sábado, 31 de maio de 2008

[ 20:58 ]

Balanço de maio: assisti 15 filmes e 40 episódios de séries de tv, li dois livros, visitei nove exposições de arte, fui a uma palestra (Bülent Atalay), um show de jazz (Wynton Marsalis) e um evento ao ar livre (Potomac Bonsai Festival). Só. #

[ 15:16 ]

Sessão dupla em dvd com o Philip Seymour Hoffman. Primeiro, The Savages (EUA, 2007), da Tamara Jenkins. Drama familiar com um casal de irmãos enfrentando a doença do pai idoso, demência senil. Interpretações excelentes do Philip Seymour Hoffman e da Laura Linney num roteiro que consegue encontrar alguns sorrisos no meio de uma história extremamente triste. O tom me lembrou um pouco filmes como About Schmidt e Sideways, e não foi surpresa descobrir que o Alexander Payne, diretor de ambos, foi um dos produtores de The Savages. Depois, Before the Devil Knows You're Dead (EUA-GB, 2007), do Sidney Lumet. Os irmãos Philip Seymour Hoffman e Ethan Hawke planejam um assalto sem pensar bem nas conseqüências e acabam envolvidos numa vertiginosa reação em cadeia. A trama tem um pouco de melodrama almodovariano e um pouco de thriller tarantinesco, e esta combinação insólita acaba produzindo um resultado muito interessante. Aparecem também o Albert Finney (septuagenário e ainda em boa forma dramática) e a Marisa Tomei (quarentona e em excelente forma dramática e física, sem medo de se mostrar nua num par de cenas). #

sexta-feira, 30 de maio de 2008

[ 20:22 ]

Vinho da noite: Burley Fox Shiraz 2006. Australiano. Suave e afrutado. #

[ 20:14 ]

Ilustrações bacanas: Jimmy Pickering. #

[ 07:37 ]

Belo episódio (duplo) no final de temporada (a quarta) de Lost ontem. Várias perguntas respondidas (quem estava no caixão? o que era a Orchid Station? como os Ocean Six foram resgatados? etc), novos mistérios apresentados (por que a Charlotte e o Miles preferiram ficar na ilha? o que aconteceu com o Faraday? para onde foi a ilha? etc), e uma mudança de rumo na trama (depois de muito tempo acompanhando as tentativas de sair da ilha, agora aparentemente vamos acompanhar as tentativas de voltar para a ilha). Gostei. #

quinta-feira, 29 de maio de 2008

[ 07:38 ]

Na segunda e na terça-feira, assisti no canal A&E a mini-série The Andromeda Strain, dirigida pelo Mikael Salomon, baseada no livro homônimo do Michael Crichton. Já não me lembro dos detalhes da versão cinematográfica de 1971, dirigida pelo Robert Wise, mas acho que a trama é aproximadamente a mesma com exceção da origem e do destino do organismo Andrômeda. Para uma produção assinada pelos irmãos Ridley Scott (Blade Runner) e Tony Scott (Enemy of the State), eu esperava muito mais. O roteiro monta a situação com alguma habilidade mas depois encadeia uma série de cenas apressadas para resover tudo. Os efeitos visuais são pobres, com chamas e aves que não se encaixam bem nas cenas, por exemplo. O elenco está cheio de nomes de segunda linha: Benjamin Bratt (de Catwoman), Rick Schroder (o menininho chorão de The Champ), Christa Miller (de Scrubs), Daniel Dae Kim (de Lost), Eric McCormack (de Will & Grace). Fraca. #

[ 07:10 ]

Ótimas caricaturas: Tiago Hoisel. #

[ 07:06 ]

Pinturas bacanas: Michael Cheval. #

[ 06:56 ]

Comprei um brinquedinho novo: uma Coolpix S210 azul, a menor câmara da Nikon que encontrei. A idéia é ter sempre uma câmara fotográfica na mão, para registrar cenas do cotidiano sem pretensões artísticas, e não ter que carregar a minha Nikon D200, muito maior e mais pesada. #

quarta-feira, 28 de maio de 2008

[ 18:00 ]

46 #

terça-feira, 27 de maio de 2008

[ 20:15 ]

Reinventando o auto-retrato: Arno Rafael Minkkinen. "I consider myself to be a documentary photographer. If you see my arms coming up from under the snow, I am under the snow." #

[ 20:09 ]

Movimento representado em esculturas: Human Motions. #

[ 20:06 ]

Mestre na arte do retoque fotográfico digital: Ricardo Salamanca. #

[ 19:59 ]

Como vencer no jogo Banco Imobiliário: Monopoly Strategy Guide. #

segunda-feira, 26 de maio de 2008

[ 21:48 ]

Fechando o meu ciclo de xadrez no cinema, assisti em dvd The Luzhin Defence (GB-França, 2000), da Marleen Gorris. Baseado no livro do Vladimir Nabokov, o filme conta a história do gênio do xadrez Aleksandr Ivanovich Luzhin (John Turturro) tentando encontrar algum tipo de equilíbrio entre o mundo dos tabuleiros e uma vida normal. Ele disputa o campeonato mundial contra o mestre italiano Salvatore Turati (Fabio Sartor), se apaixona pela riquinha Natalia Katkov (Emily Watson), relembra a infância e os primeiros passos no xadrez com a tia Anna (Orla Brady), reencontra o velho mentor Leo Valentinov (Stuart Wilson), e passa a maior parte do tempo desconectado da realidade, irremediavelmente acompanhando os peões, as torres e as damas que se movem na sua mente. Um drama interessante, com os personagens ao redor de Luzhin influenciando sua vida como peças de xadrez determinando o resultado de uma partida. Gostei. Curiosidade: quem conhece xadrez pode acompanhar claramente o jogo final entre os dois mestres, com um engenhoso sacrifício de torre (a partida é recriada no artigo In Search of Luzhin's Defence, não recomendado para quem não viu o filme porque revela o fim da história). #

[ 21:13 ]

Pequeno upgrade no meu Mac Pro: hoje instalei mais memória (passando de 1 Gb para 3 Gb), um wireless mouse (porque continuo preferindo trabalhar com dois botões) e o Aperture 2 (para começar a organizar as minhas fotos). #

[ 10:25 ]

Comecei a ler Amphigorey Also (Harvest, 1983), com dezessete opúsculos do Edward Gorey, o terceiro volume na coleção. #

[ 09:37 ]

Ilustrações bacanas: Christopher Haines. #

[ 09:35 ]

Ilustrações bacanas: Juan Carlos Federico. #

[ 09:33 ]

Ilustrações bacanas: Alexander Jansson. #

domingo, 25 de maio de 2008

[ 15:08 ]

Em dvd, assisti mais dois filmes envolvendo o jogo de xadrez. Final Move (EUA, 2006), do Joey Travolta, tem um serial killer que mata seguindo os movimentos de uma partida de xadrez que ele joga por telefone com um policial possuidor de percepção extra-sensorial. Sim, a trama é tão ridícula quanto parece, agravada por diálogos toscos e interpretações rasas. David Carradine aparece rapidamente como o novo capitão da polícia que diz "olá, eu sou o novo capitão da polícia". Péssimo. Night Moves (EUA, 1975), do Arthur Penn, tem um ex-jogador de futebol que agora é detetive (Gene Hackman, sempre capaz de oferecer uma interpretação interessante) contratado para encontrar e trazer para casa uma adolescente desaparecida (Melanie Griffith, em sua estréia oficial aos dezoito aninhos). A trama é sinuosa e a conexão com o xadrez é tênue: o protagonista gosta de jogar sozinho nas horas vagas. Razoável. #

[ 14:43 ]

Terminei de ler Amphigorey Too (Perigee, 1975), do Edward Gorey. O mesmo estilo vitorianamente absurdista do volume anterior, visualmente caprichado e intensamente imaginativo. Minhas histórias preferidas foram The Chinese Obelisks (apresentada em rascunho e em versão final) e The Untitled Book (com palavras inventadas, como oxiborick, saragashum e ipsifendus). #

sábado, 24 de maio de 2008

[ 18:08 ]

Operações matemáticas com imagens, resultando em logotipos: Logólogos. #

[ 18:06 ]

Bichinhos estranhos, em óleos e aquarelas: Scott Musgrove. #

[ 18:02 ]

Comecei a ler A Clash of Kings (Bantam, 1998), o segundo volume da série de fantasia épica A Song of Ice and Fire, do George R.R. Martin. #

sexta-feira, 23 de maio de 2008

[ 22:18 ]

Sessão dupla em dvd com filmes sobre xadrez. Knights of the South Bronx (EUA, 2005), do Allen Hughes, conta a história de um grupo de crianças pobres que, graças a um novo professor, toma gosto pelo jogo e acaba fazendo sucesso inesperado numa competição estudantil. A apresentação é um pouco ingênua, tanto em termos narrativos (um exagero de fade outs que chega a incomodar) como na própria idéia central (de que bastaria oferecer oportunidades para crianças desprivilegiadas para que elas superem qualquer obstáculo). O elenco tem alguns rostos conhecidos de séries de televisão: Ted Danson (o Sam de Cheers), Malcolm David Kelley (o Walt de Lost) e Kate Vernon (a Ellen Tigh de Battlestar Galactica). Headspace (EUA, 2005), do Andrew van den Houten, parecia ter uma premissa interessante envolvendo um mistério familiar, o jogo de xadrez, e visões que poderiam ser sintoma de instabilidade mental ou contato com outras dimensões. Mas, infelizmente, o roteiro é bobinho e cheio de cenas pouco convincentes (a conversa com o padre Udo Kier, por exemplo) e mal encaixadas (o prólogo que não combina com o epílogo, por exemplo). Muito fraco. #

[ 22:01 ]

Robert De Niro e Al Pacino estarão juntos novamente em Righteous Kill, com estréia marcada para setembro. Gostei do que o De Niro diz no trailer: "You don't become a cop because you want to serve and protect. Anybody who believes that is an idiot. You do it because you get respect. Because they let you carry a gun and a badge. Most people respect the badge. Everybody respects the gun." #

quinta-feira, 22 de maio de 2008

[ 12:59 ]

Fotos bacanas de lesmas marinhas coloridas: Toxic Nudibranchs. #

[ 12:56 ]

É sempre bom ter um insulto extravagante guardado para um momento de necessidade. Aqui vai uma pequena coleção: The 9 Most Devastating Insults From Around the World. #

quarta-feira, 21 de maio de 2008

[ 21:21 ]

Assisti em dvd Hatley High (Canadá, 2003), do Phil Price. Aquela velha história do aluno novo que chega numa escola de segundo grau e tem que manobrar para se encaixar na estrutura social local, que inclui o capitão da equipe de futebol, a cheerleader e os nerds, com a diferença que aqui, em vez de futebol, o esporte é o xadrez. A idéia não é muito boa, mas o tratamento faz com que se torne ainda pior. O filme varia entre o fraco e o ridículo. O diretor poderia ao menos ter pesquisado alguma coisa sobre xadrez, para evitar bobagens como campeonatos com peças coloridas e cintilantes ou jogadores supostamente fortes abrindo partidas com o peão da torre. #

terça-feira, 20 de maio de 2008

[ 21:03 ]

Vinho da noite: Villagiachi Chianti 2006. Italiano. Leve e aromático. #

[ 20:55 ]

Joguinho interessante, mostrando os problemas dos pequenos agricultores africanos: 3rd World Farmer. #

[ 07:23 ]

Terminei de ler A Game of Thrones (Bantam, 1996), o primeiro volume da série de fantasia épica A Song of Ice and Fire, do George R.R. Martin. Muito bacana. Gostei do mosaico de personagens, das intrigas políticas, da quase ausência de elementos mágicos (ao menos neste primeiro volume, que tem somente aparições rápidas de mortos-vivos e de dragões, mas imagino que estes elementos se tornem mais importantes nos próximos livros). E gostei principalmente de ver uma fantasia épica de fôlego sem aquele desgastado pano de fundo da luta do bem contra o mal. Aqui a motivação de cada personagem varia de acordo com seus interesses pessoais e suas próprias normas de conduta, sem maniqueismos. Agora vou só dar uma respiradinha depois das 726 páginas de A Game of Thrones e já mergulho nas 760 páginas de A Clash of Kings. #

segunda-feira, 19 de maio de 2008

[ 20:52 ]

Assisti em dvd mais um filme sobre xadrez, Uncovered (GB-Espanha, 1994), do Jim McBride. O livro do Arturo Pérez-Reverte, La Tabla de Flandes, é muito bom, uma das melhores histórias criminais que li nos anos noventa, mas esta adaptação cinematográfica não honra o original. A trama foi modificada para encaixar um personagem novo e um romancezinho sem graça. A trilha sonora é tão desconectada da história que parece ter sido surrupiada de outro filme. A direção é um pouco preguiçosa e por vezes privilegia mais os pontos turísticos de Barcelona que a própria narrativa. A única coisa que se salva é o mistério central (mesmo assim um pouco estragado pela falta de finesse do roteiro) e a bonitinha Kate Beckinsale (com cabelos curtinhos e um par de generosas cenas de nudez). Prefira o livro. #

domingo, 18 de maio de 2008

[ 20:48 ]

A revista New Yorker lista cem álbuns essenciais numa coleção de jazz: 100 Essential Jazz Albums. #

[ 20:44 ]

Junte os cubinhos e crie sua ilustração isomórfica: Cubescape. #

[ 20:40 ]

Já perdi a conta de quantas vezes presenciei discussões sobre o Albert Einstein ter acreditado ou não em deus. Agora descobriram uma carta do cientista datada de 1954 (pouco mais de uma ano antes da sua morte) que deve colocar um ponto final nos debates: Einstein letter shows disdain for religion. Entre outras coisas, ele diz: "The word god is for me nothing more than the expression and product of human weakness, the Bible a collection of honourable, but still primitive legends which are nevertheless pretty childish." #

sábado, 17 de maio de 2008

[ 22:34 ]

Depois da caminhada artística, nos entregamos a um saboroso jantar no Café Saint-Ex. Comi um belo filé acompanhado de uma taça de Reflection Pinot Noir 2004. Supimpa. #

[ 22:31 ]

Hoje fui visitar várias exposições, junto com a Carol, o Michael e o pai do Michael. O evento chama-se Open Studios e é promovido pelo grupo Mid City Artists, uma associação de artistas localizados entre Dupont Circle e Logan Circle. A caminhada nos levou a uma dúzia de estúdios e galerias, com pinturas, gravuras, esculturas, colagens e outras técnicas: a matisseana Betsy Karasik (o site dela é feinho mas alguns quadros são bem bacanas, particularmente o retrato de Eva), a Sondra Arkin (obviamente influenciada pelo Mark Rothko), o Nicolas Shi (viciado em filtros do Photoshop), a Karen Hubacher (combinações interessantes de textura e estrutura feitas em collagraphy), o Joan Belmar (que consegue efeitos muito interessantes com transparências e círculos de tiras de papel), o mirobauhausiano Rod Glover (alguns dos seus trabalhos têm claras influências do Miró, outros parecem homenagens diretas ao Lissitzky), o transferista Brian Petro (a técnica de polymer transfer produz resultados muito interessantes), o fotógrafo Colin Winterbottom (ótimo uso de branco e preto, e curiosamente algumas fotos que lembram a minha série Stone People), a Regina Miele (gostei da técnica da pintura a óleo mas não dos temas que ela explora), o dominicano Peter Alexander Romero (as pinturas tinham cores muito exageradas para o meu gosto, as esculturas eram bem mais interessantes, especialmente a série inspirada na vida marinha), e a holandesa Tanja Bos (uma das artistas que mais gostei, com paisagens tristes e minimalistas). E foi tudo que conseguimos ver somente numa tarde. #

sexta-feira, 16 de maio de 2008

[ 12:34 ]

Robozinhos feitos com pedaços de traquitanas abandonadas: Robots. #

[ 12:32 ]

Um weblog só sobre ampersands, exemplo de extrema especialização: The Ampersand. #

[ 12:29 ]

Fotos com exposição longa e pessoas em movimento: Alexey Titarenko. #

quinta-feira, 15 de maio de 2008

[ 21:46 ]

Assisti em dvr Five Easy Pieces (EUA, 1970), do Bob Rafelson. Um pianista deixa para trás a família de músicos endinheirados e vai trabalhar como operário e morar com uma namorada de classe baixa. Uma visita ao pai e ao irmãos reacende o conflito interior entre os dois modos de vida. A história é toda muito lenta, difusa e tortuosa, quase dando a impressão que o roteiro foi improvisado durante as filmagens. As interpretações são boas, principalmente do Jack Nicholson e da Karen Black nos papéis principais (os dois foram indicados ao Oscar), mas não salvam Five Easy Pieces. Fraco. #

[ 10:19 ]

Mashup natural: erupção vulcânica + descarga elétrica. #

quarta-feira, 14 de maio de 2008

[ 22:20 ]

Dia de proezas desportivas. Na hora do almoço, todo o pessoal do escritório foi jogar boliche no Lucky Strike. Eu, novato, fui junto. Comecei mandando duas bolas para a calha lateral, mas após mais algumas tentativas, para surpresa de todos (inclusive minha), acabei conseguindo fazer três strikes. Depois do expediente, fui jogar sinuca com o Rich no Buffalo Billiards. Já estou um pouco melhor, mas ainda falta muito para voltar ao velho ritmo. Talvez eu nunca mais chegue ao mesmo nível de quando morava em Lisboa e jogava duas ou três noites todas as semanas, porém já fico contente se der uma pequena melhorada. O importante é que me diverti, tanto no boliche como na sinuca, independentemente dos resultados. #

terça-feira, 13 de maio de 2008

[ 22:06 ]

Hoje fui ao auditório da National Geographic Society ver uma palestra do Bülent Atalay, autor dos livros Math and the Mona Lisa e Leonardo's Universe. Um velhote simpático, professor de física e também desenhista e gravurista, ele falou com paixão sobre a genialidade e sobre a originalidade do Leonardo da Vinci, com digressões sobre Fibonacci, Beethoven, Pitágoras, Newton, e várias outras figuras importantes das artes e das ciências. Bacana. #

segunda-feira, 12 de maio de 2008

[ 23:04 ]

Cheguei agora do Uptown Theater, aquele cinema aqui perto de casa com uma tela de doze metros de altura por vinte e um metros de largura, onde fui assistir Iron Man (EUA, 2008), do Jon Favreau. Boa diversão, com múltiplas piscadas de olho para os fãs dos quadrinhos (incluindo várias portas abertas para novos episódios) e com trilha sonora muito bem escolhida (incluindo Black Sabbath, AC/DC, e até um pedacinho da música dos desenhos animados). O elenco é bom, e nos quatro papéis principais (Robert Downey Jr, Terrence Howard, Jeff Bridges, Gwyneth Paltrow) eu contei sete indicações ao Oscar (só a Gwyneth ganhou uma estatueta) e oito indicações ao Golden Globe (a Gwyneth levou um troféu e o Downey levou outro). O roteiro é competente, sem muitas surpresas mas sem se perder em grandes bobagens (não escapa, porém, de bobagens menores, como o vilão que aprende quase instantaneamente a usar um equipamento sofisticado que o próprio inventor teve que treinar durante um bocado de tempo para controlar). Melhor que Spider-Man, melhor que Batman Begins, melhor que Superman Returns, mas sem o mesmo impacto do Batman do Tim Burton. #

domingo, 11 de maio de 2008

[ 20:41 ]

Assisti em dvd Fresh (EUA, 1994), escrito e dirigido pelo Boaz Yakin. A história começa como drama de denúncia social e depois envereda por uma engenhosa trama de artimanhas criminais. O jogo de xadrez está presente não só como hobby do menino-protagonista Fresh, interpretado pelo estreante Sean Nelson, mas também como metáfora para a sua forma de enfrentar os problemas que encontra. Filme bacana, seria um pouco melhor se não fosse por alguns atores secundários um bocado fracos (principalmente os amiguinhos do Fresh). Em compensação, temos boas atuações do Giancarlo Esposito (de The Usual Suspects) e do Samuel L. Jackson (de Pulp Fiction). Curiosidade: em Searching for Bobby Fischer o Ben Kingsley interpreta o enxadrista Bruce Pandolfini, que não gosta que seu discípulo dispute partidas rápidas com jogadores de rua; em Fresh o Samuel L. Jackson é um jogador de rua, que diz ter vencido o Bruce Pandolfini numa partida rápida. Melhores frases, ambas do Jackson: "Anything lost can be found again, except for time wasted." e "Your queen is just a pawn with some fancy moves, nothing more." #

sábado, 10 de maio de 2008

[ 15:39 ]

Terminei de assistir a sétima e última temporada de Star Trek: Voyager. Se uma Janeway incomoda muita gente, duas Janeways incomodam muito mais. Isso mesmo, o episódio final tem duas versões da megera, uma como capitã no presente, outra como almiranta no futuro, e ambas possuem a mesma personalidade odiosa, mistura de ditadora de republiqueta subdesenvolvida com diva de ópera em decadência. Pior que isso, o roteiro copia sem pudores a idéia do episódio final de Star Trek: The Next Generation, mostrando o futuro (ou um dos possíveis futuros) de cada um dos personagens principais da série. E não foi a primeira vez que os roteiristas recorreram à pilhagem. O episódio Author, Author, por exemplo, sobre um holograma (The Doctor) ter direito ou não de ser considerado legalmente uma pessoa, explora exatamente a mesma questão debatida em The Measure of a Man, sobre um andróide (Data) ter direito ou não de ser considerado legalmente uma pessoa. Outra recorrência incômoda nesta última temporada é a modificação abrupta da personalidade de alguns personagens para se encaixarem em histórias que de outra forma não fariam muito sentido. No já citado Author, Author, o doutor assume um comportamento infantil e irresponsável que contradiz tudo o que havia demonstrado no episódio Living Witness, na quarta temporada. Em Human Error colocam a pobre Seven of Nine num romancezinho absurdo que só serve como preparação para o final da temporada. Dá um certo alívio ver que a série acabou antes que pudessem estragar ainda mais os poucos elementos interessantes da trama. Voyager terminou como começou: medíocre. #

sexta-feira, 09 de maio de 2008

[ 22:15 ]

Vinho da noite: Lindemans Bin 50 Shiraz 2005. Australiano. Suave e sutil. #

[ 12:39 ]

Passei para o segundo volume da série do Edward Gorey, Amphigorey Too (Perigee, 1975), que compila vinte opúsculos do autor. #

[ 12:33 ]

Fascinante: A 3D Exploration of Picasso's Guernica. #

quinta-feira, 08 de maio de 2008

[ 21:50 ]

Os playoffs da NBA estão ficando cada vez mais interessantes e acenando com a possibilidade de uma final disputada entre Los Angeles Lakers e Boston Celtics, rivais históricos. Nos anos sessenta, os Celtics do Bill Russell e do Bob Cousy dominaram a cena e conquistaram nove campeonatos (1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1966, 1968, 1969), vencendo os Lakers do Jerry West em seis finais. Nos anos oitenta, os Lakers do Magic Johnson e do Kareem Abdul-Jabbar levaram o título cinco vezes (1980, 1982, 1985, 1987, 1988), e os Celtics do Larry Bird e do Cedric Maxwell três vezes (1981, 1984, 1986). Seria bacana ver os verdinhos contra os amarelinhos novamente. #

[ 21:17 ]

Assisti novamente em dvd o simpático Searching for Bobby Fischer (EUA, 1993), do Steven Zaillian. A história é inspirada no início da carreira, aos seis anos de idade, do enxadrista Joshua Waitzkin, que se tornou mestre nacional aos treze anos e internacional aos dezesseis. Curiosamente, ele não chegou a conquistar o título de grande mestre e parece mais interessado agora em artes marciais, particularmente tai chi chuan, colecionando também troféus nacionais e internacionais. Mas nada disto está no filme, que se limita à fase em que ele descobriu o xadrez e venceu seus primeiros campeonatos. O roteiro gira em torno da idéia de equilíbrio: entre prazer e obrigação, entre empenho e diversão, e principalmente entre jogo tradicional e comedido do xadrez acadêmico e o jogo rápido e ousado do xadrez de rua. No elenco, Joe Mantegna, Joan Allen, Ben Kingsley e Laurence Fishburne, entre vários outros nomes bem conhecidos. "What is chess, do you think? Those who play for fun or not at all dismiss it as a game. The ones who devote their lives to it for the most part insist that it's a science. It's neither. Bobby Fischer got underneath it like no one before and found at its center, art. I spent my life trying to play like him. Most of these guys have. But we're like forgers. We're competent fakes." #

quarta-feira, 07 de maio de 2008

[ 23:18 ]

Cheguei agora do Kennedy Center, onde fui assistir a apresentação do Wynton Marsalis com sua banda. Ele veio acompanhado de piano, baixo, bateria, cinco saxofones, três trombones e três trompetes. Com o trompete do Wynton, eram quinze instrumentos despejando um jazz cheio de influências eruditas e com alguns tons ibéricos. Tocaram Thelonious Monk, tocaram Duke Ellington, e tocaram várias composições do próprio Marsalis. Belo show. #

terça-feira, 06 de maio de 2008

[ 21:12 ]

O site Artocracy, do qual participo desde 2005 com algumas modestas fotos, recebeu o Webby People's Voice Award for Best Art Website. Congratulations! #

[ 20:57 ]

Ontem fui à festa que a Case Foundation organizou no Gaylord National Resort Hotel and Convention Center para os participantes da conferência promovida pelo Council on Foundations. O hotel é imponente, na margem leste do Potomac, com vista para Alexandria do outro lado do rio. O tema da festa era New Leaders and New Technologies Changing the Face of Philanthropy e, em meio a muitos computadores com demonstrações de projetos filantrópicos usando a internet como plataforma, foram servidos hambloggers, wikisticks e user-generated mac'n'cheese. Apesar dos nomes estranhos, os quitutes eram bem saborosos. #

domingo, 04 de maio de 2008

[ 23:47 ]

Recebi agora a notícia que o meu amigo Tuio Becker morreu no início deste mês, depois de ter passado os últimos anos sob os efeitos do mal de Alzheimer. O Tuio foi, além de grande amigo, um dos meus mentores. Trabalhamos juntos numa agência de publicidade (com nossas mesas uma em frente à outra convidando a conversas intermináveis sobre filmes e livros), trabalhamos juntos em alguns projetos de crítica de cinema (incluindo o programa de rádio Cinema na Guaíba, onde eu o substituí um par de vezes quando saiu em férias), e trabalhamos juntos até mesmo em dois pequenos filmes (um deles o curta gaúcho A Divina Pelotense, do Sérgio Silva). É impossível contar quantas sessões de cinema assistimos juntos, e quantos debates entusiasmados tivemos depois das projeções. Eu poderia dizer que com ele aprendi uma nova maneira de pensar cinema, mas apesar de ser verdade seria também uma simplificação ridícula. As coisas que aprendi com o Tuio não cabem num post. #

[ 11:05 ]

Lembrete para mim mesmo: raspar a cabeça e sair caminhando sem boné num dia de sol não é uma boa idéia. #

[ 11:02 ]

Personagens durões do cinema: Toughest Movie Characters of All Times. Poderiam estar na lista também o John McClane (Die Hard) e o Bill Munny (Unforgiven). #

[ 10:49 ]

Caprichando nos insultos: 10 Insulting Words You Should Know. #

[ 10:47 ]

Weblogs dedicados a versões pouco lisonjeiras de personagens famosos: Bad Spock Drawings e Mickey Feio. #

sábado, 03 de maio de 2008

[ 17:32 ]

Hoje fui ao National Arboretum ver o Potomac Bonsai Festival. O passeio começou com um erro de cálculo. Eu achava que uma rápida caminhada me levaria da estação de metrô mais próxima até o Arboretum, mas a distância era muito maior que eu previa e acabei andando mais de quatro quilômetros para chegar lá. E, numa feliz coincidência, antes mesmo que pudesse começar a arquitetar um plano para a volta, encontrei a Jade e o Jeff comprando bonsais na exposição, o que me garantiu uma carona e me poupou mais uma colossal caminhada. A visita ao festival foi ótima, principalmente porque o Arboretum tem um pequeno museu dedicado ao assunto, o National Bonsai & Penjing Museum. Vi bonsai de vários tipos, idades e procedências, e também penjing (precursor japonês do bonsai, que pode ser somente tree peijing, basicamente um bonsai, ou landscape peijing, elaboradas paisagens em miniatura incluindo pedra, água e pequenas construções), kusamono (uns vasinhos com arranjos de grama e musgo que acompanham os bonsai) e pedras ornamentais (suiseki do Japão e gongshi da China). As arvorezinhas têm placas indicando há quanto tempo são cultivadas (ou, para usar o termo correto, há quanto tempo estão "em treinamento"), e causa algum espanto ver que muitas delas são do século XIX, uma japanese red pine é de 1795, e uma japanese white pine é de 1625 (sim, a árvore anã vive em seu vaso há 383 anos). Uma tarde educativa e divertida. #

sexta-feira, 02 de maio de 2008

[ 07:31 ]

Assisti novamente em dvd The January Man (EUA, 1989), do Pat O'Connor. Por alguma razão obscura eu achava que o serial killer da história usava o tabuleiro de xadrez para escolher suas vítimas, mas na verdade as pistas escondidas faziam referência somente a mapas astronômicos e pautas musicais. Escolha equivocada para o meu ciclo de filmes sobre jogo de xadrez. Pior que isso, o filme todo é muito mais fraco que eu lembrava. O roteiro é um bocado simplório, a direção é frouxa e não sabe aproveitar o talento do ótimo elenco (Kevin Kline, Susan Sarandon, Alan Rickman, Mary Elizabeth Mastrantonio, Harvey Keitel, Danny Aiello, Rod Steiger), e a seqüência final é completamente apalhaçada. Não recomendo. #

quinta-feira, 01 de maio de 2008

[ 18:48 ]

Ótima palestra do Clay Shirky, em duas versões: Gin, Television, and Social Surplus (vídeo) e Gin, Television, and Social Surplus (transcrição). #

[ 18:44 ]

Som do dia: She & Him, indie-folk-rock-alt-country duo com a Zooey Deschanel e o M. Ward. #

[ 18:42 ]

Neste mês comemoramos os quarenta anos do Maio de 68. Soyons realistes, demandons l'impossible! #