segunda-feira, 30 de abril de 2007

[ 20:26 ]

Balanço de abril: assisti 17 filmes, uns 30 episódios de séries de tv (Heroes, House, Lost, Raines, Dresden Files, Planet Earth, Thank God You're Here) e vários jogos dos playoffs da NBA; conheci um restaurante novo em Tysons Corner (Chima). E só. Estou sofrendo de information overload, sem tempo para todos os filmes, séries, livros, revistas, jogos, shows, cds, dvds, websites, exposições, concertos, palestras, museus, e outros etceteras que eu gostaria de consumir. #

[ 20:15 ]

Assisti em dvd Shadowboxer (EUA, 2005), do Lee Daniels. Não gostei muito do estilo da narrativa mas a trama é suficientemente estranha para contrabalançar isso. Helen Mirren (Oscar por The Queen) e Cuba Gooding Jr. (Oscar por Jerry Maguire) formam um improvável casal de assassinos de aluguel, Vanessa Ferlito (de Grindhouse) é uma das suas vítimas, Stephen Dorff (de Blade) é o vilão da história (porque, claro, seria simples demais se os vilões fossem os matadores profissionais). Interessante sem ser entusiasmante. #

domingo, 29 de abril de 2007

[ 16:40 ]

Ainda não levei o meu iBook G4 para o conserto, e agora o meu Pentium 4 começou a dar problemas também. Engasga ao iniciar, vez por outra só funciona na terceira ou quarta tentativa, e a partir de hoje se recusa a rodar jogos. O Mac tem dois anos de idade, o PC já está quase completando o quarto aniversário. Talvez seja hora de investir num computador novo. #

[ 16:19 ]

Aproveitando a chegada da primavera, resolvi entrar, a partir de amanhã, numa dieta saudável de saladas, grelhados e frutas. Hoje, como despedida das refeições exageradas, fui com a Jade e o Jeff ao Chima e almocei feijoada completa e rodízio de carnes (sim, os dois ao mesmo tempo). Yummy! #

sábado, 28 de abril de 2007

[ 15:34 ]

As revistas que recebo em casa agora (mais da metade como cortesia) são estas: American Photo, Best Life, Blender, Entertainment Weekly, Esquire, Fangoria, Fast Company, Harper's, Health, Inc, Interview, Maxim, Money, Mother Jones, National Geographic, National Geographic Adventure, National Geographic Traveler, New Yorker, Newsweek, PC Gamer, PC Magazine, Popular Photography & Imaging, Reader's Digest, Rolling Stone, Sci-Fi, Scientific American, Smithsonian Magazine, Sports Illustrated, Starlog, Time, Utne Reader, Wired e Wizard. #

[ 15:27 ]

Uma das revistas que eu assinava era a Premiere. Uso o verbo no passado porque a revista acabou. Recebi uma notificação pelo correio informando que, em substituição à bacana revista mensal sobre cinema, vou passar a receber a frívola revista semanal de fofocas US Weekly. Lamentável. #

[ 12:42 ]

Som do dia: The Essential Sonny Rollins, compilação de faixas gravadas para a RCA entre 1962 e 1964. O primeiro cd tem ritmos latinos (em Don't Stop the Carnival e Jungoso, por exemplo), o segundo tem cássicos executados primorosamente (como Now's the Time, do Parker, e 'Round Midnight, do Monk). Além do Sonny Rollins (sax), aparecem também no cd o Coleman Hawkins (sax), o Ron Carter (baixo) e o Herbie Hancock (piano), entre outros. Supimpa. #

[ 12:34 ]

Leitura do dia: Fascist America, in 10 Easy Steps. A Naomi Wolf aponta dez coisas em comum em nações onde o fascismo triunfou, e nota que todas elas estão presentes de alguma forma nos EUA de hoje. "1. Invoke a terrifying internal and external enemy. 2. Create a gulag. 3. Develop a thug caste. 4. Set up an internal surveillance system. 5. Harass citizens' groups. 6. Engage in arbitrary detention and release. 7. Target key individuals. 8. Control the press. 9. Dissent equals treason. 10. Suspend the rule of law." #

[ 12:28 ]

Um triple-double (dígitos duplos em três categorias diferentes nas estatísticas) é um feito difícil numa partida da NBA, pois exige habilidades variadas no mesmo jogador. Mais difícil ainda é conseguir um triple-double numa partida dos playoffs, onde as equipes são as melhores da temporada e estão todas com muita fome de bola para conquistar o campeonato. Pois ontem o Jason Kidd obteve seu décimo triple-double (16 pontos, 16 rebotes, 19 assistências) numa partida dos playoffs, empatando o recorde do Larry Bird. O mais surpreendente é que os dois estão em segundo lugar, bem atrás do Magic Johnson, que fez nada menos que trinta triple-doubles na sua carreira. Assombroso. #

sexta-feira, 27 de abril de 2007

[ 20:52 ]

Hoje chegou pelo correio um pacotaço com algumas coisas que eu tinha deixado no Brasil, principalmente livros, cds e roupas. Enquanto organizava os livros nas prateleiras, estive ouvindo o bluegrass dos Grascals, cd que a Rosinha Monkees trouxe de presente para mim na última vez que esteve em Nashville, e o jazz de The House That Trane Built: The Best of Impulse Records, presente que meu amigo Richard Mortifoglio enviou de New York. #

quinta-feira, 26 de abril de 2007

[ 22:38 ]

Assisti em dvd Casino Royale (EUA-GB-Alemanha-RC, 2006), do Martin Campbell. Um novo James Bond, um pouco mais violento, um pouco menos refinado, um pouco mais vulnerável, um pouco menos astuto. Daniel Craig (de Layer Cake e Infamous) me lembra um bocado o Steve McQueen e encarna um 007 menos carismático que o velho Sean Connery mas muito mais convincente que o canastrão Roger Moore. A encantadora Eva Green (de The Dreamers e Kingdom of Heaven) encaixa-se bem na galeria de bond girls, fazendo companhia a Ursula Andress, Barbara Bach, Maud Adams, Famke Janssen, Sophie Marceau e Denise Richards (esta última, num dos papéis menos convincentes de toda a série, a cientista Christmas Jones, especialista em física nuclear). Casino Royale foi o primeiro dos quatorze livros que o Ian Fleming escreveu com o personagem James Bond, boa escolha para reiniciar a saga do agente 007 no cinema. Algumas coisas se encaixam perfeitamente, como por exemplo a explicação de como Bond conquistou o duplo zero no seu codinome. Outras incomodam um pouco, como por exemplo M, a diretora do serviço secreto inglês e primeira chefa do James Bond, ser a mesma Judi Dench que interpretou M em outros filmes onde ela não era e primeira chefa do James Bond e sim a pessoa que substituiu seu chefe anterior. Um filme bacaninha, apesar de alguns buracos na trama, e possivelmente melhor para quem nunca viu um 007 antes que para quem já viu e reviu a série. #

[ 07:48 ]

O episódio de ontem de Lost terminou com uma frase bombástica que pode ser o marco inicial de uma reviravolta genial ou de uma asneira monumental. Façam suas apostas. #

terça-feira, 24 de abril de 2007

[ 20:34 ]

Terminei de assistir a série Planet Earth (11 episódios), da BBC, exibida aqui no Discovery Channel. Muito boa, a melhor série sobre natureza que eu vi desde The Trials of Life (que já tem uns quinze anos). Difícil dizer qual episódio é o melhor, são todos fascinantes, dos ursos e pingüins de Ice Worlds aos macacos e aves-do-paraíso de Jungles, sem deixar de citar o assombroso tubarão que levanta vôo abocanhando uma foca em From Pole To Pole. Para ver e rever. #

segunda-feira, 23 de abril de 2007

[ 19:44 ]

Assisti em dvr The Odessa File (GB-Alemanha, 1974), do Ronald Neame. Baseada no livro homônimo do Frederick Forsyth, a ação se passa nos início dos anos sessenta (a primeira cena ocorre no dia do assassinato do presidente Kennedy) e conta a história de um conluio para manter antigos oficiais da SS longe de qualquer punição pelos seus crimes de guerra. A narrativa tem um bocado em comum com The Day of the Jackal (livro do mesmo autor que se transformou em filme no ano anterior): uma caçada humana (num caso o assassino Chacal atrás do presidente De Gaulle, noutro o jornalista Peter Miller atrás do nazista Eduard Roschmann) onde o caçador também é caçado (num caso a polícia francesa tentando pegar o Chacal, noutro os agentes da ODESSA tentando pegar o Peter Miller). Infelizmente, as semelhanças terminam aí. The Odessa File longo demais e tem interpretações muito fracas (inclusive do protagonista Jon Voight), em alguns casos tornadas ainda piores pelo desnecessário sotaque alemão (todos os personagens são alemães, supostamente falando em alemão que por razões práticas é transformado em inglês para o entendimento do público, então por que o sotaque germânico?). Talvez o livro seja bom. O filme não é. #

[ 19:26 ]

Hoje, pela primeira vez desde que cheguei aos EUA em outubro do ano passado, saí de casa sem levar um casaco ou uma jaqueta. Agora há pouco, no caminho para casa, o termômetro da esquina marcava 83ºF (28ºC). Finalmente a primavera? #

[ 07:35 ]

Ilustradores profissionais desenhando personagens famosos como diversão: Drawer Geeks! #

[ 07:34 ]

Crianças desenham monstros e o David Devries faz a versão profissional da ilustração: The Monster Engine. #

domingo, 22 de abril de 2007

[ 14:08 ]

O vídeo é do ano passado mas só hoje fiquei sabendo da sua existência, e me escangalhei de rir. Star Wars: Shortened! (GB, 2006) condensa em vinte minutos os seis filmes da série Star Wars, com três sujeitos (Rick Bland, Adam Long e Richard Lynson) interpretando todos os papéis. Brilhante. #

[ 14:04 ]

Assisti em dvd Children of Men (EUA-GB, 2006), do Alfonso Cuarón. História passada num futuro distópico mas assustadoramente parecido com coisas do nosso cotidiano, apresenta uma esperança metafórica e amarga. Clive Owen funciona bem no papel principal e Michael Caine está ótimo como sobrevivente hippie. Muito bom. Deveria ter ganho o Oscar de melhor roteiro adaptado (que foi para The Departed) e deveria ter sido indicado também ao prêmio de melhor filme. #

sábado, 21 de abril de 2007

[ 11:15 ]

Hoje começam os playoffs da NBA. Eu gostaria de ver o Miami Heat campeão, porque é o tipo de basketball que eu aprecio, com um grandalhão poderoso lá na frente (Shaquille O'Neal) e um rapidinho habilidoso comandando o espetáculo (Dwyane Wade). Mas eles não têm feito boas partidas recentemente, e acho difícil que cheguem ao final desta corrida. Então vou arriscar um palpite: na final, Detroit Pistons contra Dallas Mavericks, com vitória dos Mavs. #

sexta-feira, 20 de abril de 2007

[ 16:59 ]

Hoje tivemos uma visita ilustre aqui no escritório, a Sarah Ferguson, duquesa de York, também conhecida como Fergie. Simpática, ela conversou rapidamente com todos e nos cumprimentou pelo trabalho no website. Algumas colegas ficaram entusiasmadíssimas com a oportunidade de ver de perto a famosa ex-esposa do príncipe Andrew. Eu confesso que não fiquei muito impressionado, e se pudesse escolher entre outras figuras da nobreza preferiria uma visita da Éowyn ou da Padmé. #

[ 09:26 ]

Ontem foi o lançamento oficial do novo website da Revolution Health. Entre as novidades, um novo layout, o KnowYourRisk (uma ferramenta para calcular riscos de saúde), e o PageBuilder (uma ferramenta que permite cortar e colar pedaços do website). Depois de muitas e muitas semanas de trabalho intensivo, comemoramos a data com uma festinha no Beacon Hotel. Em seguida, fui jogar sinuca com o Rich, coisa que já não fazia há muito tempo. No weekend pretendo me reorganizar um pouco, responder emails atrasados, ler revistas atrasadas, assistir filmes atrasados. #

quarta-feira, 18 de abril de 2007

[ 21:27 ]

Eu gosto de humor improvisado, e um programa que eu apreciava muito era o Whose Line Is It Anyway?, exibido pela ABC. Agora tenho me divertido com Thank God You're Here, exibido pela NBC. Whose Line Is It Anyway? era uma adaptação do programa original inglês, Thank God You're Here é uma adaptação do programa original australiano. Entre os convidados mais engraçados nos primeiros episódios, já apareceram o Wayne Knight (de Seinfeld), o Bryan Cranston (também de Seinfeld), o Kevin Nealon (de SNL), e o Jason Alexander (mais um de Seinfeld). #

terça-feira, 17 de abril de 2007

[ 21:43 ]

Continuo acompanhando a série Planet Earth, uma das melhores que já assisti no gênero. O episódio que vi hoje (ainda tenho mais um gravado para ver), sobre a vida na selva, é simplesmente espetacular. Insetos, sapos, macacos, as exóticas aves-do-paraíso, o estranho colugo, uma fauna interessantíssima capturada em imagens fascinantes. Recomendo. #

segunda-feira, 16 de abril de 2007

[ 21:45 ]

Estamos todos muito atarefados no escritório, preparando o RevolutionHealth.com para ser relançado na quinta-feira. "Our completed, redesigned site will have lots of great new features, such as an online health risk assessment and the ability to create personalized health pages-along with a terrific new look." E hoje o patrão apareceu no New York Times: AOL Founder Hopes to Build New Giant Among a Bevy of Health Care Web Sites. #

[ 16:22 ]

Som do dia: longa jornada no escritório, precisando de musica relaxante, achei este álbum de jazz calminho para ouvir online, George Benson & Al Jarreau. #

domingo, 15 de abril de 2007

[ 21:00 ]

Os quadrinhos eu li no início dos anos oitenta, primeiro no original francês, depois numa versão em castelhano (para compensar as falhas do meu francês claudicante). O primeiro álbum se chamava La Foire aux Immortels (A Feira dos Imortais). Mais tarde, uns dez anos depois, quando eu morava em Portugal, consegui ler a trilogia completa, com os álbuns seguintes, La Femme Piège (A Mulher Armadilha) e Froid-Équateur (Equador Frio) na edição da Meribérica/Liber. Agora assisti no Sci-Fi Channel o filme, Immortel (França-Itália-GB, 2004), dirigido pelo próprio Enki Bilal, que escreveu e desenhou os originais. Esta versão cinematográfica, se minha memória não me engana, mistura os dois primeiros álbuns (mais do primeiro que do segundo) e muda vários aspectos da história (por exemplo, não havia uma trama com um político negociando imortalidade em troca de combustível para a nave dos alienígenas?). Em alguns momentos, as imagens remetem diretamente à arte original do Enki Bilal. Mas o que incomoda um pouco, principalmente no início do filme, é a combinação de atores com personagens gerados por computador, nem sempre com efeito realista. Fiquei com vontade de reler os quadrinhos. #

sábado, 14 de abril de 2007

[ 14:56 ]

Assisti em dvd Lucky Number Slevin (EUA-Alemanha, 2006), do Paul McGuigan (o mesmo diretor de Wicker Park). Boa trama criminal, com mistérios, mentiras e muitas mortes. Apesar de eu não gostar muito do Josh Hartnett, ele é uma boa escolha para o papel, e não compromete o bom elenco que também tem Bruce Willis, Lucy Liu, Morgan Freeman, Ben Kingsley e Stanley Tucci. Os cenários são estranhos, com quase todos os apartamentos e corredores decorados com papéis de parede psicodélicos. Várias referências a outros filmes no roteiro, de James Bond a Hitchcock. Gostei. "I live on both sides of the fence. My grass is always green." #

sexta-feira, 13 de abril de 2007

[ 23:52 ]

Lost tem melhorado, House continua boa, Heroes recomeça em breve. As duas séries de sexta-feira, porém, eu desisti de assistir. Painkiller Jane, que começou hoje, é fraquíssima. Trama bobinha (um departamento secreto do governo caça bandidos com super-poderes mentais, mas tudo apresentado de forma ingênua e pouco criativa), interpretações dolorosas (a Kristanna Loken ficou famosa com Terminator 3 mas já provou, em BloodRayne e em Painkiller Jane, que só é capaz de interpretar andróides inexpressivos), e truques narrativos de principiante (na cena de abertura ela aparece caindo de um edifício sozinha, quando vemos a mesma cena novamente ela está caindo do mesmo edifício com outro sujeito que não estava lá da primeira vez). Riscada da minha lista. Raines, que já vai no quinto episódio, foi uma decepção. Boa idéia e bom elenco, tudo desperdiçado em tramas lentas e medíocres. Hoje, depois de descobrir logo na primeira cena quem era o assassino, desisti. Riscada da minha lista. #

quinta-feira, 12 de abril de 2007

[ 22:30 ]

Assisti em dvd Babel (França-EUA-México, 2006), do Alejandro González Iñárritu. Gostei mas não acho que seja o melhor filme do Iñárritu até agora. Amores Perros tinha histórias mais interessantes. 21 Grams tinha narrativa mais criativa. Mesmo assim, Babel é um filme muito bom, com ótimas interpretações e uma história muito bem contada em forma de mosaico (eu gosto particularmente da assincronia temporal entre a parte que se passa no Marrocos e a parte que se passa na Califórnia e no México). Só o episódio japonês me pareceu, apesar de interessante, um pouco fora de contexto com o resto do filme. Curiosidade: para trabalhar em Babel, o Brad Pitt desistiu de aparecer em The Departed (seu papel ficou para o Matt Damon); os dois filmes foram indicados ao Oscar, e a estatueta ficou com The Departed, onde Pitt atuou como produtor. #

[ 13:55 ]

Som do dia: Zuco 103. Quem me apresentou esta banda foi o meu colega de trabalho Benjamin Price, que apesar de ser estadunidense gosta muito de coisas tupiniquins, come feijoada, lê Jorge Amado, e tem até uma namorada brasileira. Zuco 103 mistura drum and bass, bossa nova, afro-beat, embolada, rhythm and blues, samba, e várias outras coisas. Bacana. Minha música preferida: Curso de Reclamação. #

quarta-feira, 11 de abril de 2007

[ 21:52 ]

Assisti em dvr The Corpse Vanishes (EUA, 1942), do Wallace Fox. O doutor Lorenz (Bela Lugosi, de Dracula e Mark of the Vampire) é um cientista louco que rapta noivas no dia do casamento e usa seus fluidos vitais para manter sua esposa, a condessa Lorenz (Elizabeth Russell, de Cat People e The Curse of the Cat People), sempre jovem. A trama inclui também uma jornalista xereta (que investiga o caso das noivas desaparecidas), um médico galã (que serve de par romântico para a jornalista), um anão e um corcunda (que ajudam o cientista louco). Muito fraco, somente para fãs do Bela Lugosi que querem ver o ator dizendo "I find a coffin much more comfortable than a bed." #

terça-feira, 10 de abril de 2007

[ 20:51 ]

Som do dia: Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall. Inacreditavelmente bom. #

[ 20:46 ]

Assisti em dvd The Cheap Detective (EUA, 1978), do Robert Moore. Mesmo diretor, mesmo roteirista, e vários integrantes do elenco de Murder by Death, eu achei que era uma continuação da mesma história. Não era. Peter Falk volta a interpretar um detetive durão em estilo Sam Spade, porém a trama agora é uma mistura de The Maltese Falcon com Casablanca, satirizando os dois filmes e reproduzindo várias cenas facilmente reconhecíveis. Falk diverte imitando Bogart, o elenco feminino é bom (Ann-Margret, Eileen Brennan, Stockard Channing, Louise Fletcher, Madeline Kahn, Marsha Mason), algumas frases são engraçadas ("I now know that what was, was, and can never be was again."), mas o roteiro é fraco. O mesmo estilo de sátira sem rédeas seria retomado dois anos mais tarde com muito mais fôlego e eficiência pelo Jim Abrahams e pelo David Zucker no já clássico Airplane!. #

segunda-feira, 09 de abril de 2007

[ 21:32 ]

Lembrando agora do meu avô, me dei conta que ele foi a primeira pessoa a me ensinar alguma coisa em inglês. Não exatamente a língua de Shakespeare ou de Hemingway, mas uma versão de inglês atravessado que ele aprendeu ouvindo os marinheiros estrangeiros quando trabalhava no porto de Santos. Em vez de me chamar dizendo "vamos, garoto!" ele usava a expressão que imaginava significar a mesma coisa em inglês, algo que só anos mais tarde pude identificar como corruptela de "come on, boy!". Ainda hoje, quando me lembro do falecido Joaquim Manoel dos Santos, o imagino me chamando com seu simpático "camonisbói!". #

[ 21:26 ]

Eu estava animado com o início da primavera, mas no final da semana passada uma frente fria engoliu a cidade e a temperatura despencou. O weekend foi completamente invernal, e hoje saí de casa todo encasacado para enfrentar os 34°F (1°C). Nem vou ao futebol das segundas-feiras, e aproveito também para descansar as costas do tombo de duas semanas atrás (como diria o meu avô, estou por conta do departamento médico). #

sábado, 07 de abril de 2007

[ 20:26 ]

Som do dia: Cool & Collected, cd do Miles Davis com os classicões Summertime, Stella by Starlight, 'Round Midnight, Bye Bye Blackbird, e vários outros. #

[ 20:20 ]

Mais Truman Capote. Assisti em dvr Breakfast at Tiffany's (EUA, 1961), do Blake Edwards, conhecido no Brasil com o esdrúxulo título Bonequinha de Luxo. Eu nunca li o livro original, mas já tinha visto o filme sem me entusiasmar muito. É uma espécie de conto de fadas sobre uma mocinha do interior que se transformou em prostituta de luxo em New York, com o cuidado moralista de nunca mencionar explicitamente que ela é uma prostituta. Audrey Hepburn está ótima como Holly Golightly, talvez seu papel mais famoso, apesar de ser difícil imaginar que alguém com aquele ar aristocrático tivesse saído de alguma cidadezinha minúscula dos EUA. E esta não foi a única escolha estranha no elenco, ainda pior é o Mickey Rooney como o vizinho japonês mr. Yunioshi, um papel exagerado que quase estraga o filme. Breakfast at Tiffany's tem ainda outros deslizes em termos de nacionalidade, como o espanhol José Luis de Villalonga interpretando o brasileiro José da Silva Pereira e a Holly Golightly preparando-se para viajar ao Brasil ouvindo gravações em português lusitano. A música-tema, Moon River, que deu ao Henry Mancini seu primeiro Oscar, já foi cantada por muita gente, mas a interpretação simples da Audrey Hepburn, sozinha ao violão, com sua voz pouco privilegiada, é a mais sincera que já ouvi. Curiosidade sobre o Mancini: todos os Oscars que ele ganhou foram por filmes dirigidos pelo Blake Edwards (dois por Breakfast at Tiffany's, um por Days of Wine and Roses, um por Victor/Victoria). #

quinta-feira, 05 de abril de 2007

[ 20:44 ]

Leitura do dia: Is God Real?, artigo da Newsweek, seguido de The God Debate, conversa entre o pastor cristão Rick Warren e o ateu Sam Harris. Achei um bocado deselegante darem a palavra final ao Warren, sem direito de resposta ao Harris, mas mesmo assim os argumentos do autor de The End of Faith são suficientemente afiados para dominar o debate. "I no more believe in the Biblical God than I believe in Zeus, Isis, Thor and the thousands of other dead gods that lie buried in the mass grave we call 'mythology'. I doubt them all equally and for the same reason: lack of evidence." #

[ 20:38 ]

Som do dia: Keith Jarrett. Comprei o seu novo cd duplo The Carnegie Hall Concert, mais um apresentação magnífica de piano solo improvisado, no mesmo nível de The Köln Concert (ainda o meu preferido) e Vienna Concert (o preferido do próprio Jarrett). Imperdível. #

quarta-feira, 04 de abril de 2007

[ 21:10 ]

Mais Capote, não como autor nem como personagem e sim como ator. Desta vez assisti em dvd Murder by Death (EUA, 1976), escrito pelo Neil Simon e dirigido pelo Robert Moore. Truman Capote interpreta um milionário misterioso que convida cinco detetives famosos para um jantar e um assassinato. Alec Guinness (o velho jedi Obi-Wan Kenobi de Star Wars, e Oscar por The Bridge on the River Kwai) é o mordomo cego responsável por algumas das melhores piadas do filme. Peter Falk (famoso principalmente pela série de tv Columbo) é Sam Diamond, detetive durão em estilo Sam Spade. Peter Sellers (o inspetor Clouseau de The Pink Panther) é Sidney Wang, detetive chinês em estilo Charlie Chan. David Niven (também de The Pink Panther, e Oscar por Separate Tables) e Maggie Smith (Oscars por The Prime of Miss Jean Brodie e California Suite) são o casal Charleston, detetives da alta sociedade em estilo Nick Charles e Nora Charles (da série The Thin Man). James Coco (o Sancho Panza de Man of La Mancha) é Milo Perrier, detetive belga em estilo Hercule Poirot. Elsa Lanchester (a inesquecível Bride of Frankenstein) é Miss Jessica Marbles, detetive velhota em estilo Miss Marple. Ver todo este elenco reunido já vale o filme, que está longe de ser genial mas traz várias boas piadas pelo meio. Murder by Death é ao mesmo tempo uma homenagem e uma crítica aos detetives clássicos. "You've tricked and fooled your readers for years. You've tortured us all with surprise endings that made no sense. You've introduced characters in the last five pages that were never in the book before. You've withheld clues and information that made it impossible for us to guess who did it. But now, the tables are turned. Millions of angry mystery readers are now getting their revenge. When the world learns I've outsmarted you, they'll be selling your $1.95 books for twelve cents." Curiosidade: o grito usado na campainha da mansão é um dos famosos gritos da Fay Wray em King Kong. #

terça-feira, 03 de abril de 2007

[ 07:32 ]

Assisti em dvr The Quatermass Xperiment (GB, 1955), do Val Guest. O primeiro foguete tripulado volta do espaço abruptamente, trazendo só um dos três astronautas que embarcaram na viagem. O sobrevivente apresenta sintomas estranhos e sinais de mutação. Adaptação cinematográfica da tele-série homônima da BBC, este filme não só abriu as portas para uma série de histórias de monstros espaciais (incluindo as continuações Quatermass 2 e Quatermass and the Pit) mas também colocou os estúdios Hammer na rota dos filmes de horror (produzindo em seguida The Curse of Frankenstein, Horror of Dracula, The Mummy, e tantos outros). O cientista Bernard Quatermass é interpretado pelo Brian Donlevy, que foi indicado para um Oscar por seu papel de sargento sádico em Beau Geste, e que mais tarde se casou com a ex-esposa de Bela Lugosi. #

segunda-feira, 02 de abril de 2007

[ 22:41 ]

Mais uma segunda-feira de futebol. Amanhã, certamente, estarei todo dolorido. #

[ 22:39 ]

Sessão dupla em dvd, com dois documentários sobre o mesmo autor, Truman Capote: The Tiny Terror (2005) e Great Writers: Truman Capote (2001). Os dois seguem basicamente a mesma linha cronológica, mas o primeiro é mais abrangente que o segundo, com mais detalhes sobre a vida e a obra do Capote. #

[ 08:03 ]

Hoje na capa do IDG Now, matéria sobre o aniversário da blogosfera: Mais influentes, blogs completam 10 anos. Publicaram também uma entrevista comigo: Nemo Nox, um dos pioneiros da blogosfera brasileira. Thanks! #

domingo, 01 de abril de 2007

[ 16:59 ]

Sessão dupla em dvd com filmes sobre o Truman Capote e seu livro In Cold Blood. Capote (EUA, 2005), dirigido pelo Bennett Miller com base num livro do Gerald Clarke, eu já tinha visto no cinema e gostei de rever. O Philip Seymour Hoffman tem um desempenho formidável no papel principal, merecedor do Oscar que recebeu. Seu Truman Capote, porém, não é exatamente fiel ao verdadeiro Truman Capote, e depois de ter lido algumas coisas sobre o escritor pude reparar em algumas pequenas discrepâncias. Um exemplo: no filme, Hoffman aparece assistindo a execução de Perry Smith (em In Cold Blood, o jornalista também testemunha o enforcamento), mas Capote não suportou a emoção do momento e saiu de lá um pouco antes. Outro exemplo: Capote sempre escrevia à mão, usando blocos de folhas amarelas pautadas, mas no filme ele aparece datilografando seu livro. Claro que estes detalhes não atrapalham o filme, que é consistente com seu protagonista, uma versão ficcional do verdadeiro Capote, de certa forma fazendo com o escritor o que ele fazia com seus personagens saídos da vida real mas burilados como personagens de ficção. Infamous (EUA, 2006), dirigido pelo Douglas McGrath com base num livro do George Plimpton, conta exatamente a mesma história de uma forma bem diferente. A primeira grande diferença, e também a mais óbvia, é a forma como o protagonista foi interpretado. Enquanto o Philip Seymour Hoffman se inspirou no verdadeiro Capote e criou uma versão própria do personagem, o Toby Jones fez uma imitação tão perfeita do escritor (a voz, os trejeitos, as roupas, etc) que em alguns momentos parece ser o próprio Capote. Isto acaba gerando versões bem distintas das mesmas situações. Por exemplo, Hoffman faz um Capote muito menos arrogante e mais habilidoso em se integrar, e logo depois de chegar na cidadezinha de Holcomb já está usando discretos ternos escuros (que também combinam com a palette sombria do filme), mas Jones faz um Capote muito mais flamboyant e menos disposto a se adaptar, e continua usando suas roupas coloridas e exóticas para até que os interioranos se acostumem com elas. Outra diferença marcante é o tom da narrativa, lento e pesado em Capote (que por vezes chega a lembrar algum filme alemão, com suas paisagens lúgubres ao som de um piano triste), ágil e leve em Infamous (o recurso de colher declarações dos personagens como se estivessem num documentário permite introduzir idéias importantes de forma rápida e interessante). Em algumas partes, Infamous parece ter mais informações a apresentar que Capote: mostra corretamente o escritor saindo do galpão da execução antes da morte de Perry Smith, sugere que Capote teria manipulado algumas passagens do livro (como o pedido de desculpas que Smith não teria feito mas está em In Cold Blood), e tem algumas cenas que deixam mais clara a natureza do relacionamento entre Capote e Smith. Eu acho impossível escolher um só destes filmes e dizer que é melhor que o outro, e recomendo que os dois sejam assistidos em sessão dupla. Depois, reúna os amigos e organize uma votação sobre quem seria o melhor ator para cada personagem. A minha escolha: para Capote, empate honroso do Hoffman com o Jones; para Harper Lee, a Sandra Bullock ganha da Catherine Keener por passar melhor a imagem de simplicidade interiorana; para Perry Smith, o Daniel Craig convence mais como assassino atormentado que o Clifton Collins Jr, que não parece ser capaz de fazer outra coisa a não ser lamentar-se; para Alvin Dewey, o Chris Cooper ganha fácil do Jeff Daniels como agente da lei. #