sexta-feira, 31 de agosto de 2001

[ 21:02 ]

93,8% dos visitantes deste modesto Por um Punhado de Pixels usam Windows, e 94,6% usam Microsoft Internet Explorer. Mas hoje apareceu alguém por aqui com a audaciosa combinação Linux e Opera. Gostei de ver. #

[ 13:58 ]

A minha lista de cenas de sexo no cinema ganhou duas irmãzinhas: o Lavi listou cenas de sexo explícito e o Elerus listou zoofilia, frutofilia, lesbianismo e filmes ruins. Então, para arrematar, mando a pior cena de sexo no cinema: japonesa castrando japonês em Império dos Sentidos. #

[ 13:21 ]

O filme de ontem, em vídeo, foi O Homem do Braço de Ouro (The Man with the Golden Arm, EUA, 1955), do Otto Preminger. Pobreza, drogas, jogatina, violência, virando a mesa no cinema dos anos cinqüenta. Frank Sinatra foi indicado ao Oscar pelo papel de viciado tentando dar a volta por cima, Kim Novak aparece em grande forma, e Eleanor Parker faz um dos personagens mais desprezíveis da história do cinema. Bom filme. #

[ 11:53 ]

Som do dia, enquanto ainda tenho energia elétrica: Uma Noite no Monte Calvo, do Modest Mussorgsky. Acho que bruxas, demônios, espíritos malignos e almas condenadas dançando libidinosamente madrugada adentro combinam com esta sexta-feira. #

[ 08:58 ]

Tive uma semana bem ruinzinha, que é agora coroada com carta da Eletropaulo informando que estou "sujeito a corte após 48 horas da apresentação desta conta". Preciso renovar meu passaporte. #

quinta-feira, 30 de agosto de 2001

[ 09:04 ]

Comecei a fazer uma lista das melhores cenas de sexo no cinema:

  • Sharon Stone e Michael Douglas em Basic Instinct
  • Béatrice Dalle e Jean-Hugues Anglade em Betty Blue
  • Kathleen Turner e William Hurt em Body Heat
  • Valérie Kaprisky e Richard Gere em Breathless
  • Rebecca De Mornay e Tom Cruise em Risky Business #

    quarta-feira, 29 de agosto de 2001

    [ 11:34 ]

    Algumas metáforas já nascem defeituosas. Uma que anda pela televisão está no anúncio da Sony para o programa Sessions at West 54th: "a música tem muitos sentidos, mas uma única direção". Obviamente, o que só tem uma direção só pode ter dois sentidos. Mas a pior metáfora que já ouvi continua sendo do meu pai, tão ruim que virou piada familiar: "a bússola da sua memória está fora de foco". #

    [ 09:38 ]

    Acho que nunca assisti um filme bom que tivesse o Victor Mature no elenco. E o que vi ontem, em vídeo, Um Milhão de Anos Antes de Cristo (One Million B.C., EUA 1940), da dupla Hal Roach e Hal Roach Jr, é possivelmente o pior de todos. Com a premissa de contar como era a vida dos homens pré-históricos (o filme realmente começa como se fosse uma aula), os autores nos oferecem uma surpreendente coleção de bobagens, do suposto comportamento das tribos primitivas à coexistência de humanos e dinossauros. As criaturas foram feitas de três formas diferentes. Para alguns mamíferos, bastou colocar umas peles por cima de um touro ou elefante e pronto, lá estava um arremedo de animal pré-histórico. Os grandes dinossauros eram na verdade lagartos ampliados numa tela, com os atores à frente. Mas o pior foi o temível monstro que ataca a aldeia, uma fantasia tão mal feita que só aparece por trás de arbustos para não vermos que é uma pessoa vestida de dinossauro. Ridículo. #

    [ 08:26 ]

    Ontem meu tio Pedro, de Santos, passou por aqui. Ele tinha compromissos em Sampa hoje cedo e pernoitou aqui em casa. É divertido conversar com ele, sempre reclamando dos políticos e economistas do país e apresentando planos mirabolantes para consertar as coisas. #

    terça-feira, 28 de agosto de 2001

    [ 11:27 ]

    Hoje parece um excelente dia para uma partida de Calvinball. #

    [ 09:44 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Espírito Selvagem (All the Pretty Horses, EUA, 2001), do Billy Bob Thornton. A história é interessante, mas um pouco dispersa. É sobre um rapaz injustamente envolvido num crime? É sobre o seu romance com a filha do patrão? É sobre sua paixão por cavalos? Na verdade, é sobre tudo isto e um pouco mais, mas o foco temático acaba ficando indefinido. O Matt Damon mostra seu valor sem o Ben Affleck por perto, o Henry Thomas mostra seu valor sem o E.T. por perto, e a Penélope Cruz mostra seu valor mas não mostra mais nada. #

    segunda-feira, 27 de agosto de 2001

    [ 21:33 ]

    Preciso de férias. "Tire férias da realidade quando quiser e voltará sem sequer uma dor de cabeça ou uma mitologia." (Aldous Huxley) #

    [ 20:27 ]

    Jim Wilson denuncia: scumware! Quando você instala o KaZaa, sucessor do Napster na troca de arquivos entre internautas, seu computador ganha também uma gracinha chamada TopText, que cria links espúrios em todos os sites que você visitar. "I call it a virus because by most descriptions I've seen of the term, TopText qualifies as a virus. You don't ask for it. It takes control of your browser and makes changes to everything you read on the Internet." Ou seja, uma coisa bem parecida com as malditas Smart Tags que Microsoft tentou implantar mas recuou depois de reclamações generalizadas. O site explica como funciona a tramóia e ensina alguns truques para tentar contornar a safadeza. #

    [ 13:25 ]

    Lição de objetividade: "Remember the waterfront shack with the sign FRESH FISH SOLD HERE. Of course it's fresh, we're on the ocean. Of course it's for sale, we're not giving it away. Of course it's here, otherwise the sign would be someplace else. The final sign: FISH." (Peggy Noonan) #

    [ 09:44 ]

    Ontem, megashow na DirecTV, Madonna: The Drowned World Tour, direto de Detroit. Como sempre, muita cenografia e muita coreografia. Começou com temática oriental, a Madonna se transformando de gueixa a heroína de anime, com direito a lutas voadoras em estilo O Tigre e o Dragão. Destaque para a violência, com espadas, nunchakus e uma espingarda. Depois mudou tudo para um estilão country, o mesmo do último cd. Nova troca e entra em cena um bloco latino, com um tango instrumental de Evita e o velho La Isla Bonita. Para terminar, um visual clubber e o hit do momento, Music. Impressionante como a Madonna consegue estar no topo há tanto tempo, sempre com um sucesso novo e shows muito competentes. #

    [ 09:16 ]

    O terceiro episódio de Cosmos foi um pouco melhor que os anteriores, talvez por se ater mais a fatos históricos que a especulações. Começou falando sobre astrologia (contra, felizmente) e depois passou para a astronomia, centrando-se na vida atribulada de Johannes Kepler. Eu não sabia que ele também tinha escrito um livro de fantasia e ficção-científica, Somnium, relato de uma viagem à lua graças a bruxarias. #

    domingo, 26 de agosto de 2001

    [ 19:45 ]

    O Burburinho foi atualizado agora. Tem o meu texto sobre o filme Moulin Rouge!, uma conversa com a Fernanda Furquim sobre séries de tv, enquete sobre os personagens de Friends, desafio valendo um livro para quem estiver cadastrado. Burburinhe-se! #

    [ 10:14 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Heróis Fora de Órbita (Galaxy Quest, EUA, 1999), dirigido por Dean Parisot. Bem divertido, ao mesmo tempo satiriza e redime o universo das séries de ficção-científica e todo o circo de fãs que as cercam. O alvo principal é evidentemente Star Trek, com Tim Allen fazendo um ator-personagem bem ao estilo Shatner-Kirk (ele até consegue rasgar a camisa numa cena). Sigourney Weaver é a tenente loira e peituda, Alan Rickman o alien com adereço na cabeça. "As long as there is injustice, whenever a Targathian baby cries out, wherever a distress signal sounds among the stars, we'll be there. This fine ship, this fine crew. Never give up and never surrender." #

    [ 09:42 ]

    Ei, onde está todo mundo? Texto interessante do Mauro Amaral no Web Insider. "MBAs engomados transformaram a internet em uma interface enfadonha e techno-chata. Muito business para pouca happyness [sic]. Resista adotando estas cinco regras simples." #

    [ 08:50 ]

    Péssimo jeito de acordar num domingo: cedo, com o hino nacional tocando no alto-falante de um evento algures nas redondezas. E deve ter gente achando que essa falta de respeito com os vizinhos foi um ato cívico. #

    sábado, 25 de agosto de 2001

    [ 22:18 ]

    É uma tristeza andar pela avenida Paulista depois do cair do sol. Tudo escuro, graças à economia de energia elétrica, resultado de um governo incompetente. Fui até a Livraria Cultura, pensando que fechava às oito horas, como em todos os outros dias, mas o fechamento aos sábados é às seis. Sem poder procurar o que queria, escapei até àquele mercadão de livros da rua Augusta e comprei uns títulos de ficção-científica a cinco reais cada: Philip José Farmer, L. Sprague de Camp, Jack Vance, Stanislaw Lem. #

    [ 12:05 ]

    Ontem assisti dois filmes. No cinema, Moulin Rouge! (EUA, 2001). Comentários na próxima edição do Burburinho. Em vídeo, Monkeybone (EUA, 2001), do Henry Selick. Estranho ver um conteúdo tão fálico num filme mainstream estadunidense. Será que ninguém percebeu que o macaquinho é uma óbvia metáfora peniana? Do desenho animado do início (onde, motivado por um fetiche do protagonista, o macaco aparece pela primeira vez saindo de uma mochila estrategicamente posicionada) às piadinhas de duplo sentido ("I'll be right back after I choke my monkey!"), tudo é bem claro. As seqüências no mundo do pesadelo são as melhores do filme e lembram um pouco Nightmare Before Christmas, do mesmo diretor. Mas ficou faltando uma toque mais burtoniano para dar mais impacto a Monkeybone. Algumas curiosidades no elenco, como Megan Mullally (a Karen da série Will & Grace) e Stephen King (interpretando a si mesmo). Não chega a ser um bom filme, mas é interessante. #

    sexta-feira, 24 de agosto de 2001

    [ 14:50 ]

    Chuvaréu na avenida Paulista. Pessoas correndo alucinadas pela rua. Lembrei de Ghost Dog: "There is something to be learned from a rainstorm. When meeting with a sudden shower, you try not to get wet and run quickly along the road. But doing such things as passing under the eaves of houses, you still get wet. When you are resolved from the beginning, you will not be perplexed, though you still get the same soaking. This understanding extends to everything." #

    [ 12:16 ]

    No RH News: "Historicamente o diploma sempre fez diferença no Brasil e no mundo, mas isso está começando a mudar. Em algumas funções o conhecimento dos processos já é mais importante. (...) Você recusaria contratar um profissional como o Nizan Guanaes ou o Washington Oliveto simplesmente porque eles não cursaram uma faculdade de comunicação? E os jornalistas, o mercado está cheio de nomes respeitadíssimos que também nunca passaram pelas salas de aula." #

    [ 12:03 ]

    Ontem assisti, em vídeo, O Mundo Perdido (The Lost World, EUA, 1925), dirigido por Harry O. Hoyt, a primeira versão cinematográfica da história do Conan Doyle. No meio da Amazônia, um grupo de exploradores encontra um nicho ecológico povoado por dinossauros de todos os tipos (alossauro, triceratops, pterodáctilo, brontossauro, e outros que não consegui identificar). Considerando que se trata de uma produção ainda dos tempos do cinema mudo, até que a animação dos bichinhos é bem feita (claymation?), e parece que foi dali que saíram cenas clássicas como as brigas entre dinossauros ou o monstro à solta pela cidade (King Kong, Godzilla, Jurassic Park, etc). Interessante. #

    [ 11:08 ]

    Som do dia: Eric Clapton. "There ain't nothing I can do, or nothing I can say, / Some folks will criticize me. / So I'm gonna do just what I want to anyway, / And don't care if you all despise me." (de Ain't Nobody's Business If I Do). #

    quinta-feira, 23 de agosto de 2001

    [ 20:17 ]

    Assisti, em vídeo, o segundo episódio de Cosmos, do Carl Sagan, e me surpreendi ao ver que continua a insistência em falar sobre vida extraterrestre, ainda que seja sem qualquer fundamento, tudo pura especulação. Os temas deste capítulo foram a origem da vida e a seleção natural (e também um pouquinho de seleção artificial). Interessante, mas muito superficial. Era disso que todos falavam ao elogiar a série? #

    [ 12:09 ]

    Muitos livros de ficção citam livros fictícios, como a Encyclopedia Galactica do Douglas Adams ou o Necronomicon do Lovecraft. The Invisible Library oferece uma extensa lista desses livros. O site é feio mas o conteúdo é interessante. #

    [ 11:51 ]

    Ontem assisti, em vídeo, O Observador (The Watcher, EUA, 2000), dirigido por Joe Charbanic. Keanu Reeves é um serial killer (a profissão mais prestigiada no cinema dos últimos anos), James Spader é o problemático agente do FBI encarregado de o capturar, Marisa Tomei é a terapeuta do policial e o alvo do criminoso (além de ser óbvio que a trama se encaminhe para isso, o próprio trailer do filme entrega a conclusão). Não chega a ser muito diferente de dezenas de outros filmes sobre serial killers, mas tem algumas seqüências interessantes geradas pelo fato do assassino oferecer à polícia a foto de sua próxima vítima e provocar uma corrida contra o tempo para encontrar a infeliz. #

    quarta-feira, 22 de agosto de 2001

    [ 21:41 ]

    Li hoje o livro de quadrinhos Ódio (Via Lettera, 2001), compilação das histórias que o Peter Bagge publicou no gibi Hate, já um clássico do new underground. É o cotidiano do jovem Buddy Bradley, onde aparentemente pouco acontece mas há um grande arsenal de ironia e subtexto. O Peter Bagge é uma espécie de Raymond Carver grunge dos quadrinhos, mas com muito mais a dizer. A linha temática também lembra um pouco a série Estranhos no Paraíso, do Terry Moore, mas difere muito no traço, que é completamente caricatural. Gostei. #

    [ 19:57 ]

    O meu texto Obsessão pela Ferramenta foi publicado no Nova-e com o título Receitas e Obsessões. #

    [ 16:13 ]

    Som do dia: Eurythmics, para reinventar a chuva. "Here comes the rain again / Falling on my head like a memory / Falling on my head like a new emotion / I want to walk in the open wind / I want to talk like lovers do / Want to dive into your ocean / Is it raining with you" (de Here Comes the Rain Again). #

    [ 08:05 ]

    Encontraram o que pode ser a famosa tumba de Genghis Khan. No filme que assisti ontem, em vídeo, A Máscara de Fu Manchu (The Mask of Fu Manchu, EUA, 1932), dirigido por Charles Brabin, a tal tumba também é encontrada e dentro dela estão a máscara e a espada do líder mongol. O demoníaco vilão oriental interpretado por Boris Karloff (que substituiu Warner Oland, o Fu Manchu dos três filmes anteriores) vai atrás das relíquias que supostamente o tornariam invencível. Mas o filme é bem fraquinho, deslizando para o ridículo em muitos momentos (meu preferido é quando um bandido disfarçado de múmia corre para atacar um arqueólogo, mas pára no meio do caminho para ajeitar as bandagens do rosto). A atriz principal, Karen Morley, é uma das piores que já vi nas telas. #

    terça-feira, 21 de agosto de 2001

    [ 10:58 ]

    Peter Howe manda bem no The Digital Journalist: "That things are bad in this industry is apparent to everyone involved. I can’t think of the last time that I got what could even be loosely interpreted as good news, and in a bizarre way this actually may be the good news. Change often evolves from desperate circumstances, and it sometimes takes backs to be against the wall to push movement forward." #

    [ 09:27 ]

    Ontem assisti Fábrica de Animais (Animal Factory, EUA, 2000), do Steve Buscemi. Em cima da idéia que um inocente numa penitenciária se transformaria rapidamente num marginal violento, o filme mostra uma espécie de foco de resistência onde alguns tentam preservar um resto de amizade e dignidade, mesmo seguindo regras internas implacáveis e inevitáveis. Os dois atores principais, Willem Dafoe (Mississippi Burning) e Edward Furlong (American History X), foram muito bem escolhidos. Interessante. #

    [ 09:14 ]

    Marina W filosofa: "Teoria das idéias. A idéia platônica. O branco desta folha é quase branco. As coisas são quase, elas são apenas quase que são. Existe uma brancura realmente branca mas que só faz parte do mundo das idéias. Existem morangos perfeitos no mundo das idéias dos quais morangos concretos são como sombras. O mundo das idéias. Platão é muito Internet." #

    segunda-feira, 20 de agosto de 2001

    [ 15:46 ]

    Som do dia: The Beta Band. "Who's gonna shake a corner of my mind today? / What's in those dusty rooms, I fear for in every way / But I will find, but I will find" (de It's Not Too Beautiful). #

    [ 12:09 ]

    Já está nas bancas o segundo número do Frauzio (Editora Escala), quadrinhos escatológicos do Marcatti. Ótimo traço, roteiro alucinado, dicas sobre os clássicos (nesta edição é o Basil Wolverton, na anterior foi o Gilbert Shelton), e só custa R$ 1,00. #

    [ 08:47 ]

    Para completar a sessão de vídeo de ontem, assisti também Os Flintstones (The Flintstones, EUA, 1994), do Brian Levant. Um desastre. O John Goodman e a Elizabeth Perkins até estão bem caracterizados como Fred e Wilma Flintstone, mas o que passou pela cabeça dos produtores para botar a gorda Rosie O'Donnell interpretando a magra Betty Rubble? Outra coisa que incomoda muito é o ar falso dos cenários e adereços, com tudo que deveria parecer pedra parecendo isopor pintado. Mas o pior é o próprio enredo, uma apologia da mediocridade, incluindo uma nefasta moral da história: quem evolui profissionalmente, com cargos e salários mais altos, deixa de ser a boa pessoa que era em posições subalternas. Lamentável. #

    [ 08:19 ]

    Ontem assisti, em vídeo, o primeiro episódio da série Cosmos, do Carl Sagan. Eu não tinha visto quando passou na televisão e esperava que fosse recheada de informações científicas apresentadas em linguagem acessível para leigos. Por isso fiquei muito surpreso ao ver que o programa era feito principalmente de metáforas e especulações. Por que a necessidade de mostrar a ciência como uma coisa poética? Por que a insistência na possibilidade de civilizações em outros planetas? Só o que se salvou foi o trechinho sobre a biblioteca de Alexandria. Espero que os próximos episódios sejam bem melhores. #

    [ 07:34 ]

    Álvaro Pereira Júnior diz, na Folha de S. Paulo de hoje: "Não consigo entender por que ainda se gasta dinheiro na produção do trabalho de Arnaldo Antunes e similares." E eu digo: "Não consigo entender por que ainda se gasta dinheiro na produção do trabalho de Álvaro Pereira Júnior e similares." #

    domingo, 19 de agosto de 2001

    [ 19:32 ]

    O mundo acadêmico já não é mais o mesmo: Título de doutora a astróloga causa crise na Sorbonne. "A Sorbonne, outrora a mais prestigiosa universidade da França, está sendo criticada por ser hoje o refúgio de acadêmicos excêntricos e irracionais que carecem de rigor intelectual. A crítica está num relatório sobre a decisão da instituição de conceder o título de doutorado a Elisabeth Teissier, astróloga que assessora importantes personalidades francesas, entre elas o ex-presidente François Mitterrand." O mais curioso é que ela se doutorou em sociologia, com a tese A situação epistemológica da astrologia por meio da ambivalência fascinação/rejeição em sociedades pós-modernas. "Os acadêmicos da banca causaram furor quando felicitaram a astróloga diante de um público formado por seus clientes endinheirados. Mas Bernard Lahire, professor de sociologia na École Normale Superiore, de elite, disse em seu relatório sobre o assunto: 'Não que esta seja uma tese ruim de sociologia. É uma tese totalmente sem sociologia. Só defende o ponto de vista do astrólogo e carece de tudo que possa ser descrito como científico.'" A seguir, Paulo Coelho na Academia Brasileira de Letras. #

    [ 10:49 ]

    Eu e a Rosinha fomos ontem à pré-estréia de O Alfaiate do Panamá (The Tailor of Panama, EUA-Irlanda, 2001), do John Boorman. A história é irônica e interessante, os diálogos bem escritos, o elenco bem escolhido. Pierce Brosnan, apesar de interpretar um espião inglês, não lembra James Bond mas sim o protagonista de The Thomas Crown Affair. Geoffrey Rush lembra seu personagem em Shakespeare in Love. E Jamie Lee Curtis continua charmosa. Gostei. #

    [ 10:38 ]

    Som do dia: Stevie Ray Vaughan. "You said you'd call the shots darlin', / all your friends thought that was so cool / Yeah, when you shot at the eight-ball baby, / I knew you were playin' dirty pool" (de Dirty Pool). #

    sábado, 18 de agosto de 2001

    [ 16:00 ]

    Ontem assisti dois filmes. No cinema, A Senha (Swordfish, EUA, 2001). Comentários na próxima edição do Burburinho. Em vídeo, Duelo de Titãs (Remember the Titans, EUA, 2000), dirigido por Boaz Yakin. Mistura de crônica desportiva com manifesto anti-racismo. Não traz novidades em nenhum dos lados do campo, mas mesmo assim é interessante. Denzel Washington está impecável como o técnico durão. Aliás, parece que ele anda se especializando em interpretar pessoas que existiram fora das telas: Herman Boone, Rubin Hurricane Carter, Malcolm X... #

    [ 12:26 ]

    Tom B manda bem: "o apagão é problema do fernando henrique, não meu. nem seu. não foi a gente quem fez a merda. pedir que diminuamos a nossa qualidade de vida por causa do coquetel de incompetência & má fé servido por esse bando de boçais é imoral e ofensivo. mas o povo, que é gado, abaixa a orelha e sai 'colaborando'. patético." #

    [ 11:34 ]

    Som do dia: Eagles. "On a dark desert highway, cool wind in my hair / Warm smell of colitas, rising up through the air / Up ahead in the distance, I saw a shimmering light / My head grew heavy and my sight grew dim / I had to stop for the night" (de Hotel California, a melhor canção de horror que eu conheço). #

    sexta-feira, 17 de agosto de 2001

    [ 11:49 ]

    Nas bancas, a terceira e última parte da divertida série As Aventuras da Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen), escrita pelo Alan Moore e desenhada pelo Kevin O'Neill. Continua o desfile de personagens famosos, como o professor Moriarty e Sherlock Holmes (Doyle), e objetos importantes, como o balão de Cinco Semanas num Balão (Verne). A história termina com humor (negro) e abre caminho para uma possível continuação. Recomendo. #

    [ 10:41 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Fotos Proibidas (Dirty Pictures, EUA, 2000), dirigido por Frank Pierson. É uma produção para televisão, misturando encenação com documentário, sobre o escândalo causado em 1990 quando um museu de Cincinnati montou uma exposição com a obra do Robert Mapplethorpe. Algumas fotos tinham conteúdo sexual e os puritanos estadunidenses saíram numa cruzada pela censura. O filme é um excelente ponto de partida para o debate sobre a liberdade de expressão, bem melhor que, por exemplo, The People vs. Larry Flynt (que é citado em Dirty Pictures). James Woods interpreta o diretor do museu, que foi processado, e Craig T. Nelson é o xerifão obscurantista. Nos trechos documentais aparece muita gente envolvida tanto no episódio como na luta contra a censura, com destaque para Salman Rushdie. Filme obrigatório para quem ainda defende a censura. #

    quinta-feira, 16 de agosto de 2001

    [ 21:13 ]

    Frase do dia: "Le tout est de changer." (Colette) #

    [ 14:56 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Intrigas (Gossip, EUA, 2000), dirigido por Davis Guggenheim. Um idéia muito interessante, sobre como um rumor pode circular numa comunidade e se transformar quase como um organismo vivo e polimorfo. E, claro, como alguém pode se aproveitar disso. O final é um pouco previsível e exagerado, mas não estraga a trama. Destaque no elenco para a lindinha Lena Headey. Em papéis pequenos, a indicada ao Oscar Kate Hudson e o bochechudo antipático Joshua Jackson. Falta agora uma versão em que o boato circule pela internet, passando de gossip a hoax. #

    quarta-feira, 15 de agosto de 2001

    [ 21:56 ]

    Minha coleção de adjetivos continua aumentando. A Zel me chamou de inenodável. A misteriosa Jackie Miller me chamou de cult. Outras pessoas me chamaram de coisas que não vou repetir aqui. #

    [ 11:24 ]

    Os weblogs são cada vez mais populares na web. E entre os mais visitados sempre aparecem os que falam de sexo ou mostram fotos de moçoilas desnudas. Era só questão de tempo até que surgisse um serviço de criação e hospedagem de weblogs como o SexBlog. "Blogging all things sexy". #

    [ 09:25 ]

    Ontem assisti, em vídeo, O Senhor das Moscas (Lord of the Flies, EUA, 1990), dirigido por Harry Hook. A história, do William Golding, é muito boa, e esta versão cinematográfica tem uma narrativa competente (apesar do final um pouco desleixado). Crianças tornando-se selvagens longe da supervisão civilizatória é uma idéia forte e muito interessante, principalmente com o conflito que surge com uns poucos que ainda tentam resistir. "We did everything just the way grownups would've. Why didn't it work?" Pena que o filme tenha algumas deslizadas feias de continuidade. Os meninos estão numa ilha deserta, sem ninguém que os venha resgatar. Mas numa cena podemos ver claramente um barco ao fundo, bem perto da praia. Em outra, algumas crianças usam relógios de pulso, mesmo depois de termos sido informados que eles não tinham como saber as horas e depois de um gordinho ter sugerido a construção de um relógio de sol para resolver o problema. #

    terça-feira, 14 de agosto de 2001

    [ 17:18 ]

    Como se já não bastasse toda a palhaçada em cima da economia de energia que só alguns cidadãos estão sendo coagidos a fazer, agora o Marcelus me mandou mais uma notícia ruim: Governo ameaça ir ao Supremo para garantir cortes! Eu já vinha duvidando da capacidade operacional das empresas para cumprir as ameaças. "Algumas concessionárias manifestaram dificuldade operacional para fazer os cortes, por causa do alto número de usuários que ultrapassaram a meta." Mas o pessoalzinho tacanho do governo parece ter declarado guerra contra a população mesmo. "A Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGE) anunciou nesta segunda-feira que pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as distribuidoras de energia que não cortarem a luz de consumidores que não conseguiram cumprir as metas do racionamento." #

    [ 11:38 ]

    Hoje aprendi duas coisas importantes. Na caixa de sucrilhos, que o peso de um são bernardo equivale ao peso de trinta chihuahuas. Na revista da MTV, que em Marte existe uma cratera de 126 km de extensão e com a forma perfeita do Smile. #

    [ 09:12 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Eu, Tu, Eles (Brasil, 2000), do Andrucha Waddington. A história é boa (o roteiro poderia ser um pouco mais objetivo em alguns trechos), as interpretações são muito boas (Regina Casé, Lima Duarte, Stênio Garcia), mas o que eu mais gostei mesmo foi a fotografia (do Breno Silveira). Aqueles cenários miseráveis, de fim de mundo, têm uma combinação perfeita de cores, terra alaranjada e céu muito azul, e foi um grande acerto privilegiar os horários de sol baixo, com sombras bem marcadas. #

    segunda-feira, 13 de agosto de 2001

    [ 17:29 ]

    Quando a Eletropaulo estabeleceu arbitrariamente que a minha meta de consumo seria de 194 kwh eu enviei uma carta pedindo revisão da meta com base em vários argumentos. Hoje veio a resposta: "Em atenção a sua correspondência solicitando-nos a análise do cálculo da meta para redução do consumo de energia elétrica, informamos que sua nova meta é 197 kwh." Ah, agora sim, todos os meus problemas ficam resolvidos, em vez de 194 kwh posso gastar 197 kwh. Definitivamente, este não é um país sério. #

    [ 14:58 ]

    Estou pensando em começar uma campanha contra os emoticons. No início, até era divertido e útil complementar uma mensagem de email com uma carinha sorridente para dar o tom. Mas com o tempo parece que as pessoas estão ficando dependentes dos emoticons e desaprendendo a ler um texto sem eles. Uma observação sarcástica ou irônica muitas vezes passa por prepotente ou arrogante pela simples ausência de um emoticon. A falha, obviamente, não é do texto e sim do leitor. A preguiça de interpretar está matando a sutileza da escrita. #

    [ 13:37 ]

    Da série estranhas buscas. Tem gente que fica procurando coisas no Google e por alguma razão vem parar aqui. Certas strings são desconcertantes. Entre as mais recentes apareceram "japoneses pelados", "fotos premiadas de aves" e "estrelas pornô em ação". Também já teve "como é feito um sabonete", "fotos sem explicação" e, a melhor de todas, "life is like a nox of chocolates". #

    [ 10:45 ]

    Encontrei uma mina de livros gratuitos em PDF: Abika. #

    [ 10:00 ]

    Alguns filmes já mostram nos primeiros cinco minutos que serão ruins. Prenda-me Se Puder (The White River Kid, EUA, 1999), do Arne Glimcher, que eu assisti ontem em vídeo, é desse tipo. Bob Hoskins é um frade de araque com sotaque do Arkansas, Antonio Banderas é um imigrante ilegal mexicano, Ellen Barkin é uma prostituta cega, e Wes Bentley é o tal White River Kid, maluco assassino com uma borboleta tatuada no rosto. O filme tenta contar muitas histórias e acaba não contando nenhuma direito. Muito ruim. #

    domingo, 12 de agosto de 2001

    [ 17:43 ]

    Atualizei o Burburinho. Novos textos, nova enquete, novo desafio. Ainda não se cadastrou? Está esperando o quê? #

    [ 14:45 ]

    Ontem vi o clip da música Sou Negrão, do Rappin Hood, uma mistura bem interessante de samba com rap. A letra é bacana, fala do orgulho da raça e cita várias personalidades negras. Aí fiquei pensando: e se um branco fizer uma música semelhante, cantando a raça branca, não será automaticamente acusado de racismo? #

    [ 12:08 ]

    Detalhe negativo na legendagem de Anatomia de um Crime: James Stewart diz que é solteiro (bachelor) e traduziram como bacharel. Ridículo. #

    [ 11:02 ]

    Ontem assisti novamente, em vídeo, o clássico Anatomia de um Crime (Anatomy of a Murder, EUA, 1959), do Otto Preminger. Ele já dirigiu coisas ótimas (como Laura ou Angel Face, por exemplo) e coisas péssimas (Forever Amber vem logo à mente). Em Anatomia de um Crime acerta a mão e faz um dos melhores filmes de tribunal da história. A narrativa é enxuta, vai direto ao ponto e diz muito nas entrelinhas. O elenco ajuda, claro: James Stewart, Lee Remick, Ben Gazzara, Eve Arden, George C. Scott. E a música do Duke Ellington (que também aparece no filme) dá um pano de fundo interessante ao advogado/pescador/pianista. Como todo filme bom, Anatomia de um Crime deixa o espectador pensando sobre ele mesmo depois de acesas as luzes da sala. Proporcionalidade de resposta: é justificável matar alguém por vingança a um estupro? #

    [ 10:18 ]

    Na IstoÉ Gente desta semana, este modesto Por um Punhado de Pixels foi incluído na lista de "weblogs (ou simplesmente blogs) bacanas que surgiram em língua portuguesa", e chamado de "um dos pioneiros nacionais". #

    sábado, 11 de agosto de 2001

    [ 18:00 ]

    Depois de dezenove episódios de Friends durante a semana (deveriam ser vinte, mas a Sony repetiu um), alguns comentários. Gostei mais do que achei que iria gostar. A série tem boas piadas e consegue montar um relacionamento interessante entre os seis protagonistas. Uma coisa me chamou a atenção: apesar de ter como tema central os romances, os namoros, as conquistas, supreendentemente os personagens tem pouquíssimo sex appeal. Ao menos é o que eu acho das mulheres. A Courteney Cox, por exemplo, é linda, mas seu personagem não tem qualquer sensualidade. Será que as espectadoras acham o mesmo do trio de rapazes? #

    [ 11:34 ]

    Ontem assisti dois filmes. No cinema, Final Fantasy (Final Fantasy: The Spirits Within, Japão-EUA, 2001). Comentários na próxima edição do Burburinho. Em vídeo, o bem carioca Pequeno Dicionário Amoroso (Brasil, 1997), da Sandra Werneck. Ascensão e queda de um relacionamento romântico, com comentários irônicos intercalados. Andréa Beltrão e Daniel Dantas convencem nos papéis principais, mas Tony Ramos é o mesmo canastrão de sempre. Inacreditável como um ator tão ruim tenha uma carreira de tanto sucesso. Se o filme fosse uma mulher e me perguntassem o que eu achei, diria que é bonitinha e simpática, mas não a convidaria para um segundo encontro. #

    [ 10:47 ]

    Gostaria de poder fazer umas comprinhas: Private Islands Online. #

    sexta-feira, 10 de agosto de 2001

    [ 16:20 ]

    Esse canalzinho E! é um fiasco. Botam bips no lugar dos palavrões dos entrevistados, cobrem com uns efeitinhos digitais os seios que aparecem na tela, e isso em programas que passam de madrugada e são marketeados para adultos. Mas o pior mesmo são os apresentadores dos documentários, todos metidos a engraçadinhos, que só servem para atrapalhar. Por que não deixam um narrador em off passando os fatos e pronto? Precisa ter aqueles bobinhos fazendo piadas sem graça a cada cinco minutos? #

    [ 11:09 ]

    Muita gente acha estranho eu ter bigode. Uma vez uma moça cheia de piercings e tatuagens me disse que bigode não era uma coisa natural. Parece que os bigodes perderam muita popularidade nos últimos anos. Então resolvi fazer uma listinha com uma dúzia de personalidades recentes com bigode: Albert Einstein, Clark Gable, David Niven, Errol Flynn, Frank Zappa, Groucho Marx, James Joyce, Jimi Hendrix, Mark Twain, Nigel Mansell, Salvador Dalí, Tom Selleck. Mais sugestões? Qual o seu bigode preferido? #

    [ 09:36 ]

    Mais um filme alemão. Ontem assisti Inverno Quente (Winterschläfer, Alemanha, 1997), do Tom Tykwer (o mesmo de Corra Lola Corra). Começa com um belo encadeamento de personagens e acontecimentos, mas passados quinze minutos nada mais acontece. Parece que tudo vai sendo improvisado pelo caminho e que o diretor não sabia bem onde queria chegar com o filme. Fraquinho. #

    quinta-feira, 09 de agosto de 2001

    [ 21:46 ]

    O Superzine, que fazia uma coletânea de melhores momentos dos zines, agora também abraçou os weblogs. A edição Especial Blogs inclui "uma pequena amostra da inteligência, criatividade e talento do pessoal que não tem medo de publicar suas idéias". Tem material de vários blogueiros e também o meu texto Os Escribas Estão Soltos. #

    [ 12:54 ]

    Som do dia: Mecano, o Kid Abelha espanhol. "Hoy no me puedo concentrar / tengo la cabeza para reventar / es la resaca del champagne / burbujas que suben y después se van" (de Hoy no me Puedo Levantar). #

    [ 09:52 ]

    Vários idosos aqui no prédio. Moro neste edifício há quatro anos, e desde que vim pra cá já morreu pelo menos meia dúzia de moradores. Ontem mais uma velhinha se foi. "A vida, mormente nos velhos, é um ofício cansativo." (Machado de Assis) #

    [ 09:02 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Anatomia (Anatomie, Alemanha, 2000), dirigido por Stefan Ruzowitzky. Aluguei o filme por engano, me disseram que era do mesmo diretor de Corra Lola Corra quando na verdade é só com a mesma atriz, a Franka Potente. Thriller passado numa escola de medicina, sem grandes surpresas, nem perto do "aterrorizante e inesperado" anunciado na caixa. #

    quarta-feira, 08 de agosto de 2001

    [ 19:17 ]

    Não sei por que ainda me surpreendo com a incompetência e o pouco caso das emissoras de televisão no Brasil. A Sony anunciou uma maratona Friends, com quatro episódios diários, revivendo a série desde o início. Mas logo no terceiro dia já estão repetindo um capítulo exibido no dia anterior! Ninguém por lá percebe a mancada? Ninguém se preocupa com os espectadores? #

    [ 15:44 ]

    O que você faz quando está lendo um weblog e encontra um erro? Tem gente que fica quieta. Tem gente que avisa o autor (é o que eu faço). Tem gente que anuncia o erro no próprio weblog. E tem gente que faz um weblog só para divulgar os erros dos outros. #

    [ 12:00 ]

    Ontem fui ao Bar Balcão. À mesa, uma turminha heterogênea de blogueiros: jornalistas, marketeiros, designers, publicitários, e um ou dois geeks. Meu cardápio: sanduíche de carpaccio, suco de tomate. Conversas variadas até as duas da manhã. #

    [ 09:50 ]

    O pessoal simpático da Traditional Jazz Band me mandou o excelente cd Swing Era, com vinte clássicos do gênero em roupagens alegres e criativas, de Tuxedo Junction a California, Here I come, incluindo uma versão tropical de Chattanooga Choo Choo. Os caras são muito bons. #

    terça-feira, 07 de agosto de 2001

    [ 16:58 ]

    E a Canalha conseguiu chegar à terceira edição, fenômeno raro entre revistas independentes brasileiras. Não só isto, mas também aumentaram o número de páginas e agora além de quadrinhos trazem entrevistas. A vítima desta edição é o Spacca, que também apresenta uma história. #

    [ 10:08 ]

    Som do dia: do fundo do baú, Bachman-Turner Overdrive. "Hey you, you say you wanna change the world / It's alright, with me there's no regret / It's my turn, the circle game has brought me here / And I won't let down 'till every song is set" (de Hey You). #

    [ 09:26 ]

    Ontem assisti, em vídeo, a mini-série O Julgamento de Nuremberg (Nuremberg, Canadá-EUA, 2000), dirigida por Yves Simoneau. Um dos personagens diz que um julgamento é basicamente um espetáculo, e é isso que o filme oferece, uma versão espetacularizada do verdadeiro julgamento. Claro que foi tudo simplificado para caber na tela, e até incluíram um romancezinho para suavizar um pouco as coisas, mas mesmo assim é uma boa reflexão sobre o tema. O melhor momento, sem dúvida, é a exibição no tribunal de cenas reais dos campos de concentração. Nenhum som, somente aquelas imagens chocantes e o silêncio que depois vai sendo cortado pela platéia, com uns chorando e outros saindo da sala sem agüentar mais. Dá mesmo vontade de chorar vendo aquilo. "Evil is the absence of empathy." #

    [ 09:11 ]

    Mais um bom site que sucumbe à praga dos popup banners: Internet Movie Database. #

    segunda-feira, 06 de agosto de 2001

    [ 20:38 ]

    Assisti hoje na Sony o que pareciam ser os primeiros quatro episódios de Friends. Eu já havia visto alguns capítulos recentes e não tinha gostado, era só conversa sobre como uma pessoa deve casar para ser feliz, como fica incompleta fora do casamento, como deve procurar seu príncipe/princesa, e assim por diante. Mas os meus amigos insistiam que as temporadas antigas eram muito melhores, então fui tirar a dúvida. Realmente, gostei, dei algumas boas risadas. Mas a nóia com casamento já aparece de leve, está lá, pronta para crescer. #

    [ 17:05 ]

    Segunda-feira nefasta, repleta de percalços e más notícias. #

    [ 10:39 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Homens de Honra (Men of Honor, EUA, 2000), dirigido por George Tillman Jr. Você sabe a diferença entre determinação e teimosia? Este filme ensina, e glorifica a teimosia. O que seria facilmente rotulado de burrice ou loucura, passa por heroísmo porque deu certo. Cuba Gooding Jr. oferece uma boa interpretação, Robert De Niro está um pouco exagerado para o meu gosto. #

    domingo, 05 de agosto de 2001

    [ 17:06 ]

    O Burburinho ganhou mais três textos hoje, uma nova enquete e um novo desafio. Burburinhe-se! #

    [ 12:38 ]

    Concluí meu ciclo National Kid (eram os últimos da série na locadora) com Contra o Império Subterrâneo e A Vingança do Império Subterrâneo. Sem saber, acabei deixando os piores para o fim. Mudou o ator principal, e este é mais canastrão. Os vilões do império subterrâneo não têm o mesmo charme dos incas venusianos ou dos seres abissais. E ainda introduziram uma dupla cômica na série, o que paradoxalmente tira a graça - engraçado mesmo era quando a aventura tentava ser séria. #

    sábado, 04 de agosto de 2001

    [ 22:41 ]

    Fui assistir, com a minha mãe, Que Mulher é Essa? (One Night at McCool's, EUA, 2001), dirigido por Harald Zwart. Achei que ia ser fraquinho mas até que me diverti com o filme. A narrativa dividida entre os três personagens (John Goodman, Paul Reiser e Matt Dillon) e seus confessores (um padre, uma psiquiatra e um assassino de aluguel) é bem construída e prepara as gags finais de maneira engenhosa. Fiquei surpreso em ver a cantora country Reba McEntire como atriz (ela é a psiquiatra) e achei muita graça na peruca ridícula do Michael Douglas (ele é o assassino). A Liv Tyler, peça central da trama, é afinal a que menos brilha no filme, apesar de estar bem menos rolicinha que em Dr. T & the Women. #

    [ 17:02 ]

    Fica difícil levar a sério:

  • médico fumando
  • padre aconselhando sobre sexo
  • diretor de arte mal vestido #

    [ 14:14 ]

    No weekend passado meu pai esteve por aqui. Neste foi a minha mãe que veio me visitar. Já comemos uma feijoadinha, e depois fomos até a Pinacoteca do Estado ver a exposição De Picasso a Barceló, mas nem entramos. A fila dava a volta no museu e só estavam deixando entrar trinta pessoas a cada dez minutos. Desistimos. #

    sexta-feira, 03 de agosto de 2001

    [ 22:54 ]

    Nada mais apropriado que assistir o novo Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, EUA, 2001) com a Rosinha Monkees. Fomos hoje à estréia do filme e do cinema Unibanco Arteplex. Tudo novinho, confortável, tela grande, som de qualidade, exposição de fotos no saguão. O Shopping Frei Caneca, onde está o cinema, também é simpático, apesar de não ter uma boa livraria ou uma boa loja de cds. O filme eu vou comentar na próxima edição do Burburinho. #

    [ 15:00 ]

    Ontem dei continuidade ao meu ciclo National Kid com Contra os Seres Abissais e A Revolta dos Seres Abissais. Muito engraçado, principalmente pela ingenuidade das soluções encontradas. Os tais seres abissais, por exemplo, passam quase todo o tempo vestidos em estilo Mancha Negra. Por baixo dos capuzes vemos que são cabeças humanas normais, e as luvas cobrem mãos pequenas com cinco dedos. Quando eles tiram aquela indumentária, as cabeças de peixe/réptil são enormes, não caberiam nos capuzes, e as mãos só têm três dedões que tampouco encaixariam nas luvas. Tosco e engraçado, exatamente por ser autêntico e não metido a engraçado como os derivados de agora. #

    [ 14:34 ]

    Comprei um livro no site da Editora Revista dos Tribunais e recebi um email de confirmação: "Agradecemos por utilizar os serviços da Livraria RT Virtual. Sua compra foi efetuada com sucesso." Hoje, oito dias depois, eles mandam outro: "Lamentamos informar que a obra A Luta Pelo Direito encontra-se esgotada, não havendo em nosso estoque nenhum exemplar para atendê-lo." Se não têm o produto para entregar, por que o anunciam para venda e por que confirmam a compra? #

    [ 10:33 ]

    Alguém é capaz de explicar a expressão boca-a-boca quando uma notícia se espalha de pessoa para pessoa? Não seria boca-a-orelha? #

    quinta-feira, 02 de agosto de 2001

    [ 22:12 ]

    Depois de quase cinqüenta páginas com todos os verbos no presente, no segundo capítulo de Roubando Vidas o Michael Pye finalmente adota um estilo mais natural de narrativa. Entra em cena também um novo personagem, o inglês (filho de português) John Michael Snell Costa. The plot thickens. #

    [ 14:49 ]

    Som do dia: Cake. "I just want to play on my pan pipes / I just want to drink me some wine / As soon as you're born you start dying / So you might as well have a good time" (de Sheep Go to Heaven). #

    [ 11:09 ]

    Ontem assisti, em vídeo, O Retorno dos Incas Venusianos (Japão, 1960), aventura do velho National Kid, herói da minha infância. É tudo muito tosco mas também muito engraçado. Fiquei pensando como era fácil encantar uma criança. E aquela musiquinha! "Ei! Nationaro kido..." Hoje vou alugar os outros episódios, talvez escreva sobre a série no Burburinho. #

    [ 10:04 ]

    Da série etiqueta básica para blogueiros:

  • Não use imagens de outros sites sem pedir autorização.
  • Quando quiser indicar um texto que já está em outro site, não é preciso copiar tudo, um link é o suficiente. Eventualmente, um pequeno trecho pode ser copiado, mas nunca todo o texto.
  • Antes de publicar uma conversa de email ou de ICQ, peça licença à outra pessoa. #

    quarta-feira, 01 de agosto de 2001

    [ 21:37 ]

    Estou gostando da história do Roubando Vidas (curiosamente, deixei de lado um livro sobre troca de corpos, The Tale of the Body Thief, para ler este que é sobre troca de identidades). Só me incomoda a narrativa com os verbos todos no presente, principalmente quando a ação é capaz de avançar vários anos num só parágrafo. Espero que seja só um recurso para introduzir a trama e o autor mude de discurso mais adiante. #

    [ 16:49 ]

    Eles vinham ameaçando há vários meses, e agora finalmente lançaram seus weblogs: o Rafael Spoladore e o NightHiker. #

    [ 15:16 ]

    Primeiro, João Paulo II pede a Bush que proíba pesquisas com embriões. Depois, ator que fez Super-Homem pede a Bush para ignorar apelo do papa. Em breve, João Paulo II apóia pesquisas com kriptonita. #

    [ 11:56 ]

    Gal Costa tenta explicar para a Folha de S. Paulo por que apoiou o ACM: "É, eu quero deixar uma coisa clara, eu vou voltar ao assunto Antonio Carlos: não foi apoio político de forma nenhuma. Foi apoio moral." Grande diferença, hein? #

    [ 10:42 ]

    Ontem assisti, em vídeo, Retorno Mortal (No Way Back, EUA, 1996), dirigido por Frank A. Cappello. Russell Crowe, com um cabelinho ridículo e o velho mau humor, caçando um bandido da Yakuza para o entregar a outro bandido e assim salvar seu filho. No caminho encontra uma aeromoça irritante, a supermoça Helen Slater. Nada extraordinário, mas assistível. Gostei particularmente de uma seqüência um pouco perdida no meio do filme, o seqüestro de um avião e uma aterrisagem forçada. Só não dá para entender como um filme que tem como título Sem Retorno possa ser chamado no Brasil de Retorno Mortal. #

    [ 10:15 ]

    Conversa no ICQ: Marina: Você precisa urgente de um gatinho! Eu: No, thanks. Marina: Se eu te desse um gatinho, você ia fazer o quê? Eu: Um tamborim e um churrasquinho. #