sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

[ 17:35 ]

Balanço de fevereiro: assisti 28 filmes e 59 episódios de séries de tv, li um livro e sete álbuns em quadrinhos, assisti quatro grandes eventos na tv (Oscar, Grammy, NFL Super Bowl, NBA All-Star Game). #

[ 15:59 ]

Lista de recomendações de literatura criminal: 50 crime writers to read before you die. (Que fique registrada minha profunda antipatia com títulos no estilo "n coisas para fazer antes de morrer".) #

[ 15:58 ]

Lista de recomendações de literatura sci-fi: The Twenty Science Fiction Novels that Will Change Your Life. #

[ 09:51 ]

Nesta quarta temporada, Lost está se redimindo de toda a impaciência gerada na temporada anterior. O episódio de ontem, The Constant foi particularmente entusiasmante, revelando várias peças do puzzle e alguns detalhes interessantíssimos. Um exemplo é o calendário no navio cargueiro mostrando a data em que eles estão agora, 24 de dezembro de 2004, ou seja, a dois dias do tsunami que, sabemos hoje, ocorreu no Oceano Índico, onde poderia estar localizada a ilha da série (há quem acredite que na verdade a ilha estaria no sul do Oceano Pacífico). Outro exemplo são as anotações no caderno do Daniel Faraday (legíveis somente graças ao botão de pausa no meu controle remoto), que mencionam conceitos teóricos como tempo e espaço imaginários e the Lorentz invariant que apesar da aparência de technobabble referem-se a estudos reais em torno da teoria da relatividade. No mesmo tema, aparece uma referência cruzada no personagem George Minkowski, que tem o mesmo sobrenome do alemão Hermann Minkowski, aquele do espaço de Minkowski, configuração matemática onde "as três dimensões usuais do espaço são combinadas com uma única dimensão do tempo para formar uma variedade quadrimensional para representar um espaço-tempo". Claro que toda a matemática envolvida nisto me escapa completamente, mas me divirto assim mesmo caçando as alusões. #

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

[ 20:30 ]

Sessão dupla em dvr. Targets (EUA, 1968), foi o primeiro filme assinado pelo Peter Bogdanovich, que uns anos depois faria o criticamente aclamado The Last Picture Show, que lhe valeu as únicas indicações ao Oscar por roteiro e direção. Aqui ele alinhavou um roteiro (com a ajuda do veterano Samuel Fuller) para usar dois dias de filmagens que o Boris Karloff devia ao Roger Corman, cenas de arquivo de The Terror (estrelado pelo Karloff e dirigido pelo Corman) e ainda fazer referência ao estudante Charles Whitman, que no ano anterior tinha subido num prédio com uma coleção de armas e assassinado 14 pessoas e ferido outras 31. O resultado é um pouco forçado, com a tentativa fracassada de fazer uma conexão entre filmes de terror e violência sem sentido. O Bogdanovich aparece também num dos papéis principais, mostrando que era péssimo ator. O filme só tem interesse por registrar o início de carreira não só do diretor mas também da sua esposa Polly Platt (que muita gente credita como co-autora dos trabalhos do marido) e do Frank Marshall (que mais tarde seria produtor de vários filmes do Steven Spielber e diretor de Arachnophobia e Congo). The Warriors (EUA, 1979), do Walter Hill, eu vi no cinema quando era adolescente e nunca mais tinha revisto. A história (baseada no livro homônimo do Sol Yurick, que por sua vez é baseado num livro do Xenofonte, Anabasis) é bacaninha, com uma gang juvenil que se vê isolada no outro lado de New York e tem que atravessar a cidade de volta até a segurança do seu território em Coney Island. Mas a caracterização das outras gangs é feita de forma tão exagerada que parecem todos vilões uniformizados do seriado Batman dos anos sessenta, sem o ar ameaçador que deveriam ter. Mesmo assim, o filme é bem assistível e tem a graça de mostrar vários rostos conhecidos em início de carreira: o Michael Beck depois contracenaria com a Olivia Newton-John no fiasco Xanadu, o Dorsey Wright no mesmo ano seria o Hud de Hair, o James Remar viria a ser o pai adotivo de Dexter, o David Patrick Kelly interpretaria o tio da Sherilyn Fenn em Twin Peaks (e é dele a cena mais memorável de The Warriors, batendo garrafas vazias ritmadamente e chamando seus inimigos com um infantil "Waaarriors, come out to play-ay..."). #

[ 12:36 ]

Saí de casa esta manhã e me deparei com a pouco amigável temperatura de 28°F (-2°C), com sensação térmica de 17°F (-8°C). O pior é que tenho que sair novamente para uma reunião no final da tarde, quando deve estar ainda mais frio. #

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

[ 20:33 ]

Assisti Death at a Funeral (EUA-GB-Alemanha, 2007), do Frank Oz, e me diverti muito. A história se passa quase inteiramente na casa do Daniel (Matthew Macfadyen, de Pride & Prejudice) e da sua esposa Jane (Keeley Hawes, que faz a voz da Lara Croft nos jogos mais recentes da série Tomb Raider), onde se reúnem amigos e familiares para despedirem-se do pai dele, recentemente falecido. Os pequenos contratempos, começando com a chegada de um caixão com o cadáver errado, vão se acumulando e gerando situações cada vez mais engraçadas, especialmente as que envolvem o Simon (Alan Tudyk, da série Firefly). Roteiro muito bacana do Dean Craig e direção eficiente do Frank Oz, recuperando-se muito bem do desastre de The Stepford Wives. #

[ 17:21 ]

Aproveitando os dias de frio, tenho passado muitas horas em frente ao computador e já completei o primeiro Geneforge. Terminei uma das várias aventuras possíveis, porque a história permite diferentes decisões que alteram o final do jogo. A ilha onde se passa a ação tem três grupos de nativos com ideais filosóficos e políticos diferentes (Obeyers, Awekened e Takers), e o herói pode aliar-se com eles. Existem também uns estrangeiros naufragados que se dividiram em duas facções, com interesses que coincidem ou se chocam com os das seitas locais. Possibilidades variadas a serem exploradas, e ainda quero voltar a jogar este Geneforge. #

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

[ 22:52 ]

Sessão dupla em dvd. Primeiro, Superbad (EUA, 2007), do Greg Mottola. É uma comédia estudantil bobinha, que começa com alguns diálogos divertidos, depois se perde completamente com a entrada em cena de uns policiais apatetados (Seth Rogen e Bill Hader, ambos de Knocked Up), no final dá uma melhorada mas aí já é tarde demais. Mesmo assim dei algumas risadas com as conversas do Jonah Hill (de Knocked Up) e do Michael Cera (de Juno). Depois, The Adventures of Mark Twain (EUA, 1985), do Will Vinton. É uma animação com massinha de modelar (claymation), o que por si já é uma razão para assistir o filme. Mas a história também é interessantíssima, misturando vários contos do Mark Twain, personagens de The Adventures of Tom Sawyer e Adventures of Huckleberry Finn, e o próprio escritor e seu doppelgänger. Um roteiro inteligente, com algumas partes leves (por exemplo, o primeiro conto do Twain, The Celebrated Jumping Frog of Calaveras County) e outras que podem apavorar o público infantil (por exemplo, The Mysterious Stranger, também conhecido como The Chronicle of Young Satan). #

[ 21:19 ]

Atores e atrizes de hoje em fotos simulando cenas de filmes do mestre do suspense: Hitchcock Classics. As minhas preferidas são a Jodie Foster em The Birds e a Scarlett Johansson com o Javier Bardem em Rear Window. #

[ 21:13 ]

Cartazes de todos os vencedores do Oscar de melhor filme: 79 Years of Best Picture Winners in Posters. Meus preferidos (os cartazes, não os filmes): Cimarron, West Side Story, The Godfather, Amadeus, The Last Emperor, The Silence of the Lambs, Unforgiven. #

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

[ 11:13 ]

O Alex Castro achou o final de No Country for Old Men "um dos mais perfeitos desde que inventaram as artes narrativas" e pergunta "então, o que você mudaria?". Se eu fosse resumir a história em uma linha, seria algo como "um sujeito comum encontra uma mala cheia de dinheiro e é perseguido implacavelmente por um psicopata incansável". Reparem que este storyline não menciona xerife, esposa, sogra, traficantes mexicanos, um segundo assassino, todos elementos interessantes porém secundários. O roteiro centra-se na perseguição, no duelo físico e intelectual, no teste à força de vontade do protagonista e do antagonista, e parece-me completamente natural que o clímax seja o confronto final entre os dois e a resolução do conflito central da narrativa. Claro que não precisa ser aquele enfrentamento ortodoxo de sempre, com o mocinho lutando destemidamente contra o bandido e lançando um comentário irônico após a inevitável vitória. Pode até mesmo ser triplamente anticlimático, bem ao gosto iconoclasta dos irmãos Coen: o mocinho não é o vencedor, não é o bandido quem desfere o golpe fatal, e tudo acontece longe do alcance das câmaras para que o espectador só seja informado depois. Um final assim seria bom, talvez até mesmo brilhante. Mas após este desfecho o conflito está resolvido e o meu interesse pelo que acontece depois diminui a cada minuto. Uma seqüência adicional com a esposa do protagonista, mostrando que para o psicopata a história não estava terminada, talvez pudesse funcionar como um bom epílogo. Porém continuar com vinte minutos de cenas com personagens não essenciais à trama para mim foi um erro. Sei que vai ter gente dizendo que o xerife é na verdade o protagonista do filme, que o mais importante do roteiro são as coisas que ele diz, e que faz sentido seguir seus comentários de coro grego. Eu discordo. Para mim, No Country for Old Men é a história de um sujeito comum que encontra uma mala cheia de dinheiro e é perseguido implacavelmente por um psicopata incansável, e aqueles vinte minutos finais são dispensáveis. #

[ 10:31 ]

Pois é, No Country for Old Men levou o Oscar. Não fiquei particularmente triste ou alegre com a escolha, para mim desde que não premiassem Atonemet qualquer dos outros indicados estava bem. Se tivesse que escolher um preferido, ficaria com Eastern Promisses, que nem concorreu ao prêmio principal. A cerimônia teve sabor baunilha, nem muito boa nem muito ruim, nem muito curta nem muito longa, nem muito previsível nem muito surpreendente. Espero que 2008 tenha uma safra cinematográfica mais entusiasmante. #

domingo, 24 de fevereiro de 2008

[ 15:57 ]

Assisti o documentário The Mindscape of Alan Moore (GB, 2003), do Dez Vylenz. O celebrado autor de Watchmen, V for Vendetta, From Hell, The League of Extraordinary Gentlemen, entre outros, comenta sua juventude, sua carreira, e suas idéias heterodoxas sobre a ligação entre a escrita e a magia (ou o conceito alanmooriano de magia). Interessante mesmo para quem não conhece o trabalho dele, imperdível para quem é fã desta mistura de William Blake, Charles Dickens e Aleister Crowley. "It's not the job of artists to give the audience what the audience want. If the audience knew what they needed, then they wouldn't be the audience. They would be the artists. It's the job of artists to give the audience what they need." #

sábado, 23 de fevereiro de 2008

[ 18:23 ]

Comecei a assistir a quinta temporada de Star Trek: Voyager. O primeiro episódio, Night, iniciou de forma muito interessante, sugerindo que teríamos um estudo psicológico dos personagens. Atravessando durante meses uma região do espaço completamente escura, desabitada e sem qualquer fenômeno natural a ser observado, a tripulação começa a se deixar afetar pelo isolamento. B'Elanna fica constantemente irritada, Neelix tem ataques de pânico, Janeway se tranca no escritório e sucumbe à depressão. Apesar do material farto para uma exploração da psique dos protagonistas, os roteiristas parecem não saber bem o que fazer com isso e acabam desviando o roteiro para a mais banal das situações da série: a nave é atacada por alienígenas. A impressão que fica é que a existência dos nossos heróis é definida pelas ameaças externas e que sem elas não saberiam o que fazer com seu tempo livre. Kudos para o Harry Kim, que aproveitou os dias de calmaria para criar um concerto para clarinete chamado Echoes of the Void. #

[ 11:05 ]

Mais uma daquelas listas completamente subjetivas e ótimas para gerar conversas interessantes: The 25 Greatest Duets of All Time. Tem bons duetos (por exemplo, Under Pressure com David Bowie e Queen), duetos terríveis (por exemplo, You Don't Bring Me Flowers com Neil Diamond e Barbra Streisand), duetos clássicos (por exemplo, Summertime com Ella Fitzgerald e Louie Armstrong), duetos que já cansaram (por exemplo, Endless Love com Lionel Ritchie e Diana Ross) e duetos que nunca cansam (por exemplo, Don't Go Breaking My Heart com Elton John e Kiki Dee). #

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

[ 23:20 ]

Assisti o último candidato ao Oscar da minha lista, There Will Be Blood (EUA, 2007), do Paul Thomas Anderson. História interessante (levemente inspirada num livro do Upton Sinclair), com um explorador de petróleo misantropo (Daniel Day-Lewis, Oscar por My Left Foot), um padreco fanfarrão (Paul Dano, de Little Miss Sunshine) e um menino que fica surdo-mudo (o estreante Dillon Freasier). Achei a parte final um pouco abrupta, principalmente porque o ritmo do filme até então tinha sido lento e subitamente a passagem do tempo é acelerada e em poucos minutos acontecem várias coisas importantes, mas mesmo assim gostei de ver o desenrolar do conflito entre as duas forças aparentemente opostas mas no fundo com vários traços semelhantes. A trama tem alguns mistérios que são explicados (o irmão do explorador de petróleo, por exemplo), outros que deixam espaço para interpretações estranhas (o irmão gêmeo do evangelista, por exemplo), um título que é ao mesmo tempo uma promessa e uma piscadela de olho para o espectador, e algumas frases memoráveis (a mais famosa, claro, "I drink your milkshake!"). Achei o filme imensamente superior ao longa anterior do diretor, Punch-Drunk Love, mas não tão bom como seus primeiros trabalhos, Hard Eight, Boogie Nights e Magnolia. #

[ 12:39 ]

Jogo da vez: Geneforge, mais um rpg do mesmo criador da série Avernum. #

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

[ 22:05 ]

Assisti mais um candidato ao Oscar, Atonement (GB-França, 2007), do Joe Wright. Não entendo como um filme destes pode ser aclamado por tantos críticos e indicado a tantos prêmios (Oscar, Golden Globe, BAFTA, etc). O ponto central do drama é realmente muito interessante, mas a narrativa começa com um par de reviravoltas forçadas e depois oscila entre o aborrecido e o pretensioso (e aquele plano-seqüência interminável com os soldados na praia de Dunkirk consegue ser o representante máximo do aborrecimento e da pretensão ao mesmo tempo). As interpretações são boas (Keira Knightley, James McAvoy e a menina Saoirse Ronan), a cinematografia é magnífica (o irlandês Seamus McGarvey merece a indicação ao Oscar), mas o roteiro e a direção me deixaram completamente enfastiado. Várias vezes durante a projeção pensei em The English Patient, outro filme aborrecidíssimo e injustamente premiadíssimo, também com enfermeiras em tempo de guerra, e curiosamente no final de Atonement aparece o próprio Anthony Minghella interpretando um entrevistador de televisão, confirmando o elo entre os dois filmes. Vou ficar muito decepcionado se este for o vencedor do Oscar deste ano. #

[ 10:45 ]

Depois de me empanturrar de sushi, voltei para casa e assisti um jogo espetacular da NBA, com o Los Angeles Lakers derrotando o Phoenix Suns por 130 a 124. A partida teve intensidade de playoffs. Shaquille O'Neal ainda um pouco fora de forma (ele estava há quase um mês sem jogar) entrou na quadra pela primeira vez com a camisa dos Suns, mas os protagonistas foram o Steve Nash, um dos melhores armadores em atividade, e o Amare Stoudemire, que com as atenções dos marcadores voltadas para o Shaq ficou à vontade para marcar 37 pontos. Do outro lado, o Kobe Bryant mostrou que está preparado para buscar mais um título, marcando 41 pontos apesar do dedo estropiado (ruptura no ligamento do mindinho direito, cuja cirurgia está sendo adiada para que ele não fique mais de um mês sem jogar). Foi um basketball bonito, vibrante, intenso, cerebral e atlético ao mesmo tempo. #

[ 10:34 ]

Na segunda-feira tivemos um dia primaveril. Mas ontem à noite, menos de quarenta e oito horas depois, tive que enfrentar a neve caindo para ir jantar com a Sara, a Jade e o Jeff em Arlington. Felizmente, dentro do restaurante Kampai estava quentinho, e nos deliciamos com uma montanha de sushi. #

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

[ 17:52 ]

Assisti 30 Days of Night (EUA, 2007), do David Slade (o mesmo diretor de Hard Candy), baseado na história em quadrinhos homônima, do Steve Niles e do Ben Templesmith. A idéia central é bacana (vampiros invadindo uma cidadezinha no Alaska durante o mês em que o sol se esconde), o visual é muito bem cuidado (destaque para as cenas aéreas do massacre) e a trama é razoável para um filme do tipo "estamos aqui isolados, adivinhem quem vai ser o próximo a morrer". O roteiro é todo construído em torno do tema das famílias. O herói xerife (o feioso Josh Hartnett, de Wicker Park) luta para proteger a esposa (a bonitinha Melissa George, de Alias), o irmão e a avó. O ajudante do xerife tem uma subtrama importante com a mulher e os filhos, um dos sobreviventes vem com o pai que sofre de mal de Alzheimer, outro tem um segredo que também envolve a família, e até aparece um menininho no final para completar um mosaico familiar. Além disto, podemos ver os próprios vampiros também como uma espécie de família. Um pequeno detalhe que achei interessante foi os vampiros conversarem numa língua própria (alguém sabe o que era aquilo, algum idioma antigo ou uma linguagem inventada para a ocasião?). Só achei a solução final forçada demais, mesmo se aceitarmos as liberdades dramáticas do filme, que não são poucas. #

[ 17:24 ]

Eu estava guardando este texto, How Hollywood Saved God, para ler depois de ter assistido The Golden Compass. Muito interessante, contando um pouco dos bastidores da adaptação para o cinema do livro do Philip Pullman, principalmente sobre o pavor hollywoodiano em relação a qualquer coisa que possa causar a ira dos fanáticos religiosos. Aparentemente, apesar do próprio autor tentar minimizar o estrago com declarações apaziguadoras (imagino o conflito interno do Pullman, ao mesmo tempo querendo que sua obra seja fielmente adaptada e cobiçando os milhões que pode receber se a trilogia cinematográfica se completar com mais dois filmes), o filme é não somente uma versão absurdamente superficial do livro mas também uma traição à postura abertamente anti-religiosa do original. Agora fiquei ainda mais curioso para ler os livros. Infelizmente, tenho a versão estadunidense, que, segundo o artigo, também foi lamentavelmente censurada em alguns trechos. #

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

[ 19:26 ]

E o frio voltou, claro. Depois dos agradáveis 68°F (20°C) de ontem, hoje enfrentei 40°F (4,5°C). #

[ 19:24 ]

Som do dia: a trilha sonora de Juno, que inclui não só queridinhos da cena indie como os escoceses Belle & Sebastian e a anti-folk Kimya Dawson, mas também roqueiros-baladeiros clássicos como The Kinks e Buddy Holly, e até música infantil, como a que toca nos créditos do filme, All I Want Is You, do Barry Louis Polisar. #

[ 19:16 ]

Assisti mais um filme candidato ao Oscar: Juno (EUA, 2007), do Jason Reitman. Comédia indie sobre uma adolescente (Ellen Page, de Hard Candy) que engravida e resolve dar a criança para pais adotivos (Jennifer Garner e Jason Bateman, que já tinham trabalhado juntos em The Kingdom). O roteiro é divertido, principalmente pelas coisas mordazes que a protagonista diz. Claro que adolescentes reais não possuem a munição verbal da menina do filme (escrito pela Diablo Cody, que tem quase o dobro da idade da protagonista), mas isto não tira a graça da história. Perto do final, cheguei a temer que o roteiro fosse deslizar para uma solução banal e conservadora, porém felizmente o perigo foi evitado com elegância. É bacana ver que mais uma vez uma comédia indie chega à reta final dos Oscars, mas Juno não tem o mesmo impacto de Little Miss Sunshine e dificilmente levará a estatueta que o filme da kombi amarela não levou. #

[ 18:02 ]

O que é pior, fazer reportagem sensacionalista sobre crop circles ou começar o texto com "um circulo oval de aproximadamente 15 m de largura por 30 m de comprimento...". Círculo oval? Esse momento histórico do jornalismo está no Terra: SP: círculo de 30 m aparece em plantação de cana. #

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

[ 17:00 ]

Dos cinco filmes indicados ao Oscar este ano, eu só tinha assistido um, Michael Clayton, que achei bacana mas sem aquele impacto de "wow, esse filme merece um Oscar!". Agora assisti também No Country for Old Men (EUA, 2007), dos irmãos Coen. Gostei da trama e dos momentos de suspense, mas fiquei surpreso com a parte final: a história termina e os diretores não percebem, continuando com o filme por mais uns vinte minutos de cenas lentas e, na minha modesta opinião, desnecessárias. Assim, em vez de ser um excelente thriller sobre o sujeito comum (Josh Brolin) que encontrou uma mala cheia de dinheiro e foi perseguido implacavelmente por um psicopata memorável (Javier Bardem), No Country for Old Men acaba se desviando pelo rio das pretensões intelectuais e encalhando em reflexões rasas. Não é ruim, longe disso, mas não merece Oscars de melhor filme ou de melhor direção (dois prêmios que os Coen deveriam ter ganho por Fargo e foram vergonhosamente entregues ao insuportável The English Patient). #

[ 11:35 ]

Esculturas steampunk: Stephane Halleux. #

[ 11:23 ]

Saí de casa esta manhã e tive uma agradável surpresa, um dia primaveril e ensolarado com temperatura nos 68°F (20°C). E, como é feriado (Presidents Day), as ruas estão cheias de gente feliz por poder espantar o frio, nem que seja por pouco tempo. #

domingo, 17 de fevereiro de 2008

[ 23:33 ]

Belo NBA All-Star Game esta noite em New Orleans, começando com um festival de enterradas (destaque para o Dwight Howard, que já tinha vencido ontem a competição de slam dunks) e terminando com uma batalha de tiros de longa distância (destaque para o Ray Allen com cinco cestas de três pontos). No final, vitória do leste sobre o oeste por 134 a 128 e troféu de MVP para o LeBron James. Ah, teve ainda jazz com Harry Connick Jr., Branford Marsalis, Dr. John, Allen Toussaint, Art Neville, e mais um monte de gente. Bacana. #

[ 19:47 ]

Por alguma razão obscura, achei que Balls of Fury (EUA, 2007), do Robert Ben Garant, merecia ser assistido. Meu otimismo exacerbado, porém, foi cruelmente castigado com um filme sem qualquer qualidade redentora. O protagonista Dan Fogler não tem graça nem carisma, o sidekick George Lopez chega a ser constrangedor, e o vilão Christopher Walken perdeu uma boa oportunidade de ficar em casa. Balls of Fury é uma bobagem colossal. #

[ 11:37 ]

Terminei a segunda aventura de Nethergate Resurrection, jogada com os celtas. É interessante ver como as duas histórias se entrecruzam, com os celtas visitando lugares onde os romanos estiveram antes e vice-versa. O final da aventura celta é bem parecido com o da aventura romana, mas achei um pouco mais fácil jogar com os nativos que com os invasores, tanto pelo acesso aos feitiços dos druídas como pela colaboração da população local. #

sábado, 16 de fevereiro de 2008

[ 17:56 ]

Sessão dupla com filmes de fantasia baseada em livros famosos. Stardust (EUA-GB, 2007), do Matthew Vaughn, começa como uma história bobinha daquelas onde qualquer adolescente inepto e desafortunado é na verdade um herói pronto para ser descoberto e um príncipe herdeiro destinado à glória, depois vai piorando, piorando, piorando, até precisar de uma cena completamente imbecil (em vez de acordar a mocinha e dizer que vai ali e já volta, o nosso estimado herói prefere sair de fininho e deixar uma mensagem dúbia com um sujeito que nunca viu antes) para poder preparar o desfecho óbvio (preciso contar?). Não sei se o filme é fiel ao livro original do Neil Gaiman, mas nem o bom elenco (Peter O'Toole, Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Rupert Everett, Claire Danes) consegue salvar este fiasco. The Golden Compass (EUA-GB, 2007), do Chris Weitz, conta a história de uma menininha (Dakota Blue Richards) que vive num mundo onde cada pessoa tem um animal com o qual está ligada física e espiritualmente, onde existem bruxas voadoras e ursos falantes, e onde transcorre um conflito entre homens de ciência, representados pelo intrépido Lord Asriel (Daniel Craig), e homens de fé, representados pela misteriosa Marisa Coulter (Nicole Kidman). O filme evita fazer referências religiosas, um aspecto bem presente no livro original do Philip Pullman, mas mesmo assim cumpre seu papel de fábula a favor do pensamento crítico e contra o dogmatismo institucionalizado. Seria ainda melhor se não usasse mais uma vez o pobre e cansado recurso narrativo da profecia sobre o herói predestinado. Fiquei curioso para assistir a continuação, fiquei curioso para ler os livros, e fiquei curioso para saber se a loira, reacionária, fanática, dogmática e hipócrita Marisa Coulter tem alguma relação com a loira, reacionária, fanática, dogmática e hipócrita Ann Coulter. #

[ 10:09 ]

Comecei a ler Murder with Peacocks, da Donna Andrews (que eu conheci na conferência Dying to Write 2007). É o primeiro livro da série protagonizada pela Meg Langslow, escultora profissional e detetive amadora. #

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

[ 21:31 ]

Terminei de asssistir a quarta temporada de Star Trek: Voyager. Confirmado: Janeway leva o triste título de pior capitão na história da série. Decisões ruins, uma atrás da outra. Sempre acha que está certa, mesmo quando é óbvio que não está. Basicamente, a Voyager se perdeu no quadrante delta por culpa dela. Autoritária ao extremo, parece ter prazer na obediência absoluta da tripulação (incluindo a Seven of Nine, que ela raptou e trata como se fosse uma recruta rebelde que precisa de um mentor). Fez uma aliança com o coletivo borg, o maior inimigo da Federação, para combater uma espécie desconhecida até então, descobrindo tarde demais que estava lutando ao lado do agressor original. Desobedece a prime directive quando acha conveniente (por exemplo, quando destruiu uma estação espacial para impedir que fosse usada pelos kazon contra os ocampa), mas deixa um membro da sua tripulação correr riscos terríveis por causa dessa mesma prime directive (por exemplo, quando deixou o Tom Paris ser preso e julgado por assassinato na primeira temporada ou quando deixou a B'Elanna Torres ser presa e julgada por pensamentos violentos na quarta temporada). Condenou à morte o Tuvix, uma criatura inteligente e inocente de qualquer crime, pela possibilidade de trazer de volta os falecidos Tuvak e Neelix. Megalômana, considera-se líder excepcional, adora dizer que é cientista, e tem ilusões de ser artista. O que a Voyager precisa é de um motim, deixando a Janeway num planetóide deserto só com um phaser e alguns barris de rum. Melhor episódio da quarta temporada: Living Witness, sobre a manipulação de fatos históricos com fins de propaganda política. Pior episódio da quarta temporada: Concerning Flight com uma trama absurda colocando um Leonardo da Vinci holográfico num planeta de piratas espaciais. #

[ 10:08 ]

O episódio de Lost de ontem foi muito bom, com trama interessante tanto na ilha como fora dela, com revelações sobre quem mais saiu da ilha e com uma experiência que revela muito sobre a natureza da ilha. Dois detalhes curiosos na cena em que o Sayid descobre onde o Ben guarda um monte de dinheiro e passaportes de diversas nacionalidades: o passaporte suíço leva o nome de Dean Moriarty (que é um dos personagens principais de On the Road, do Jack Kerouac) e o passaporte brasileiro tem três erros de ortografia na capa ("republica" sem acento, "Brazil" com z e "passaport" sem o e final). #

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

[ 19:47 ]

Na semana passada eu falei aqui do Candidate Match Game. Agora encontrei um site do mesmo gênero porém bem mais elaborado, Glassbooth. Segundo eles, o meu candidato deveria ser o Mike Gravel, ex-senador do Alaska que continua na corrida apesar da quase completa falta de apoio e que já foi chamado de "the cranky uncle who lives in the attic" (o tio excêntrico que mora no sótão). #

[ 18:17 ]

Assisti Beowulf (EUA, 2007), do Robert Zemeckis. O estilo é o mesmo do filme anterior do diretor, The Polar Express, com a interpretação dos atores sendo capturada pela câmara e depois substituída por personagens gerados em computador. O resultado é estranho, por vezes parecendo uma animação com movimentos extraordinariamente realistas, por vezes parecendo uma filmagem normal feita com atores deformados, e para mim serve como distração indesejada até que o desconforto inicial se dissipe. A trama começa seguindo o famoso poema épico, porém vai se desviando pouco a pouco até se tornar uma história completamente diferente. Não achei ruim o roteiro (do Neil Gaiman e do Roger Avary) mas me incomoda a leviandade com que são alteradas histórias que já fazem parte do nosso patrimônio cultural. Quem não leu o Beowulf original arrisca-se a ficar achando que o livro conta como um herói parrudão e mentiroso foi seduzido por uma feiticeira voluptuosa. Por que não fazer exatamente o mesmo filme, mas com nomes diferentes, sem se apropriar do mito original? Onde fica a fronteira entre a adaptação e a adulteração? #

[ 09:56 ]

Terminada a greve dos roteiristas (WGA vote ends strike and sends writers back to work), ainda vamos sentir por algum tempo os efeitos destes três meses de paralisação. Lost deve ter uma temporada mais curta que a previsão inicial, Heroes só deve voltar no segundo semestre, 24 só deve voltar no próximo ano. Outras séries menos afortunadas, como Journeyman e Bionic Woman correm o risco de saírem da greve diretamente para o cancelamento. Em meio à confusão, começou ontem, com um episódio interessante, a segunda temporada de Jericho. #

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

[ 20:32 ]

Sessão dupla em dvr com thrillers psicológicos ingleses dos anos sessenta. Primeiro, Die! Die! My Darling! (GB, 1965), do Silvio Narizzano. Stefanie Powers (da série Hart to Hart, mais conhecida no Brasil como Casal 20), aqui em início de carreira, é uma jovem que vai visitar a mãe do seu ex-namorado que morreu recentemente. Tallulah Bankhead (do hitchcockiano Lifeboat), aqui em fim de carreira, é a velhota fanática por religião que guarda algumas surpresas para a sua hóspede. O elenco tem ainda o Donald Sutherland (de Invasion of the Body Snatchers) interpretando um sujeito com problemas mentais. Apesar de algumas ingenuidades típicas da época, é uma história bacaninha (com roteiro do Richard Matheson baseado num livro da Anne Blaisdell) que merece uma refilmagem com uma heroína mais engenhosa e uma vilã ainda mais perversa. Depois, Eye of the Devil (GB, 1966), do J. Lee Thompson. David Niven (Oscar por Separate Tables) é o aristocrata milionário que retorna à sua cidadezinha natal para participar de um misterioso ritual milenar. Deborah Kerr (indicada ao Oscar seis vezes, uma delas por Separate Tables, nunca recebeu a estatueta) é a esposa apavorada que não sabe o que está acontecendo. O elenco tem ainda o Donald Pleasence (de Halloween) como padre assustador, e a dupla Sharon Tate (de Valley of the Dolls) e David Hemmings (de Blowup) como sociopatas com ar de elfos. A história (baseada num livro do Philip Loraine) é simples mas o clima quase surreal da narrativa e a estilosa fotografia em preto e branco tornam o filme interessante. #

[ 15:28 ]

O episódio de ontem de The Sarah Connor Chronicles não foi melhor ou pior que os anteriores, e eu continuo com dúvidas em relação à série. A premissa é boa, o universo ficcional em que se passa a ação é interessante, mas alguns elementos, grandes e pequenos, parecem não encaixar bem. Um exemplo de pequenas coisas que poderiam ter sido melhor apresentadas foi aquele torneio de xadrez para computadores. Tentando tornar a cena entusiasmante, incluíram um sacrifício de dama como armadilha que não foi percebida por qualquer dos enxadristas de alto nível presentes na competição. Credibilidade zero. Outro exemplo de pequenas coisas que poderiam ter sido melhor apresentadas foi a cena em que os heróis precisavam obter informações do computador da polícia. Uma tarefa obviamente complicada, que poderia ser resolvida com o auxílio do robô que veio do futuro e teoricamente tem alguma habilidade em entender computadores. Mas não, preferiram dizer que foi o adolescente que veio do passado, com oito anos de defasagem no seu conhecimento de computadores, quem invadiu o sistema da polícia em poucos minutos e ainda disse que foi fácil. Credibilidade zero. Quanto aos elementos grandes da história, ainda estou tentando entender como a missão de destruir uma rede específica, a Skynet, está se transformando numa cruzada ludista contra qualquer forma mais avançada de inteligência artificial. #

[ 15:16 ]

Charles Barkley manda bem na Playboy deste mês: "There's no way in good conscience you can be a Republican right now. After what Bush and his cronies have done to America, there's no way you can honestly feel good about being a Republican. I mean that sincerely. Let's get something straight: the Democrats aren't much better. But I don't know how you can honestly say in good conscience that you are a Republican today in this country and not cringe." #

[ 11:56 ]

Depois de vários dias com temperaturas entre os 40°F (4,5°C) e os 50°F (10°C), hoje esfriou novamente (como se já não estivesse suficientemente frio): agora estamos com 28°F (-2°C) e sensação térmica de 20°F (-7°C). #

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

[ 19:45 ]

Os roteiristas de Star Trek: Voyager se atrapalham um bocado quando tentam justificar comportamentos místicos naquele universo de sofisticação científica onde se passa a série. Depois do episódio ridículo Sacred Ground na temporada passada, onde defendiam a fé contra o racionalismo, resolveram arriscar-se novamente no tema na quarta temporada. Em Mortal Coil, o Neelix morre e dezoito horas depois é trazido de volta ao mundo dos vivos graças à tecnologia borg da Seven of Nine. Ao retornar, sua constatação mais estarrecedora é que, durante esse tempo em que esteve morto, não encontrou a versão talaxiana do paraíso, com seus familiares mortos esperando-o à sombra de uma grande árvore para juntos continuarem numa vida após a morte. Pelo contrário, constatou que a morte é o fim e que depois disso nada mais existe. Uma boa premissa para um drama existencial, com o personagem adaptando sua visão de mundo aos novos fatos que descobriu. Mas aparentemente os roteiristas não souberam o que fazer com a história. Primeiro, botaram na boca do bobão místico Chakotay uma das frases mais estúpidas da série: "Don't throw away a lifetime of faith because of one anomalous incident." Ou seja, a fé de uma vida inteira, mesmo que sem qualquer evidência, não deve ser menosprezada, mas a única evidência confiável sobre o assunto deve ser descartada como um "incidente anômalo". Depois, deram ao Neelix uma reação um bocado ilógica (o que talvez faça sentido, já que ele é uma espécie de anti-vulcano): ao descobrir que esta vida é a única que temos, ele resolve se suicidar, porque não consegue viver sem o conforto de uma vida após a morte. Ou seja, para ele, a vida só merece ser aproveitada se houver uma continuação, e se esta for a única oportunidade de fazer alguma coisa então o melhor é não usar esta oportunidade. Completando a confusão, em vez de termos algum personagem materialista explicando para o Neelix que a vida não deixa de ter sentido por não haver um paraíso nos esperando após a morte, preferiram usar o próprio Chakotay para convencer o talaxiano a não se suicidar, com a ajuda de uma coincidência extremamente conveniente. Depois deste episódio, imagino que os roteiristas ficaram achando que estavam pisando nos calos dos espectadores religiosos e resolveram oferecer um presentinho para eles. Assim, em The Omega Directive vemos a Seven of Nine fascinada com as partículas ômega, modelo de perfeição para o coletivo borg por representarem o ideal de infinitos elementos funcionando em completa harmonia. Faria sentido se não tivessem forçado a metáfora religiosa ao ponto de terminar o episódio com a Seven of Nine refletindo sobre os acontecimentos e admirando um crucifixo. Sutileza é uma coisa da qual os roteiristas de Voyager não podem ser acusados. #

[ 11:21 ]

Aqui nos EUA, os republicanos reacionários, com o apoio da mídia, fizeram uma campanha tão grande contra o conceito de "liberal" que muita gente agora tem medo de usar o rótulo, incluindo os democratas conservadores. O Eric Alterman fez uma tentativa de resgate no texto Love Me, I'm a Liberal e citou um trecho bacana do John F. Kennedy: "What do our opponents mean when they apply to us the label 'liberal'? If by 'liberal' they mean, as they want people to believe, someone who is soft in his policies abroad, who is against local government and who is unconcerned with the taxpayer's dollar, then we are not that kind of 'liberal.' But if by a 'liberal' they mean someone who looks ahead and not behind, someone who welcomes new ideas without rigid reactions, someone who cares about the welfare of the people - their health, their housing, their schools, their jobs, their civil rights and their civil liberties - someone who believes we can break through the stalemate and suspicions that grip us in our policies abroad, if that is what they mean by a 'liberal' then I'm proud to say I'm a 'liberal.'" #

[ 09:54 ]

Som do dia: Feist. Música calminha para uma segunda-feira calminha. #

[ 09:49 ]

Ontem depois da entrega do Grammy ainda assisti Six Degrees Could Change the World, que eu tinha gravado no National Geographic Channel. É um documentário baseado no livro homônimo do Mark Lynas, mostrando o que poderia acontecer ao planeta com um aumento na temperatura média. Mais um alerta em relação ao aquecimento global, com um cenário diferente para cada grau a mais. Interessante. #

domingo, 10 de fevereiro de 2008

[ 23:41 ]

Assisti agora a entrega do Grammy. Destaque para a Alicia Keys fazendo dueto com o Frank Sinatra, a septuagenária Tina Turner ainda sacudindo o corpo, o trio roqueiro formado pelo sexágenário John Fogerty e pelos septuagenários Jerry Lee Lewis e Little Richard, e obviamente para a Amy Winehouse se apresentando diretamente de London e conquistando os merecidos prêmios de best new artist, best pop vocal album, best female pop vocal performance, record of the year e song of the year. Ah, foi bacana também a surpresa final de darem o prêmio de álbum do ano para o Herbie Hancock por River: The Joni Letters, já que há décadas um disco de jazz não recebia um Grammy. #

[ 17:28 ]

Sessão dupla com desenhos animados da DC. Superman: Doomsday (EUA, 2007) é baseado na famosa história da morte do Super-Homem publicada no início da década de noventa. Faz muito tempo que li os quadrinhos mas pelo que me lembro existem várias diferenças entre o original e esta versão animada, principalmente o fato de não aparecerem quatro candidatos a sucessor do Superman enquanto o verdadeiro herói não ressurge. O traço é muito bacana, naquela linha já conhecida do Bruce Timm. Adam Baldwin (o Cobb de Firefly) faz a voz do Superman, Anne Heche (de Six Days Seven Nights) a Lois Lane, e James Marsters (o Spike de Buffy e Angel) o Lex Luthor. Justice League: The New Frontier (EUA, 2008) é baseado na série em quadrinhos DC: The New Frontier, do Darwyn Cooke, que eu ainda não li. Coloca vários super-heróis nos EUA dos anos cinqüenta, época do macartismo, da guerra fria, e do início da corrida espacial, numa aventura que os obriga a juntar forças contra uma gigantesca ameaça ao planeta. Muitas vozes conhecidas: David Boreanaz (de Buffy e Angel) é o Lanterna Verde, Miguel Ferrer (de Twin Peaks e Bionic Woman) é o Caçador de Marte, Neil Patrick Harris (de How I Met Your Mother) é The Flash, Lucy Lawless (de Xena: Warrior Princess e Battlestar Galactica) é a Mulher Maravilha, Kyle MacLachlan (de Blue Velvet e Twin Peaks) é o Super-Homem, Jeremy Sisto (de Six Feet Under) é o Homem-Morcego, entre outros. Agora quero ler os quadrinhos. #

[ 11:18 ]

Em 2002 eu comentei aqui como achava estranhos os anúncios de aposentadoria dos escritores Stephen King e Clive Cussler. Desde então, cada um deles já publicou pelo menos meia dúzia de livros. Por que então, pergunto-me, anunciar que iam parar de escrever? #

[ 10:36 ]

Não sei o que me espantou mais, descobrir que a Nancy Cartwright (que faz a voz do Bart Simpson) ganha mais de cinco milhões de dólares por ano ou descobrir que ela doou dez milhões de dólares para a Igreja da Cientologia: Nancy 'Bart Simpson' Cartwright Gives $10 Million to Scientology. #

sábado, 09 de fevereiro de 2008

[ 22:55 ]

Esta quarta temporada de Star Trek: Voyager tem episódios muito bons e episódios muito ruins. Uma história que eu achei bem interessante aparece no episódio duplo The Year of Hell. Uma nave comandada pelo cientista Annorax (interpretado pelo Kurtwood Smith, de RoboCop e Dead Poets Society) tem a capacidade de apagar da história, retroativamente, qualquer alvo que desejar, de um simples cometa até toda a população de um planeta, alterando assim o presente, já que o elemento eliminado deixa de ser causa de uma série de efeitos. Claro que os resultados de uma ação deste tipo são quase sempre imprevisíveis, porque a quantidade quase infinita de variáveis em jogo faz com que os cálculos sejam absurdamente complexos. A nave da capitã Janeway encontra a nave do capitão Annorax (um nome que imediatamente me faz lembrar do professor Aronnax de Vinte Mil Léguas Submarinas) e as coisas começam a correr muito mal para a Voyager, que entra no seu, como o título sugere, "ano infernal". Um dos detalhes bacanas desta história é que ela já tinha sido mencionada na temporada passada, quando a Kes vislumbrou um possível futuro onde ocorria realmente um year of hell começando com um ataque de torpedos chronoton (e um dos torpedos acaba alojado no casco da nave no mesmo lugar que tínhamos visto antes, mas agora quem vai lá examiná-lo é a Seven of Nine e não a Kes, que não está mais a bordo). A única coisa que me incomoda um pouco neste tipo de trama é que sabemos de antemão que no final vai ocorrer alguma mudança temporal para restaurar tudo à normalidade e eliminar os acontecimentos mais radicais da história, o que tira um pouco do impacto dramático. Mesmo assim, foi um episódio duplo bacana. Curiosidade: assim como em Before and After a viagem no tempo serviu para mudar o penteado da Kes, aqui aproveitaram também as peripécias cronológicas para mudar o penteado da Janeway, finalmente poupando-nos de ver aquele ninho de passarinho alienígena que ela levava na cabeça desde o início da série. #

[ 10:43 ]

Terminei a primeira aventura de Nethergate Resurrection, jogada com os romanos. O final é curiosamente diferente da maior parte dos jogos deste gênero, por não ter uma gigantesca batalha contra o übervilão e seus asseclas e também pelo tom agridoce do epílogo (afinal, sabemos o que vai acontecer com o império romano depois disso). Agora estou jogando a segunda aventura, com os celtas, que se passa nos mesmos lugares e aproximadamente ao mesmo tempo mas com resultados diferentes, principalmente por causa das reações distintas da população local em relação a romanos e celtas. #

sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

[ 19:30 ]

Sessão dupla em dvd. Primeiro, Eastern Promises (GB-EUA-Canadá, 2007), do David Cronenberg. Naomi Watts é a médica que vai investigar o passado de uma paciente misteriosa que morreu durante um parto, Viggo Mortensen é o motorista de um chefão do crime organizado russo. O roteiro do Steven Knight (de Dirty Pretty Things) é muito bom e a história se encaixa bem na exploração temática atual do David Cronenberg, funcionando como um bom segundo volume numa possível trilogia iniciada com A History of Violence. Interessante tanto visto de perto (os jogos de poder da organização criminal, a linguagem cifrada das tatuagens, etc) como de longe (as fronteiras entre mundos diferentes, os dilemas éticos em situações sem solução simples, etc). Depois assisti Slow Burn (EUA, 2005), escrito e dirigido pelo Wayne Beach. Claramente inspirado em The Usual Suspects mas com uma trama que nunca chega ao mesmo nível de engenhosidade e verossimilhança do original. A maior parte da ação é contada através flashbacks saídos de interrogatórios numa delegacia, e em vez do terrível Keyser Söze aqui o gênio do crime com identidade misteriosa é o esquivo Danny Ludden. O puzzle é razoavelmente bem montado mas as semelhanças com o filme do Bryan Singer são tantas e tão óbvias que Slow Burn perde muitos pontos no quesito originalidade. Ao menos o elenco é bom: Ray Liotta (de Goodfellas), Jolene Blalock (de Star Trek: Enterprise), LL Cool J (de Mindhunters), Chiwetel Ejiofor (de Serenity). #

[ 12:08 ]

Ontem, depois de confirmar que não tinha apoio suficiente, o republicano Mitt Romney anunciou o fim da sua campanha para a presidência dos EUA. E, para não deixar dúvidas que teria sido um péssimo presidente, fez um discurso assustadoramente obscurantista, preconceituoso, reacionário e ignorante. Disse, entre outras barbaridades, que a Europa está em decadência graças à falta de fé numa figura divina, às famílias que falharam, ao desrespeito à santidade da vida humana e à moralidade em colapso. Disse também que a cultura européia não passa de um complemento da vitalidade estadunidense. Atacou os candidatos democratas afirmando que se elegermos um deles estaremos contribuindo para uma rendição ao terrorismo. Atacou o casamento homossexual, a tolerância com a pornografia e a promiscuidade sexual. E, com uma ironia que certamente lhe escapou, terminou dizendo que o próximo presidente não pode recuar ao ser confrontado com o extremismo maléfico. Goodbye, mister Romney. Já vai tarde. #

[ 10:39 ]

Um bom episódio de Lost ontem à noite. Ainda sem muitas respostas e novamente com novos mistérios, mas mesmo assim um bom episódio. A introdução de quatro novos personagens sugere que teremos explicações em breve, e dá continuidade às brincadeiras onomásticas da série. A antropóloga Charlotte Staples Lewis (Rebecca Mader) tem o mesmo sobrenome e as mesmas iniciais do escritor C.S. Lewis, autor das Crônicas de Nárnia. O físico Daniel Faraday (Jeremy Davies) tem o mesmo sobrenome do físico Michael Faraday, que estudou, entre outras coisas, eletromagnetismo. O caçador de fantasmas Miles Straume (Ken Leung) tem um nome que se pronuncia "maelstrom", um poderoso redemoinho que se popularizou num conto do Edgar Allan Poe, A Descent into the Maelstrom. Para o piloto Frank Lapidus (Jeff Fahey) eu não descobri uma referência significativa (o único homônimo que conheço é o modista francês Ted Lapidus, e não acredito que exista alguma conexão entre os dois). E quem será o espião que o Ben diz ter ao seu serviço no navio cargueiro? Eu não me espantaria se fosse o Michael (especialmente porque o Harold Perrineau aparece nos créditos desta temporada e ainda não sabemos por onde ele anda). Detalhe mais interessante do episódio: o esqueleto do urso polar com coleirinha da DHARMA Initiative encontrado numa escavação arqueológica na Tunísia. #

quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008

[ 20:29 ]

Brincadeira interessante para descobrir qual o candidato a presidente dos EUA tem idéias mais parecidas com as suas: Candidate Match Game. Segundo eles, o meu candidato deveria ser o Kucinich, que nem está mais na corrida. (Achei o link no LLL.) #

[ 20:11 ]

Terminei The Collected Stories of Vernor Vinge. O último conto, Fast Times at Fairmont High, é o mais longo e um dos melhores do livro, e recebeu o prêmio Hugo de melhor novela curta de 2002. A trama em si é fraca (pouco mais que alguns adolescentes fazendo um trabalho escolar), mas o interesse está na ambientação num futuro próximo onde a tecnologia de informação parece acessível a todos, com comunicação em rede e realidade virtual como extensões do corpo humano (através de computadores instalados em objetos de uso diário como roupas ou lentes de contato). O autor leva a extremos algumas idéias que já nos são familiares, como a forte presença da indústria do entretenimento na economia mundial (entre os grandes estúdios de cinema interativo é citado o sugestivo Spielberg/Rowling) e as crianças se adaptando à nova tecnologia num ritmo muito mais acelerado que o da geração anterior (as empresas monitoram regularmente trabalhos escolares e recrutam alunos da escola secundária). O conto apresenta tantas idéias sobre essa sociedade futurista que poderia facilmente render um livro mais longo se tivesse também uma história mais forte. #

quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008

[ 15:42 ]

Sessão dupla em dvd. Primeiro assisti The Kingdom (EUA-Alemanha, 2007), do Peter Berg, com agentes do FBI investigando um ataque terrorista numa base dos EUA na Arábia Saudita. Mistura trama policial, cenas de ação e intriga política, com um competente trio central: Jamie Foxx (Oscar por Ray), Chris Cooper (Oscar por Adaptation) e Jennifer Garner (Golden Globe por Alias). O filme tem um lado bom, integrando a história no conturbado cenário político do Oriente Médio e levantando questões importantes (por exemplo, o envolvimento dos sauditas no terrorismo islâmico, geralmente ignorado na mídia estadunidense), e tem um lado ruim, apresentando heróis pistoleiros que vão lá em outro país resolver os problemas que os nativos não querem ou não conseguem resolver. Depois vi The Last Legion (GB-Itália-França-Eslováquia, 2007), do Doug Lefler, com legionários romanos e druidas celtas defendendo o último imperador, o menino Romulus Augustus. O roteiro (baseado num livro do arqueólogo italiano Valerio Massimo Manfredi) junta alguns fatos históricos (o fim do império romano, o desaparecimento da nona legião, o destino incerto do Romulus Augustus) com alguns elementos mitológicos (as lendas arturianas, a espada Excalibur, o mago Merlin) e cria conexões engenhosas numa aventura sem qualquer compromisso com a realidade. No elenco, Colin Firth (de Love Actually), Ben Kingsley (de House of Sand and Fog) e Kevin McKidd (de Journeyman). #

[ 13:49 ]

Som do dia: The Cramps. Ainda na onda do psychobilly, lembrei dos Cramps, mais uma banda que eu não sabia que podia ser considerada representativa do gênero mas muita gente lista como tal. A primeira vez que ouvi The Cramps foi numa festa em Madrid no início dos anos oitenta, com Surfin' Bird (que eu só conhecia na versão dos Ramones e nem sabia que era um original dos Trashmen). Aí fui procurar mais coisas deles e gostei, mas acho que o último álbum que ouvi foi Bad Music for Bad People (1984). Agora estou navegando pela discografia inteira, de Gravest Hits (1979) a How to Make a Monster (2004). #

[ 12:13 ]

Os personagens com nomes de pensadores famosos na série Lost são pistas para desvendar o mistério ou brincadeiras inconseqüentes dos roteiristas? Lost in Political Philosophy. #

terça-feira, 05 de fevereiro de 2008

[ 16:25 ]

Filminho simpático sobre o ciclo de extração, produção, distribuição, consumo e eliminação: The Story of Stuff, da Annie Leonard. #

[ 10:11 ]

Comecei a assistir a quarta temporada de Star Trek: Voyager. Eu tinha dito que gostaria de ver mudanças na tripulação e foi exatamente isso que aconteceu, mas não como eu imaginava. Para mim, o personagem mais facilmente dispensável era o Harry Kim (Garrett Wang), que funciona basicamente como um eterno camisa vermelha, servindo sempre de vítima para mostrar aos espectadores que a situação é grave. Quem se despediu da Voyager, porém, foi a alienígena Kes (Jennifer Lien), numa história que me pareceu um pouco forçada (ela subitamente começa a se transformar numa criatura com extraordinários poderes mentais e resolve se separar da tripulação para evitar acidentes, já que sua evolução pode causar instabilidade na matéria ao seu redor e eventualmente destruir a nave). Não sei se foi uma decisão da atriz de deixar a série (como já tinha feito a Denise Crosby em The Next Generation) ou se os produtores estavam só abrindo espaço para novos personagens, mas não vou me queixar da troca, já que a nova tripulante da Voyager é a ex-borg Seven of Nine, interpretada pela escultural Jeri Ryan, o que deve introduzir novas e intressantes variáveis temáticas. #

[ 09:25 ]

Som do dia: Ol' Yellow Eyes Is Back, álbum raro do Brent Spiner (o Data de Star Trek: The Next Generation) com canções dos anos trinta e quarenta. O disco, que tem participação de outros atores da série (Patrick Stewart, LeVar Burton, Michael Dorn, Jonathan Frakes), foi recentemente liberado na rede pelo blogueiro Andy Baio. #

segunda-feira, 04 de fevereiro de 2008

[ 09:26 ]

Mais uma segunda-feira... #

domingo, 03 de fevereiro de 2008

[ 23:12 ]

Domingão de Super Bowl, com uma ótima partida onde os New York Giants conquistaram a merecida vitória no último minuto, mostrando aos favoritos New England Patriots que invencibilidade é um mito. A Alicia Keys se apresentou antes do jogo e o Tom Petty no intervalo, com shows bacaninhas mas longe da vibração causada pelo Prince no ano passado. #

[ 11:54 ]

Comecei a ler a série em quadrinhos Les 7 Vies de l'Épervier (As 7 Vidas do Gavião), com roteiro do Patrick Cothias e arte do André Juillard. São sete álbuns, publicados entre 1983 e 1991, contando a história de um vingador mascarado na França do século XVII. #

[ 10:57 ]

Som do dia: Moment of Forever, o novo álbum do Willie Nelson, que continua em boa forma aos 75 anos de idade. "Gravedigger / When you dig my grave / Could you make it shallow / So that I can feel the rain" (Gravedigger, do Dave Matthews). #

[ 10:48 ]

Mais um bom vídeo do Pat Condell: God, the psycho. #

sábado, 02 de fevereiro de 2008

[ 15:43 ]

Assisti em dvd The Handmaid's Tale (EUA-Alemanha, 1990), do Volker Schlöndorff (Palma de Ouro em Cannes por O Tambor), baseado no livro homônimo da Margaret Atwood. Distopia pesada, com um futuro dominado por fascistas cristãos que mantêm em regime de servidão as poucas mulheres que ainda são férteis. O filme oferece menos detalhes que o livro e diverge em alguns aspectos da história, mas o roteiro do Harold Pinter (ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2005) consegue passar o mesmo clima de pesadelo do original. O elenco tem Natasha Richardson, Faye Dunaway, Aidan Quinn e Robert Duvall. The Handmaid's Tale faria uma boa (apesar de deprimente) sessão dupla com Children of Men. #

[ 15:23 ]

Das cavernas aos computadores: The History of Visual Communication. #

[ 11:21 ]

Partidários do Barack Obama lançaram ontem o melhor vídeo que já vi promovendo um candidato a presidente: Yes We Can. A direção é do Jesse Dylan (filho do Bob), e participam, entre outros, Scarlett Johansson, John Legend, Herbie Hancock, Kate Walsh e Kareem Abdul Jabbar. #

sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008

[ 15:04 ]

Sessão dupla em dvr com o Steve Martin. Primeiro revi All of Me (EUA, 1984), do Carl Reiner, que não é exatamente o tipo de comédia que eu gosto mas tem algumas cenas bem engraçadas. O Steve Martin perdendo o controle de metade do seu corpo para a Lily Tomlin provocou risadas suficientes para que os dois fossem indicados ao Golden Globe naquele ano. Curiosidade: foi neste filme que o Steve Martin conheceu a Victoria Tennant, com quem se casou pouco depois. Revi também Pennies from Heaven (EUA, 1981), do Herbert Ross, que é um cruzamento estranho de drama deprimente com musical otimista. Para mim o filme funcionaria muito melhor se ficasse somente com a parte realista da narrativa e seu tom quase fassbinderiano. Curiosidade: algumas cenas reproduzem quadros famosos da época, do Edward Hopper (New York Movie e Nighthawks) e do Reginald Marsh (Hudson Bay Fur Company e Twenty Cent Movie). #

[ 10:35 ]

Ontem, depois de Lost, a ABC exibiu uma nova série, Eli Stone, protagonizada pelo Jonny Lee Miller (de Byron). O episódio começou com um par de idéias interessantes, foi ficando bobinho, e acabou se revelando como uma enorme bobagem mística, algo no estilo daquelas séries antigas com anjos que consertavam a vida de uma pessoa em cada semana. Triste. #