sexta-feira, 30 de junho de 2006

[ 22:04 ]

Balanço de junho: assisti 19 filmes, 22 episódios de Law & Order, alguns episódios esparsos de Lost e 50 partidas da Copa do Mundo; visitei duas exposições (Degas e Babinski); escrevi um artigo para o Burburinho. #

[ 10:01 ]

Som do dia: The Grascals, agradável banda de bluegrass, em cd que a Rosinha Monkees trouxe de presente para mim de Nashville. #

[ 09:58 ]

O filme de bordo na viagem de volta de São Paulo foi Paradise (EUA, 1991), da Mary Agnes Donoghue. Um drama familiar razoável, com Melanie Griffith e Don Johnson (no tempo em que ainda estavam casados) e duas criancinhas bem conhecidas, Thora Birch (na época com nove anos, mais tarde seria a Enid de Ghost World) e Elijah Wood (na época com dez anos, mais tarde seria o Frodo de The Lord of the Rings). #

[ 08:21 ]

A programação de ontem foi feita em torno de mais comilança. Almoçamos no Subito do Conjunto Nacional (bife à parmegiana com risoto de cogumelos) e, depois de várias caminhadas pela avenida Paulista, acabamos de volta ao ponto de partida para jantar no Viena do Conjunto Nacional (buffet de saladas e pizzas variadas). Entre uma coisa e outra, fui ver a exposição do Maciej Babinski na galeria Caixa Cultural. Nunca tinha ouvido falar nesse polonês naturalizado brasileiro (ele veio para o Brasil em 1953, com 22 anos) e gostei da coleção de gravuras que varia de paisagens bucólicas a cenas surrealistas, num estilo que parece reunir influências tão variadas como o cubismo de Picasso e as ilustrações primitivistas da literatura de cordel. #

[ 08:08 ]

Dormi tanto no ônibus que me trouxe de São Paulo a Balneário Camboriú esta noite que quase perdi a hora de descer, quando entreabri os olhos e espiei para fora já estávamos parados no terminal rodoviário da cidade há alguns minutos. Apesar de ter rodado uns seiscentos quilômetros para o sul, o clima aqui está bem mais agradável que na capital paulista, onde peguei um friozinho incômodo. #

quinta-feira, 29 de junho de 2006

[ 09:23 ]

Ontem passei o dia com a Jade, o Jeff e o Adriano. Feijoada no Colher de Pau, visita ao MASP para ver a exposição do Degas (interessante mas não entusiasmante) e a coleção do museu (destaque para um Turner e um Bosch), passeio pelo Shopping Eldorado (a Jade queria comprar roupas), jantar e caipirinhas no Barnaldo Lucrécia. #

quarta-feira, 28 de junho de 2006

[ 06:48 ]

Polanoid: building the biggest Polaroid-picture-collection of the planet. #

[ 06:46 ]

Galeria de fotos: Polaroids by Dash Snow. #

[ 06:31 ]

Já cheguei a São Paulo. A viagem de ônibus foi tranqüila. O filme de bordo era Lost in Translation, mas com som em português e extremamente baixo, o que tirava todo o interesse da coisa. Agora estou num cybercafe no Terminal Rodoviário Tietê, porque ainda é muito cedo para visitar meus amigos dorminhocos. #

terça-feira, 27 de junho de 2006

[ 18:31 ]

Esta noite entro num ônibus para São Paulo e vou visitar minha amiga Jade Boneff, que está em férias no Brasil. Fico por lá só dois dias e na sexta-feira de manhãzinha já devo estar de volta a Balneário Camboriú, onde me esperam os projetos do segundo semestre. #

[ 18:19 ]

A Rosinha Monkees alugou Raise Your Voice (EUA, 2004), do Sean McNamara, porque queria ver o bonitão (segundo ela) John Corbett, mas o filme é tão raso e tão tolinho que não agüentei até o fim. No Brasil se chama Na Trilha da Fama, fuja dele. Curiosidade: é o segundo filme seguido que vejo onde um ator que já interpretou um namorado da Carrie Bradshaw em Sex and the City aparece como um professor, John Corbett dá aulas de música em Raise Your Voice, Ron Livingston dá aulas de inglês e teatro em Pretty Persuasion. #

[ 18:12 ]

Entre um jogo e outro, ouvi jazz do melhor que há, na preciosa compilação The House That Trane Built: The Best of Impulse Records, presente que meu amigo Richard Mortifoglio enviou de New York, reunindo Oliver Nelson, Art Blakey, Charles Mingus, John Coltrane, Archie Shepp, Albert Ayler, Earl Hines, Alice Coltrane e John Handy. Espetacular. #

[ 18:06 ]

A seleção brasileira jogou novamente hoje um futebol feio e displicente, e mais uma vez venceu porque o adversário era muito inferior. A partida seguinte, entre França e Espanha, mesmo sem lances espetaculares, foi muito melhor, com jogadores mostrando uma coisa que os brasileiros do Parreira parecem ter perdido, fome de bola. #

[ 10:00 ]

Suíça contra Ucrânia, ontem, levou com facilidade o prêmio de jogo mais aborrecido da Copa do Mundo até agora. Ninguém conseguia chegar ao gol, e até na disputa de pênaltis foi difícil fazer a bola bater na rede (quatro tentativas desperdiçadas, três da Suíça e uma da Ucrânia). Junta-se à galeria de outros destaques negativos. Maior decepção: a seleção da República Tcheca, segunda no ranking da FIFA, implodindo depois de uma primeira partida promissora. Pior falta: Daniele de Rossi, da Itália, aplicando cotovelada no rosto do Brian McBride, dos EUA. Maior fiasco: o juiz inglês Graham Poll dando três cartões amarelos no mesmo jogo para o croata Simunic. Pior gravata: Ricardo La Volpe, técnico do México. #

segunda-feira, 26 de junho de 2006

[ 18:17 ]

Assisti em dvd Garotas Malvadas (Pretty Persuasion, EUA, 2005), do Marcos Siega. Roteiro perspicaz e ácido na crítica a várias realidades dominando os EUA de hoje: o desejo da fama a qualquer custo, a irresponsabilidade do sistema judicial vulnerável a processos frívolos, os medos coletivos servindo para manipulações fáceis da opinião pública, o racismo e a xenofobia firmes e fortes protegidos por um verniz enganoso de multiculturalismo tolerante, e vários outros aspectos muito interessantes. Com tom de comédia cínica, parece uma mistura criativa de To Die For, Wild Things, Ghost World, Teaching Mrs. Tingle e The Crucible, tudo bem batido no liquidificador com trama original e com diálogos mordazes. Ótima interpretação da ninfeta Evan Rachel Wood e participações pequenas mas também muito boas do James Woods e da Selma Blair. Recomendo, particularmente para quem aprecia o estilo indie. #

domingo, 25 de junho de 2006

[ 18:14 ]

Esta semana no Burburinho o Gabriel Perissé pede ajuda ao Schopenhauer e conta como vencer um debate sem precisar ter razão. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

sábado, 24 de junho de 2006

[ 20:56 ]

Comecei a assistir em dvd A Marcha dos Pingüins (La Marche de l'Empereur, França, 2005), do Luc Jacquet, e não consegui chegar à metade do filme. Os pingüins são ótimos e as imagens são lindas, mas colocaram por cima uma locução pseudo-poética antropomorfizando os pobres animais, o que transforma toda a coisa numa pieguice inescusável. Espantoso que esta pingüinzice tenha ganho um Oscar de melhor documentário. #

[ 20:39 ]

Pintando como Pollock: www.jacksonpollock.org. #

[ 20:36 ]

Para quem gosta de ursinhos: Panda, Inc. #

sexta-feira, 23 de junho de 2006

[ 19:48 ]

Esta tarde terminou a fase classificatória da Copa do Mundo e esta noite volta das férias a Rosinha Monkees, marcando assim o fim da minha fase de gatos e gols. Nas últimas semanas, assisti quarenta jogos (e ainda o resumo das oito partidas menos promissoras da terceira rodada) e cuidei dos sete gatinhos da Rosinha (incluindo alimentação, limpeza e apoio psicológico). A partir de amanhã, continuo a conviver com felinos e futebol, mas em doses mais leves. #

[ 19:25 ]

Futebol para nerds: (((X+Y+S)/2)x((T+I+2B)/4))+(V/2)-1. "England's bid for World Cup glory could be boosted by scientists who claim to have discovered the formula for the perfect penalty." (via C.A.T.) #

quinta-feira, 22 de junho de 2006

[ 22:42 ]

Assisti em dvd Sylvia (GB, 2003), da Christine Jeffs, que no Brasil ganhou o título canhestro de Paixão Além de Palavras. É uma cinebiografia da escritora Sylvia Plath (bem interpretada pela Gwyneth Paltrow) e, por extensão, do seu marido Ted Hughes, também poeta (bem interpretado pelo Daniel Craig). Eu conhecia só um pouco dela, sabia das circunstâncias do seu suicídio e tinha lido alguns dos seus poemas mais famosos (Daddy e Lady Lazarus são dois que me lembro, ambos citados no roteiro). Dele, confesso que nunca li nada. O filme não inspira simpatia pela protagonista e a apresenta como uma criatura desajustada, com ataques de ciúme e de inveja (não ajudava muito ser casada com um sujeito infiel e mais respeitado que ela como poeta), que eventualmente escrevia poemas inspirados. Mesmo assim, atiça um pouco a curiosidade para ler mais escritos da Sylvia Plath. Num papel pequeno, aparece o Michael Gambon, o ator flamboyant da mini-série The Singing Detective. #

[ 22:26 ]

Fotos polariod do Andrei Tarkovsky: Cold Snaps. Para quem não lembra, o Tarkovsky dirigiu, entre outros filmes, Solaris, Stalker e O Sacrifício. #

[ 22:18 ]

Três idéias para revolucionar o futebol:

  • Fim da regra de impedimento.
  • Passa a ser proibido tocar na bola com a cabeça.
  • Duas bolas em jogo ao mesmo tempo.
    #

    quarta-feira, 21 de junho de 2006

    [ 13:18 ]

    E o Miami Heat ficou com o título da NBA desta temporada, o primeiro na história da equipe e o primeiro para o Dwyane Wade (que também foi escolhido como o jogador mais valioso das finais e ainda deve conquistar muitas outras glórias em sua carreira), mas o quarto anel de campeão para o Shaquille O'Neal (que ganhou outros três em 2000, 2001 e 2002, com os Lakers) e o sexto para o coach Pat Riley (os outros vieram como jogador em 1972 e como treinador em 1982, 1985, 1987 e 1988, sempre com os Lakers). Gostaria de ter assistido estas finais, mas a Copa do Mundo monopolizou as transmissões da DirecTV. #

    [ 09:55 ]

    Assisti em dvd Império dos Lobos (L'Empire des Loups, França, 2005), do Chris Nahon. Boa trama misturando investigação criminal, luta contra o terrorismo e um pouco de ficção-científica. Jean Reno mais uma vez interpreta um policial (desde 2000, já o vi como flic em seis filmes: Wasabi, Rios Vermelhos I e II, Império dos Lobos, The Pink Panther e The Da Vinci Code) e Arly Jover é uma amnésica misteriosa (essa eu conheço de filmes de vampiros: Blade e Vampires: Los Muertos). Bacaninha. #

    terça-feira, 20 de junho de 2006

    [ 18:32 ]

    Kaká, aquele rapaz que tem uma sala de "troféis", dá declarações à mídia, defendendo as atuações da seleção brasileira. Diz ele: "Esse show que todo mundo está esperando é que a gente não consegue entender. Afinal, a equipe está ganhando e o que todo mundo quer ver é o título." Não, Kaká, não é todo mundo que se contenta com o título. Eu, por exemplo, assisto futebol pelo espetáculo, para ver os melhores jogadores do mundo mostrando tudo que sabem fazer, com estilo, com arte. Para mim, o tal título é pura conseqüência do futebol bem jogado. Suponho estar em minoria mas não sozinho ao afimar que prefiro ver a seleção brasileira jogar bonito e perder, como em 1982, que jogar feio e ganhar, como em 1994. O ideal seria, claro, jogar bonito e ganhar, como em 1970, e o talento disponível hoje nos faz pensar que isso poderia se repetir em 2006, se não fosse o guru do futebol burocrático. #

    [ 13:26 ]

    Por que o logotipo da Copa do Mundo é feito com carinhas da Elma Chips? #

    segunda-feira, 19 de junho de 2006

    [ 18:26 ]

    Assisti em dvd A Caverna (The Cave, EUA-Alemanha, 2005), do Bruce Hunt. Filme B razoável mas completamente previsível, com um grupo de mergulhadores explorando uma caverna na Romênia e encontrando criaturas perigosas. No elenco, Cole Hauser (de Pitch Black) e Piper Perabo (de Coyote Ugly). Fraquinho. #

    [ 18:18 ]

    Já falei aqui do livro Bad Twin, parte da mitologia do seriado Lost. Pois agora descobriram quem estava por trás do autor fictício Gary Troup. Segundo o Variety, é o Laurence Shames, ghostwriter também de Boss of Bosses. #

    [ 18:10 ]

    E já se foram trinta e dois jogos da Copa do Mundo. Assisti trinta em direto e dois em gravação, uma verdadeira overdose de futebol. A partir de amanhã diminuo o ritmo, porque nesta terceira rodada da fase classificatória várias partidas acontecem simultaneamente e nos convidam a escolher só a mais promissora para assistir. Na maior parte dos casos, uma escolha fácil: quem vai querer Costa do Marfim contra Sérvia e Montenegro em vez de Holanda contra Argentina? Infelizmente, até agora, a maior parte das equipes jogou um futebol medíocre, medroso e desinspirado. Cada vez mais o futebol burocrático vai tomando o lugar do futebol arte. #

    domingo, 18 de junho de 2006

    [ 15:42 ]

    Esta semana no Burburinho a Jade Boneff comenta o livro O Testamento, do John Grisham. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    [ 15:00 ]

    Cinco momentos memoráveis da vitória do Brasil contra a Austrália: 5) Cafú sorrindo e apertando a mão do juiz após levar um cartão amarelo; 4) Dida saltando e esbracejando no ar enquanto a bola escapava para um adversário com pontaria ruim; 3) Roberto Carlos pisando na bola e caindo sozinho no meio do campo; 2) Ronaldinho pisando na bola e caindo sozinho na área adversária; e, claro, 1) Ronaldo, cheio de vontade, tentando acertar a bola e dando um chutão no ar. #

    sábado, 17 de junho de 2006

    [ 19:29 ]

    Para aqueles dias de preguiça no escritório: The best paper airplane in the world. Com instruções de construção (How to build the best paper airplane in the world) e de vôo (How to fly the best paper airplane in the world). #

    [ 19:16 ]

    Assisti em dvd Boa Noite e Boa Sorte (Good Night and Good Luck, EUA, 2005), do George Clooney. Um pequeno grande filme, fatia da história da televisão e da política dos EUA, mostrando a resistência de um grupo de jornalistas da CBS à cruzada totalitarista do senador McCarthy. Surpreendentemente atual tanto em relação ao macartismo (basta substituir "comunismo" por "terrorismo" nos discursos e temos quase a mesma estratégia de hoje de governar através do medo) quanto à situação culturalmente deplorável da produção televisiva contemporânea ("This instrument can teach, it can illuminate; yes, and it can even inspire. But it can do so only to the extent that humans are determined to use it to those ends. Otherwise it is merely wires and lights in a box."). Recomendo. #

    sexta-feira, 16 de junho de 2006

    [ 18:35 ]

    Bolas de futebol dos países classificados para a Copa do Mundo, em interpretação artística: 32 Qualified Balls. #

    [ 18:14 ]

    Espetacular a vitória da Argentina por seis a zero contra Sérvia e Montenegro hoje. Convenceu não só em quantidade (o placar mais alto até agora) mas também em qualidade (com os dois melhores gols da competição até agora: o segundo, em jogada coletiva finalizada por Cambiasso, e o quinto, em jogada individual do Tevez). Gostaria de ver mais partidas assim na Copa do Mundo. #

    quinta-feira, 15 de junho de 2006

    [ 19:07 ]

    Assisti em dvd The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (EUA, 2005), do Andrew Adamson. Pareceu-me uma adaptação bem fiel ao livro e à sua catequese subliminar (escrevi sobre isso no Burburinho: As Crônicas de Nárnia), mas o que mais me surpreendeu foi a falta de atenção nos detalhes, particularmente nos efeitos especiais (freqüentemente a luz nos personagens em primeiro plano não combina com a luz nas paisagens projetadas atrás deles, e quando viajam em alta velocidade, num trenó ou montados no leão, seus cabelos não se movem ao vento). No elenco, Tilda Swinton (de Orlando e Constantine) como White Witch e Liam Neeson (de Darkman e Schindler's List) dando voz ao leão Aslan. O Andrew Adamson (curiosamente, os meninos do filme são chamados de "sons of Adam", e o sobrenome Adamson tem o mesmo significado, "filho de Adão") já está preparando o próximo episódio da série (Prince Caspian, sem seguir a ordem dos livros), mas eu acho que faria melhor se ficasse só com os filmes de animação (ele é o diretor de Shrek e Shrek 2). #

    [ 15:21 ]

    E sempre é bom relembrar o unicórnio invisível cor-de-rosa e o monstro voador de espaguete. #

    [ 15:16 ]

    Um fundamentalista cristão que se desconverteu e agora divulga o ateismo: Joe Holman, minister turns atheist. Entre outras coisas, ele apresenta suas razões em Why I Am an Atheist (não confundir com o Why I Am Not a Christian do Bertrand Russell). #

    [ 15:07 ]

    Ótima reflexão, longa mas essencial: Tyranny of the Christian Right. "The mass movement I've described aims to supplant Enlightenment rationalism with what it calls the Christian worldview. The phrase is based on the conviction that true Christianity must govern every aspect of public and private life, and that all - government, science, history and culture - must be understood according to the dictates of scripture. There are biblically correct positions on every issue, from gay marriage to income tax rates, and only those with the right worldview can discern them. This is Christianity as a total ideology - I call it Christian nationalism. It's an ideology adhered to by millions of Americans, some of whom are very powerful. It's what drives a great many of the fights over religion, science, sex and pluralism now dividing communities all over the country." #

    quarta-feira, 14 de junho de 2006

    [ 09:48 ]

    Vi em dvd Y Tu Mamá También (México, 2001), do Alfonso Cuarón. Road movie sobre amadurecimento sexual e emocional, com toques de cruel realidade pelo caminho. Talvez por ter ouvido tantos elogios ao filme, fiquei um pouco decepcionado quando finalmente o assisti. Sim, o roteiro, indicado ao Oscar, tem bons momentos, incluindo aí os comentários sociais que se encaixam quase como notas de rodapé, mas o final é um bocado previsível (tanto o clímax do triângulo amoroso quanto o epílogo com a revelação sobre Ana). Boas interpretações do Gael García Bernal (que depois faria El Crimen del Padre Amaro e Diarios de Motocicleta), do Diego Luna (que depois faria Frida e Criminal) e da Maribel Verdú (que já participou de alguns clássicos espanhóis como Amantes e Belle Epoque). #

    terça-feira, 13 de junho de 2006

    [ 18:52 ]

    Diálogos ouvidos por aí - VI:
    O jogador Kaká sendo entrevistado na televisão.
    - O que é essa caneca?
    - Foi o prêmio de melhor jogador em campo, vou guardar na minha sala de "troféis". #

    [ 18:26 ]

    Na entrega dos Oscars (e também em outros eventos do gênero), quando alguém precisa ir ao banheiro, existem pessoas contratadas especialmente para ocupar a sua cadeira e evitar que apareçam lugares vazios para as câmaras. Hoje na partida do Brasil contra a Croácia usaram o mesmo recurso, e enquanto o Robinho estava no banheiro, puseram um gordinho careca para ocupar seu lugar. Ele ficou tanto tempo em campo que alguns jogadores até se confundiram e passaram uma bola ou outra para ele. Finalmente, lá pelo meio do segundo tempo, o Robinho saiu do banheiro para entrar em campo e permitiu que o gordinho careca voltasse ao anonimato que merece. #

    [ 15:23 ]

    Uma das maiores vantagens de assistir a Copa do Mundo pela DirecTV é poder ouvir a narração sóbria em inglês e escapar do festival de bobagens de locutores esportivos enfadonhos tão comum na televisão brasileira. #

    [ 09:56 ]

    Assisti em dvd Camisa de Força (The Jacket, EUA-Alemanha, 2005), do John Maybury. Um pouco de The Butterfly Effect, um pouco de The Machinist, um pouco até de Twelve Monkeys. O resultado é original e interessante, com boas interpretações de Adrien Brody (Oscar por The Pianist), Keira Knightley (de Pirates of the Caribbean), Kris Kristofferson (de Blade), Jennifer Jason Leigh (de eXistenZ), e Daniel Craig (o novo 007). #

    [ 09:49 ]

    Zero-Zero.Info: it's all about football. #

    [ 09:47 ]

    Eu gosto de observar os nomes curiosos de jogadores de futebol na Copa do Mundo, que vão de nome de jogo (Pimpong, de Gana) a nome de remédio (Plasil, da República Tcheca). Mas o conjunto mais impressionante talvez seja o da Coréia, com cinco jogadores chamados Lee e oito jogadores chamados Kim. Fico imaginando a cena das despedidads noturnas em estilo The Waltons: "Boa noite, Kim!" "Boa noite, Lee!" #

    segunda-feira, 12 de junho de 2006

    [ 15:30 ]

    Ontem assisti na DirecTV The Last Shot (EUA, 2004), do Jeff Nathanson. Matthew Broderick é o porteiro de cinema que quer dirigir seu próprio filme, Alec Baldwin é o agente do FBI que se faz passar por produtor e contrata Broderick para um projeto inexistente cujo único objetivo é incriminar o mafioso Tony Shalhoub. A idéia parece boa mas o filme nunca chega a decolar. O destaque fica com a Toni Collette interpretando uma atriz mentalmente perturbada. Fraquinho. #

    [ 15:26 ]

    Roteiros de Lost para download: Press Execute #

    [ 15:21 ]

    Não assisti os filmes ainda, mas a julgar pelos trailers Ratatouille parece muito mais rico, visual e tematicamente, que Cars. #

    domingo, 11 de junho de 2006

    [ 23:06 ]

    Finalmente assisti em dvd Serenity (EUA, 2005), do Joss Whedon, e escrevi um texto sobre a série e sobre o filme, Firefly e Serenity, para a edição desta semana do Burburinho. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    [ 23:01 ]

    O site do Sidney Rezende publicou uma matéria em três partes sobre as agruras causadas pela burocracia, e compilou uma série de posts deste modesto weblog que contam a minha saga. "Muita gente cita Kafka quando a situação é absurda, mas esse parece ser o padroeiro do jornalista mais conhecido no ciberespaço como Nemo Nox, autor do blog Por um Punhado de Pixels. Milhares de internautas acompanharam sua via-crúcis para conseguir o green card." (Burocracia I: A vida vista de uma fila, Burocracia II: Órgãos solicitam documentos que já possuem, Burocracia III: Identidade não é válida para todo o território nacional.) #

    sábado, 10 de junho de 2006

    [ 16:42 ]

    A DirecTV tem oito canais transmitindo a Copa do Mundo e nenhum transmitindo os playoffs da NBA. Lamentável. #

    [ 15:11 ]

    E já no segundo dia a Copa do Mundo teve sua primeira partida histórica, com Trinidad and Tobago empatando em zero a zero com a Suécia apesar de ter jogado quase todo o segundo tempo somente com dez homens. Os Soca Warriors estão nesta competição pela primeira vez e comemoraram o resultado como se fosse uma vitória. Belo jogo. #

    sexta-feira, 09 de junho de 2006

    [ 22:20 ]

    Ontem assisti em dvd Aeon Flux (EUA, 2005), da Karyn Kusama. Achei a história razoável (depois de um vírus ter dizimado 99% da população do planeta, os últimos sobreviventes vivem numa cidade que se equilibra entre a utopia e a distopia) e a direção de arte interessante (muitos elementos visuais orgânicos, telas de vídeo feitas de água, armas em forma de plantas, etc), mas o discurso ideológico que acompanha a trama decepciona pelos tons anti-ciência (aquela velha conversa quase mística dos tempos de Frankenstein que certas coisas devem permanecer intocadas pela tecnologia) e pró-autoridade (um dos heróis é nada menos que o ditador vitalício da cidade, e seus subordinados ficam felizes em dizer coisas como "não somos anarquistas, precisa haver lei"). Charlize Theron morena está muito bonita, e parece ter usado nas filmagens mais seus dotes atléticos que dramáticos (ela que ganhou um Oscar por Monster). O elenco ainda tem outros bons atores subutilizados em papéis minúsculos, Pete Postlethwaite (indicado ao Oscar por In the Name of the Father) e Frances McDormand (Oscar por Fargo). #

    [ 22:09 ]

    Quatro palavras compridas em inglês, cortesia do A.Word.A.Day:

  • honorificabilitudinity: honorableness
  • antidisestablishmentarianism: opposition to separation of the church and state
  • floccinaucinihilipilification: estimating something as worthless
  • pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis: a lung disease caused by inhaling fine particles of silica #

    [ 21:37 ]

    Hoje o Alex Castro veio visitar Balneário Camboriú. Comemos uma boa seqüência de camarão e conversamos durante várias horas, sobre Crash e Casablanca, bolsas de estudo e vistos de residência, Lost e Battlestar Galactica, livros e weblogs, New Orleans e Madrid, batalhas navais e usabilidade na web, Saramago e Almodóvar, e trocentas outras coisas. Descobrimos até um gosto comum por um pequeno e quase obscuro filme do início dos anos oitenta, The Man with Two Brains, do Carl Reiner. Uma tarde divertida, indeed. #

    quinta-feira, 08 de junho de 2006

    [ 17:45 ]

    Neste início de semana, além de cuidar de sete gatos, ler dezenas de textos na web, responder metade dos meus emails atrasados, e fazer uma tradução espinhosa, ainda consegui assistir em dvd a primeira temporada de Law & Order. Na primeira metade de cada episódio, o foco é no trabalho da polícia em torno de um crime; na segunda, entram em cena os advogados e o mesmo crime passa a ser tratado no tribunal. Há uma compressão de tempo gigantesca, claro, já que na realidade passam-se meses, muitas vezes anos, entre a investigação e o julgamento, mas a mistura de NYPD Blue com LA Law na mesma história é ótima para a discussão de assuntos polêmicos. E parece ter sido exatamente essa a intenção do criador da série, Dick Wolf, que nestes primeiros 22 episódios, de 1990, trata de alcoolismo, erro médico, vigilantismo, aids, suicídio assistido, estupro, corrupção política, prostituição, racismo, aborto, drogas, terrorismo, entre outros temas. O melhor é que em muitos casos surgem posições contrárias defendidas com bons argumentos, ficando as conclusões para o espectador. O elenco inicial tinha os detetives George Dzundza (de Basic Instinct) e Chris Noth (mais novo, mais magro e mais canastrão que em Sex and the City) e o district attorney Michael Moriarty (de Along Came a Spider). Entre os atores convidados para papéis de um só episódio aparecem também muitos rostos conhecidos, como John Spencer (de LA Law e The West Wing), Cynthia Nixon (de Sex and the City), Samuel L. Jackson (de Pulp Fiction), Philip Seymour Hoffman (de Capote), e vários outros. Gostei, se encontrar as próximas temporadas pretendo continuar assistindo. #

    [ 16:17 ]

    Não é qualquer análise de filme com super-heróis que cita Freud, Nietzsche e Zizek: X-Men 3: The Last Stand. #

    [ 14:24 ]

    Nieman Narrative Digest, parte do Nieman Program on Narrative Journalism. "At a minimum, narrative denotes writing with (A) set scenes, (B) characters, (C) action that unfolds over time, (D) the interpretable voice of a teller - a narrator with a somewhat discernable personality - and (E) some sense of relationship to the reader, viewer or listener, which, all arrayed, (F) lead the audience toward a point, realization or destination." #

    terça-feira, 06 de junho de 2006

    [ 21:13 ]

    Assisti novamente em dvd Almost Famous (EUA, 2000), do Cameron Crowe. Gostei muito mais que da primeira vez, um belo roteiro (que merecidamente ganhou um Oscar) com boas interpretações (Jason Lee, Kate Hudson e Billy Crudup em boa forma, e, claro, os habitualmente excelentes Frances McDormand e Philip Seymour Hoffman). A história é inspirada na do próprio Crowe (que escrevia para a revista Rolling Stone), e a banda fictícia Stillwater mistura elementos de The Allman Brothers (com quem Crowe viajou quando era jovenzinho), The Who (o episódio do avião quase caindo), The Eagles (o personagem Russell Hammond parece uma versão do guitarrista Glenn Frey), Led Zeppelin (Hammond gritando "I am a Golden God!"), e talvez outras bandas que eu não reconheci. Minha frase preferida do filme vem do Lester Bangs (Philip Seymour Hoffman) aconselhando o William Miller (Patrick Fugit) sobre como escrever: "Be honest and unmerciful." #

    [ 16:27 ]

    Som do dia: Ane Brun, compositora norueguesa radicada na Suécia cantando em inglês. #

    [ 15:53 ]

    De acordo com a simulação feita pela Electronic Arts e seu software 2006 FIFA World Cup, a República Tcheca levará a taça da Copa do Mundo depois de derrotar o Brasil na final: Czech Republic Wins the EA Sports 2006 FIFA World Cup. #

    segunda-feira, 05 de junho de 2006

    [ 15:54 ]

    Frase do dia: "A man of ordinary talent will always be ordinary, whether he travels or not; but a man of superior talent (which I cannot deny myself to be without being impious) will go to pieces if he remains forever in the same place." (Wolfgang Amadeus Mozart) #

    [ 15:42 ]

    Som do dia: The Eraser, do Thom Yorke. Agrada mas não entusiasma. Black Swan, tecno-bossa-nova-lounge, é a faixa mais bacaninha. #

    [ 15:36 ]

    Hoje bem cedinho (ainda nem tinha amanhecido) a Rosinha Monkees saiu em viagem de férias e me deixou no cargo de cat sitter, tratador dos gatos, guardião dos felinos, tutor dos bichanos, pelos próximos vinte dias. #

    [ 14:05 ]

    Esta semana no Burburinho, a Jade Boneff fala sobre O Vampiro Armand. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    domingo, 04 de junho de 2006

    [ 19:18 ]

    Mesmo depois do fiasco de New Police Story, tivemos coragem de encarar em dvd mais um filme produzido e estrelado pelo Jackie Chan, O Mito (San Wa, HK, 2005), dirigido por Stanley Tong. Um pouco de Indiana Jones and the Temple of Doom (Jackie é um arqueólogo em busca de artefatos perdidos na Índia), um pouco de Dead Again (a história se encadeia com personagens do passado, um dos quais pode ter reencarnado em Jackie), um pouco de Crouching Tiger, Hidden Dragon (a trama do passado envolve guerreiros, princesas e muitas lutas com espadas). Alguns bons momentos (como a briga na fábrica de cola) fazem lembrar o Jackie Chan dos velhos tempos. Razoável. #

    [ 18:58 ]

    Weblog da Copa do Mundo, em português, na BBC: Bolog da Copa. Weblog da Copa do Mundo, em inglês, no New York Times: World Cup '06. #

    sábado, 03 de junho de 2006

    [ 16:52 ]

    Ontem assistimos em dvd New Police Story (San Ging Chaat Goo Si, HK, 2004), produzido e estrelado pelo Jackie Chan. Um grande equívoco: história ingênua, situações inverossímeis, roteiro desigual, interpretações canhestras, e uma terrível dublagem para inglês. Ironicamente, o título brasileiro é A Hora do Acerto. Eu desisti no meio, a Rosinha Monkees agüentou até o fim só porque é fã do Jackie Chan mas também achou a coisa toda um bocado tosca. #

    [ 16:38 ]

    Escreva o título do livro e o nome do autor, o site sugere o que ler em seguida: What Should I Read Next? #

    [ 16:35 ]

    Todos os roteiros da série: Seinfeld Scripts. #

    sexta-feira, 02 de junho de 2006

    [ 11:44 ]

    Ontem assisti na DirecTV Voando Alto (View from the Top, EUA, 2003), do Bruno Barreto. Gwyneth Paltrow, Christina Applegate, Mark Ruffalo e Candice Bergen em roteiro tosco sobre aeromoças com poucos neurônios. Trama ingênua, personagens estereotipados, piadas sem graça. Muito, muito, muito bobinho. #

    [ 11:35 ]

    Perguntas e respostas sobre Lost: Lost Mysteries e Lost Answers. #

    [ 11:28 ]

    AutoLiniers: tiras cómicas, un chiste por día, siempre y cuando Liniers haga una por día. #

    [ 11:22 ]

    Quais as melhores adaptações de livros para o cinema? The Guardian escolhe meia centena: The Big 50. A lista tem filmes fenomenais (To Kill a Mockingbird, One Flew Over the Cuckoo's Nest, Blade Runner, The Godfather, The Maltese Falcon, Rebecca) mas também tem filmes fracos (Brokeback Mountain) e coisas horríveis (The English Patient). Senti falta de Misery, The Silence of the Lambs e The Lord of the Rings. #

    quinta-feira, 01 de junho de 2006

    [ 17:26 ]

    Fiz uma viagem tranqüila de Santos a Balneário Camboriú, nove horas num ônibus da Viação Catarinense, com poltrona-leito e exibição de vídeo. O filme foi O Fio da Inocência (Felicia's Journey, Canadá-GB, 1999), do Atom Egoyan. Duas histórias entrecruzadas, a de uma jovem grávida (Elaine Cassidy, de The Others) procurando o namorado que a deixou para trás e a de um solteirão estranho (Bob Hoskins, de Mona Lisa) que parece ser só um maníaco por culinária mas que acaba se revelando como um personagem bem mais sinistro. O clímax me pareceu um pouco forçado, porém o desenrolar da trama é bem interessante. Curiosidade: eu já tinha visto Cassidy e Hoskins juntos na série de tv The Lost World, de 2001. #