segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

[ 21:14 ]

Retrospectiva: em 2007, assisti cerca de 214 filmes e 409 episódios de séries de televisão, li ou ouvi 15 livros, visitei 17 exposições de arte, fui a 2 peças de teatro, 16 espetáculos musicais, 18 palestras e 4 convenções, comi em 12 novos restaurantes de DC, e ajudei a lançar um web portal sobre saúde. #

[ 20:43 ]

Balanço de dezembro: assisti 31 filmes e 45 episódios de séries de tv; fui a um novo restaurante (P.F. Chang's China Bistro). E só. #

[ 17:14 ]

Hoje fui ao cinema aqui do bairro (um dos maiores da costa leste, com uma tela de doze metros de altura por vinte e um metros de largura) assistir I Am Legend (EUA, 2007), do Francis Lawrence (o mesmo diretor de Constantine). A história agora se passa em New York e o Will Smith assume o papel de Robert Neville, percorrendo as ruas da cidade durante o dia e refugiando-se na sua mansão fortificada durante a noite. A doença que quase extermina todos os humanos do planeta desta vez é o resultado de uma tentativa desastrada de curar o câncer, e os novos mutantes são uma espécie de zumbis violentos com metabolismo extremamente acelerado. Aparece também uma brasileira, a Anna (que no livro e no primeiro filme era Ruth, e no segundo filme era Lisa), interpretada pela Alice Braga (de Cidade de Deus). A produção é ótima, os efeitos visuais são bacanas, e I Am Legend vai muito bem em seus primeiros dois terços. Perto do final, porém, o roteiro descarrilha feio, com os acontecimentos explicados como intervenção divina (confirmada até com imagem de uma igreja e som de sinos) e uma deturpação total do verdadeiro significado do título (não explico aqui para não estragar o final dos filmes, mas aviso que este Robert Neville se torna lendário por um motivo completamente diferente, e bem mais simplório, que na história original e nas outras adaptações cinematográficas). Fiquei muito decepcionado. #

domingo, 30 de dezembro de 2007

[ 23:42 ]

Sessão tripla em dvd. Preparando-me para ir assistir I Am Legend, peguei as três versões anteriores da história. The Last Man on Earth (EUA-Itália, 1964), de Sidney Salkow e Ubaldo Ragona, foi adaptado pelo próprio Richard Matheson, autor do livro original, que depois preferiu usar um pseudônimo nos créditos, Logan Swanson. A população do planeta é dizimada por uma epidemia e o último sobrevivente, imune à doença, é o médico Robert Morgan (Vincent Price, que no mesmo ano estrelou também The Masque of the Red Death e The Tomb of Ligeia, ambos baseados no Edgar Allan Poe e dirigidos pelo Roger Corman). A situação é ainda pior do que parece, porque os mortos retornam como vampiros, o que obriga Morgan a circular pela cidade somente durante o dia e se barricar em casa durante a noite. A eterna luta do último sobrevivente contra o exército de vampiros continua até que novas descobertas revelam uma complexidade inesperada nas circunstâncias. A premissa é boa, a explicação de como o vampirismo se espalha como uma doença é interessante, Vincent Price é uma escolha excelente para o papel, e o filme, apesar do evidente baixo orçamento, é bem feitinho. The Omega Man (EUA, 1971), do Boris Sagal, foi a primeira destas adaptações que assisti, nas sessões noturnas da Rede Globo nos anos setenta, onde o Charlton Heston dominava a ficção-científica distópica com a trilogia Planet of the Apes, The Omega Man e Soylent Green. Eu me encantava com as primeiras cenas do filme, em que o médico Robert Neville (o mesmo nome do protagonista do livro) vagava pelas ruas desertas de Los Angeles em carros conversíveis pegando o que queria nas lojas abandonadas. Mas os vampiros que ele enfrenta aqui são bem diferentes dos vampiros que atacavam o Vincent Price. Ainda estão condenados a uma vida noturna, graças ao albinismo radical que contraíram como conseqüência da praga que assolou o planeta, mas agora estão organizados numa seita ludista cujo objetivo maior é destruir todos os resquícios da ciência e da arte. No filme anterior a causa da epidemia era natural, neste o desastre foi causado artificialmente, resultado de uma guerra bacteriológica. Assim, aos olhos albinos da nova inquisição, a civilização culpada deve ser destruída até o último quadro modernista e até o último aparelho eletrônico. Vincent Price usava estacas de madeira e guirlandas de alho para combater os seus vampiros. Charlton Heston prefere metralhadoras e rifles com mira infravermelha, o que combina bem mais com seu perfil de milico (o personagem era um médico do exército) que suas preferências cinematográficas (o filme que ele assiste continuamente é o musical hippie Woodstock). I Am Omega (EUA, 2007), do Griff Furst, é um pastiche dos filmes anteriores, com uma história simplória que usa a ameaça dos vampiros somente como pano de fundo para um duelo entre o nobre protagonista (Mark Dacascos, que já fez coisas muito melhores, como Le Pacte des Loups) e o vilão redneck (Geoff Meed, que também escreveu o roteiro). Não há qualquer referência ao Richard Matheson nos créditos, e o filme parece ter sido feito apressadamente para obter alguma promoção gratuita à sombra do remake I Am Legend, com o Will Smith. Não merece muita atenção. #

[ 10:45 ]

E se Star Trek tivesse sido criada na época do cinema mudo? Steam Trek: The Moving Picture. #

[ 10:43 ]

Diagrama comparativo do funcionamento da ciência e da fé: Science versus Faith. #

[ 10:40 ]

Brincadeiras criativas com capas de discos: Sleevefaces. #

sábado, 29 de dezembro de 2007

[ 19:21 ]

Quem vai a espetáculos musicais no Brasil sabe: sempre aparece alguém gritando "toca Rauuuuul...". O Zeca Baleiro, espertamente, fez uma música sobre isso, para ser tocada quando surgir um "toca Rauuuuul..." nos seus shows. O mp3 e a letra (numa capinha para fazer um cd) estão disponíveis para download gratuito no site do Zeca (que está precisando de uma revisão de usabilidade). #

[ 13:19 ]

Mais um filme da série comédias da minha infância. Les Aventures de Rabbi Jacob (França, 1973), do Gérard Oury, conhecido no Brasil como As Loucas Aventuras do Rabi Jacob, foi possivelmente o primeiro filme francês que assisti. Eu só me lembrava que era uma trama vagamente policial, com um sujeito (o careteiro Louis de Funès) disfarçado de rabino. E uma cena ficou bem marcada na minha memória, a dança do Rabbi Jacob, incluindo a primeira frase em francês que aprendi ("Rabbi Jacob, il va danser!"). Aparentemente, não fui o único a ficar com aquela dancinha na cabeça, já que ela foi muitas vezes reencenada, da entrega dos Cesars deste ano a festas de casamento e apresentações escolares. O filme é bobinho, mas tem algumas idéias interessantes, principalmente a de usar um protagonista racista (a história já começa com insultos a judeus, negros, e qualquer nacionalidade que não seja francesa) numa trama cuja idéia central é a tolerância (e o aperto de mão entre o judeu e o muçulmano, "primos distantes", é emblemático). Num papel pequeno, aparece a Miou-Miou, que depois ficaria famosa em filmes cult como Les Valseuses, do Bertrand Blier, e Jonas Qui Aura 25 Ans en l'an 2000, do Alain Tanner. #

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

[ 21:46 ]

Continuando a revisitar comédias da minha infância, depois de It's a Mad Mad Mad Mad World e The Great Race, assisti novamente em dvd Those Magnificent Men in Their Flying Machines (GB, 1965), do Ken Annakin. Como os anteriores, é uma homenagem às comédias pastelão do passado (incluindo até um carro de bombeiros copiado diretamente dos Keystone Cops). O que realmente me fez rir não foram as correrias ou as palhaçadas, mas o coronel alemão (Gert Fröbe) que imitava uma banda militar enquanto desempenhava suas tarefas com movimentos mecânicos. Outro atrativo do filme são os aviões, construídos como réplicas das aeronaves do início do século XX. Um deles, pilotado pelo francês mulherengo (Jean-Pierre Cassel), lembra muito o Demoiselle do Santos Dumont. #

[ 19:46 ]

Minha atração por revistas este ano gerou uma inundação de papel aqui em casa. Somando as assinaturas pagas e as assinaturas de cortesia, o total chegou aos sessenta e cinco títulos. Aqui vai a lista das revistas que estou recebendo atualmente, em ordem alfabética: American Atheist, American Photo, Aperture, The Atlantic, Best Life, Blender, Book Business, Camera Arts, Downbeat, Electronic House, Entertainment Weekly, Esquire, eWeek, Fangoria, Fast Company, Free Inquiry, Geek, Harper's, Health, Inc, Interview, Jazz Times, JPG, Lens Work, Mac Life, Macworld, Maxim, Men's Vogue, Mental Floss, Money, Mother Jones, The Nation, National Geographic, National Geographic Traveler, National Geographic Adventure, The New Yorker, The New York Review of Books, Newsweek, Ode, Outdoor Photographer, PC Gamer, PC Magazine, Photo Life, Photo Techiniques, Photoshop User, Playboy, Popular Photography, The Progressive, Readers' Digest, Rolling Stone, Sci-Fi, Scientific American, Sierra, Skeptic, Skeptical Inquirer, Smithsonian Magazine, Sporting News, Sports Illustrated, Starlog, Time, Utne Reader, Washingtonian, Wired, Wizard, WQ. #

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

[ 10:59 ]

Feito por fãs para fãs do David Lynch: The City of Absurdity. #

[ 10:58 ]

Feito por fãs para fãs do Joss Whedon: WHEDONesque. #

[ 10:57 ]

Feito por fãs para fãs de James Bond: MI6. #

[ 10:56 ]

Feito por fãs para fãs de Indiana Jones: The Raider. #

[ 10:55 ]

Feito por fãs para fãs de The Simpsons: The Simpsons Archive. #

[ 10:54 ]

Feito por fãs para fãs de Lost: Lostpedia. #

[ 10:53 ]

Feito por fãs para fãs de Star Wars: The Force. #

[ 10:52 ]

Feito por fãs para fãs de Star Trek: Memory Alpha. #

[ 10:51 ]

Feito por fãs para fãs de Harry Potter: The Leaky Cauldron. #

[ 10:50 ]

Feito por fãs para fãs de The Lord of the Rings: The One Ring. #

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

[ 16:53 ]

Terminei de assistir os doze discos da special extended dvd edition de The Lord of the Rings. A trilogia é monumental, com história envolvente e personagens interessantes em situações limítrofes. O que mais me encanta é a complexidade e profundidade do universo ficcional, com uma quantidade de detalhes que permite a completa imersão naquele mundo tolkeniano. O que menos me atrai é a visão da realidade apresentada pela trama, fundamentalmente inspirada em conceitos religiosos como, por exemplo, a luta contra o mal absoluto ou a existência de outra vida após a morte. Os documentários que acompanham os filmes são fascinantes, mostrando a paixão com que centenas de pessoas se dedicaram, durante anos, a reconstruir nas telas a ficção imaginada pelo Tolkien. Vendo aquelas equipes de profissionais de todos os tipos se divertindo imensamente com o que estavam fazendo, apesar da pressão do volume de material a ser produzido e das imutáveis datas de entrega, dá vontade de encontrar um emprego com o mesmo nível de energia. Infelizmente, parece ser uma experiência irrepetível. #

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

[ 16:47 ]

Uma cidadezinha virtual movida a cliques: My Mini City. #

[ 16:44 ]

Colagens a quatro mãos: Eva e Yann. #

[ 16:41 ]

Weblog sobre ficção-científica: SteamPunk. #

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

[ 10:41 ]

Um dos meus projetos para a última semana do ano é esvaziar a minha caixa de emails, o que nem sempre é uma coisa simples, especialmente quando ainda tenho algumas mensagens com vários meses de idade esperando respostas. Nestas horas sempre me lembro do Merlin Mann e seus métodos de esvaziamento de caixas postais. Para quem não conhece, recomendo: a série de textos Inbox Zero e a palestra Inbox Zero. #

[ 09:30 ]

As duas atividades principais do meu weekend foram jogar Avernum 5 e assistir The Lord of the Rings. Após horas e horas de diversão, ainda não cheguei ao final do jogo ou dos dvds. Avernum 5 é imenso, e acho que estou um pouco além da metade. Como sou daqueles jogadores que exploram todos os cantinhos do mapa e aceitam todas as missões propostas, muitas aventuras ainda me esperam. O estojo de The Lord of the Rings é monumental. Só a versão integral dos três filmes durou quase doze horas (para ser mais preciso, onze horas e vinte e um minutos). Depois comecei a assistir os apêndices, que são seis dvds com algo entre três e quatro horas de documentários em cada um. Já vi três, ainda faltam outros três. #

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

[ 16:10 ]

Chega a época natalina e surge uma vontade inescapável de assistir filmes com aquele bom velhote de barbas brancas e roupas estranhas: Gandalf! Sim, vou aproveitar este weekend prolongado para assistir mais uma vez a trilogia completa de The Lord of the Rings, na special extended dvd edition que comprei há uns tempos e ainda nem desempacotei. São doze discos com os três filmes, incluindo mais de duas horas de cenas que não foram exibidas nos cinemas, e mais de quarenta documentários sobre o épico tolkeniano. My preciousss... #

[ 13:38 ]

Assisti em dvr My Favorite Year (EUA, 1982), estréia na direção do ator Richard Benjamin (de Westworld e The Sunshine Boys). Eu tinha memórias muito agradáveis deste filme, particularmente do Peter O'Toole interpretando um ídolo envelhecido inspirado em Errol Flynn, mas vê-lo novamente um quarto de século depois foi uma grande decepção. O'Toole continua sendo a melhor coisa de My Favorite Year e merecedor da indicação ao Oscar que recebeu por este papel, mas todo o resto é um bocado primário, com personagens caricatos e interpretações rasas (a pior delas sendo a do protagonista Mark Linn-Baker, num papel inspirado na juventude do Mel Brooks). Os filmes não mudam, mas nossos gostos mudam. #

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

[ 13:28 ]

Ontem assisti o décimo-terceiro episódio de Journeyman, que pode ter sido o último da série, já que a NBC não renovou o contrato. Algumas coisas ficam explicadas, mas o mistério central continua sem resolução. Lembra o caso recente de John Doe, que também foi cancelada deixando a história pendurada e sem explicação. Lamentável, porque Journeyman, apesar do início pouco promissor, estava ficando cada vez mais interessante. #

[ 13:10 ]

Entre as listas da Time que mencionei na terça-feira havia uma de Top 10 Viral Videos. O pessoal de uma lista de discussão que freqüento aproveitou a idéia e fez a versão brasileira dos dez melhores vídeos virais:

  • Sanduiche-iche
  • Arveres Somos Nozes
  • Fala You Tube, Sonia
  • Tapa na Pantera
  • Joseph Climber
  • Lilian Witte Fibe rindo da notícia
  • Lasier Martins tomando choque
  • Cacete de Agulha
  • Jeremias Muito Louco
  • Dança do Siri no Jornal Nacional
    #

    quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

    [ 11:22 ]

    Assisti em dvd The Hoax (EUA, 2006), do Lasse Hallström. Richard Gere interpreta Clifford Irving, o sujeito que escreveu uma falsa biografia autorizada do bilionário recluso Howard Hughes, num estudo sobre como é possível enganar muita gente durante muito tempo. Para mim, o lado mais interessante da história é como o personagem mergulha inconseqüentemente no seu plano mirabolante, sem saber como sair daquela situação, e vai se enamorando cada vez mais com a ficção que criou. O Richard Gere está muito bem no papel principal, mas o Alfred Molina está ainda melhor como seu parceiro na falcatrua. Curiosidade: Julie Delpy contracena com Gere interpretando Nina Van Pallandt, amante do Clifford Irving, e a verdadeira Nina Van Pallandt, que era atriz, contracenou com Gere em American Gigolo. #

    [ 11:01 ]

    Som do dia: The Tough Alliance. Duo sueco que varia do new age ambiental (como no álbum Escaping Your Ambitions) ao pop new wave (como no álbum A New Chance). #

    terça-feira, 18 de dezembro de 2007

    [ 12:20 ]

    Assisti em dvd Mr. Brooks (EUA, 2007), do Bruce A. Evans. Interessante retrato de um serial killer (Kevin Costner), com reviravoltas inesperadas, um personagem estranhíssimo (William Hurt), e uma trama paralela com uma detetive milionária (Demi Moore). O roteiro é engenhoso e bem encaixadinho, só dá uma deslizada feia nos últimos minutos, com um epílogo apatetado e completamente desnecessário. Curiosidade: assim como a série Dexter, o filme trata o assassinato em série como um vício comparável ao alcoolismo. #

    [ 11:47 ]

    A revista Time faz uma lista de listas do ano: 50 Top 10 Lists of 2007. #

    segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

    [ 19:42 ]

    Assisti em dvr Voltaire (EUA, 1933), do John G. Adolfi. Eu achei que seria uma biografia completa, mas o filme resume-se a um único episódio do final da vida do filósofo francês, quando defendeu publicamente o comerciante Jean Calas, vítima de intolerância religiosa (a França era predominantemente católica, Calas era protestante, seu filho se suicidou, a família tentou encobrir o suicídio, o pai foi acusado de assassinar o filho para que não se convertesse ao catolicismo, recebeu um julgamento pífio e foi condenado à morte, Voltaire fez campanha para que a sentença fosse mudada). George Arliss (Oscar por Disraeli) interpreta Voltaire como um velhinho matreiro, numa trama quase teatral que recorre ao velho truque (visto, por exemplo, em Hamlet) da peça dentro da peça para passar uma mensagem com certa sutileza. As intrigas palacianas incluem o rei Louis XV (Reginald Owen), sua amante madame Pompadour (Doris Kenyon), e até um ministro vilão, o conde de Sarnac (Alan Mowbray), que eu não sei se existiu ou não. #

    [ 10:41 ]

    O IDG Now! selecionou suas melhores entrevistas de 2007, e surpreendentemente me colocou lá junto com gente do tamanho do Bill Gates, do Tim Berners-Lee e do Steve Wozniak, entre outros. Thanks! Confira as melhores entrevistas feitas pelo IDG Now! em 2007. #

    [ 10:28 ]

    Dexter teve um bom final de segunda temporada ontem. Algumas vezes nos últimos episódios suspeitei que o roteiro fosse deixar o puzzle meio torto, mas no fim as peças se encaixaram direitinho. Gostei. #

    domingo, 16 de dezembro de 2007

    [ 20:39 ]

    Em homenagem ao John Gorman, que sempre foi um bom cliente e deixava que o designer decidisse o que era melhor para o seu website, aqui vai uma coleção de absurdos vindos de clientes sem noção: Nightmare web design clients. #

    [ 20:36 ]

    Todos os anos na época do natal o John e a Sara Gorman organizam a Cookie Exchange at the Gormans, uma festa onde os convidados levam tipos variados de cookies e trocam receitas das guloseimas. Hoje estive lá me empanturrando. #

    sábado, 15 de dezembro de 2007

    [ 10:23 ]

    Um companheiro do Clube de Cinema de Porto Alegre costumava dizer que é bom ver filme ruim. Talvez ele estivesse certo, pelo valor cômico ou pelo valor didático, mas mesmo assim eu diria que é preciso uma certa moderação na quantidade de filmes ruins. Depois de ver tantas barbaridades na coleção 50 Movie Pack SciFi Classics, agora estou dando quinze minutos para cada filme provar que merece ser assistido até o final. Três que não passaram no teste: Eegah (EUA, 1962), do Arch Hall Sr, com um gigante pré-histórico (Richard Kiel, o Jaws da série 007) à solta na California; Anno Zero - Guerra Nello Spazio (Itália, 1977), do Alfonso Brescia, uma bobagem espacial com roupas ridículas e sem muito sentido; Warning from Space (Uchûjin Tôkyô Ni Arawaru, Japão, 1956), do Koji Shima, ao menos rendeu uma boa gargalhada quando vi os alienígenas, uns sujeitos vestidos de estrelas de pano com um olho na barriga. #

    sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

    [ 16:13 ]

    Três expressões pleonásticas que me incomodam e são muito usadas aqui nos EUA, inclusive em revistas, jornais e televisão:

  • free gift - se é presente, tem que ser gratuito
  • mass exodus - se é êxodo, tem que ser em massa
  • added bonus - se é bônus, tem que ser acrescentado
    #

    [ 14:30 ]

    Para fechar meu pequeno ciclo de filmes apocalípticos em dvd, fui buscar um dos precursores do gênero, Panic in Year Zero! (EUA, 1962), dirigido e estrelado pelo Ray Milland (de Dial M for Murder e The Man with the X-Ray Eyes). O tema é a sobrevivência dos não afetados pela radiação num mundo onde as regras mudaram radicalmente e as sanções sociais deixaram de ser baseadas em leis e passaram a ser baseadas em armas. É basicamente a mesma questão de Jericho, mas aqui em vez de uma comunidade temos somente uma família como protagonista: o pai protetor Ray Milland, a mãe ingênua Jean Hagen (de Singin' in the Rain), a filha adolescente reclamona Mary Mitchel (de Dementia 13, um dos primeiros filmes do Coppola), e o filho adolescente topetudo Frankie Avalon (depois de Voyage to the Bottom of the Sea e antes de todos aqueles filmes da turma da praia). Bacaninha. #

    quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

    [ 14:07 ]

    Texto muito interessante sobre política no mundo dos super-heróis: The Revolt of the Comic Books. "Perhaps the most interesting thing about these stories is why they fail. For as much as they seek to tease out the complexity and moral ambiguity of their themes, the authors of most of these tales clearly mean to convey a liberal or civil libertarian message. (...) But there is often a strong (if unintended) neoconservative subtext even in stories by left-leaning authors." #

    [ 12:43 ]

    No início da década de oitenta, o clima nos EUA era de medo, com um presidente belicista na Casa Branca, o Ronald Reagan (que chamava a URSS de "império do mal"), e a incerteza da sucessão no lado soviético, com a morte do Leonid Brezhnev. Assim, não foi exatamente uma surpresa que em 1983 dois filmes feitos para a televisão tratassem do mesmo tema, um ataque nuclear aos EUA. Um foi The Day After, o outro foi Testament (EUA, 1983), da Lynne Littman, que assisti ontem. Jericho se passa numa zona em que os efeitos da radição são mínimos, The Day After numa zona em que os efeitos da radiação são fulminantes, Testament fica numa região intermediária onde a morte parece ser inevitável mas não chega imediatamente. Centrada num um subúrbio californiano, a trama mostra a desintegração da pequena comunidade enquanto seus habitantes tentam encontrar sentido numa sobrevivência sem futuro. Muito bom e muito triste. Jane Alexander (de All the President's Men e Kramer vs. Kramer) lidera o elenco, que tem também a estréia do Lukas Haas (o menininho de Witness) e um casal formado pela Rebecca De Mornay (no mesmo ano que fez Risky Business) e pelo Kevin Costner (no mesmo ano que suas cenas em The Big Chill acabaram no chão da sala de edição). #

    quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

    [ 22:36 ]

    Hoje fui jantar com a Jade e o Jeff no P.F. Chang's China Bistro de Ballston, para colocar as conversas em dia. Comi um Moo Goo Gai Pan (parece nome de personagem de Star Wars), que é um prato cantonês feito com frango, camarão e legumes, num molho branco misterioso e saboroso. Aprovado. #

    [ 12:02 ]

    Ainda no assunto apocalíptico, o Steampunk Magazine oferece para download gratuito o opúsculo A Steampunk's Guide to the Apocalypse. #

    [ 11:57 ]

    Enquanto não transmitem mais episódios de Jericho, vou fazendo meu próprio ciclo de filmes com cenários pós-apocalípticos. Comecei revendo The Day After (EUA, 1983), do Nicholas Meyer, que gerou incontáveis matérias jornalísticas sobre a guerra fria, sobre o perigo nuclear, sobre o fim dos tempos. A história concentra-se nas pessoas que estavam suficientemente longe da explosão nuclear para sobreviver ao impacto mas suficientemente perto para morrer em poucos dias de envenenamento por radiação. A trama é tênue, limitando-se a acompanhar os últimos dias de um punhado de personagens (um médico, uma enfermeira, um militar, um estudante, um fazendeiro e sua família). The Day After tem o mérito de mostrar o possível resultado imediato de uma guerra nuclear, servindo como alerta, mas não vai muito além disto. Nicholas Meyer tinha feito uma estréia promissora com Time After Time, misturando H.G. Wells e Jack the Ripper, e dirigido depois o melhor longa da série Star Trek, The Wrath of Khan), mas aqui ele sucumbiu a uma linguagem televisiva deselegante, com zooms despropositados e um excesso de planos extremamente fechados nos rostos dos atores. A mudança constante de protagonista para protagonista também cria alguns problemas narrativos, e o destino de um deles nem chega a ser mostrado, ficando para um personagem secundário informar que "ah, ela morreu". Vários nomes conhecidos no elenco: Jason Robards, JoBeth Williams, Steve Guttenberg, John Lithgow, Amy Madigan. #

    terça-feira, 11 de dezembro de 2007

    [ 22:27 ]

    Depois de ter revisto It's a Mad Mad Mad Mad World no fim de novembro, fiquei com vontade de rever também outra comédia que não assistia desde criança, The Great Race (EUA, 1965), do Blake Edwards. É uma homenagem ao cinema slapstick, com heróis garbosos sempre vestidos de branco, vilões de bigodes retorcidos sempre vestidos de preto, acidentes magníficos sem conseqüências físicas, situações impossíveis com soluções impraticáveis, a até, justificando o rótulo de comédia pastelão, uma das maiores batalhas de tortas de creme já vistas no cinema. Quando eu tinha uns seis ou sete anos, podia até ser divertido. Hoje, não achei muita graça. O maior mérito do filme (que no Brasil se chamou A Corrida do Século) para mim foi ter inspirado muito da série de desenhos animados Wacky Races (no Brasil, Corrida Maluca). É fácil ver como vários personagens foram modelados aqui: o Peter Perfeito saiu do Great Leslie (Tony Curtis), a Penélope Charmosa saiu da Maggie DuBois (Natalie Wood), o Dick Vigarista saiu do Professor Fate (Jack Lemmon), e o Muttley é uma versão canina do Max (Peter Falk). Agora, para completar, eu deveria rever também Those Magnificent Men in Their Flying Machines. #

    segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

    [ 12:19 ]

    Eu estava animado para assistir The Golden Compass, adaptação cinematográfica do primeiro volume da trilogia His Dark Materials, do Philip Pullman. A trama se passa num universo paralelo e discute filosofia e religião, tendo como vilões os integrantes de uma igreja totalitarista chamada Magisterium, seguidores da entidade divina The Authority. Mas li agora na revista Entertainment Weekly que os produtores diluiram completamente o tema religioso, eliminaram do filme qualquer referência à Bíblia ou à palavra igreja, e ainda mudaram o final da história. Lamentável. #

    [ 11:57 ]

    Passei o weekend assistindo episódios e mais episódios de Jericho, até terminar a primeira temporada. Muito interessante a história da sobrevivência de uma cidadezinha depois que grande parte do país é destruída por bombas atômicas. As mudanças no jogo social com a ausência de um poder central para garantir a ordem. A luta para manter funcionando serviços básicos como iluminação, refrigeração de alimentos e, chegando o inverno, aquecimento das casas. E a inevitável ameaça de grupos armados criando uma nova feudalização e aplicando a lei do mais forte. Quando a rede CBS anunciou o cancelamento da série, deixando a trama sem conclusão depois dos vinte e dois episódios da primeira temporada, os fãs reclamaram enviando amendoins para a emissora, numa referência à expressão de protesto de um dos personagens, "nuts!". Depois de receber mais de vinte toneladas de amendoins, a presidente da CBS autorizou mais sete episódios de Jericho, que começarão a ser exibidos em fevereiro de 2008. #

    domingo, 09 de dezembro de 2007

    [ 10:45 ]

    Ainda sem data marcada para chegar aqui em Washington, mas ao menos a cidade está na lista: Star Trek The Tour. "The Tour will provide a unique opportunity to experience Star Trek up close and personal with sets, props and models, motion-simulator rides, merchandise and more all under one very large roof. One of the items that has us particularly excited is the chance to sit in Captain Kirk's chair from the Original Series, set on the Enterprise bridge. But that's just the beginning. Captain Picard's quarters are also on hand for you to see and experience, as well as the Enterprise-D bridge, and Dr. Crusher's sickbay." #

    sábado, 08 de dezembro de 2007

    [ 13:53 ]

    Mais um filme do pacote 50 Movie Pack SciFi Classics. No mesmo ano em que protagonizou o clássico da ficção-científica The Time Machine, o Rod Taylor participou de um embaraçoso filme italiano chamado La Regina delle Amazzoni (Itália, 1960), do Vittorio Sala. Gregos da época da guerra de Tróia são raptados por uma nação de amazonas de maiô listrado, para servirem de maridos e possibilitarem a perpetuação da tribo de mulheres. A trama parece ter saído de um filme dos Trapalhões, e ficamos esperando que o Mussum apareça a qualquer momento fazendo caretas. A coisa toda é ridícula, incluindo os figurinos, os diálogos, e as lutas em estilo Teddy Boy Marino. Além do pobre Rod Taylor, aparecem também o fortão Ed Fury (que depois foi Maciste e Ursus em filmes tão ruins como este) e a bonitona Gianna Maria Canale (que já tinha protagonizado o clássico do vampirismo italiano I Vampiri). #

    [ 13:42 ]

    Jogo da vez: Avernum 5. Saído agorinha da fábrica, no mesmo estilo do Avernum 4 mas com uma história nova. #

    sexta-feira, 07 de dezembro de 2007

    [ 15:48 ]

    Comecei a assistir mais uma série indicada por amigos, Jericho. Por enquanto estou gostando, principalmente porque há muito tempo me interesso por histórias pós-apocalipticas. Eu tinha quatorze ou quinze anos quando li Devastação (Ravage), do René Barjavel, numa edição de capa castanha do Círculo do Livro, um livro de ficção-científica bem diferente dos que eu estava habituado a ler, com futuros promissores movidos a tecnologias maravilhosas. Mesmo quando se tratava de uma distopia, havia alguma esperança de mudanças políticas que permitiriam vidas mais agradáveis acompanhadas de todas aquelas máquinas extraordinárias. Mas em Devastação (que no Brasil ganhou o subtítulo A Volta à Natureza) nem mesmo coisas básicas como eletricidade estavam disponíveis naquele futuro repleto de fome e doença. Fui procurar mais livros assim e encontrei logo O Macaco e a Essência (Ape and Essence), do Aldous Huxley, e Um Cântico para Leibowitz (A Canticle for Leibowitz), do Walter M. Miller Jr., que me deixaram ainda mais encantado com este subgênero da ficção-científica, que ao forçar uma reversão tecnológica acaba revelando muito sobre o comportamento humano. #

    [ 10:56 ]

    Finalmente encontrei alguns filmes de ficção-científica no pacote 50 Movie Pack SciFi Classics. Não são bons mas ao menos são sci-fi como o título prometia. The Amazing Transparent Man (EUA, 1960), do Edgar G. Ulmer, que eu já tinha visto e comentado aqui, tem um ladrão de bancos invisível, um cientista nazista refugiado, um vilão milico que planeja montar um exército de soldados invisíveis, e é muito fraquinho. The Atomic Brain (EUA, 1964), do Joseph V. Mascelli, é bem mais divertido. Uma velhota milionária contrata um cientista renegado para transferir seu cérebro para um corpo mais jovem, e rapta estrangeiras sem família para serem usadas nos experimentos. Sem nunca sair do terreno do filme B, em seus melhores momentos The Atomic Brain tem um pouco de Frankenstein e um pouco de The Spiral Staircase. The Wasp Woman (EUA, 1960), do Roger Corman, tem uma premissa interessante (experiência de rejuvenescimento dando errado) e uma atriz razoável (Susan Cabot, de vários outros filmes do Corman), mas quando a mulher-vespa do título aparece é difícil conter a gargalhada provocada pela máscara tosca de olhos esbugalhados e anteninhas balouçantes. #

    quinta-feira, 06 de dezembro de 2007

    [ 21:14 ]

    Eu estava lendo um artigo da revista Scientific American, The Great Cosmic Roller-Coaster Ride, sobre inflação cósmica e teoria das cordas, e me deparei com um termo que não conhecia, Calabi-Yau. Serei o único que, vendo um nome destes no meio de uma discussão sobre múltiplas dimensões do espaço-tempo, imagina imediatamente uma daquelas entidades dos mitos lovecraftianos? "Oh, Great Old Ones, we salute you! Gol-Goroth, God of the Black Stone! Zoth-Ommog, Dweller in the Deeps! Calabi-Yau, Lord of the Hidden Dimensions!" #

    [ 20:33 ]

    Texto curioso no Washington Post de hoje: Japan's Bloggers: Humble Giants of the Web. É interessante a comparação de estilos entre os weblogs japoneses e ocidentais, numa espécie de choque de culturas, mas o que me intrigou mais foram as declarações de uma blogueira entrevistada, a Junko Kenetsuna, que escreve sobre restaurantes. Ela evita críticas negativas, e se não gosta de alguma refeição prefere não escrever sobre ela. Esta parte eu entendo. Mas ela também diz que "eu não quero influenciar os clientes dos restaurantes", o que para mim não faz muito sentido. Toda forma de comunicação é uma tentativa de influenciar os outros. A desculpa de "eu escrevo para mim e não para os outros" só funciona se você esconder seus textos numa gaveta qualquer. A partir do momento que o weblog se torna público, fica estabelecida a comunicação e a intencionalidade. Um pouco depois, a Junko Kenetsuna diz algo um pouco mais revelador: "Não quero ser criticada pelo que escrevo." Ou seja, ela quer influenciar os outros (por isso publica um weblog) mas não quer ser julgada pelo que faz (por isso mantém a política de não fazer críticas negativas, na esperança de ser tratada da mesma forma). Não estou acusando a blogueira nipônica de hipocrisia ou velhacaria, acredito mesmo que possa ser pura ingenuidade. Como o Katsuhiro Kimura, outro personagem da mesma reportagem, que ficou espantado ao ser contatado por um jornal para falar sobre seu weblog: "Eu não contei para ninguém que eu blogava." #

    quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

    [ 11:38 ]

    Ontem assisti também em dvd Shrek the Third (EUA, 2007), de Chris Miller e Raman Hui. Achei a animação em 3d bem superior à dos filmes anteriores mas a história muito mais fraca que em Shrek e Shrek 2, com poucos momentos realmente engraçados e um incômodo excesso de discursos motivacionais. Os roteiristas deveriam ter pedido uma ajuda ao John Cleese e ao Eric Idle, que estavam no elenco. #

    [ 11:27 ]

    Terminou ontem a mini-série Tin Man. Apesar do roteiro por vezes lembrar um pouco a estrutura de um jogo de computador (vá até o ponto A, encontre a pista apontando para o ponto B, vá até o ponto B, encontre a pista apontando para o ponto C, and so on), a história é bacaninha e a realização é competente. No final fica explicada a relação entre esta aventura e a do filme The Wizard of Oz, o que não era necessário mas tampouco incomoda. Gostei. Curiosidade: o diretor Nick Willing, o mesmo de Alice in Wonderland e Jason and the Argonauts, é filho da pintora portuguesa Paula Rego. #

    [ 10:22 ]

    A neve começou a cair. Temperatura máxima prevista para hoje: 32°F (0°C). #

    terça-feira, 04 de dezembro de 2007

    [ 10:17 ]

    Muitos filmes do pacote 50 Movie Pack SciFi Classics, além de serem ruins, têm pouca ou nenhuma relação com ficção-científica. Dos que já comentei, The Incredible Petrified World é uma aventurinha, Horrors of Spider Island é terror, e Queen of the Amazons é outra aventurinha. Assisti também Moon of the Wolf (EUA, 1972), do Daniel Petrie, que é um telefilme bem fraquinho com lobisomens na Louisiana, e She Gods of Shark Reef (EUA, 1958), do Roger Corman, que é uma história bobinha sobre dois fugitivos refugiados numa ilha de caçadoras de pérolas. Começo a duvidar seriamente da existência de algum filme bom nesta coletânea. #

    [ 09:39 ]

    Som do dia: Onde Brilham os Olhos Seus, com a Fernanda Takai reinventando os sucessos da Nara Leão. Faixa preferida: Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos, com batidinha bem Pato Fu. #

    [ 09:27 ]

    Bom texto sobre o comportamento do autor depois que a obra foi entregue aos leitores: Dumbledore? Gay. J.K. Rowling? Chatty. "I suppose it's nice to know that in Rowling's mind, Harry is a successful auror. But in my mind, based on the seven books I devoured, Harry, whose greatest gifts were as a teacher, is the Defense Against the Dark Arts professor and eventually the Hogwarts headmaster. I suppose in the minds of other readers, Harry might manage a Quidditch team, or work for his uncle Vernon at Grunnings or something. I'd love to have that conversation with those other readers; I'd also love to have it with Rowling, in a Tolkien-style exchange. But when Rowling declares to an international audience what Harry's adult job is, then the possibility for such an exchange is over. Speculation over what Rowling might have wanted us to surmise about her hero's future is over. Bully for Harry, boo for the notion that fictional characters take on lives of their own in their readers' minds." #

    segunda-feira, 03 de dezembro de 2007

    [ 14:33 ]

    Ontem começou uma nova mini-série no Sci-Fi Channel, Tin Man, recriação do universo de Oz, do L. Frank Baum. Num ambiente que mistura magia e steampunk, a trama apresenta os mesmos personagens centrais do famoso filme The Wizard of Oz mas com características novas ou modificadas. Dorothy (Zooey Deschanel) agora se chama DG (abreviatura de Dorothy Gale), anda de motocicleta e trabalha como garçonete. Depois de ser tragada pelo furacão e aterrisar em OZ (abreviatura de Outer Zone), ela encontra três companheiros de viagem: Glitch (Alan Cumming), que, como o espantalho da história antiga, não tem cérebro; Raw (Raoul Trujillo), que, como o leão da história antiga, é medroso; e Wyatt Cain (Neal McDonough), o Tin Man do título, que, como o homem de lata da história antiga, não tem coração (ele assistiu sua família ser torturada e se tornou um sujeito duro cujo único objetivo é a vingança). A primeira parte foi bacaninha, conseguiu escapar do kitsch, e não teve números músicais, o que por si só já é uma enorme vantagem sobre The Wizard of Oz. Hoje continua e amanhã conclui. #

    [ 13:37 ]

    Li as quatro revistas de Lostinho, onde Mônica, Cebolinha, Cascão e o resto da turma reinterpretam a série Lost. Fica entre as piores sátiras da revista Mad (com piadinhas metalingüísticas sem graça) e uma auto-homenagem ao universo dos quadrinhos do Maurício de Souza. Uma grande bobagem. #

    [ 12:30 ]

    Neste weekend fiz uma maratona Dexter e consegui chegar até o episódio de domingo, o décimo da segunda temporada. Eu imaginava que fossem deixar para mais tarde, talvez na terceira ou quarta temporada, a descoberta das vítimas do Dexter, e achei interessante terem feito desta investigação o tema central desta segunda temporada. Os novos personagens também acrescentam uma nova dinâmica nos relacionamentos entre os personagens já conhecidos: o veterano do FBI (Keith Carradine, contido e eficiente), a sogra insuportável (JoBeth Williams, irreconhecível um quarto de século depois de Poltergeist) e a namoradinha voraz (a inglesinha sexy Jaime Murray). Os primeiros episódios foram um pouco lentos, mas agora estou gostando da trama e querendo ver logo os dois últimos episódios. #

    domingo, 02 de dezembro de 2007

    [ 19:54 ]

    Na esperança de encontrar alguma pérola perdida no meio da lama, comprei por uns poucos dólares a coleção de dvds 50 Movie Pack SciFi Classics. Os primeiros filmes do pacote são incrivelmente ruins. The Incredible Petrified World (EUA, 1957), do Jerry Warren, começa mostrando cenas supostamente obtidas no fundo do mar mas tão obviamente saídas de um aquário que em uma delas é possível ver o reflexo de pessoas no vidro. Em seguida, vemos uma expedição se preparando para explorar as profundezas do oceano. Eles entram num batiscafo que, visto de fora, mal tem espaço para uma pessoa, mas visto de dentro abriga confortavelmente os quatro membros da equipe. Um acidente inesperado faz o veículo afundar e perder contato com a superfície. Os destemidos aventureiros, presos no fundo do oceano, abrem a portinhola no teto e saem nadando de lá sem que a água inunde o batiscafo. Apesar de, por alguma razão obscura, não serem capazes de ir até a superfície, conseguem encontrar um complexo de túneis desconhecidos onde ao menos podem respirar sem os tanques de oxigênio. Logo aparece outro habitante daquelas cavernas, um velhote que é sério candidato ao prêmio de pior barba da história de cinema, uns tufos brancos colados no rosto. Os homens exploram, as mulheres discutem, uma erupção vulcânica sacode os túneis e ameaça a vida dos intrépidos aventureiros, mas tudo termina bem quando eles são salvos por outro batiscafo, daqueles com uma portinhola mágica no teto para que os mergulhadores entrem sem ao menos respingar água em volta. A coisa toda é tão mambembe que chega a ser difícil de acreditar que alguém tenha feito um filme assim. Queen of the Amazons (EUA, 1947), do Edward Finney, é outro exercício notável de inabilidade cinematográfica. Combina uma grande quantidade de cenas de arquivo, da África e da Índia, com cenas de estúdio onde os atores fingem estar naqueles locais exóticos, apesar das evidentes diferenças de iluminação. O roteiro é tosco, a história é ridícula, e as interpretações são rasas, com destaque para a rainha das amazonas, interpretada pela terrível Amira Moustafa. Horrors of Spider Island (Alemanha-Iugoslávia, 1960), do Fritz Böttger, é tão ruim que chega a ser engraçado. Um avião cai no mar e os sobreviventes, um grupo de dançarinas e seu empresário, se refugia numa ilha habitada por uma aranha radioativa. A aranha morde o empresário, que se transforma num monstro e sai matando todo mundo. Em muitos filmes B, como o orçamento era baixo, só havia dinheiro para fazer uma máscara e um par de luvas para o monstro, e não era preciso muito mais que isso porque o resto do corpo estava coberto de roupas. Aqui, numa ilha tropical, o sujeito anda sem camisa e com umas calças esfarrapadas, mas igualmente só tem uma máscara e um par de luvas para o caracterizar como monstro, o que faz do filme uma comédia sem intenção de ser comédia. O título original é Ein Toter Hing Im Netz, que eu suponho ser algo como Um Cadáver na Teia. #

    [ 09:58 ]

    Em 1945, Who's On First. Em 1994, Who's on Stage. #

    sábado, 01 de dezembro de 2007

    [ 21:16 ]

    Assisti La Science des Rêves (França-Itália, 2006), escrito e dirigido pelo Michel Gondry, o mesmo diretor e co-roteirista (com o Charlie Kaufman) de Eternal Sunshine of the Spotless Mind. O protagonista Gael García Bernal (de Y Tu Mamá También) tem dificuldade de separar os sonhos da realidade, e isto interfere no seu novo emprego e na relação com sua nova vizinha Charlotte Gainsbourg (de 21 Grams). A trama é tênue mas a narrativa é muito interessante porque também mistura os acontecimentos reais com os oníricos, incluindo várias cenas com animação em stop motion. Alguns elementos do filme me transportaram de volta à minha primeira fase européia (1981 e 1982), dos apartamentos antigos às conversas em vários idiomas. E não é só no Brasil que os títulos de filmes ganham traduções atrapalhadas: aqui nos EUA chamaram La Science des Rêves (A Ciência dos Sonhos) de The Science of Sleep (A Ciência do Sono). #