quarta-feira, 31 de março de 2004

[ 19:40 ]

Um órgão sexual, mas não no sentido mais popular da expressão: Sexual Organ. #

[ 16:11 ]

gastronomia + existencialismo + humor = The Jean-Paul Sartre Cookbook. #

[ 15:26 ]

Meu otimismo no início de março revelou-se completamente infundado. Foi um mês de frio e chuva, pouco dinheiro, sem boas notícias, meu tão esperado green card não chegou, tive problemas nos dentes, machuquei a perna, e não fiz muitas coisas divertidas. Não me atrevo a fazer previsões para abril. #

terça-feira, 30 de março de 2004

[ 21:47 ]

Nos últimos dias, assisti em dvd a quinta temporada de Stargate SG-1. Os roteiristas trouxeram de volta uma coleção de personagens secundários de episódios antigos: Cassandra, a menininha que havia sido salva pela Samantha Carter, agora é uma adolescente com problemas; Chaka, a criatura que se tornou amiga do Daniel Jackson, agora é capturado por caçadores de escravos; Martin, o alienígena nerd descoberto pelo Jack O'Neil, agora é consultor de séries de televisão (o que dá oportunidade de fazer uma auto-paródia de Stargate SG-1); e vários outros. Curiosidade 1: no episódio The Warrior, um grupo de alienígenas aparece praticando uma arte marcial exótica chamada "mastaba", que qualquer brasileiro reconhece imediatamente como capoeira. Curiosidade 2: mais um ex-ator da série Star Trek participa de Stargate SG-1, John de Lancie, o Q. Mas a maior surpresa da temporada é a saída do Daniel Jackson, que poderia ter morrido como herói mas "passou para outro plano de existência", tornando-se parte de uma raça alienígena e deixando aberta a porta para uma participação especial no futuro. #

[ 21:10 ]

Fotojornalismo: James Nachtwey. #

[ 20:25 ]

American Express apresenta: As Aventuras de Seinfeld & Superman. #

segunda-feira, 29 de março de 2004

[ 22:23 ]

Assisti em dvd The Safety of Objects (EUA-GB, 2001), da Rose Troche. Um drama muito bem escrito, e especialmente muito bem editado, sobre quatro famílias no conforto dos subúrbios estadunidenses, que em alguns momentos lembra trabalhos do Todd Solondz ou do Paul Thomas Anderson. Boas interpretações de Glenn Close e da Patricia Clarkson. Recomendado para quem sabe apreciar filmes sem tiroteiros ou perseguições de automóveis. #

[ 20:14 ]

Terminei de jogar Siege of Avalon, completando os seis capítulos, livrando o reino da ameaça dos exércitos Sha'ahoul e derrotando em combate o líder Mithras. O jogo é bacaninha e, apesar de alguns problemas (o principal é ter que correr de um lado para outro numa área de jogo enorme para executar algumas tarefas triviais), oferece muitas horas de diversão. Uma boa compra por US$9.99. #

domingo, 28 de março de 2004

[ 17:21 ]

Esta semana no Burburinho, um texto sobre a Sala dos Pavões e uma enquete sobre menininhas dos quadrinhos. Burburinhe-se! #

[ 15:30 ]

Por recomendação da Jade e do David, assisti ontem em dvd Intolerable Cruelty (EUA, 2003), dos irmãos Coen. Achei horrível. Tom farsesco, personagens caricaturais, situações de pastelão, e um final extremamente piegas. Por vezes lembra aquelas comédias screwball com o Cary Grant, no estilo de Bringing Up Baby e His Girl Friday mas sem o encanto dos originais. Um desperdício dos talentos de George Clooney, Catherine Zeta-Jones, Geoffrey Rush, Billy Bob Thornton. #

sábado, 27 de março de 2004

[ 16:54 ]

"Santa compilação, Batman!" Lembra do Robin, o menino-prodígio da série de televisão Batman da década de sessenta, que sempre tinha uma expressão pseudo-religiosa para pontuar as situações? O site Holy ---, Batman! tem uma lista enorme dessas exclamações. #

[ 15:09 ]

Em defesa dos super-heróis: Superhero Stories and Our Own. #

sexta-feira, 26 de março de 2004

[ 18:01 ]

Eu li em algum lugar que Cabin Fever (EUA, 2002), do Eli Roth, era do mesmo nível que Ginger Snaps e 28 Days Later. Ontem assisti em dvd e me decepcionei. Tem alguns poucos bons momentos e várias homenagens a filmes de terror classe C, mas história é fraquinha, cheia de desvios desnecessários, e avança aos tropeços. #

[ 13:23 ]

Frase do dia: "In this age, the mere example of nonconformity, the mere refusal to bend the knee to custom, is itself a service." (John Stuart Mill) #

quinta-feira, 25 de março de 2004

[ 23:23 ]

Vários nomes bem conhecidos recebem os 2004 Wired Rave Awards, entre eles Peter Jackson (film), David Byrne (art), Jeff Bezos (business) e Steve Jobs (renegade of the year). #

[ 23:01 ]

Depois de ver o Robert Crumb como personagem em American Splendor, resolvi assistir em dvd dois documentários sobre ele e relembrar os tempos em que eu passava horas tentando imitar as hachuras do mestre. The Confessions of Robert Crumb (EUA, 1987) foi escrito e narrado pelo próprio Crumb, e pode ser considerado uma biografia oficial do artista. Tem muitas passagens interessantes, como por exemplo como ele matou o gato Fritz por causa do desgosto causado pela adaptação cinematográfica ou como viveu em San Francisco no auge do período hippie mas apesar de ter aderido aos ideais das drogas, da paz e do amor nunca deixou o cabelo crescer e manteve uma estética nerd. Crumb (EUA, 1994), do Terry Zwigof, é menos coeso e mais ambicioso, usando entrevistas com parentes, amigos e ex-namoradas (e com o próprio Crumb, claro, que parece adorar câmaras) para dar uma visão em mosaico do artista. Quem gosta do Crumb deveria assistir os dois. #

[ 15:14 ]

Atheist Presents Case for Taking God From Pledge: "For example, when Dr. Newdow described 'under God' as a divisive addition to the pledge, Chief Justice William H. Rehnquist asked him what the vote in Congress had been 50 years ago when the phrase was inserted. The vote was unanimous, Dr. Newdow said. 'Well, that doesn't sound divisive,' the chief justice observed. Dr. Newdow shot back, 'That's only because no atheist can get elected to public office.' The courtroom audience broke into applause, an exceedingly rare event that left the chief justice temporarily nonplussed. He appeared to collect himself for a moment, and then sternly warned the audience that the courtroom would be cleared 'if there's any more clapping.'" #

[ 14:30 ]

Como disse o Rick Blaine, we'll always have Paris. #

[ 13:27 ]

O novo livro do Lawrence Lessig está disponível para download gratuito: Free Culture: how big media uses technology and the law to lock down. #

quarta-feira, 24 de março de 2004

[ 23:16 ]

Frase do dia: "The more advanced the mind, the greater the need for recreation." (Howard A. Tullman) #

[ 22:45 ]

Terminei de jogar The Temple of Elemental Evil. Derrotei os padrecos do mal, exterminei os monstros dos quatro elementos e matei em combate o terrível demônio Zuggtmoy, reunindo fama e riqueza pelo caminho. Nada como um pouco de fantasia para passar algumas horas divertidas. #

[ 18:25 ]

O tradicional "olha o passarinho" dos fotógrafos já pode ser substituído por "olha o pingüinzinho": Pingüim 'fotógrafo' faz imagens raras das aves debaixo d'água. "Cientistas conseguiram imagens da interação de pingüins debaixo d'água ao atar câmeras miniaturizadas às costas das aves." #

terça-feira, 23 de março de 2004

[ 15:33 ]

Imagine David Lynch e Luis Buñuel dirigindo em parceria um roteiro do Marquês de Sade sobre pornógrafos russos do início do século XX. O resultado talvez não fosse muito diferente de Of Freaks and Men (Rússia, 1998), do Aleksei Balabano, que assisti ontem em dvd (o título original é Pro Urodov i Lyudej). O filme é tão estranho que fica difícil dizer se é bom ou ruim. Mas certamente é interessante. #

[ 15:10 ]

A Mafalda, personagem do Quino, sopra quarenta velinhas este ano: Mafalda 40° Aniversário. #

[ 14:22 ]

Showdown: Supreme Court will hear case by atheist hoping to cut the words 'under God' from the Pledge of Allegiance. #

segunda-feira, 22 de março de 2004

[ 23:42 ]

Frase do dia: "I don't believe in luck, but I appreciate the sentiment." (resposta do Odo em Star Trek: Deep Space Nine quando lhe desejam boa sorte, perfeita para céticos e ateus confrontados com os tradicionais "good luck" e "god bless you") #

[ 23:16 ]

Dúvida em relação ao universo Star Trek: se todos os seres civilizados do futuro têm um tradutor universal instalado na cabeça, como conseguem falar e ouvir outros idiomas sem tradução, como acontece freqüentemente em klingon ou bajoran? #

[ 22:44 ]

Terminei de assistir em dvd a quarta temporada de Star Trek: Deep Space Nine, que se confirmou a melhor até agora. Bons episódios de humor, como Little Green Men (Quark, Rom e Nog voltam ao planeta Terra de 1947 e são tomados por invasores marcianos) e Our Man Bashir (o médico de DS9 vivendo as aventuras de James Bond numa simulação, com os outros personagens como coadjuvantes involuntários); bons episódios temáticos, como Homefront e Paradise Lost (ambos discutindo a perda de liberdades individuais em nome da segurança nacional); bons episódios desenvolvendo personagens secundários, como Hard Time (onde O'Brien recebe memórias artificiais de vinte anos numa prisão alienígena) e Body Parts (onde Quark perde seu bar e o reconstrói com ajuda de quem ele não esperava); bom episódio final, Broken Link, com Odo sendo transformado em humano e realizando o potencial de Pinóquio herdado do Data. #

[ 10:41 ]

Curiosidade: os dois filmes de maior bilheteria em exibição nos EUA, Dawn of the Dead e The Passion of The Christ, são sobre pessoas que morrem mas voltam a andar entre os vivos. #

[ 10:07 ]

Ontem começou oficialmente a primavera, mas as temperaturas continuam invernosas. Lá fora está 34°F (1°C), com sensação térmica de 22°F (-6°). #

domingo, 21 de março de 2004

[ 23:14 ]

Esta semana no Burburinho: texto sobre um gato e um rato (Tom & Jerry) e enquete sobre três cachorros (Lassie, Rin Tin Tin e Benji). Burburinhe-se! #

sábado, 20 de março de 2004

[ 21:57 ]

Ontem assisti em dvd Freddy Vs. Jason (EUA, 2003), do Ronny Yu. Lembraram de incluir a colônia de férias macabra de Friday the 13th, a fábrica de pesadelos de Nightmare On Elm Street, os adolescentes abobalhados prontos para morrer em série, e as cenas exageradas de assassinatos. Esqueceram de incluir uma história interessante. Muito fraquinho. #

sexta-feira, 19 de março de 2004

[ 18:13 ]

Trabalho fotográfico extraordinário: Michael Kenna. #

[ 16:42 ]

Weblog sobre design: Design Observer. Entre os colaboradores estão o Rick Poynor, autor de Design Without Boundaries: Visual Communication in Transition e a Jessica Helfand, autora de Screen: Essays on Graphic Design & New Media. #

[ 16:32 ]

Alan Moore: Les Dessins du Magicien, no Palais des Beaux-Arts na Bégica, é uma exposição dedicada ao autor de Watchmen, From Hell e The League of Extraordinary Gentlemen, entre outros. Mas ele não vai até lá: "'I don't even have a passport', he says, and points out that in today's political climate anyone looking like him (ie, Old Testament prophet/Motörhead roadie) probably wouldn't even be allowed on the plane." Quem conhece a figura, não duvida. É interessante a entrevista que ele deu ao jornal Independent, Alan Moore: The reluctant hero. Outra entrevista recente com ele é Five Questions for Alan Moore. #

[ 14:10 ]

Curta-metragem bacaninha de animação em 3d: Akryls. #

[ 12:53 ]

Minha amiga Julia Marinho lembrou que a luta final do primeiro Lethal Weapon foi coreografada por um brasileiro. Fui pesquisar no Google e descobri o Rorion Gracie falando sobre isso: "So the director hired me to choreograph the fight and teach Mel Gibson and Gary Busey for Lethal Weapon I. A couple of years later I worked with Rene Russo on Lethal Weapon 3. I not only trained her, but also when it came time for the fight scene, they hired me as a stunt man." (Interview with Rorion Gracie). #

quinta-feira, 18 de março de 2004

[ 23:14 ]

Terminei meu ciclo Lethal Weapon com a constatação que os melhores filmes eram piores que eu lembrava e os piores filmes eram muito piores que eu lembrava. Como a Patsy Kensit tinha morrido no episódio anterior, em Lethal Weapon 3 (EUA, 1992), do Richard Donner, arranjaram uma nova namorada para o Riggs, a Rene Russo. Seu encanto, porém, não foi o suficiente para salvar o filme, o pior da série. Em alguns momentos, com Riggs e Murtaugh fardados, chega a lembrar as palhaçadas de Loucademia de Polícia. Só se salva a trilha sonora, assinada por Eric Clapton e David Sanborn. Em Lethal Weapon 4 (EUA, 1998), ainda do Richard Donner, apesar do fraco início as coisas melhoram um pouco e ao menos temos algumas boas seqüências de ação (particularmente as cenas de luta com o vilão Jet Li e a perseguição de automóveis onde Riggs acaba surfando sobre uma mesa arrastada por um caminhão). Se no segundo filme introduziram o Joe Pesci e no terceiro a Rene Russo, neste entra em cena o Chris Rock, que se junta à família sempre em expansão. Aliás, é em clima familiar que termina a série, num epílogo piegas que inclui casamentos, criancinhas e um discurso sobre o sapinho de estimação da infância do Leo Getz. #

[ 14:25 ]

Enquanto nos EUA a puritana Federal Communications Commission (FCC) anda preocupada com o que pode e o que não pode ser dito na televisão, na Inglaterra o Channel 4 faz um divertido comercial com celebridades dizendo palavrões: Swearwords. #

quarta-feira, 17 de março de 2004

[ 23:15 ]

Além de jogar os jogos do David também estou assistindo os seus dvds. Na falta de algo melhor, comecei um ciclo Lethal Weapon. O primeiro longa-metragem da série, Lethal Weapon (EUA, 1987), do Richard Donner, é uma aventura razoável, contrapondo um personagem à beira do suicídio (Martin Riggs, interpretado pelo Mel Gibson) com um personagem de bem com a vida mas com uma certa crise dos cinqüenta anos (Roger Murtaugh, interpretado pelo Danny Glover). Tem algumas boas cenas no meio de uma trama um tanto previsível, mas o final é indesculpável. Depois de prender o vilão (Gary Busey), o que seria o fecho da história, Riggs resolve partir para uma irresponsável luta corpo a corpo com ele, para provar quem é mais macho ("Que es mas macho, pineapple o knife?", perguntaria Laurie Anderson), com metade da força policial de Los Angeles assistindo. Ridículo. No segundo filme, Lethal Weapon 2 (EUA, 1989), também do Richard Donner, o sargento Martin Riggs está menos sombrio, mais brincalhão, e até arranja uma namorada, que acaba morrendo nas mãos dos caricatos vilões sul-africanos. Não se preocupe de eu estar contando isto, porque a trama é bem previsível e parece servir somente de fio condutor de uma cena com muitos tiros para uma cena com grandes explosões, alternadamente. Como elemento cômico, aparece o Joe Pesci interpretando um vigarista, Leo Getz, que sofre todos os tipos de abuso nas mãos da dupla Riggs-Murtaugh. Aliás, é interessante notar como estes "heróis" ignoram não só as regras de comportamento social mas também as de conduta policial, abusando do poder do distintivo com freqüência assustadora. #

[ 22:20 ]

Jogo da vez: dei uma pausa no Siege of Avalon (já completei quatro dos seis capítulos), e instalei um cd que o David tinha aqui, The Temple of Elemental Evil. É um rpg tradicional, com regras da terceira edição de Dungeons & Dragons e todos os elementos clássicos do gênero, espadas mágicas, calabouços cheios de monstros e um templo maligno com surpresas desagradáveis. Bacaninha. #

[ 11:26 ]

Ronda de webzines:

  • Bala
  • Fraude
  • Paralelos #

    terça-feira, 16 de março de 2004

    [ 23:34 ]

    Sessão dupla em dvd, nada muito entusiasmante. The Haunting (EUA, 1963), do Robert Wise, é uma história de horror bem fraquinha, com duas mulheres adultas morrendo de medo de uns barulhos pela casa e com um investigador do paranormal fazendo discurso sobre como devemos aceitar a existência do sobrenatural simplesmente porque ninguém sabe explicar o que está acontecendo. Recentemente foi refilmado com Liam Neeson e Catherine Zeta-Jones, mas não melhorou muito. Enigma (EUA-GB-Alemanha, 2001), do Michael Apted, é uma história de espionagem da segunda grande guerra, misturando uma equipe de decifradores de códigos, um romance meteórico entre agentes, e uma conspiração para encobrir segredos de estado. O material é bom mas a narrativa é um pouco trôpega, sem se decidir qual das muitas histórias (a decifração, o romance, a conspiração) quer contar. #

    [ 13:55 ]

    Você se sente mais ninja ou mais pirata? Se identifica mais com elfos ou com anões? O Tom Coates escreveu um texto interessante e divertido sobre esses arquétipos culturais: From Pirate Dwarves to Ninja Elves. "I have always considered the profound distinction between ninjas and pirates to be an absolute one. One was either ninja or pirate - there were no inbetweens. One personality type was skilled and proficient, elegant and silent, contained and constrained, honourable and spiritual. The other type loud and flamboyant, gregarious and unrestrained, life-loving and vigorous, passionate and strong. I thought all people must pledge their allegiance, or be categorised accordingly. The other day at work, another binary pair was presented to me - a co-worker who doesn't declare people pirate or ninja, but instead elf or dwarf. For him, humanity falls into doers and thinkers - elves being elegant and timeless, conceptual and refined, abstract and beautiful while dwarves are practical and structural, hard-working and no-nonsense, down-to-earth smiths and makers." #

    segunda-feira, 15 de março de 2004

    [ 18:21 ]

    Foram divulgados hoje os resultados do Fourth Annual Weblog Awards (também conhecido como The 2004 Bloggies). O grande e merecido vencedor foi o Boing Boing, que levou os prêmios de Best American Weblog, Best Group Weblog, e o grande prêmio Weblog of the Year. Outros escolhidos que me agradaram foram o Movable Type como Best Web Application for Weblogs e o MetaFilter como Best Community Weblog. Bem mais questionáveis foram os vencedores das categorias Best Weblog About Politics (o sobrevalorizado InstaPundit) e Best New Weblog (o Blog for America, do ex-candidato a candidato à presidência dos EUA, Howard Dean). Na categoria em que eu concorria, Best Latin American Weblog, não houve grande surpresa com a premiação indo para o Overcaffeinated, weblog mexicano (mas escrito em inglês) que acompanha a história em quadrinhos homônima. Como eu disse aqui quando soube que estava entre os finalistas, independentemente do resultado já é uma honra estar entre os top five numa premiação como esta. #

    [ 11:19 ]

    Enquanto sites como Friendster e Orkut aparentemente prosperam, outros menos afortunados fecham suas portas. Acabo de receber um email da Buddy Network anunciando que encerra atividades à meia-noite de hoje. #

    [ 10:17 ]

    José Luis Rodríguez Zapatero, novo primeiro-ministro da Espanha, manda seu recado: "'Por supuesto, los soldados españoles en Irak regresarán antes del 30 de junio'. El líder del PSOE ha puntualizado que, antes de dar la orden, se lo comunicará a los socios y a todas las fuerzas políticas. También ha dicho que que la intervención contra Sadam fue 'un error político' y que 'Bush y Blair deben hacer una autocrítica porque no se puede bombardear un pueblo por si acaso'." (Zapatero: 'Los españoles tenían ganas de cambio') #

    domingo, 14 de março de 2004

    [ 23:57 ]

    Esta semana o Burburinho está em ritmo de jazz, com um texto sobre Bix Beiderbecke e uma enquete sobre big bands. Burburinhe-se! #

    sábado, 13 de março de 2004

    [ 21:03 ]

    Passeio literário: The Sherlock Holmes Museum. #

    [ 21:02 ]

    Passeio artístico: Maggie Taylor. #

    [ 21:01 ]

    Passeio científico: Mars Quest. #

    sexta-feira, 12 de março de 2004

    [ 22:38 ]

    Comecei a assistir em dvd a quarta temporada de Star Trek: Deep Space Nine, e parece ser a melhor até agora. Worf (Michael Dorn) junta-se à tripulação da estação DS9, Sisko (Avery Brooks) raspou a cabeça para acompanhar o cavanhaque (mas continua pessimamente interpretado), Nog (Aron Eisenberg) entra para a Starfleet Academy. Todos os episódios que assisti agora são muito superiores ao que vinha sendo feito na série, com destaque para The Visitor (narrado em flashback por um Jake Sisko velho, no que se revela como uma realidade alternativa), Rejoined (onde a Jadzia Dax reecontra um velho amor do seu simbionte e se reapaixona, protagonizando o primeiro beijo lésbico de Star Trek), Little Green Man (com os ferengis Quark, Rom e Nog voltando à Terra de 1947 e sendo confundidos com invasores marcianos, numa divertida homenagem a um dos episódios da série original), e principalmente a dupla Homefront e Paradise Lost, analogia à reação extrema de certos grupos contra ameaças à segurança nacional, tema atualíssimo nesta nossa época de 9-11 e 11-M. #

    [ 18:36 ]

    Som do dia: John Cale. #

    [ 16:19 ]

    Texto interessante sobre Google e segurança: The Perils of Googling. "Even when people do understand that their content is about to go onto the web, many do not fully think through what they're about to post. They don't examine that content in light of a few simple questions: How could this information be used against me? Or my organisation? And should this even go on the web in the first place?" #

    [ 14:01 ]

    O M.C. Escher criou tesselações geniais, aqueles mosaicos em que pecinhas simétricas se encaixam com perfeição ("Filling the plane has become a real mania to which I have become addicted and from which I sometimes find it hard to tear myself away."). O site Tessellations apresenta galerias do mestre e dos discípulos, e ensina como fazer suas próprias tesselações. #

    quarta-feira, 10 de março de 2004

    [ 19:41 ]

    Assisti em dvd American Splendor (EUA, 2003), dirigido por Shari Springer Berman e Robert Pulcini. Muito bom. O outro lado do sonho americano, do emprego monótono, da falta de dinheiro, da existência medíocre e sem glamour. Claro que o protagonista Harvey Pekar de certa forma ultrapassou essa estagnação social através do reconhecimento que obteve com suas histórias em quadrinhos, mas sem perder a noção da sua posição, como bem exemplificam as cenas sobre Revenge of the Nerds e The David Letterman Show. A narrativa do filme é criativa, misturando a ficionalização cinematográfica do Harvey Pekar (muito bem interpretado pelo Paul Giamatti), o Harvey Pekar dos quadrinhos (por vezes aparecendo como personagem animado), e o próprio Harvey Pekar falando sobre a sua vida e fazendo comentários sobre o filme. Enquanto assistia American Splendor me ocorreu que transformar a própria vida em material ficcional de forma tão direta e fazer álbuns em quadrinhos tão confessionais tinha alguma relação com escrever weblogs. Aí fui pesquisar e descobri que a família Pekar teve o seu momento blogueiro, com weblogs do Harvey, da Joyce e da Danielle (como não são atualizados desde o ano passado, podem ter sido criados somente para promover o filme). #

    [ 15:40 ]

    Não tem sido uma boa semana. Depois do problema no dente, temporariamente resolvido, consegui uma contusão na perna esquerda. Na plataforma do metrô, fui empurrado contra a parede por um grupo enorme de pessoas desorientadas, possivelmente membros de alguma convenção ou excursão, e bati a canela contra um banco de cimento. Agora tenho uma ferida e um inchaço de dar inveja a futebolista. Além disso, o frio voltou, tem chovido fininho quase todos os dias, e os clientes parecem estar evitando gastar dinheiro, talvez por causa da época de declaração de impostos. Preciso de boas notícias. #

    [ 11:43 ]

    Uma nova ferramenta de busca, que em vez da habitual listagem simples organiza os resultados em grupos: Mooter. #

    terça-feira, 09 de março de 2004

    [ 18:26 ]

    Continuando minha educação sobre anime, assisti em dvd vários episódios da série Gigantor (Japão, 1963), a primeira a apresentar o modelo "um menino e seu robô gigante", mais tarde usado em diversas variações, de Frankenstein Jr. a The Iron Giant. A versão que assisti já estava adaptada para o mercado dos EUA, não só com o novo título (o original japonês chamava-se Tetsujin 28-go) mas também com todos os personagens rebatizados (Kaneda como Jimmy Sparks, Otsuka como Inspector Blooper, etc) e com a trilha sonora famosa (da qual eu tenho uma versão em cd gravada pela banda Helmet). A animação é simples, em preto e branco, e as histórias são ainda mais simples e infantis. Há sempre um grande vilão tentando conquistar o mundo e o robozão é chamado para enfrentar seus exércitos. O mais curioso é que uma máquina poderosa como Gigantor é controlada por um menino de doze anos, que também dirige carros, pilota aviões e dá conselhos às autoridades. #

    [ 17:56 ]

    The Godless Americans Political Action Committee endorses candidates for public office who support the First Amendment separation of church and state; defend equal rights and protections for our nation's godless Americans; inform our community of the voting records of their elected representatives on issues of concern; and support our goal of having "a place at the table" in formulating public policy. #

    [ 17:55 ]

    The No Border Network is a tool for all groups and grass root organizations who work on the questions of migrants and asylum seekers in order to struggle alongside with them for freedom of movement, for the freedom for all to stay in the place which they have chosen, against repression and and the many controls which multiply the borders everywhere in all countries. #

    [ 12:10 ]

    Eu não entendo o que eles dizem, mas o trailer é visualmente interessante: Casshern. #

    segunda-feira, 08 de março de 2004

    [ 23:38 ]

    Som do dia: Mindless Self Indulgence. #

    [ 19:37 ]

    Ontem começou a nova temporada da série The Sopranos. O episódio foi muito bom, com as habituais doses de violência (Christopher e Paulie descarregam suas frustrações num pobre garçom), diálogos analíticos (Tony resolve cortejar a doutora Melfi e ouve o que não queria ouvir) e situações inesperadas (agora um urso ronda a mansão da família Soprano). Um início bem mais promissor que o da temporada passada, a mais fraca até agora. Destaque para dois novos mafiosos no elenco, os excelentes Robert Loggia e Steve Buscemi. #

    [ 18:18 ]

    Da série Sonhos Estranhos: esta noite sonhei que estava jogando sinuca com o capitão Jean-Luc Picard. #

    domingo, 07 de março de 2004

    [ 22:46 ]

    Esta semana o Burburinho fala do pintor Almeida Jr. e traz uma enquete sobre a trilogia The Godfather. Burburinhe-se! #

    [ 18:39 ]

    Algumas comunidades do Orkut exigem aprovação do moderador para a entrada de novos participantes. Quando você é aprovado, recebe uma mensagem automática dizendo "X has accepted you as part of the community Y. Now you are one of us." A frase parece saída diretamente do filme Freaks, do Tod Browning: "We accept you, one of us! Gooble Gobble!" #

    [ 17:49 ]

    Tenho me dedicado a explorar um pouco mais o Orkut, e a tarefa de hoje foi localizar comunidades interessantes. Encontrei também um texto da Rebecca Blood com boas sugestões de como melhorar o site: Thirteen Ways To Save Orkut. #

    sábado, 06 de março de 2004

    [ 20:45 ]

    Já assisti várias vezes The Hustler, The Color of Money e Poolhall Junkies. Ontem encontrei em dvd mais um filme sobre sinuca: Stickmen (Nova Zelândia, 2001), do Hamish Rothwel. História bacaninha de três amigos que entram num torneio clandestino apostando mais do que deveriam e contando não só com a própria habilidade com o taco mas também com um bocado de sorte. "Playing the Shots. Covering the Angles. Waiting for the Big Break." Curiosidade: em The Hustler o jogo é straight pool, em The Color of Money e Poolhall Junkies é 9-ball, em Stickmen é 8-ball. #

    [ 20:32 ]

    A simpática Cora Rónai enviou um email comentando o meu post de ontem sobre spam do site do Millôr Fernandes. Ela informa que o boletim é terceirizado, que o próprio Millôr nem sabia que isso estava acontecendo, e que agora já o avisou para que possa tomar providências. Thanks! #

    [ 11:30 ]

    Fotógrafo: Gian Paolo Barbieri. #

    sexta-feira, 05 de março de 2004

    [ 20:50 ]

    Ontem eu e a Ariel fomos ao AFI Silver Theatre assistir Les Yeux Sans Visage (França, 1960), do Georges Franju. Um thriller sem pressa, com longas cenas de personagens andando pela mansão lúgubre e diálogos lentos e pausados. Edith Scob sofreu um acidente e perdeu toda a pele do rosto. Seu pai, o cirurgião Pierre Brasseur, com a ajuda da enfermeira Alida Valli, rapta mocinhas descuidadas para transplantar o rosto para sua filha. O clima lembra um pouco o expressionismo alemão, com toques de film noir. A música do Maurice Jarre (que neste caso parecia o Nino Rota), infelizmente, é muito mal escolhida e algumas vezes causa um efeito cômico (principalmente no tema associado à Alida Valli, que marca suas aparições predatórias). O roteiro é da dupla Boileau-Narcejac, os mesmos de Les Diaboliques. Divertido. #

    [ 20:19 ]

    Desde o início da semana eu vinha sentindo dor num dente, por causa de uma obturação que caiu. Mas hoje a dor passou dos limites e tive que ir ao dentista, que tapou o buraco no meu dente e abriu um buraco na minha carteira. Mesmo assim saí de lá satisfeito por não ter mais aquela dor horrenda, a pior que já senti até hoje e que me fez lembrar do dentista-torturador de The Marathon Man. #

    [ 13:14 ]

    Não chega a ser novidade mas é uma leitura interessante, especialmente para quem está envolvido com jornalismo: What Newspapers and Their Web Sites Must Do to Survive. #

    [ 11:59 ]

    A constatação me entristece, mas a verdade é que o Millôr Fernandes é um spammer. Nunca me cadastrei para receber o "Boletim Oficial do Saite do Millôr", e mesmo assim ele chega na minha caixa postal com assiduidade irritante. Já cliquei no link para descadastramento, já enviei mensagem pedindo para tirarem o meu nome da lista, e os boletins continuam chegando, sem qualquer consideração com quem recebe. Não sei se é culpa das empresas Casulo (web design) ou Neder & Associados (marketing online), mas é o nome do Millôr que aparece como responsável pelo site e pelo boletim. Se alguém o conhece pessoalmente, por favor peça para que pare de me enviar material não solicitado. #

    quinta-feira, 04 de março de 2004

    [ 14:20 ]

    Terminei de assistir em dvd a terceira temporada de Star Trek: Deep Space Nine. Os novos vilões, introduzidos na temporada anterior, agora são apresentados com mais detalhes. Em vez de uma só raça alienígena, como os vilões do passado da série Star Trek, o Dominion é formado por três raças principais: os changelings (chefões da bandidagem, dão as ordens e controlam tudo), os vortas (administradores e burocratas, a face oficial do grupo) e os jem'hadar (ferozes tropas de choque, produzidos por engenharia genética, controlados por drogas). É uma combinação interessante, especialmente porque Odo descobre ser da mesma raça dos seus inimigos, mas para mim ainda está longe de merecer um lugar de destaque na galeria dos melhores vilões. (Os klingons e os romulanos eram mais unidimensionais, moldados respectivamente nos guerreiros mongóis e nos conquistadores romanos. O coletivo borg fugiu desse modelo histórico e se inspirou no mundo animal e suas sociedades coletivistas, como abelhas e formigas. Os cardassianos representavam a burocracia decadente da URSS, das tramas de espionagem interna espelhadas nas ações da KGB, aqui chamada de Obsidian Order, à diplomacia de guerra fria com Bajor e com a Federação.) Episódios de destaque: Defiant, onde o segundo Riker (criado por um problema de teletransporte em The Next Generation) reaparece como guerrilheiro maqui; Through the Looking Glass, onde Sisko vai ao universo paralelo já visto em outros episódios; Shakaar, onde o totalitarismo da Kai Winn (a excelente Louise Fletcher) é exposto e a obriga a uma penosa derrota política; The Adversary, onde a tripulação da Defiant enfrenta um changeling, capaz de tomar a aparência de qualquer um deles, como numa nova versão do filme The Thing. Dúvida: se Sisko, Odo, Dax, O'Brien, Bashir e Kira formam a tripulação da Defiant quando a nave sai em aventuras pelo cosmos, quem fica tomando conta da estação espacial DS9? #

    quarta-feira, 03 de março de 2004

    [ 18:17 ]

    Lembra do velho Battle Isle? Advanced Strategic Command (ASC) é um jogo no mesmo estilo, disponível gratuitamente para download. #

    [ 17:36 ]

    A Cadet's Adventure: joguinho na USS Enterprise 1701-D, com reviravoltas pouco convencionais e muito divertidas. #

    terça-feira, 02 de março de 2004

    [ 21:22 ]

    Acabo de voltar do cinema, onde fui com a Jade assistir Twisted (EUA, 2004), do Philip Kaufman. A história não é ruim e as interpretações são muito boas (Ashley Judd, Samuel L. Jackson, Andy Garcia), mas o roteiro é um pouco óbvio e ligeiramente esburacado. Uma policial bebe vinho, desmaia e só acorda várias horas depois. Isso acontece três vezes seguidas e não lhe ocorre mandar analisar a bebida, nem mesmo quando se torna suspeita de crimes que ocorreram exatamente durante os seus blackouts? #

    [ 17:51 ]

    Sobre empresas e weblogs:

  • Corporate Blogs Make Personal Connection
  • How Not to Get Fired Because of Your Blog
  • The Corporate Weblog Manifesto #

    segunda-feira, 01 de março de 2004

    [ 20:28 ]

    Sessão dupla em dvd, com filmes que misturam live action e desenho animado. Em Osmosis Jones (EUA, 2001), dos irmãos Farrelly, a animação mostra o interior do corpo do protagonista, Bill Murray, metaforicamente representado como uma cidade. A historinha é infantil e grande parte das piadas refere-se a vômito, acne ou flatulência. Vale somente pelas vozes por trás dos desenhos: Chris Rock é o policial incompreendido, Laurence Fishburne é o vírus mortal, David Hyde Pierce é o comprimido exterminador, William Shatner é o prefeito da cidade. Em The Dangerous Lives of Altar Boys (EUA, 2002), do Peter Care, a animação mostra o mundo imaginário do protagonista de quatorze anos, onde ele e seus amigos são super-heróis. A ação de um nível se reflete na ação do outro nível, criando uma narrativa entrelaçada. Não chega a ser um grande filme mas é bem interessante, e a produtora Jodie Foster aparece no papel da freira-professora-vilã. A animação foi feita pelo Todd McFarlane, criador do Spawn. #

    [ 14:14 ]

    Miles Teves: illustrator and sculptor who makes his living by designing characters and environments for film and television. #

    [ 13:32 ]

    Mais uma do Oscar, tirada do Gawker: "I suppose America learned many things last night. We learned that Annie Lennox has been involved in an intracellular war with herself: outside, she's becoming Julie Andrews, while inside, she's metamorphosing into Enya. We wish her the best of luck with her transition." #

    [ 11:27 ]

    Fiquei satisfeito não somente em ver a vasta premiação de The Lord of the Rings (que incluiu a Annie Lenox, de quem gosto muito) mas também pelos protestos contra a administração Bush não terem ficado de fora da cerimônia de entrega dos Oscars. O vencedor na categoria de documentários, Errol Morris, seguiu a linha do Michael Moore no ano passado, de forma mais discreta, e disse: "Forty years ago this country went down a rabbit hole in Vietnam and millions died. I fear we're going down a rabbit hole once again." Sean Penn, vencedor na categoria melhor ator, também mandou uma farpa: "If there's one thing that actors know, other than there weren't any WMDs, it's that there is no such thing as best in acting." Billy Crystal preferiu não tocar muito no assunto e fez somente uma menção ao lembrar da primeira vez que apresentou os Oscars, há treze anos: "Things were so different then. You know how different it was? Bush was president, the economy was tanking and we'd just finished a war with Iraq". #

    [ 11:04 ]

    Começo março com a sensação que vai ser um mês muito bom. Talvez seja por causa da temperatura que já não desce tanto, talvez seja por ter me desvencilhado do trabalho acumulado, talvez seja pela vitória estrondoso de The Lord of the Rings ontem nos Oscars. #