wilson, que não conseguiu repetir o humor de Blast from the Past ou de First Wives Club. O Brendan Fraser, que na mesma linha já tinha feito tão bem o George of the Jungle, também não convence aqui, e o único que se sobressai um pouco é o velho Eric Idle, do Monty Python. Mas o roteiro não ajuda mesmo. #

    quinta-feira, 19 de abril de 2001

    [ 21:40 ]

    Quantas vezes seguidas um ser humano é capaz de ouvir, sem se irritar, a frase "você ligou para o SAC DirecTV, por favor aguarde um momento"? Eu sei para onde liguei e a cinqüenta minutos são bem mais que um momento. #

    [ 21:11 ]

    Assisti novamente agora há pouco, enquanto pedalava, o velho King Kong (King Kong, EUA, 1933), dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack. Muito divertido! A Fay Wray deve ser a campeã de gritos no cinema, mas quem domina o filme é mesmo o gorilão e os outros monstros em stop motion. Apesar da cena do Empire State Building ser clássica, eu ainda prefiro outras, como a briga com o tiranossauro ou a entrada arrasadora do macaco na aldeia. "Ladies and gentlemen, look at Kong, the Eighth Wonder of the World!" #

    [ 10:46 ]

    O site do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi invadido por hackers ontem. É engraçado ver a indignação dos defensores do MST, que apoiam a invasão de terras mas condenam a invasão de sites. E a solidariedade com os companheiros hackers, "que continuam realizando ações no Brasil e no mundo"? #

    quarta-feira, 18 de abril de 2001

    [ 16:47 ]

    Frase do dia: "I'll publish right or wrong. Fools are my theme, let satire be my song." (Lord Byron) #

    [ 15:50 ]

    Ontem o meu mini-ciclo Buñuel continuou com Simão do Deserto (Simón del Desierto, México, 1965), que assisti novamente em vídeo. Não é dos melhores filmes dele, mas é divertido, e em muitos momentos me lembra Life of Brian, do Monty Python. Silvia Pinal está bem engraçada no papel de Satanás. Em geral os demônios nos filmes nunca respondem ao célebre "vade retro, Satan", mas ela manda um "nem vade, nem retro, nem nada". #

    [ 11:25 ]

    Na Folha de S. Paulo de hoje, coluna Net Cetera, do Sérgio Dávila: "Lembra do 'Dogma 95', dos cineastas Lars von Trier e Thomas Vinterberg? Pois Nemo Nox colocou no ar uma versão divertida para a internet. Está em nemonox.com/webdogma2001." #

    [ 09:20 ]

    Tem gente que acha bacana dizer barbaridades como "qualquer filme brasileiro, por pior que seja, é sempre melhor que um filme americano". Como se um preconceito desses pudesse demonstrar alguma inteligência ou refinamento. #

    terça-feira, 17 de abril de 2001

    [ 21:33 ]

    Para fechar a lista dos meus 80 cds preferidos, aqui vão seis instrumentais misturados:

  • Friday Night in San Francisco (DiMeola, McLaughlin, DeLucia)
  • The Köln Concert (Keith Jarrett)
  • The Piano (Michael Nyman)
  • Dancepieces (Philip Glass)
  • The Six Wives of Henry VIII (Rick Wakeman)
  • Still Life at the Penguin Cafe (Simon Jeffes) #

    [ 21:17 ]

    Mensagem recebida por ICQ: "vc consegue criticar numa elegância filhadaputa, entende?". Acho que foi um elogio. Thanks! #

    [ 20:53 ]

    Agora vou passar para a música erudita nas minhas listas de cds preferidos:

  • Tocata e Fuga em Ré Menor (Bach)
  • Sonata para Dois Pianos e Percussão (Bartok)
  • Sinfonia nº9 (Beethoven)
  • Sinfonia Fantástica (Berlioz)
  • Polonaises (Chopin)
  • O Aprendiz de Feiticeiro (Dukas)
  • Sinfonia do Novo Mundo (Dvorak)
  • El Amor Brujo (Falla)
  • The Planets (Holst)
  • Sinfonia Italiana (Mendelssohn)
  • Sinfonia nº40 (Mozart)
  • Quadros de um Exposição (Mussorgsky)
  • Carmina Burana (Orff)
  • 24 Caprichos (Paganini)
  • Bolero (Ravel)
  • Gymnopedies (Satie)
  • Sonatas (Scarlatti)
  • O Pássaro de Fogo (Stravinsky)
  • As Quatro Estações (Vivaldi)
  • Sonatas (Ysaÿe) #

    [ 13:37 ]

    Frase do dia: "There's no need to overpower when you can outsmart." (Phil Jackson) #

    [ 13:24 ]

    Continuando com a lista dos meus cds preferidos, agora alguns brasileiros de pop/rock:

  • O Silêncio (Arnaldo Antunes)
  • Greatest Hits 80's (Kid Abelha)
  • 21 Grandes Sucessos (Leo Jaime)
  • O Melhor de Lobão (Lobão)
  • O Passo do Lui (Paralamas do Sucesso)
  • Raimundos (Raimundos)
  • Personalidade (Raul Seixas)
  • Bossa 'n Roll (Rita Lee)
  • Cabeça Dinossauro (Titãs)
  • 18 Anos Sem Tirar (Ultraje a Rigor) #

    [ 10:01 ]

    Ontem assisti novamente, em vídeo, mais um clássico do Luis Buñuel, O Anjo Exterminador (El Ángel Exterminador, México, 1962). Não sei se ele quis fazer um filme sério, mas eu acho quase tudo ali muito divertido. A premissa completamente absurda dos ricaços não conseguirem sair da sala funciona muito bem, e depois de algum tempo não importa mais, é somente um pretexto para as interações que se seguem. A quebra do encanto se dá de uma maneira um pouco forçada, mas isso é logo relevado com a cena da igreja, que sempre me faz rir. O Buñuel tinha um senso de humor diabólico. #

    segunda-feira, 16 de abril de 2001

    [ 16:57 ]

    Como já estão chegando as reclamações sobre a minha lista de cds de rock (parece que o pessoal só gosta do que foi feito nos últimos dez anos), aqui vai a lista de cds pop, na tentativa de mudar de assunto:

  • The Complete Picture (Blondie)
  • Changesbowie (David Bowie)
  • Greatest Hits (Eurythmics)
  • With a Little Help From My Friends (Joe Cocker)
  • Radio-Activity (Kraftwerk)
  • Thriller (Michael Jackson)
  • Purple Rain (Prince)
  • Bridge Over Troubled Water (Simon & Garfunkel)
  • The Autobiography of Supertramp (Supertramp)
  • Stop Making Sense (Talking Heads) #

    [ 15:12 ]

    Eu gostava de ler o weblog do Bernardo. Até para parar ele teve estilo. #

    [ 12:21 ]

    E a minha lista de cds preferidos passa agora para o rock, numa mistureba total:

  • Madness of the West (Allman Brothers)
  • Greatest Hits (Black Crowes)
  • Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Beatles)
  • The Story of The Clash (Clash)
  • The Doors (Doors)
  • Americana (Offspring)
  • Dark Side of the Moon (Pink Floyd)
  • Rocket to Russia (Ramones)
  • Hot Rocks (Rolling Stones)
  • Velvet Underground & Nico (Velvet Underground) #

    [ 11:42 ]

    Assisti novamente, em vídeo, Viridiana (Viridiana, Espanha, 1961), do Luis Buñuel. É um filme muito interessante. Poderia até ser dois filmes (o primeiro até a morte do Don Jaime, o segundo com a história toda dos mendigos), mas o encaixe das duas partes é perfeito. Algumas metáforas são um pouco óbvias (o gato pegando o rato no sótão, por exemplo) mas outras são brilhantes (como a do cachorrinho amarrado à carroça). Os católicos espanhóis sempre odiaram Viridiana (o filme ficou proibido por lá durante muito tempo) e a clássica cena do banquete dos mendigos que parodia a santa ceia é freqüentemente citada como a maior razão. Eu acho que os motivos são bem mais profundos, ligados à mensagem anti-assistencialista da história. Porque uma das bases da igreja católica é a existência de legiões de "desamparados". Não só servem como fiéis seguidores (quem pouco tem a perder nesta vida acaba acreditando com mais facilidade numa vida melhor após a morte) mas também como alívio para a consciência pesada das classes mais altas (uma esmolinha aqui, outra ali, e estão abertas as portas do céu). E Viridiana mostra que esse assistencialismo é não só inútil como não desejado. Se os mendigos aqui querem alguma ajuda, é nos termos deles. #

    [ 10:14 ]

    Continua a minha lista de cds preferidos, agora com vocalistas e bandas de jazz:

  • King of Swing (Benny Goodman)
  • Mother of the Blues (Bessie Smith)
  • Billie Holiday with Teddy Wilson and his orchestra (Billie Holiday)
  • New Orleans Suite (Duke Ellington)
  • Cheek to Cheek (Ella Fitzgerald & Louis Armstrong)
  • Glenn Miller and his orchestra (Glenn Miller)
  • King Oliver and his orchestra (King Oliver)
  • All Time Greatest Hits (Tommy Dorsey & Frank Sinatra) #

    [ 09:26 ]

    A Record é uma emissora ridícula. Fizeram grande estardalhaço anunciando a série Seinfeld, que iriam passar legendada desde o início. No primeiro domingo tudo foi bem, no segundo transmitiram o episódio errado, e ontem nem apresentaram a série. Respeito pelo espectador, nenhum. Nem ao menos um aviso, "mudamos o horário" ou "excepcionalmente não transmitiremos". Nada. Do programa anterior pularam diretamente para o seguinte, como se Seinfeld tivesse sido somente um delírio antigo da programação. Uma emissora assim não merece ser assistida. #

    domingo, 15 de abril de 2001

    [ 16:49 ]

    E agora, na minha lista de cds preferidos, ainda no jazz, alguns mestres do sopro:

  • Bird on Verve (Charlie Parker)
  • The Touch of Your Lips (Chet Baker)
  • The Indispensable Coleman Hawkins (Coleman Hawkins)
  • Sophisticated Giant (Dexter Gordon)
  • Dizzy Gillespie Meets Phil Woods Quintet
  • Bye Bye Blackbird (John Coltrane)
  • Miles Ahead (Miles Davis)
  • The Roost Quartets (Stan Getz) #

    [ 15:49 ]

    Saiu uma nova edição do Spam Zine, com um texto meu, Mãe, eu quero ser uebidesáiner!, originalmente publicado aqui mesmo no Por um Punhado de Pixels. #

    [ 15:01 ]

    Hoje vou continuar a minha lista de cds preferidos com um pouco de jazz, possivelmente o gênero musical que mais ouço. Começando com alguns pianistas:

  • The Tatum Solo Masterpieces (Art Tatum)
  • The Indispensable Count Basie (Count Basie)
  • Moods & Grooves (Dave Brubeck & Paul Desmond)
  • Earl Hines and his orchestra (Earl Hines)
  • The Joint is Jumpin' (Fats Waller)
  • The Complete Jelly Roll Morton (Jelly Roll Morton)
  • Jazz Profile (McCoy Tyner)
  • Monk Alone (Thelonious Monk) #

    [ 10:48 ]

    O Robert Altman já teve grandes acertos como diretor, como MASH ou, mais recentemente, The Player. Mas quando ele erra, é capaz de desastres gigantescos, como Popeye ou Prêt-à-Porter. Infelizmente, o filme que fui ver ontem com a Rosinha Monkees, Dr. T e as Mulheres (Dr. T and the Women, EUA, 2000), pertence a este último grupo, e é candidato disparado a pior filme do ano. Se você não assistiu, fique avisado: vou contar algumas partes aqui (não que faça alguma diferença, anyway). A história que se esconde ali poderia até se transformar num bom filme nas mãos de um Woody Allen ou de um Pedro Almodóvar, bons neste gênero de comédias sobre famílias complicadas. Mas o Altman consegue fazer dela uma patetice assombrosa, com lances de pseudo-erudição cinematográfica ("ei, vejam como eu sei mover a câmara!") e embaraçosos momentos de onirismo ("ei, vejam como eu sou moderno!"). O elenco de estrelas (Richard Gere grisalho, Helen Hunt charmosa, Farrah Fawcett maluquinha, Laura Dern peruaça, Shelley Long atrapalhada, Kate Hudson sapatona, Liv Tyler gorda) não ajuda, fica perdido no meio de tanta incompetência narrativa, e uma ou duas cenas interessantes (a sedução do médico, o casamento na chuva) são esmagadas pelo absurdo final, no qual o carro do Richard Gere é carregado por um furacão do Texas até o México e ele ainda chega lá em condições de fazer um parto. O pior é que vai aparecer gente dizendo que é genial. Eu e a Rosinha saímos do cinema querendo o dinheiro do ingresso de volta. #

    sábado, 14 de abril de 2001

    [ 14:51 ]

    Do livro Sacred Hoops, do Phil Jackson: "What makes basketball so exhilarating is the joy of losing yourself completely in the dance, even if it's just for one beautiful transcendent moment." #

    [ 14:04 ]

    Feitas as listas de melhores filmes e melhores livros, agora é a vez dos melhores discos. Isto dá um pouco de dor de cabeça, porque muita gente pede as listas mas depois fica reclamando que este ou aquele título não foi citado. Obviamente, estas listas refletem única e exclusivamente o meu gosto e as minhas preferências, e por mais que façam campanha eu não vou incluir obras que não gosto só para agradar os outros. O lado bom é que recebi vários emails agradecendo as listas, que aparentemente servem de referência para quem quer conhecer mais cinema ou literatura. A série dos meus cds preferidos começa com o blues:

  • Riding With the King (B.B. King & Eric Clapton)
  • Sweetheart of the Blues (Bonnie Lee)
  • Heartache and Pain (Carey Bell)
  • The London Sessions (Howlin' Wolf, Eric Clapton, Steve Winwood, Bill Wyman, Charles Watts)
  • Fast Fingers (Jimmy Dawkins)
  • Walking the Blues (John Lee Hooker)
  • They Call Me Muddy Waters (Muddy Waters)
  • Stones & Colours (Rob Tognoni)
  • The Complete Recordings (Robert Johnson)
  • Don't Start Me Talkin' (Sonny Boy Williamson) #

    [ 11:12 ]

    Ontem fui assistir Encontrando Forrester (Finding Forrester, EUA, 2000), dirigido pelo Gus Van Sant. Bacaninha, apesar dos exageros. Sean Connery interpreta um personagem interessante, obviamente inspirado em Salinger, mas F. Murray Abraham faz um vilão absolutamente unidimensional. As lições de escrita também circulam nas vizinhanças do óbvio ("write with your heart, rewrite with your brain"). É curioso que o Van Sant tenha voltado ao tema dos gênios adolescentes depois de Good Will Hunting, porém um escritor superdotado convence bem menos que um matemático superdotado. Mesmo assim, o filme entretém e se encaminha para um final ao mesmo tempo emotivo e previsível. O grande acerto, para mim, foi o epílogo em low key, que diz muito mais que o clímax grandiloqüente. #

    sexta-feira, 13 de abril de 2001

    [ 19:28 ]

    [Vou subir no meu caixotinho e gritar uns impropérios.] Malditos fanáticos! Exigem respeito pela religião deles mas não demonstram um pingo de respeito pelos outros. Agora estão fazendo uma missa em altos brados e toda a vizinhança é obrigada a ouvir. Eu não sou católico, seus estúpidos! Acho que os antigos romanos estavam certos, aos leões com eles... [Pronto, já posso descer do caixotinho.] #

    [ 17:02 ]

    Tem coluna nova minha no Notepad, desta vez o assunto é A Estranha Cidade dos Patos. #

    [ 14:01 ]

    Som do dia: Talking Heads. "You start a conversation you can't even finish it. / You're talkin' a lot, but you're not sayin' anything. / When I have nothing to say, my lips are sealed. / Say something once, why say it again?" (de Psycho Killer). #

    [ 13:32 ]

    O Olé agora tem um simulador de futebol, o Olé Soccer. É bonitinho, mas nem se compara ao SoccerSim, o melhor simulador do gênero que já apareceu na web. #

    [ 10:17 ]

    Continua a grande fase dos Los Angeles Lakers, que ontem passaram com facilidade (119 x 102) pelo Minnesota Timberwolves. Mas a grande notícia da NBA foi a aprovação das novas regras para a próxima temporada. Não haverá mais a defesa ilegal (ou seja, vai ser permitido marcar por zona), os defensores não poderão ficar mais de 3 segundos no garrafão se não estiverem em marcação homem-a-homem (para evitar que um grandalhão estacione debaixo da cesta bloqueando todo mundo que chegar perto), os times só terão 8 segundos para cruzar o meio de campo (antes eram 10), e contatos físicos breves que não atrapalhem a jogada não serão mais considerados falta. O objetivo de tudo isto é tornar o jogo mais rápido e fluido. #

    quinta-feira, 12 de abril de 2001

    [ 17:49 ]

    Recebi um press kit bacana da MCD World Music com a coletânea Mehinaku, música da "mais isolada nação indígena do Xingu". É estimulante ouvir sons tão diferentes e detectar semelhanças com coisas tão distantes como os música generativa e ruídos da floresta. O primeiro disco traz a música original dos Mehinaku (canto da furação de orelha, solo de flauta watanate, banho dos meninos, etc) e o segundo é uma adaptação world music dos sons indígenas. Os cds (produzidos pelo Wilson Sá Brito) são somente uma parte de um grande projeto que envolve também um ensaio fotográfico (de Vito D'Alessio) e um documentário em vídeo (de Renato Dutra). #

    [ 14:54 ]

    Os advogados da Mastercard resolveram tentar intimidar o site Rec.Humor.Funny por ter publicado uma piada de mau gosto que envolvia a empresa. A resposta foi perfeita: "Web site hosting for anybody: $10/month and up; Threatening letters to people who satirize you, hoping they won't know the law: $500; Reputation as giant corporation required to intimidate small publishers: $billions; Supreme court decisions protecting parody and satire from accusations of copyright and trademark infringement: Priceless" #

    [ 13:52 ]

    Ontem conheci pessoalmente mais alguns blogueiros. Fui ao Pão com Manteiga, um bar bonitinho na rua Haddock Lobo, e lá estavam o Norbies (que é japa mas tem cavanhaque ruivo), o Ricardo (que é novinho mas usa terno), o Gui (que sabe tudo sobre os castrati) e o Luiz (que vai ser um dos mano). Também presentes a Renata, a Zel e o Gabriel, que eu já conhecia. Foi divertido. #

    [ 13:44 ]

    É muito bacana o serviço oferecido pelo Blogger e a comunidade criada ao redor dele, assim como é louvável o esforço do Ev em manter aquilo sozinho e sem lucro. Mas a cada dia que passa o Blogger piora, freqüentemente fora do ar, cheio de mensagens de erro (a de hoje foi "The log file for database 'blogger' is full. Back up the transaction log for the database to free up some log space.") que impossibilitam a utilização durante horas. Fica difícil apoiar um serviço claudicante assim, e começo a pensar em alternativas. #

    quarta-feira, 11 de abril de 2001

    [ 13:59 ]

    Som do dia: Stéphane Grappelli. O cd It Might As Well Be Swing é fabuloso, tem não só o violino do Grappelli mas também o sax do Phil Woods e o piano do McCoy Tyner. Muito bom! #

    [ 11:16 ]

    Está nas bancas o segundo número da revista Canalha. Traz grandes desenhistas, como José Ortiz e Jordi Bernet, e o roteirista Sanchez Abuli aparece não só como autor de histórias mas também como entrevistado. A idéia da revista é apostar nos bad guys (quadrinho para quem não torce pelo mocinho), o que pode não cativar um grande público mas é uma proposta interessante. #

    [ 09:59 ]

    Ontem assisti um jogaço na televisão: Phoenix Suns 80 x 106 Los Angeles Lakers. Kobe Bryant voltou à ativa depois de uns tempos lesionado, e jogou muito. Seus companheiros também estavam inspirados e fizeram um grande jogo de equipe, passando a bola com rapidez e sem estrelismos. Shaquille O'Neal fez 32 pontos e pegou 13 rebotes, Bryant fez 20 pontos, 4 assistências e 6 roubos de bola, Rick Fox e Horace Grant também contribuíram com 10 pontos cada um. Se os Lakers jogarem assim nos play-offs vão conquistar o bicampeonato. #

    terça-feira, 10 de abril de 2001

    [ 19:20 ]

    Som do dia: Pedro Abrunhosa. A Miúcha, minha amiga lusitana, me mandou o cd novo dele, Silêncio. Não é tão bom como o primeiro, mas tem umas boas canções. "Sozinhos demais / Somos dois momentos / Dois ventos cansados / Em busca de memória / De tempos passados" (de Silêncio). #

    [ 10:18 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Monstros (Freaks, EUA, 1932), mais um do Tod Browning. O filme impressiona muito por ter usado freaks reais em vez de efeitos especiais. Tem um casal de anões, vários pinheads, um sujeito sem a parte de baixo do corpo, e até um homem-tronco sem braços e sem pernas. Mas Freaks vai além das aparências e apresenta uma história interessante sobre vingança e solidariedade grupal. Acho que uma grande diferença entre os filmes de terror antigos e a maior parte do que se faz hoje é exatamente este subtexto. #

    [ 10:09 ]

    Fui chamado de "o moço das vírgulas irretocáveis". Acho que é um elogio. Obrigado, Flávia! #

    [ 09:44 ]

    Na Ponto-com, um texto interessante do Jason Pontin: Demência artificial. "A Inteligência Artificial também propõe uma teoria da inteligência que ignora o fato de que possuímos corpos, uma vez que os computadores até o momento não têm nenhum. Por corpos, pretende-se dizer não apenas braços e pernas, mas a maneira como pensamos com nossos olhos e ouvidos, e como aprendemos a ser inteligentes como bebês, utilizando os nossos corpos. Talvez a inteligência, como a entendemos, não possa existir sem os corpos." #

    segunda-feira, 09 de abril de 2001

    [ 17:02 ]

    Som do dia: Arnaldo Antunes. Além de fazer letras muito interessantes ele também sabe escolher material dos outros para trabalhar, como Judiaria do Lupicínio Rodrigues ou Budismo Moderno do Augusto dos Anjos. "Essas palavras que eu estou lhe falando / Têm uma verdade pura, nua e crua / Eu estou lhe mostrando a porta da rua / Pra que você saia sem eu lhe bater" (de Judiaria). #

    [ 16:13 ]

    Assisti novamente, em vídeo, A Boneca do Diabo (The Devil Doll, EUA, 1936), um filme muito divertido do Tod Browning, o mesmo diretor do clássico Dracula com Bela Lugosi. Uma história de vingança, com cientistas malucos e seres humanos reduzidos ao tamanho de bonecos, o Lionel Barrymore (aquele de It's a Wonderful Life) vestido de velhinha, e a Maureen O'Sullivan (a Jane do Tarzan) como heroína chorona. O IMDb tem o trailer do filme. #

    [ 11:30 ]

    Já que falei nas diferenças de tradução dos dois lados do Atlântico, aqui vão alguns títulos que me lembro. The Godfather foi bem traduzido em Portugal e virou O Padrinho, mas aqui ficou o triste O Poderoso Chefão. The Postman Always Rings Twice também foi bem traduzido por lá, O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes, enquanto no Brasil trocaram por O Destino Bate à Sua Porta. Vertigo sofreu nos dois países, Um Corpo Que Cai para nós e o infeliz A Mulher Que Viveu Duas Vezes para eles. E o pobre City Slickers, que no Brasil virou Amigos, Sempre Amigos, em Portugal caiu no ridículo A Vida, o Amor e as Vacas. #

    [ 10:23 ]

    O Weno me avisou que escrevi o título Se Numa Noite de Inverno um Viajante invertido e o correto é Se um Viajante Numa Noite de Inverno. Acontece que o livro que eu tenho aqui é a edição portuguesa, da editora Vega, e traz o título como eu escrevi mesmo. É por coisas destas que peguei o hábito de usar os títulos originais de filmes e livros, porque muitas vezes a diferença de tradução de país para país é muito grande. Neste caso foi só uma mudança na ordem das palavras (aliás, injustificada, já que o original é Se Una Notte d'Inverno un Viaggiatore), mas muitas vezes muda tudo. #

    domingo, 08 de abril de 2001

    [ 23:34 ]

    Epa! Parece que os elogios foram precoces. A Record não transmitiu o segundo episódio de Seinfeld agora há pouco como prometido, mas sim o quarto. Será que vão exibir a série fora de ordem ou simplesmente pular capítulos aleatoriamente? #

    [ 21:00 ]

    Completando oitenta títulos, aqui vai a lista dos meus livros (aproximadamente) contemporâneos preferidos:

  • City of Glass (Paul Auster)
  • El Aleph (Jorge Luis Borges)
  • Se Numa Noite de Inverno um Viajante (Italo Calvino)
  • Heart of Darkness (Joseph Conrad)
  • Contos do Imprevisto (Roald Dahl)
  • O Nome da Rosa (Umberto Eco)
  • O Lobo da Estepe (Herman Hesse)
  • Sexus, Plexus, Nexus (Henry Miller)
  • The Catcher in the Rye (J.D. Salinger)
  • O Fio da Navalha (Somerset Maugham) #

    [ 20:27 ]

    Hoje a Record deve exibir o segundo episódio do Seinfeld. E agora há pouco assisti uma cassete, trazida dos EUA pela Rosinha Monkees, com os bloopers da série. A fita é bem caseira, imagem e som de má qualidade, mas dá para perceber que os atores se divertiam tanto ou mais que os espectadores, improvisando muito (e errando muito). #

    [ 11:27 ]

    Continua a lista de livros preferidos. Agora é a vez da poesia:

  • Eu (Augusto dos Anjos)
  • Estrela da Vida Inteira (Manuel Bandeira)
  • O Gosto Solitário do Orvalho (Matsuo Bashô)
  • As Flores do Mal (Charles Baudelaire)
  • Rubaiyat (Omar Khayyam)
  • Poemas de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
  • The Raven and other poems (Edgar Allan Poe)
  • Poesia Completa (Antero de Quental)
  • Sonnets (William Shakespeare)
  • Leaves of Grass (Walt Whitman) #

    [ 10:08 ]

    Ontem eu e a Rosinha Monkees fomos assistir Prova de Vida (Proof of Life, EUA, 2000), do Taylor Hackford. O filme é bem feito mas nada traz de novo. Na verdade, parece mesmo uma mistura de duas histórias já vistas, a primeira parte no estilo The Negotiator e a segunda puro Rambo. Fica, evidentemente, a impressão que as duas não combinam muito. #

    sábado, 07 de abril de 2001

    [ 17:37 ]

    E lá vai outra lista de livros preferidos, desta vez de clássicos:

  • Don Quijote (Cervantes)
  • David Copperfield (Dickens)
  • Crime e Castigo (Dostoievsky)
  • Os Três Mosqueteiros (Dumas)
  • Odisséia (Homero)
  • O Processo (Kafka)
  • The Man Who Would Be King (Kipling)
  • Moby Dick (Melville)
  • Treasure Island (Stevenson)
  • The Adventures of Huckleberry Finn (Twain) #

    [ 17:26 ]

    Diálogo no ICQ:
    Zel - Você é do contra!
    Nemo - Eu discordo. :-) #

    [ 14:50 ]

    Mais livros, agora meus preferidos que não são de ficção:

  • Gödel, Escher, Bach (Douglas Hofstadter)
  • Tao Te King (Lao Tsé)
  • O Príncipe (Maquiavel)
  • Ensaios (Montaigne)
  • Eros e Civilização (Herbert Marcuse)
  • Demanding the Impossible (Peter Marshall)
  • Além do Bem e do Mal (Nietzsche)
  • Ensaios Céticos (Bertrand Russell)
  • Desobedecendo (Henry Thoreau)
  • Dicionário Filosófico (Voltaire) #

    [ 13:17 ]

    Fui almoçar num restaurantezinho aqui perto de casa, o Esthação. Não resisti e perguntei ao dono sobre a razão daquele h perdido no meio do nome. A explicação: "Numerologia. Minha mulher fez as contas e me disse que íamos ter mais sucesso com esse h." Sem comenthários. #

    [ 10:54 ]

    Seguindo a listagem de grandes livros, aqui vão meus brasileiros preferidos:

  • O País do Carnaval (Jorge Amado)
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
  • O Cortiço (Aluísio Azevedo)
  • Quarup (Antônio Callado)
  • Contos Reunidos (Rubem Fonseca)
  • O Quatrilho (José Clemente Pozenato)
  • O Memorial de Maria Moura (Rachel de Queiroz)
  • A Região Submersa (Tabajara Ruas)
  • A Hora dos Ruminantes (J.J. Veiga)
  • Um Certo Capitão Rodrigo (Érico Veríssimo) #

    [ 10:48 ]

    Meu cd player Sony ficou temperamental. Eu boto um disco para tocar, ele cospe o disco. Eu repito a operação, ele repete a afronta. Muito irritante. #

    [ 09:41 ]

    Continuando minha lista de livros preferidos, agora com títulos de fantasia:

  • As Mil e Uma Noites (anônimo)
  • Flatland (Edwin S. Abbott)
  • Alice's Adventures in Wonderland (Lewis Carroll)
  • Le Morte d'Arthur (Thomas Mallory)
  • The Eight (Katherine Neville)
  • Tales (Edgar Allan Poe)
  • O Físico Prodigioso (Jorge de Sena)
  • Gulliver's Travels (Jonathan Swift)
  • The Lord of the Rings (J.R.R. Tolkien)
  • The Picture of Dorian Gray (Oscar Wilde) #

    [ 09:17 ]

    Bem fraquinho o filme que assisti ontem na DirecTV, Anel de Corrupção (The Big Brass Ring, EUA, 1999), dirigido por George Hickenlooper. Baseada num roteiro antigo de Orson Welles (e há uma homenagem nos diálogos, citando um certo trenó), a história parte de uma idéia interessante, a troca de identidade entre dois irmãos. Mas é tudo apresentado de uma forma um tanto desajeitada, sem aproveitar a dúvida ou a surpresa, e o filme se perde em desvios sem explorar o caminho principal. Nigel Hawthorne está ótimo em seu papel, como habitual, William Hurt não decepciona, mas é só. #

    sexta-feira, 06 de abril de 2001

    [ 21:28 ]

    Mais uma lista de livros bons, agora no gênero criminal:

  • The Big Sleep (Raymond Chandler)
  • Postmortem (Patricia Cornwell)
  • The Hound of Baskervilles (Conan Doyle)
  • The Day of the Jackal (Frederick Forsyth)
  • The Maltese Falcon (Dashiel Hammett)
  • The Talented Mr. Ripley (Patricia Highsmith)
  • Arsène Lupin Gentleman Cambrioleur (Maurice Leblanc)
  • The Zebra-Striped Hearse (Ross Macdonald)
  • La Tabla de Flandes (Arturo Pérez-Reverte)
  • Le Charretier de la Providence (Georges Simenon)
  • Savage Night (Jim Thompson) #

    [ 21:15 ]

    Assisti agora na DirecTV o show do Mudhoney no Ballroom do Rio de Janeiro. As músicas são quase todas iguais, ruins, toscas, sem graça, desagradáveis. E nem estavam usando aquelas camisas de flanela xadrez. #

    [ 17:54 ]

    Como eu fiz a minha lista dos 50 melhores filmes do século, tem gente me cobrando listas similares para música e literatura. Vou começar com os livros. Consegui fazer uma lista de só 80 títulos, classificados por categorias. Aqui vão os de ficção-científica:

  • The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (Douglas Adams)
  • I, Robot (Isaac Asimov)
  • The Illustrated Man (Ray Bradbury)
  • Do Androids Dream of Electric Sheep? (Philip K. Dick)
  • Neuromancer (William Gibson)
  • Dune (Frank Herbert)
  • A Canticle for Leibowitz (Walter M. Miller)
  • Vingt Mille Lieues Sous les Mers (Jules Verne)
  • Piano Player (Kurt Vonnegut Jr.)
  • The Time Machine (H.G. Wells) #

    [ 16:57 ]

    Estas regrinhas interessantes eu peguei no Sacred Hoops, do Phil Jackson, mas ele diz que são do Albert Einstein: "One: Out of clutter, find simplicity. Two: From discord, find harmony. Three: In the middle of difficulty lies opportunity." #

    [ 12:13 ]

    Três peças ridículas da indumentária masculina:

  • aquelas calças penduradas mostrando as cuecas (será que eles sabem que a origem dessa moda está nas gangs dos EUA, onde tentavam imitar o estilão dos caras que iam presos e tinham que entregar os cintos na entrada?)
  • aquelas camisas polo enfiadas pra dentro das calças, quando o rapaz tem uma barriga enorme
  • aquelas calças/bermudas que vão até o meio das canelas, com crise de identidade (são calças muito curtas ou bermudas muito compridas?) #

    [ 12:09 ]

    Três peças ridículas da indumentária feminina:

  • aquelas calças com uma tirinha que passa por baixo dos pés (para impedir que a calça saia pela cabeça?)
  • aquelas mini-blusas, quando a moça tem bem mais que uma mini-barriga
  • aqueles sutiãs com alcinha transparente aparecendo pra fora da blusa (elas acham que ninguém vê? parece aquelas criancinhas que tapam os olhos e pensam que se esconderam de todos) #

    [ 09:57 ]

    O Rafael Spoladore indicou o jogo da mosquinha, embalado pelo som da banda Clinic. #

    [ 09:33 ]

    Ontem fui com a Rosinha Monkees assistir A Corrente do Bem (Pay It Forward, EUA, 2000), dirigido pela Mimi Leder. Muita gente tinha reclamado do final, mas eu não só gostei como achei necessário para que a história não se tornasse, como diz o próprio Eugene Simonet (muito bem interpretado pelo Kevin Spacey), uma "overly utopian idea". A última seqüência, sim, esta poderia ser dispensada sem dano ao filme, até porque é demasiadamente parecida com o final de Field of Dreams. A Helen Hunt está mesmo com cara de vagaba, e o Haley Joel Osment tem um desempenho bem melhor que em The Sixth Sense (apesar de uma vez ou duas parecer que vai dizer "I see dead people..."). De uma forma geral, gostei de Pay It Forward, apesar de ser vítima de sua própria premissa ingênua, "think of an idea that could change the world". #

    quinta-feira, 05 de abril de 2001

    [ 18:49 ]

    O livro do Phil Jackson, Sacred Hoops, não é exatamente o que eu esperava mas é muito interessante. Até agora (já li cerca de um terço) ele falou mais de formação espiritual que de basketball. "Every morning at 5:30 he and I would start the day with a half hour of meditation." Se acordar cedo (cedo? cinco e meia ainda é ontem!) já é terrível, fico imaginando como será tentar ficar meia hora quietinho, meditando, sem cochilar. Not for me, thanks! #

    [ 14:28 ]

    Um joguinho de computador que vai contra a corrente: Pencil Whipped, shooter em 3d todo desenhado a lápis, em glorioso preto e branco. Só vendo para acreditar. #

    [ 13:35 ]

    É sempre boa idéia vasculhar aquelas seções de ofertas em lojas de cds. Hoje descobri um Piano Music of Erik Satie, na Virtual Music do Shopping Paulista, por R$6,99. Entre outras peças de Satie, o cd traz a famosa Trois Morceux en Forme de Poire, que eu ainda não tinha. Quem toca é o Jacques Fevrier. #

    quarta-feira, 04 de abril de 2001

    [ 22:47 ]

    Fiquei pensando no Oscar para o Tom Hanks em Forrest Gump. É impressionante como a academia de Hollywood sempre dá preferência a personagens com deficiências físicas ou mentais. Roberto Benigni em La Vita è bella, um bobo alegre. Jack Nicholson em As Good As It Gets, um maluco. Geoffrey Rush em Shine, outro maluco. Tom Hanks em Philadelphia, um aidético. Al Pacino em Scent of a Woman, um cego. Anthony Hopkins em The Silence of the Lambs, um serial killer canibal. Daniel Day-Lewis em My Left Foot, um cara todo desengonçado numa cadeira de rodas. Há algo extremamente perverso nos bastidores do Oscar. #

    [ 22:41 ]

    O Indomável (Nobody's Fool, EUA, 1994), do Robert Benton, que eu assisti agora pela segunda vez, em vídeo, é um filme estranho. Pouca coisa realmente acontece na história, tudo se passa numa cidadezinha de fim de mundo onde neva todo o tempo, os personagens parecem todas levar uma vida desgraçada, mas aos poucos vamos gostando deles. Talvez por ficarmos achando, no subconsciente, que se até aqueles caras podem ser felizes, então nós também podemos. Paul Newman faz uma de suas melhores interpretações, e é inacreditável que tenha perdido o Oscar para o Tom Hanks e seu Forrest Gump. #

    [ 13:13 ]

    Ontem eu disse que era caipirice chamar @ de arroba e já recebi várias mensagens perguntando o nome certo ou tentando justificar o uso de uma medida de peso num endereço de email. Cito a Maria Ercília, em A Internet (Publifolha, 2000) - "@: símbolo que no e-mail significa 'em' ('at', em inglês). Convenção adotada para significar que determinada pessoa 'está' no computador ou provedor tal." Não adianta, uma arroba são quinze quilos e eu não vou botar tudo isso no meu email. Quando muito, aceito chamar @ de cobrinha. #

    [ 13:07 ]

    Quer estragar o meu almoço? Acenda um cigarro ao meu lado enquanto eu estiver comendo. Foi o que aconteceu hoje. Bleargh! #

    [ 11:00 ]

    Acabo de descobrir que o Por um Punhado de Pixels está cadastrado no Yahoo! Brasil, na seção Ciências Humanas > Comunicações > Escrita > Diários, junto com mais uma carrada de weblogs. Segundo eles, é um site de "cinema, música, literatura e elucubrações". #

    [ 09:59 ]

    Som do dia: Allman Brothers. "We've been through hell and high water / Ready to go through it all again / As long as we've got a quarter between us all / We're gonna have money to spend, oh" (de Hell & High Water). #

    [ 08:47 ]

    Ontem assisti, na DirecTV, Titan (Titan A.E., EUA, 2000), dirigido pelo Don Bluth. A história é interessante (em estilo space opera, com elementos do projeto Gênesis de Star Trek), o roteiro tem boas reviravoltas (sim, o final feliz é esperado, mas o caminho até ele não é retilíneo), a animação é competente (misturando 2d e 3d), as vozes são bem escolhidas (Matt Damon, Bill Pullman, Drew Barrymore, John Leguizamo, Janeane Garofalo). Gostei. #

    terça-feira, 03 de abril de 2001

    [ 16:28 ]

    Duas caipirices irritantes da internet brasileira: chamar site de sítio e chamar @ de arroba. #

    [ 14:04 ]

    Que fiasco é o tal Adobe Atmosphere! Baixei e instalei o plugin (são 5 Mb) e fui todo contente passear nos anunciados mundos virtuais em 3D. Cada ambiente demora um tempão para carregar, os espaços são pequenos, os gráficos são de baixa qualidade, a interface é confusa. Não consegui ver o anunciado "revolutionary approach to content, navigation, community, and communication" em lugar algum. #

    [ 11:24 ]

    Comecei a ler Sacred Hoops (Hyperion, 1995), o livro autobiográfico do Phil Jackson. Para quem não sabe, ele foi o técnico do Chicago Bulls na era Michael Jordan, faturando seis campeonatos, e agora comanda o Los Angeles Lakers, com quem já ganhou mais um título. Seu estilo de liderança ficou famoso por misturar coisas como budismo zen e misticismo sioux. "Yes, victory is sweet, but it doesn't necessarily make life any easier the next season or even the next day. After the cheering crowds disperse and the last bottle of champagne is drained, you have to return to the battlefield and start all over again." #

    [ 08:00 ]

    Ontem eu e a Zel fomos assistir Dracula 2000 (Dracula 2000, EUA, 2000), dirigido por Patrick Lussier. O filme não é bom mas pode interessar quem acompanha o mito dos vampiros, já que oferece algumas soluções engenhosas para muitas questões clássicas. A explicação para a verdadeira identidade do vampirão e para a sua aversão à prata e aos símbolos cristãos é interessante, apesar de não ser ousada. Infelizmente, o elenco deixa a desejar (especialmente Jonny Lee Miller e seu festival de caretas) e alguns diálogos são de uma falta de criatividade assustadora ("There are worse things than death."). As homenagens a outros filmes e livros de vampiros estão por toda a história. A empresa de Van Helsing se chama Carfax, o mesmo nome da abadia do Dracula original. O médico que aparece no hospital psquiátrico se chama Dr. Sewer, assim como o alienista no livro de Stoker. Mas a mais divertida é quando Dracula diz "I never drink... coffee", com a mesma pausa característica que Bela Lugosi usava no clássico "I never drink... wine". #

    segunda-feira, 02 de abril de 2001

    [ 19:16 ]

    Hoje foi a estréia do Cataploft!, minha coluna sobre quadrinhos no Notepad. A partir de agora devo aparecer por lá com alguma assiduidade. #

    [ 16:51 ]

    Terminei de ler A Internet (Publifolha, 2000), da Maria Ercília. Vou passar a recomendá-lo a todos iniciantes que me perguntam como funciona "essa tal de internet", porque traz umas explicações bem básicas, inteligíveis até para aquela sua tia do interior que ainda não tem computador. Para quem já anda pela rede há bastante tempo, o livro também tem capítulos interessantes, como o da história da web e o dos pensadores da web. #

    [ 10:41 ]

    Para quem gosta de campanhas inúteis e divertidas: This Page Intentionally Left Blank. #

    [ 08:29 ]

    Ontem a Record começou a exibir a primeira temporada da série Seinfeld. Foi realmente o primeiro episódio de todos, de 1989, com George bem mais magro e ainda com algum cabelo, e Kramer ainda sem nome mas já completamente tresloucado. Eu nunca tinha visto um Seinfeld tão antigo, e me diverti muito. O humor parece bem mais afiado que em episódios mais recentes. Parabéns para a Record, que traz a série legendada e sem intervalos comerciais. No próximo domingo tem mais. #

    domingo, 01 de abril de 2001

    [ 22:31 ]

    Terminei de ler Os Caçadores de Sonhos (Conrad Livros, 2001), do Neil Gaiman. É uma história bonita para quem gosta de fábulas orientais, e a participação do Sandman nem é tão proeminente como se poderia esperar numa edição que comemora o décimo aniversário do personagem. O grande destaque mesmo é a arte de Yoshitaka Amano, que justifica por si só a compra do livro. #

    [ 10:03 ]

    No Cinemax Prime, assisti ontem novamente Excalibur (Excalibur, Inglaterra, 1981), do John Boorman. Vinte anos depois da estréia, o filme não envelheceu, e talvez nunca envelheça. A primeira vez que o assisti foi em Madrid, na estréia, na verdade foi o primeiro filme que assisti na Europa e a primeira vez que vi na tela algumas figuras que mais tardes se tornariam familiares. Uther Pendragon é interpretado por Gabriel Byrne (Gothic, Miller's Crossing, The Usual Suspects), Sir Leondegrance por Patrick Stewart (o capitão Jean-Luc Picard de Star Trek), Sir Gawain por Liam Neeson (Darkman, Schindler's List, Rob Roy), Morgana por Helen Mirren (The Cook, the Thief, His Wife & Her Lover, The Mosquito Coast, Teaching Mrs. Tingle). "Now, once more, I must ride with my knights to defend what was, and the dream of what could be!" #

    [ 09:55 ]

    Para quem gosta de fotojornalismo: 58th Pictures of the Year. #

    [ 09:50 ]

    Hoje é o dia da mentira. Só de sacanagem não vou dizer nenhuma. "Uma das mentiras mais frutuosas e mais interessantes que existem, e, ainda por cima, das mais fáceis, é a que consiste em fazer crer a alguém que nos mente que o cremos." (Sacha Guitry) #