sexta-feira, 30 de setembro de 2005
[ 18:36 ]
Mais de oitocentas capas da revista Esquire, de 1933 até hoje, um aula de história do design editorial: The Esquire Cover Gallery. #
[ 18:34 ]
Como envelhecer uma pessoa no Photoshop: The Aging Process. #
[ 17:24 ]
Quem Linka o PPP (15): Pílulas Digitais, Gejfin, Cyberpunk, Botequim Digital, Maçã Animada, Tarrask, The Renmero, A Baleia Pelancuda, Blog da Santa, Os Pátios. #
quinta-feira, 29 de setembro de 2005
[ 17:12 ]
Contra o criacionismo: Things Creationists Hate. #
[ 17:11 ]
Contra o criacionismo: Talk Reason. #
[ 17:10 ]
Contra o criacionismo: Index to Creationist Claims. #
[ 16:51 ]
Vez por outra me surpreendo ao perceber que já soube coisas das quais hoje não tenho a menor noção. No final dos anos setenta, aprendi o suficiente de química orgânica e inorgânica para passar em dois vestibulares, com boas notas. Apesar de ainda lembrar de muitas outras coisas que estudei na mesma época, tudo que se referia a química parece ter sido apagado da minha mente. No início dos anos noventa, aprendi o suficiente sobre bancos de dados para dar aulas particulares de dBase III+ e ainda desenvolver sistemas para empresas em Paradox e Access. Se eu tivesse que fazer um trabalho deste tipo agora não saberia por onde começar. O que a química e os bancos de dados teriam em comum para serem esquecidos assim tão completamente? Talvez uma combinação de falta de uso com falta de interesse. Mas para onde foram as informações? Terão sido apagadas para dar espaço a outras coisas ou ainda estarão escondidas em algum lugar do meu cérebro ao qual não tenho mais acesso? #
[ 16:35 ]
O Jornal do Blogueiro listou sites com fotos de blogueiros e teve a gentileza de incluir links para o Bip Bop Boom e para o Plic Plac. Thanks! #
[ 15:24 ]
Galeria de celebridades: Nikon Camera History. (Eu tenho uma F3 e uma F-801, ambas encaixotadas em algum lugar dos EUA. Atualmente meu sonho de consumo é uma D2X.) #
[ 13:23 ]
Mais sci-fi em quadrinhos. Enquanto não é lançado o filme, li a mini-série em três capítulos Serenity - Those Left Behind, da Dark Horse, com uma história que equivale aproximadamente a um episódio da série de tv. Estão lá os nove protagonistas e a nave do título, e também se fazem presentes os temas da guerra civil interplanetária, dos vilões que tentam controlar o universo e dos rebeldes que resistem como podem. Metáfora para o cidadão comum tentando sobreviver num mundo dominado pela aliança entre corporações bilionárias e governos poderosos? Ou somente um divertimento inocente? #
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
[ 18:42 ]
Excelente texto do Richard Dawkins, emblemático e anagramático: Opiate of the masses. #
[ 18:39 ]
Corrida de navegadores: Browser speed comparisons. (Considero a rapidez de um browser um fator muito importante mas não fundamental na minha escolha: facilidade de uso e variedade de recursos são para mim critérios de maior peso.) #
[ 16:13 ]
Em 1999, resolvi entrevistar para a Esfera o Erik Larsen, autor de Savage Dragon. Entrei em contato por email para saber se estaria disponível, e ele já me respondeu enviando a entrevista pronta, com respostas para perguntas que ele mesmo fez. Agora fui buscá-la no fundo do baú e republico aqui:
Esfera - Quando você começou a fazer quadrinhos e quando criou Savage Dragon?
Larsen - Eu comecei a desenhar quadrinhos aos nove anos, e criei um super-herói chamado Dragon. Eu fazia as revistinhas, desenhava, imprimia, grampeava, dobrava e distribuia. Não era muito divertido, o que eu gostava mesmo era de criar e desenhar as histórias. Cheguei a fazer mais de cinqüenta revistas, algumas com quase cem páginas de Dragon.
Esfera - E aquele Dragon já era o mesmo de hoje?
Larsen - Não exatamente. No início, era um pouco como o Capitão Marvel: um sujeito chamado Flash Mercury gritava "Fon-Ti!" e se transformava em Dragon, um alienígena do Planeta Vermelho. Depois ele passou a se inspirar no Hulk: quando William Jonson passava por momentos de tensão, transformava-se em Dragon. Ele já usou capa, máscara, bigode, barba, e até calça boca de sino. Já casou duas vezes e já teve filhos, que também eram super-heróis. Conforme eu ia crescendo, ia modificando o personagem. Quando passou a ser uma coisa profissional, Savage Dragon ganhou uma nova origem e o visual de hoje, com a pele verde, a barbatana na cabeça e os pés com dois dedos.
Esfera - Como você começou a desenhar profissionalmente?
Larsen - De fanzine em fanzine, acabei conhecendo Gary Carlson, que me convidou a desenhar numa revista chamada Megaton e me incentivou a mostrar o meu trabalho nas grandes editoras.
Esfera - E como você foi parar na Marvel?
Larsen - Eu tinha mandado um portfolium para o Jim Shooter, editor-chefe da Marvel na época. Depois nos encontramos numa convenção de quadrinhos e a empatia foi tão grande que acabamos criando uma história em parceria ali mesmo. Era uma batalha entre o Hulk e o Thor, e só foi publicada anos depois, mas muitos editores viram o trabalho e ficaram bem impressionados.
Esfera - Com que outros personagens você trabalhou a partir dali?
Larsen - Homem-Aranha, Patrulha do Destino, Justiceiro, Excalibur, Aquaman, Namor, Tartarugas Ninja, Wildcats, X-Force...
Esfera - E Savage Dragon?
Larsen - Rob Liefeld me convidou para fundar um novo selo juntamente com ele, Todd McFarlane, Jim Lee, Marc Silvestri e Jim Valentino. Nascia a Image Comics, e o primeiro título que eu lancei lá foi exatamente Savage Dragon, uma nova versão do meu personagem da infância.
Esfera - Quem são seus quadrinistas preferidos?
Larsen - Adoro os quadrinhos de Stan Lee, Jack Kirby, John Byrne, Frank Miller, Walt Simonson, Gil Kane, Jerry Robinson, Pete Costanza, Steve Ditko, Bill Sienkiewicz, Terry Austin, Simon Bisley, Mike Mignola, Art Adams, Carlos Pacheco. #
[ 15:31 ]
A Esfera tinha um acordo com o site Sequential Tart, e todos os meses traduzia e publicava com exclusividade em português um texto delas. Um dos artigos que escolhi em 2000 era da Marcia Allass, chamado Super-Velhos, sobre o mesmo tema do texto do Erik Larsen citado no post anterior. Agora fui buscá-la no fundo do baú e republico aqui:
"Um assunto comum hoje em dia em discussões sobre quadrinhos é o como vão as coisas e as variadas razões por que as vendas estão caindo nos últimos anos. E sempre aparece alguém dizendo que os super-heróis deveriam ser atualizados para atrair o público de hoje. Até aí, em termos gerais, eu não discordo. Mas a conversa sempre descamba para como Peter Parker / Steve Rogers / Clark Kent / Bruce Wayne (encaixe aqui seu alter ego preferido) ficaria muito melhor se envelhecesse realisticamente e se dedicasse a atividades de adultos em vez de serem os eternos ícones sem idade. Aí eu discordo radicalmente, porque acho que é esse tipo de miopia que contribuiu para a decadência da maior parte dos grandes super-heróis.
Empresas como a DC e a Marvel precisam dar uma boa olhada em muitos de seus títulos principais. Atolados na continuidade, tentando ser adultos mas seguindo o Código dos Quadrinhos [Comics Code, regras seguidas por várias editoras para garantir que as revistas sejam apropriadas para qualquer idade], tentando agradar uma minoria barulhenta, sem conquistar novos leitores, e afundando-se em histórias híbridas sobre casamentos, divórcios, problemas da meia idade e outras baboseiras que nenhum adolescente que se preze pode se interessar.
Devolvam os quadrinhos de super-heróis ao público para o qual foram criados - o mercado para todas as idades, que inclui crianças dos 5 aos 95 anos. Parem de envelhecer e "amadurecer" os personagens junto com os leitores, que se precisam de algo com que possam se identificar mais que vão ler outra coisa mais apropriada que super-heróis. Se você realmente gosta dos super-heróis, então você gosta deles pelos mesmos motivos que gostava quando começou a ler suas histórias nos anos 60/70/80 - não porque quer ver os pobrezinhos envelhecendo e tendo o mesmo tipo de experiências da sua vida.
E isto vale para os roteiristas. Deixem os pobres personagens em paz! Eles não são reais, só existem na ficção, não precisam envelhecer. O Homem-Aranha não precisa se casar, ter filhos, etc, só porque essas são coisas que vocês fizeram. Deixem disso e escrevam histórias originais. Os jovens não querem saber desses problemas da meia idade, não nos quadrinhos de super-heróis.
"Já sei, O Capitão X ficaria ótimo numa crise da meia idade!" - já ouvi inúmeras variações disso. É claro que não! Nenhum super-herói fica mais interessante por ter uma hipoteca e uma crise. Não foi para isso que foram criados. Seria como transformar James Bond num agente duplo. Não se encaixa. Se vocês querem escrever histórias sobre a crise da meia idade, criem seus próprios personagens - mostrem alguma imaginação. Distorcer os super-heróis não vai agradar ninguém a não ser os viciados (que comprariam qualquer revista só por ser daquele personagem).
Acho que a maior parte dos super-heróis está estagnada exatamente por terem-nos feito enveredar por esse caminho falso do envelhecimento. Porque dentro do Comics Code eles não podem realmente amadurecer e tratar de temas adultos, então a coisa parece sem graça para um adolescente (que não se identifica) e para um adulto (que não vê o tema tratado como deveria). E assim as vendas caem.
"Mas todas as histórias possíveis para este personagem já foram escritas!" - é outro argumento muito ouvido. Discordo completamente. Se um roteirista não é capaz de pensar numa história nova para o personagem, isso não quer dizer que nenhum roteirista possa. Se ele não consegue contar histórias novas de um super-herói sem o envelhecer e mudar a sua essência, então é melhor ir escrever outra coisa, porque com certeza está trabalhando na revista errada." #
[ 14:29 ]
Belo texto do Erik Larsen sobre o envelhecimento de personagens de quadrinhos: Should comic book characters age? (Nos velhos tempos da Esfera, publiquei uma entrevista com o Larsen e um artigo sobre super-heróis envelhecidos. Vou procurar no fundo do baú e trazer para cá.) #
terça-feira, 27 de setembro de 2005
[ 15:11 ]
Tintin remixado para contar uma história diferente: Tintin et la guerre en Irak. #
[ 14:46 ]
Societies worse off 'when they have God on their side': "Religious belief can cause damage to a society, contributing towards high murder rates, abortion, sexual promiscuity and suicide, according to research published today. According to the study, belief in and worship of God are not only unnecessary for a healthy society but may actually contribute to social problems. The study counters the view of believers that religion is necessary to provide the moral and ethical foundations of a healthy society." #
[ 13:57 ]
Uma das tarefas mais delicadas na minha migração de PC para Mac foi escolher e configurar um novo leitor de emails. Como uso o Courier há muitos anos, desde o tempo em que se chamava Calypso e era o único software que permitia administrar várias contas com simplicidade, fica difícil mudar de hábitos. Pesquisei vários pacotes, fiquei interessado em um par deles, mas acabei optando, ao menos inicialmente, por uma solução gratuita, o Thunderbird (cheguei a pensar no Eudora, que já testei no PC, mas a versão gratuita não permite mais de uma conta de email). Aproveitando a oportunidade para repensar a forma que organizo meus emails, encontrei algumas idéias interessantes pela rede, entre elas The Inbox Makeover, do Merlin D. Mann, com boas sugestões para quem recebe diariamente algumas centenas de emails. #
[ 13:40 ]
Pulp fiction made in Canada: Tales from the Vault. #
[ 13:34 ]
As revistas Foreign Policy (dos EUA) e Prospect (da GB) fizeram uma listagem dos cem intelectuais mais importantes do momento. Só pode ser uma piada de mau gosto, pois junto com nomes que merecem respeito, como o Noam Chomsky e o Richard Dawkins, incluiram o papa Benedito XVI (líder da maior instituição obscurantista do planeta), o Francis Fukuyama (aquele sujeito que acha que a história acabou) e o Christopher Hitchens (o jornalista de direita que diz ser de esquerda). Listaram também um brasileiro, o Fernando Henrique Cardoso, mas não estranharia se tivessem preferido o Paulo Coelho. #
segunda-feira, 26 de setembro de 2005
[ 20:33 ]
Ter que corrigir o texto do Burburinho me fez lembrar de uma história de gafe jornalística que ouvi nos tempos de faculdade. Pode não ser verdadeira mas é engraçada. Noticiando que dom Pedro II, recuperado após um tombo do cavalo, aparecera em público apoiado num par de muletas, o Jornal do Commercio teria publicado que o imperador estava "amparado em duas maletas". Constrangido com o deslize ortográfico, na edição seguinte o editor fez questão fazer uma retificação. Não contava, porém, com cometer outro erro, e acabou explicando que dom Pedro obviamente não estava apoiado em "duas maletas" e sim em "duas mulatas". #
[ 20:15 ]
Recebi um email do atento Alexssandro Duarte avisando de um erro no meu texto sobre duelos famosos. A versão original dizia: "Ao ver Dilermando começou a disparar, ferindo não só o militar mas também sua irmã, que foi atingida na coluna vertebral e ficou paralítica." A versão corrigida agora diz: "Ao ver Dilermando começou a disparar, ferindo não só o militar mas também seu irmão, que foi atingido na coluna vertebral e ficou paralítico." Meu erro (e erro também das fontes que consultei inicialmente) foi causado pelo nome do tal irmão: Dinorah. Minhas desculpas aos leitores pelo deslize e meus agradecimentos ao Alexssandro pela correção. #
[ 14:27 ]
Na Folha de S.Paulo: Clássico das HQs, Watchmen volta às bancas. No Burburinho: Watchmen. #
[ 13:21 ]
Continuando a apreciar quadrinhos recentes do Warren Ellis, li a mini-série em seis episódios Ocean, com arte do Chris Sprouse e publicada pela Wildstorm. É bacaninha, pode ser vista como um bom roteiro de filme B despretensioso. Cem anos no futuro, um herói com cara de Samuel Jackson (que atualmente parece ser o modelo preferido para heróis negros nos quadrinhos) vai até uma estação espacial orbitando Europa (a lua de Júpiter, não o continente) investigar um achado com importância científica e militar. Como complicação adicional, tem que enfrentar os funcionários temporariamente lobotomizados da mega-corporação Doors, alusão nada sutil à Microsoft ("the same people whose operating system makes my computer turn blue and fall over twice a day"). Divertida. #
[ 13:06 ]
Uma curiosidade sobre o Mac, tão elogiado por ser fácil de usar. Como fazer com que o Firefox seja o seu navegador padrão em vez do Safari? A primeira reação é tentar configurar isto no próprio Firefox, o que não é possível. Na versão para Windows, basta ir ao menu Tools, item Options, e pronto, mas no Mac esta opção não está lá. A segunda idéia é tentar configurar isto no menu de preferências do sistema, o que aparentemente tampouco é possível. Procurei por todos os cantos e não encontrei qualquer opção para configurar programas padrão. A solução, no final, está escondida num lugar inesperado: no menu de preferências do Safari! É preciso abrir o navegador que não queremos mais e informá-lo cruelmente que será substituído pelo recém-chegado. Ninguém na Apple pensou em facilitar a vida dos usuários? #
[ 13:00 ]
Belas fotos: Alex Bernasconi. #
[ 12:55 ]
Animação em stop-motion, dos mestres europeus aos truques de construção e de filmagem. #
domingo, 25 de setembro de 2005
[ 22:19 ]
Esta semana no Burburinho, o Luis Gustavo Claumann fala de Napoleão Bonaparte e o Tinto Chambertin e o Ricardo Bittencourt fala de Gödel, Magritte e a Música Microtonal. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #
sábado, 24 de setembro de 2005
[ 17:14 ]
[ 17:02 ]
Aos poucos, vou transferindo minhas atividades do PC para o Mac, até porque nesta minha fase nômade tenho usado PCs emprestados (o meu ficou nos EUA) mas carrego comigo o meu iBook G4 (prêmio recebido no BOBs). Então esta semana instalei dois novos browsers, o Opera (agora gratuito) e o Firefox (o navegador da moda). Eu uso o Opera há anos e já estou acostumado com ele. O Firefox, com a configuração original, perde na comparação. Felizmente, com o uso de algumas extensões (e esta é a maior força do Firefox), consegui deixá-lo quase como eu queria. Primeiro acrescentei o All-In-One Sidebar, que melhora o gerenciamento de várias tarefas, principalmente os bookmarks (que são patéticos no Firefox original) e os downloads (que ganham uma barrinha mais fácil de controlar). Depois acrecentei o Tab Mix Plus, essencial para controlar a navegação com tabs. Com estas duas extensões instaladas, comecei a gostar de navegar com o Firefox. #
[ 16:41 ]
Podcast sci-fi: Spaceship Radio. #
sexta-feira, 23 de setembro de 2005
[ 22:31 ]
Li a primeira revista de três séries novas em quadrinhos, todas com um investigador como protagonista. Revelations, com roteiro do Paul Jenkins e arte do Humberto Ramos, publicada pela Dark Horse, leva um detetive de Londres para investigar um crime cometido no Vaticano. O mais interessante para mim foi a combinação de traço caricatural com sombreado realista. Jack Cross, com roteiro do Warren Ellis e arte do Gary Erskine, publicada pela DC Comics, apresenta um agente a serviço do governo dos EUA tentando desvendar uma trama podre dentro do Homeland Security Department. História violenta, tema atual, não gostei dos desenhos. Fell, publicada pela Image, é facilmente a melhor das três, também com roteiro do Warren Ellis (de Transmetropolitan) e arte Ben Templesmith (de 30 Days of Night). O detetive Richard Fell, policial de métodos peculiares (um pouco de Holmes, um pouco de neurolingüística, e talvez um pouco de Constantine), é transferido para Snowtow, lugar decadente e fantasmagórico. Arte estimulante, roteiro afiado. Bacana. #
[ 21:58 ]
Assisti em dvd Murder at the Presidio (EUA, 2005), do John Fasano. Baseado numa história real, narra a investigação de um assassinato ocorrido numa base militar em San Francisco (o Presidio do título é o nome da base e não uma prisão). Lou Diamond Phillips (de La Bamba) é o detetive, Victoria Pratt (da série Mutant X) é o par romântico, Martin Cummins (da série Poltergeist: The Legacy) é o suspeito, e Leslie Easterbrook (de Police Academy e todas as seqüências) é a mãe do suspeito. Razoável, sem surpresas. #
[ 21:45 ]
Comecei a ler Foundation and Empire, segundo volume da série Foundation (ao menos o segundo volume em ordem de publicação, já que muitos anos depois o Asimov escreveu outros livros que se encaixariam na linha do tempo antes da primeira trilogia). Enquanto isto, o Ibrahim Cesar me envia por email um texto, Bin Laden inspirado em Asimov?, sobre os rumores apontando a Fundação asimoviana como inspiração da organização terrorista Al Qaeda. Claro que se trata de especulação infundada (fundamentalistas islâmicos tomando como exemplo a obra de um judeu?), como o próprio artigo indica (destacando "Embora os boatos afirmem que uma tradução de Fundação ao árabe existiu, ninguém pôde confirmar a informação até hoje." e "Ou seja, não só não temos nenhuma prova direta de que Bin Laden leu Fundação traduzido como Al Qaeda, como temos sérias evidências de que ele sequer leria algo escrito por Asimov."). Pobre Asimov. #
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
[ 13:19 ]
Terminei de ler todos as álbuns da série Sin City que eu tinha por aqui. Depois de The Hard Goodbye (13 partes), devorei A Dame to Kill For (6 partes), The Babe Wore Red and Other Stories (1 álbum com 3 histórias curtas), The Big Fat Kill (5 partes), That Yellow Bastard (6 partes), Daddy's Little Girl (1 parte), Lost, Lonely, & Lethal (1 álbum com 3 histórias curtas), Sex & Violence (1 parte), Just Another Saturday Night (1 parte), Family Values (1 álbum gordinho, com 128 páginas) e Hell and Back (9 partes), num total de 45 álbuns de extensão variada (acho que só faltou mesmo Silent Night). A série tem elementos que poderiam ser chamados de tarantinescos, como a violência estilizada e as narrativas cruzadas, mas o clima é neo-noir (inclusive na excelente arte em preto e branco que por vezes tem ecos de Corto Maltese), com heróis trágicos com códigos de conduta peculiarmente românticos (gostei mais de Marv e Hartigan que de Dwight e Wallace), espécie de Lancelots fazendo o que podem num mundo que deixou a ética de lado. E, como em qualquer bom romance noir, por trás da violência se esconde uma tristeza brutal. Muito bom. Minhas histórias preferidas são The Hard Goodbye, A Dame to Kill For e That Yellow Bastard. #
quarta-feira, 21 de setembro de 2005
[ 16:58 ]
E se, em vez de 7 dias de 24 horas, nossa semana tivesse 6 dias de 28 horas? The 28 Hour Day. (Talvez o melhor efeito dessa mudança seja o fim da segunda-feira.) #
[ 16:51 ]
Líquidos em movimento, capturados em fotografia: Liquid Sculptures. #
terça-feira, 20 de setembro de 2005
[ 20:47 ]
Filme B de horror italiano dos anos sessenta para download gratuito: Gli Amanti d'Oltretomba, também conhecido como Nightmare Castle. A atriz principal é ninguém menos que Barbara Steele, estrela não só de filmes de horror (como Pit and the Pendulum, com Vincent Price, ou Curse of the Crimson Altar, com Boris Karloff e Christopher Lee) mas também de clássicos de diretores famosos (como 8½ do Fellini e L'Armata Brancaleone do Monicelli). #
[ 14:31 ]
Mural fotográfico feito com milhares (neste caso, 2.646) de papeizinhos coloridos adesivos (aka Post-it): Elvis Spotted in the Conference Room. #
[ 14:15 ]
Li na revista Wizard Brasil que o Mark Wahlberg (o Charlie de The Italian Job) está sendo cogitado para interpretar o Aquaman no cinema. Acho uma fraca escolha, ele não tem cara de Aquaman. Quem ficaria bem como Aquaman é o Josh Holloway (o Sawyer de Lost). (Falando em The Italian Job, foi anunciada uma continuação, com o mesmo elenco e o mesmo diretor, passada no Rio de Janeiro: The Brazilian Job.) #
segunda-feira, 19 de setembro de 2005
[ 18:42 ]
Som do dia: Don's Mobile Barbers. #
[ 13:21 ]
Google Maps + Wikipedia = Placeopedia #
[ 13:14 ]
O Emmy em uma frase: Ellen DeGeneres sem graça, muitas categorias ficam fora da apresentação principal (música, cinematografia, animação, etc), merecido prêmio de melhor ator em série cômica para Tony Shalhoub, Epatha Merkerson perde o discurso no decote, The Life and Death of Peter Sellers faz uma limpeza nos prêmios para filme de tv, nenhuma crítica ou piada em relação à situação política dos EUA, merecido prêmio de melhor série de variedades para The Daily Show, os discursos de agradecimento foram os mais enfadonhos que já vi num show desses, merecido prêmio de melhor série dramática para Lost, see you next year. #
domingo, 18 de setembro de 2005
[ 19:04 ]
Esta semana no Burburinho, um texto da Rosiane Pacheco sobre o filme Histórias Proibidas e um texto meu sobre Duelos Famosos. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #
sábado, 17 de setembro de 2005
[ 15:22 ]
O que é Neomuet? Curta-metragem de ficção rodado em película (super-8mm, 16mm ou 35mm), em preto e branco, sem som direto, com trilha sonora sem palavras. O site apresenta vários filminhos. #
[ 14:36 ]
A Gládis Santos manda a dica de um videolog (também conhecido como vlog) feito em Santa Catarina e veiculado na TVBV (o canal da rede Bandeirantes em SC) e na web: Conexão XXI. #
[ 14:19 ]
O Henrique Cintra escreveu perguntando se eu já li a série Duna, de Frank Herbert, também rica em intrigas palacianas. Li o primeiro livro quando ainda era adolescente (grande parte das minhas leituras de ficção-científica clássica é daquela época), depois vi o filme do David Lynch e as duas séries de tv. Talvez ainda volte aos livros do Herbert, mas tenho outros na fila depois do Asimov: Heinlein, Clarke, Aldiss, Pohl, Bradbury, Lem, entre outros. Talvez releia também os estimados Verne e Wells. Mas voltando ao Frank Herbert, o Henrique tem no seu weblog uma citação de Os Hereges de Duna que alimenta meu ódio pelas burocracias: "A burocracia destrói a iniciativa. Não existe coisa alguma que os burocratas odeiem mais do que a inovação, especialmente a inovação que produz resultados melhores do que as velhas rotinas. Os aperfeiçoamentos sempre fazem com que aqueles que se situam no topo da pirâmide pareçam ineptos. Quem é que gosta de parecer inepto?" #
[ 13:59 ]
O Bruno Mota mandou um email lembrando que os personagens que gostam de jogos políticos e manipulações de bastidores não estão por acaso em Foundation, do Isaac Asimov: "Os golpes e traições 'pelo bem maior' lembram bastante a politica em Roma no final da república. Também era uma época de tumulto, quando as instituições existentes já não se adequavam mais aos tempos. E era ainda uma época muito 'asimoviana', onde politica era vista como uma aplicação da arte da oratória. Por exemplo, o Cicero poderia muito bem ter vivido em Trantor ou em Terminus, e sua vida seria um capítulo bem interessante. Na verdade, isso provavelmente não é coincidência; o Asimov diz em algum lugar que o Decline and Fall of the Roman Empire, do Gibbon, foi a sua maior fonte de inspiração." Eu já deveria ter mencionado isso antes, o Asimov realmente conta no prólogo de Foundation que o livro do Edward Gibbon foi uma das inspirações para a série: "Why shouldn't I write of the fall of the Galactic Empire and of the return of feudalism, written from the viewpoint of someone in the secure days of the Second Galactic Empire? After all, I had read Gibbon's Decline and Fall of the Roman Empire not once, but twice." #
[ 12:57 ]
The Design Encyclopedia: a growing, collaborative resource that describes, tracks and explains culture, commerce, politics, media, sports, brands – everything possible, really – through design. #
[ 12:30 ]
Steve Ballmer, CEO da Microsoft: "We won the desktop. We won the server. We will win the Web. We will move fast, we will get there. We will win the Web." Molly E. Holzschlag, blogueira: "The Web is not a prize to be won, and Mr. Ballmer's attitude is deplorable in the light of what the Web means to the world, to users, to designers and developers and to put it into Microsoft parlance, customers. The Web belongs to everyone. The Web's core vision and value is to be platform independent. Microsoft has no right to think it can win a tool that is for the people, of the people, and ultimately - by the people. No Mr. Ballmer, you will never win the Web for one very good reason: We the people will make sure you never do." #
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
[ 15:25 ]
Preenchendo uma lacuna na minha modesta cultura quadrinística, comecei a ler Sin City, do Frank Miller. Já terminei a primeira série, The Hard Goodbye (treze episódios). Gostei do roteiro, narrado em estilo hardboiled, mas o que realmente me impressionou foi a arte, tão seca e vigorosa como o tema da história. Frank Miller é muito melhor em preto e branco que em cores. #
[ 15:20 ]
Frases de Salvor Hardin, personagem de Foundation:
[ 15:16 ]
Terminei de ler Foundation, do Isaac Asimov. Bacaninha. Minha história preferida é Bridle and Saddle, que no livro foi rebatizada como The Mayors. É interessante notar como os heróis de Foundation muitas vezes se comportam como déspotas, sem qualquer pudor em usar um truque político aqui ou em dar um golpe de estado ali, sempre seguros de estarem "fazendo a coisa certa". Outra curiosidade dos contos do Asimov é que no seu futuro imaginário o tabaco tem presença constante e seus personagens freqüentemente fumam charutos. #
[ 13:38 ]
Descobri agora que este modesto Por um Punhado de Pixels está entre os dez mais visitados do CataBlog. Thanks! #
[ 13:31 ]
Reflexões sobre logotipos copiados (ou não): Originality in Logo Design. (Um detalhe interessante na seção de comentários no fim da página é como o Mike Davidson, autor do site, destaca as suas observações das dos leitores.) #
[ 12:09 ]
Wanda Sykes manda bem: "I don't blame the President. I blame the American people. Y'all knew the man was slow when you voted him in. You can't blame the blind man for wrecking your car when you're the one who gave him the keys." (visto no AMERICAblog) #
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
[ 14:37 ]
Comecei a reler Foundation, do Isaac Asimov, o único livro da série que eu já tinha lido (mas como já se passaram uns trinta anos, é quase como se o estivesse lendo pela primeira vez). São cinco contos que, juntos, cobrem cerca de dois séculos da história de um planeta. Como em tantos outros contos que escreveu na mesma época (the Campbell years), há pouca ação e muitos diálogos, exposição de idéias e contra-idéias, debates e discussões. Estou achando interessante como o Asimov conseguiu dar uma nova roupagem ao conceito de profecia. Em vez da velha inspiração divina ou de poderes paranormais, seu Hari Seldon antecipa o futuro graças a uma ciência chamada psico-história, mistura de psicologia das massas com matemática avançada. "Psychohistory dealt not with man, but with man-masses. It was the science of mobs; mobs in their billions. It could forecast reactions to stimuli with something of the accuracy that a lesser science could bring to the forecast of a rebound of a billiard ball. The reaction of one man could be forecast by no known mathematics; the reaction of a billion is something else again." Um embrião dessa ciência já tinha aparecido em contos anteriores do Asimov, como Homo Sol e The Imaginary. #
[ 14:19 ]
Assisti em dvd Walking Tall (EUA, 2004), do Kevin Bray, que no Brasil foi batizado de Com as Próprias Mãos. Um sujeito volta para sua cidade natal depois de alguns anos no exército e a encontra dominada por traficantes de droga. Como a polícia parece estar na folha de pagamento dos bandidos, ele resolve enfrentar o problema sozinho com muita pancadaria, acaba se tornando herói local e é eleito xerife para continuar a limpeza com mais pancadaria. Mais um elogio nada velado ao vigilantismo e à truculência, na linha do velho Death Wish, aquele em que o Charles Bronson ia sozinho atrás dos bandidos. Poderia ter sido estrelado por Steven Seagal ou Jean-Claude Van Damme, mas o fortão da moda agora é o Dwayne Johnson, mais conhecido como The Rock (de The Scorpion King), que protagoniza o filme com o sidekick Johnny Knoxville (de Jackass) e o vilão Neal McDonough (de Timeline). Boa diversão para quem acha que os fins justificam os meios e que qualquer problema pode ser resolvido com a quantidade certa de violência. #
quarta-feira, 14 de setembro de 2005
[ 19:26 ]
Michael Newdow não desiste e consegue uma vitória: Judge: School Pledge Is Unconstitutional. "Imagine every morning if the teachers had the children stand up, place their hands over their hearts, and say, 'We are one nation that denies God exists'. I think that everybody would not be sitting here saying, 'Oh, what harm is that.' They'd be furious. And that's exactly what goes on against atheists. And it shouldn't." #
terça-feira, 13 de setembro de 2005
[ 15:42 ]
Li as doze primeiras revistas da série Ultimate Fantastic Four. Não gostei muito porém achei o melhor da linha Ultimate Marvel que vi até agora. Mais uma vez as origens do super-heróis são mudadas, mas aqui ao menos o conceito original não fica deturpado e o quarteto (ou quinteto, se contarmos Doctor Doom, o quinto Beatle do Quarteto Fantástico) ainda sofre suas mutações num acidente ocorrido numa experiêcia científica (antes era uma viagem ao espaço, agora é uma tentativa de teletransporte através de outra dimensão). E se The Ultimates parecia simpatizar com o militarismo dos EUA, da presença do presidente Bush às observações fascistóides do Capitão América, em Ultimate Fantastic Four ao menos vemos um momento de crítica: quando o exército estadunidense vai à Dinamarca para uma operação ilegal, é barrado pelos milicos locais com a tirada "Did you make a wrong turn in Iraq, sir? Go home." (isto acontece no segundo arco dramático, escrito pelo Warren Ellis, autor de Transmetropolitan). #
[ 15:11 ]
Assisti em dvd Voces Inocentes (México-EUA-Porto Rico, 2004), do Luis Mandoki. A ação passa-se na guerra civil de El Salvador, quando tanto as tropas do governo (ESAF) como as da guerrilha (FMLN) recrutavam crianças para reforçar suas linhas. O protagonista é um menino às portas de completar doze anos, a idade em que o exército começava a transferir as crianças da escola para a caserna. A vida naquele lugar já seria miserável mesmo sem a guerra, uma aldeia em condições quase medievais. Com o conflito, a situação é insustentável. Bom filme mas extremamente deprimente. Faz uma boa sessão dupla com Salvador, do Oliver Stone. #
[ 13:03 ]
O Orkut (da Google) mudou seu sistema de login e agora não funciona mais no Opera, simplesmente não sai da página inicial depois de colocarmos o nome e a senha. O Start (da Microsoft) tampouco funciona no Opera, mostra somente uma página com uma caixa de busca e nada mais. Eu gosto muito do Opera, uso-o há anos. Mas desde que lançaram a versão 8 alguns probleminhas começaram a aparecer. Vez por outra, algum javascript causa erro fatal e derruba o browser. Algumas funções do Bloglines também não funcionam no Opera (por exemplo, qualquer novo feed entra automaticamente no top level e não na categoria que eu escolhi para ele). Começo a achar que será inevitável mudar para o Firefox. #
segunda-feira, 12 de setembro de 2005
[ 17:42 ]
Eu estava fazendo o post anterior ao mesmo tempo que escrevia um email para a minha amiga Rosinha Monkees. Então resolvi testar seus adorados Monkees no Oracle of Bacon e descobri que todos eles estão ligados em segundo grau ao Kevin:
The Oracle says: Davy Jones has a Bacon number of 2.
Davy Jones was in Mayor of the Sunset Strip (2003) with Courtney Love.
Courtney Love was in Trapped (2002) with Kevin Bacon.
The Oracle says: Micky Dolenz has a Bacon number of 2.
Micky Dolenz was in Easy Riders, Raging Bulls: How the Sex, Drugs and Rock 'N' Roll Generation Saved Hollywood (2003) with William H. Macy.
William H. Macy was in Murder in the First (1995) with Kevin Bacon.
The Oracle says: Michael Nesmith has a Bacon number of 2.
Michael Nesmith was in Tapeheads (1988) with Tim Robbins.
Tim Robbins was in Mystic River (2003) with Kevin Bacon.
The Oracle says: Peter Tork has a Bacon number of 2.
Peter Tork was in The Brady Bunch Movie (1995) with Jennifer Blanc.
Jennifer Blanc was in Balto (1995) with Kevin Bacon. #
[ 17:24 ]
Kevin Bacon sobre Six Degrees of Kevin Bacon no Guardian: How my life became a game. #
[ 15:13 ]
Bom texto do Jeremy Adam Smith: The Ten Stupidest Utopias. "If utopia is supposed to be the ideal and perfect place, where everyone lives in harmony, then why do so many of them turn out to suck?" (Aproveite e conheça o site todo, Strange Horizons, que é muito interessante.) #
[ 13:33 ]
Assisti em dvd Jogos Sinistros (Un Jeu d'Enfants, França, 2001), do Laurent Tuel. História de horror com uma casa amaldiçoada e um casal de criancinhas de olhar assustador. Não surpreende mas é bem narrado e consegue manter um clima de tensão sem ter que recorrer a muitos efeitos especiais ou sustos desnecessários. Bonzinho. #
domingo, 11 de setembro de 2005
[ 18:31 ]
No Burburinho desta semana, Gian Danton fala da série em quadrinhos Persépolis e Luiz Paulo Baravelli fala dos ranhetas Duchamp e Picasso. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #
sábado, 10 de setembro de 2005
[ 17:07 ]
Eu comentei aqui que buscava alternativas ao Bloglines, e andei falando também de software para Mac. O Danilo juntou as duas coisas e mandou a dica de um leitor de RSS para Mac, o NetNewsWire. Já instalei a versão gratuita do programa (NetNewsWire Lite) e achei bonitinho. Agora falta testá-lo no dia-a-dia dos feeds. #
[ 15:08 ]
O leitor Ricardo Ferreira mandou a dica por email: Sell the Ranch. #
sexta-feira, 09 de setembro de 2005
[ 14:47 ]
[ 14:29 ]
Prosseguindo minha exploração do Ultimate Marvel Universe, li a série em treze episódios The Ultimates. A primeira revista, contando o que teria sido a última missão do Capitão América na Segunda Grande Guerra, é bacana. Depois disto, porém, as coisas pioram muito. O primeiro problema é o próprio conceito da série. Eu não sou purista, e gosto de ver personagens reaproveitados em situações diferentes do que estamos acostumados. Um bom exemplo é a série The League of Extraordinary Gentlemen, com protagonistas de livros diversos (Mina Harker, Allan Quatermain, dr. Jekyll, etc) se reunindo numa aventura nova, mas com seus traços básicos preservados. Outro exemplo, da própria Marvel, é a série 1602, com os super-heróis transplantados para o século XVII, mas com seus traços básicos preservados. Em The Ultimates, infelizmente, alguns dos personagens são descaracterizados na adaptação para o novo universo ficcional. Nick Fury, chefão da SHIELD, agora é negro (na verdade, uma caricatura do ator Samuel Jackson, que chega a ser citado no quarto capítulo). Como num país como os EUA este elemento étnico não mudaria fundamentalmente o personagem? Muito pior foi o que fizeram com o Hulk. Originalmente, Bruce Banner se transformou num monstro por acidente, ao ser exposto a radiação gama enquanto tentava salvar um rapaz. Em The Ultimates, ele se transforma em Hulk ao injetar em si mesmo um soro experimental destinado a criar super-soldados. Mais uma vez, o personagem fica fundamentalmente alterado. Talvez o ponto de partida tenha sido o mesmo, mas definitivamente Mark Millar (roteirista de The Ultimates) não tem as mesmas manhas de um Alan Moore (de The League of Extraordinary Gentlemen) ou de um Neil Gaiman (de 1602). #
quinta-feira, 08 de setembro de 2005
[ 22:53 ]
Eu ia dizer que o meu livro, Contos Perversos, está pronto. Mas acho que, para o autor, um livro nunca fica pronto. Cada vez que eu olho para algo que escrevi, sempre penso que posso melhorar alguma coisa aqui ou ali. Mesmo assim, chega uma hora admitimos abandonar o livro, ao menos para poder encarar um novo projeto. Então resolvi que chegou a hora, tirei o manuscrito do baú, dei uma escovada no texto, e agora vou procurar uma editora para ele. É uma coleção de 23 contos curtos com pouco mais de 30.000 palavras. Se você é editor e está interessado em ver os originais, ou se conhece algum editor interessado, por favor entre em contato. #
quarta-feira, 07 de setembro de 2005
[ 19:50 ]
Sessão dupla em dvd. Primeiro, Darklight (EUA, 2004), do Bill Platt, uma coisa medonha que parece um episódio-piloto para série de tv que não deu certo. História infantil, roteiro desengonçado e efeitos especiais de quinta categoria. No elenco, Shiri Appleby (da série Roswell), Richard Burgi (de Starship Troopers 2) e John de Lancie (o Q de Star Trek: The Next Generation). Depois, 7 Seconds (Romania-Suiça-GB, 2005), do Simon Fellows, mais um filme de ação com artes marciais, muitos tiros, explosões e perseguições de automóveis. É interessante notar que todos os romenos e russos da história são policiais incompetentes, mafiosos traiçoeiros, marchands corruptos ou vigaristas profissionais, enquanto o herói é norte-americano e a heroína é inglesa. Wesley Snipes já teve tempos melhores em sua carreira. #
[ 18:56 ]
Meu iBook continua com o mesmo teclado alemão original, e eu continuo digitando nele com alguma dificuldade (já memorizei a posição das letras, mas ainda tenho que ficar catando alguns acentos e outros sinais gráficos). O Anderson Kenji Mise mandou a dica que é possível simplesmente trocar o teclado inteiro numa Apple Store, o que vou tentar fazer na próxima vez que for a São Paulo. O Diogo S. Lima mandou uma dica que pode servir de plano B: Les autocollants pour claviers. Thanks! #
[ 18:21 ]
Para tentar minimizar os estragos na sua reputação, a administração Bush recorre aos mesmos métodos de antes. Lembram quando barraram as fotos dos soldados mortos no Iraque? (Bush backs Pentagon on barring coffin photos) Agora querem barrar as fotos dos mortos de New Orleans: Agency blocks photos of flood dead. A desculpa é respeitar os mortos e suas famílias, mas o verdadeiro motivo é tentar fazer com que a tragédia pareça menor do que realmente é. #
[ 14:53 ]
Eu passei a usar o Bloglines para economizar tempo, reunindo num só lugar todas as leituras diárias de jornais e weblogs. Ironicamente, esta facilidade de acesso via RSS me fez acrescentar novas leituras à minha já encorpada lista. Percebi o que estava acontecendo e resolvi me limitar a não mais de 200 feeds, mas a curiosidade acabou vencendo e hoje cheguei à marca de 350 feeds. O resultado é que agora passo mais tempo lendo jornais e weblogs que antes. Information overload. #
[ 13:04 ]
No Brasil, Severino promete investigação. Nos EUA, Bush promete investigação. E eu fico aqui lembrando do velho Édipo, que prometeu investigar a morte do rei e acabou descobrindo que o assassino era ele mesmo. #
[ 12:29 ]
Li a mini-série em quatro partes Ultimate Daredevil and Elektra. Apesar da história não ser ruim, fiquei decepcionadíssimo por terem mudado completamente o personagem. Nos quadrinhos do Frank Miller, o momento decisivo que transforma Elektra numa assassina fria e calculista é ver o pai assassinado por terroristas. Aqui, é o estupro de uma colega de faculdade. Nos quadrinhos do Frank Miller, o pai de Elektra era um diplomata grego. Aqui, ele é um cidadão americano que tem uma lavanderia! Por que fazer essas alterações? O que virá a seguir? Uma versão de Moby Dick onde Ahab trabalha para o Green Peace e está tentando salvar todas as baleias do planeta? #
terça-feira, 06 de setembro de 2005
[ 19:00 ]
A Sabrina Nunes me avisou agora que criou uma comunidade no Orkut dedicada a este modesto weblog. Thanks! #
[ 16:45 ]
Asimov, sobre rascunhos e revisões: "It is my habit now to begin by typing a first draft without an outline. (...) Having completed the first draft, I go over it and correct it in pen and ink. I then retype the whole thing as the final copy. I revise no more, of my own volition. If an editor asks for a clearly defined revision of a minor nature, with the philosophy of which I agree, I oblige. A request for a major, top-to-bottom revision, or a second revision after the first, is another matter altogether. Then I do refuse. This is not out of arrogance or temperament. It is just that too large a revision, or too many revisions, indicate that the piece of writing is a failure. In the time it would take to salvage such a failure, I could write a new piece altogether and have infinitely more fun in the process. (Doing a revision is something like chewing used gum.) Failures are therefore put to one side and held for possible sale elsewhere - for what is a failure to one editor is not necessarily a failure to another." #
[ 16:06 ]
Terminei de ler The Early Asimov. A segunda metade é bem superior à primeira, e minhas histórias preferidas são Death Sentence (uma trama que lembra a prime directive de Star Trek e que tem um final surpreendente) e The Red Queen’s Race (uma interessante exploração do tema dos paradoxos das viagens no tempo). Se os contos deste livro não parecem formar uma coleção de peso, é preciso lembrar que se trata de uma coleção desfalcada. Os melhores trabalhos que o Asimov produziu naquela época estão todos espalhados em outros livros, como I, Robot e a trilogia Foundation (que deve ser minha próxima leitura asimoviana). O que mais gostei em The Early Asimov foi mesmo a narrativa que envolve as histórias e conta como foram criadas e publicadas. #
[ 14:58 ]
Comparação de tamanhos entre naves espaciais de várias séries de ficção: Starship Size Comparison Chart. #
[ 14:57 ]
Richard Dawkins e Jerry Coyne em mais uma boa defesa da teoria da evolução frente aos ataques dos criacionistas: One side can be wrong. #
[ 14:56 ]
Alguns clichês estúpidos da publicidade: The modern rules of advertising? #
[ 14:55 ]
Ótimo texto do Keith Olbermann denunciando o descaso e a incompetência da administração Bush: The "city" of Louisiana. #
segunda-feira, 05 de setembro de 2005
[ 12:57 ]
Assisti em dvd The Life and Death of Peter Sellers (EUA-GB, 2004), do Stephen Hopkins. A interpretação do Geoffrey Rush é exuberante (por vezes parece que estamos vendo o próprio Peter Sellers na tela) e o roteiro é interessante e com truques engenhosos (em vários momentos de role-playing-metalingüístico-psicanalítico vemos como Sellers imitaria algumas pessoas que o conheceram dizendo o que achavam dele). Pena que muitas passagens importantes da sua vida tenham sido cortadas da história, excluindo filmes como Lolita, The Party e Murder by Death. O elenco de apoio também é muito bom: Charlize Theron como Britt Ekland, Stanley Tucci como Stanley Kubrick, John Lithgow como Blake Edwards. #
[ 12:43 ]
Fotos panorâmicas monocromáticas: David J. Osborn. #
[ 12:36 ]
John August, roteirista de Big Fish e Charlie and the Chocolate Factory, entre outros, tem um weblog: johnaugust.com. #
[ 12:33 ]
Dial B for Blog, weblog sobre quadrinhos, chega à centésima edição. #
[ 12:27 ]
Recebi email do pessoal do Links & Sites informando que este modesto Por um Punhado de Pixels foi selecionado para a lista de melhores sites do Brasil. Thanks! #
[ 12:16 ]
Hoje completa-se um ano desde que cheguei no Brasil, teoricamente para passar só uns poucos meses esperando pela aprovação do meu green card. E, ainda nos aparentemente intermináveis labirintos da burocracia, continuo aqui, ao menos fisicamente. Psicologicamente, porém, não estou lá nem cá. Tecla pause apertada. Há três anos e três meses, encaixotei meus livros e meus cds, mudei da Florida para a Virginia, e fiquei esperando o visto que regularizaria minha permanência nos EUA como não-imigrante. Há dois anos e oito meses, entrei com o pedido de imigração, que segundo os próprios burocratas deveria ter sido respondido em até seis meses. Mas neste jogo as regras são ditadas pelo adversário e vão mudando durante a partida. #
domingo, 04 de setembro de 2005
[ 15:41 ]
Esta semana no Burburinho, um texto do Ricardo Bittencourt sobre a série Desafio Infinito e um texto da Clarice Maia Scotti sobre a peça Lua de Cetim. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #
sábado, 03 de setembro de 2005
[ 12:32 ]
Viggo Mortensen manda muito bem: "In the often and rightly quoted words of Bill Clinton, "There's nothing wrong with America that can't be fixed by what's right with America." We see now how individuals and groups around the country are acting in any way they can to help their fellow citizens in Louisiana, Mississippi and other devastated places near the Gulf of Mexico. They refuse to stand idly by and wait for President Bush and his morally-bankrupt, pirate administration to respond in an appropriately urgent and compassionate manner to the escalating agony and desperation of our fellow citizens. This agony and desperation was caused in large part by a near complete absence of adequate federal government funding, preparedness, and leadership. We the people will continue to help Americans and non-Americans alike, with or without the participation or approval of George W. Bush and his Neo-Conservative cohorts. While it is true that what is most important right now is to rescue, feed, house, and in any way possible care for those immediately affected by the disaster, it is equally true that in the long run those directly responsible for aggravating the tragic situation must be held accountable. The mounting evidence of the Bush administration's criminal mismanagement of the nation, as well as its consistently arrogant disregard for our planet's people and natural environments must be confronted immediately. Those who voted for Bush last year, or who have continually supported his outlaw administration in its destructively dishonest conduct, including not only extremist conservatives but also politically-calculating democrats, need not hang their heads or avert their eyes now. What they can and ought to do is join the increasing numbers of Americans who are demanding that presidential impeachment proceedings be initiated as soon as possible. Members of the Bush Administration responsible for the blatant lies and self-serving manipulations that have fanned the flames of disaster from Iraq to New Orleans must be prosecuted as our laws require. We must insist on this. Furthermore, we must not allow these disgracefully unpatriotic public servants to be pardoned by any future president as Gerald Ford did for Richard Nixon. Please call or write your government representatives and help get the scoundrels out of government and in prison where they belong. Do not allow the subject to be changed, do not be distracted. The time to act is now. Take back your country." #
[ 12:23 ]
Também na CNN, a versões desencontradas das autoridades federais e de quem está no local do desastre: The big disconnect on New Orleans. #
[ 12:21 ]
Para quem não conseguiu ouvir a entrevista do governador Nagin linkada aqui ontem, a CNN disponibiliza a transcrição: Mayor to feds: 'Get off your asses'. #
sexta-feira, 02 de setembro de 2005
[ 21:16 ]
Incompetência, descaso, ou ambos?
O presidente George W. Bush teve a desfaçatez de dizer em frente às câmaras de televisão que ninguém poderia prever que os diques de New Orleans cederiam ("I don't think anybody anticipated the breach of the levees."). Os fatos, porém, são bem diferentes, e todos sabiam que o desastre poderia ocorrer. O jornal Houston Chronicle publicou em 2001 um texto sobre o assunto, Keeping Its Head Above Water, cuja primeira frase era "New Orleans is sinking." O mesmo artigo dizia que, para a FEMA (Federal Emergency Management Agency, agora parte do U.S. Department of Homeland Security), New Orleans estava entre os três maiores e mais catastróficos cenários ameaçando o país. Um par de anos depois, o jornal Times-Picayune fez uma extensa reportagem sobre o tema, Washing Away: "It's only a matter of time before South Louisiana takes a direct hit from a major hurricane. Billions have been spent to protect us, but we grow more vulnerable every day." Mesmo assim, a administração Bush cortou os fundos necessários para a manutenção dos diques e cancelou o programa de controle de enchentes ("In 2001, FEMA warned that a hurricane striking New Orleans was one of the three most likely disasters in the U.S. But the Bush administration cut New Orleans flood control funding by 44 percent to pay for the Iraq war." - No One Can Say They Didn't See It Coming). E, depois de tudo isso, o generalíssimo El Busho vai à tv para dizer que o desastre pegou a administração desprevenida. Não sem antes ter sido fotografado sorridente tocando violão, claro, enquanto as águas subiam em New Orleans. Será que ele já ouviu falar em Nero?
Não é coincidência que as vítimas do desastre sejam, em sua maior parte, negras e pobres. A população de New Orleans está entre as mais pobres dos EUA: "Sixty-seven percent of New Orleans' residents are black. And huge numbers of them are poor. Nearly 30 percent of people in New Orleans live below the poverty line, and only a handful of large American cities have lower household incomes than the Big Easy." Gente sem carro. Gente sem dinheiro para sair dali com suas famílias. Gente sem ter para onde ir. Muitos foram instruídos a buscar refúgio no estádio Superdome, onde se juntaram mais de quinze mil pessoas, sem água, sem comida, sem remédios, sem fraldas para as crianças, e sem que alguém os fosse resgatar. A Guarda Nacional, habitualmente responsável por auxiliar evacuações deste tipo, está severamente desfalcada, já que grande parte do seu pessoal e do seu equipamento foi deslocada para o Iraque. A resposta do governo federal nos primeiros dias foi quase nula, apesar de todos os pedidos recebidos. O prefeito Ray Nagin disse à CNN: "This is a desperate SOS, Right now we are out of resources at the convention center and don't anticipate enough buses. We need buses. Currently the convention center is unsanitary and unsafe, and we're running out of supplies." (Há também uma entrevista imperdível do prefeito para a rádio WWL-AM, na qual ele ele deixa de lado qualquer politicagem para descrever a situação da cidade, pedir ajuda e reclamar do descaso federal, para ser ouvida até o finalzinho.) Ainda há gente em perigo e as operações de resgate ainda vão se estender por algum tempo. Mas talvez o pior ainda esteja por vir, porque mesmo depois que as águas recuarem teremos milhares de pessoas sem casa e sem trabalho. Que tratamento a administração Bush dará à reconstrução de New Orleans? Será o clamor popular suficiente para que, depois de falhar na prevenção e no resgate, ao menos o governo federal faça um bom trabalho na recuperação? Ou vencerão as vozes extremistas, que chamam New Orleans de Sodoma e Gomorra do Mississippi e que preferem não ver a cidade reconstruída?
#
quinta-feira, 01 de setembro de 2005
[ 19:34 ]
Os primeiros contos de The Early Asimov são quase todos fracos, especialmente quando comparados com as histórias mais famosas do autor. Entre os trinta primeiros contos dos sessenta que ele considera parte dos "anos Campbell" (John Wood Campbell, Jr. foi o mais importante editor de ficção-científica da época), eu só destacaria quatro boas histórias, nenhuma ótima: Trends (apesar de ser um bocado inocente nas previsões científicas - seu vôo à Lua lembra mais Verne e Wells que os programas espaciais que se tornariam realidade com uma década de vantagem em relação às previsões do Asimov -, sabe tocar com precisão na ferida do fanatismo religioso e do obscurantismo), Robbie, Reason e Liar! (as três últimas não estão neste livro e sim em I, Robot). O próprio Asimov concordava comigo: "Looking back on my first three years as a writer, then, I can judge myself to be nothing more than a steady and (perhaps) hopeful third-rater. What's more, that's all I considered myself then, too." Aí, de repente, em 1941, ele escreve seu trigésimo-segundo conto, nada menos que Nightfall, que se tornaria um clássico, escolhido em muitas votações e antologias como um dos melhores contos de ficção-científica do século XX. As historinhas que ele conta entre um conto e outro de The Early Asimov são muito interessantes, mostrando como seu início de carreira, apesar de não ter sido brilhante, foi incentivado por vários editores, que não só lhe deram conselhos úteis e palavras de apoio mas também publicaram muitos dos seus trabalhos e o remuneraram bem por isso. Que oportunidade remotamente semelhante a essa teria um escritor brasileiro hoje, não só de sci-fi mas de qualquer gênero literário? #
[ 14:05 ]
A série de tv era muito boa, até ser cancelada. Agora esperamos pelo filme: Serenity. #
[ 13:12 ]
Aproveitando o assunto, aqui vai a listinha dos programas que tenho usado no iBook (todos gratuitos):
[ 13:07 ]
O Ig manda a dica: para capturar telas de dvd no iBook, o truque é assistir o filme usando o programa gratuito VLC. Ainda não testei porque o meu iBook está sem conexão com a rede (e mesmo este PC emprestado está com conexão temporária), mas pretendo instalar o VLC logo que puder. Thanks! #