domingo, 31 de maio de 2009

[ 23:29 ]

Balanço de maio: assisti 13 filmes e uns 10 episódios de séries de tv, completei um jogo novo no Mac (Geneforge 5: Overthrow), assisti 3 peças teatrais (Arcadia, Waiting for Godot, Exit the King) e 3 espetáculos musicais (Stomp, Hair, Blue Man Group), li 2 livros (A Fire Upon the Deep, Snowcrash) e 1 álbum em quadrinhos (Serenity: Better Days), fui a 1 conferência (6th Annual Games for Change Festival), visitei 4 museus e umas 10 galerias de arte, e fiz uma viagem (New York). #

[ 22:56 ]

Cheguei agora do Astor Plaza Theatre, onde fui assistir o show do Blue Man Group. Gostei das partes musicais, uma batucada poderosa com acompanhamento techno e tratamento visual bacana, mas achei bobinhas as partes supostamente cômicas. Para mim o espetáculo seria muito melhor se tivesse mais música e menos pantomima. O Astor Plaza Theatre foi onde o show começou e está em cartaz desde 1991. #

[ 17:10 ]

Terminei Snow Crash, do Neal Stephenson. Interessante notar que, na primeira vez que li, o universo virtual do livro, o metaverse, parecia um grande salto de imaginação. Agora, é um ambiente tão familiar como Second Life ou Worlds of Warcraft. É por coisas assim que o Stephenson é chamado de visionário. Mas o melhor do livro não são os avanços tecnológicos (a internet imersiva, as roupas inteligentes, os organismos biocibernéticos, etc) ou o novo cenário político (fragmentação nacional em pequenas cidades-estado anarco-capitalistas), mas uma história interessante (envolvendo o conceito de religião como vírus) e uma prosa vigorosa (coloquial, sarcástica e dinâmica). #

[ 16:52 ]

Aproveitando a manhã ensolarada, fui passear na Union Square e no Washington Square Park, praças onde os nativos tomam sol, vendem bugingangas, tocam instrumentos, e se refrescam perto das fontes. Eu tinha planejado andar mais que isto, mas como estou completamente exausto das caminhadas dos últimos dias resolvi fazer somente mais uma parada antes de me atirar na cama do hotel. Logo aqui na esquina do Gershwin Hotel fica o Museum of Sex, um museuzinho simpático com várias exposições sobre o tema: The Sex Lives of Animals (curiosidades do mundo animal), Action (sexo no cinema), Sex Lives of Robots (esculturas cinéticas do Michael Sullivan, com robozinhos em permanente orgia), e Spotlight (peças da coleção permanente, incluindo obras de arte, cartões postais, vibradores, RealDolls, Tijuana bibles, e outros objetos). Bacaninha. #

sábado, 30 de maio de 2009

[ 23:54 ]

Depois dos museus ainda fui passear pelo Central Park, o que pode ter sido um erro porque andei muito e fiquei exausto. De lá fui direto (outra caminhada) para o Ethel Barrymore Theatre, onde assisti Exit the King. Eu já tinha visto outras peças do Eugène Ionesco, algumas mais de uma vez, mas esta para mim ainda era inédita. Dei sorte, porque se o texto não é tão bom como, por exemplo, A Cantora Careca, A Lição, ou Rinoceronte, o elenco é sensacional. Geoffrey Rush (Oscar por Shine, mais duas indicações por Shakespeare in Love e Quills, possivelmente mais conhecido como o capitão Barbossa de Pirates of the Caribbean) interpreta o rei Berenger, Susan Sarandon (Oscar por Dead Man Walking e mais quatro indicações, uma delas pelo famoso Thelma & Louise) interpreta a rainha Marguerite, Lauren Ambrose (da série Six Feet Under) interpreta a rainha Marie, William Sadler (de The Shawshank Redemption e The Green Mile) interpreta o médico, e dois atores que eu não conhecia são os mais engraçados da peça, Brian Hutchison como guarda e Andrea Martin como criada. #

[ 23:37 ]

Dia de visitar museus. Comecei com o Guggenheim Museum. O edifício é magnífico, mas a coleção me deixou decepcionado. Pouquíssimas obras em exibição e nada que seja imperdível. O quadro que mais gostei de ver foi Montagnes à Saint-Rémy, do Van Gogh, que me lembrou A Grande Onda de Kanagawa, do Hokusai. Talvez não seja coincidência, porque o Van Gogh era admirador de arte japonesa. Espalhada pelo corredores espiralados do museu havia uma retrospectiva do Frank Lloyd Wright, From Within Outward, com desenhos e maquetes do arquiteto que criou este prédio. Depois fui visitar o National Design Museum Cooper-Hewitt, onde vi as exposições Fashioning Felt (com peças de feltro, variadas e muito bacanas), Design for a Living World (com materiais naturais pouco usados por designers), e Doodle 4 Google (com desenhos de crianças reinterpretando o logotipo do Google). O último museu do dia foi o melhor, a Frick Collection, uma mansão enorme (talvez palácio seja um termo mais adequado) abrigando a coleçãozinha particular do magnata do aço Henry Clay Frick. Além de ter uma casa fenomenal em frente ao Central Park, ocupando um quarteirão inteiro e abrigando mobília da França, porcelanas da China, tapetes do Oriente Médio, e um pátio central do tamanho do meu apartamento, ele tinha ainda quadros de El Greco, Goya, Velázquez, Vermeer, Rembrandt, Ingres, Turner, Constable, Gainsborough, Whistler, e muitos outros nomes famosos. Recomendo a visita. #

[ 10:05 ]

Ontem fui ao Studio 54 assistir Waiting for Godot, do Samuel Becket. Eu já tinha lido a peça mais de uma vez mas ainda não a tinha visto no palco. O texto, é claro, ganha uma dimensão completamente diferente, especialmente com um elenco excelente como o desta montagem. Nathan Lane (de Birdcage) é Estragon, Bill Irwin (de Rachel Getting Married) é Vladimir, John Goodman (de The Big Lebowski) é Pozzo, John Glover (de Batman & Robin) é Lucky. Como se todos esses nomes famosos não fossem suficientes, sentou ao meu lado no teatro o Dylan Baker (de Happiness e da recente série de tv Kings). Waiting for Godot é talvez o maior clássico do teatro do absurdo, e provoca muitas discussões sobre seus possíveis significados. Um dia ainda vou escrever a minha própria interepretação do texto. #

sexta-feira, 29 de maio de 2009

[ 18:45 ]

O festival terminou cedo e tive tempo de dar uma caminhada por Chelsea e visitar várias galerias de arte, incluindo exposições do Stephen Shore (fotos do Andy Warhol e sua turma) e do David Poppie (que faz umas colagens bacanas com pedaços de lápis). Fui também ao Chelsea Art Museum, que fica num prédio estiloso mas abriga muitas obras contemporâneas de gosto duvidoso. Só gostei das esculturas do Jean Miotte, que lembram um pouco alguns trabalhos do Miró e do Ernst. #

[ 18:30 ]

O primeiro dia do 6th Annual Games for Change Festival me deixou um pouco decepcionado, com quase todas as palestras oscilando entre o óbvio e o irrelevante. As sessões de hoje foram bem melhores, felizmente, discutindo algumas idéias interessantes. Destaque para a conversa entre o Henry Jenkins, autor de Convergence Culture e Fans, Bloggers and Gamers, e o James Paul Gee, autor de What Video Games Have to Teach Us About Learning and Literacy e Why Video Games are Good for Your Soul, dois velhotes entusiasmados com jogos como The Sims e World of Warcraft. #

[ 07:46 ]

O show de ontem foi Hair, no Al Hirshfeld Theatre. Para quem já assistiu o filme do Milos Forman trocentas vezes desde a adolescência e sempre teve a trilha sonora na sua coleção de discos (em vinil ou acrílico), é emocionante assistir a peça que deu origem a isso tudo. Melhor que isso só mesmo voltando a 1967 para ver a versão original. Este elenco é todo muito bom, com destaque para os protagonistas Gavin Creel (Claude), Will Swenson (Berger), Caissie Levy (Sheila), e para a Sasha Allen (que tem um vozeirão bonito e já cantou com a Alicia Keys e a Christina Aguilera). No filme do Forman eu sempre achei que algumas canções não faziam sentido e não se encaixavam muito bem na história, e ontem entendi a razão: a versão cinematográfica mudou alguns personagens e parte da trama, mas quis aproveitar as mesmas músicas. Na tela, o Claude Bukowski é um caipira que encontra um grupo de hippies quando vai a New York ao ser convocado pelo exército. No palco, ele é um dos hippies do grupo. Existem outras diferenças, mas esta é a principal. Para mim, esta versão original do teatro é muito mais forte que a adaptação posterior no cinema. E tem também mais músicas, talvez umas seis ou sete canções. A encenação foi ótima, e terminou com o público subindo no palco para dançar com o elenco. Bacana. #

quinta-feira, 28 de maio de 2009

[ 17:00 ]

47 #

quarta-feira, 27 de maio de 2009

[ 23:26 ]

Cheguei agora do Orpheum Theatre, onde fui assistir o show Stomp. É uma grande batucada usando objetos variados: vassouras, caixas de fósforos, sacos de plástico, latas de lixo, e por aí vai. E os batuqueiros são todos muito bons e divertidos. Tem até um brasileiro no elenco, o Marivaldo dos Santos. Mas quem eu mais gostei de ver batucando foi a japonesinha Yako Miyamoto, que tinha uma postura e uma elegância que a distinguia dos demais. Muito bacana, dá vontade de ir pra cozinha e começar a batucar nas panelas. #

[ 17:21 ]

Para completar a sessão da noite anterior, ontem assisti novamente em dvd Conan the Destroyer (EUA, 1984), do Richard Fleischer. Eu não lembrava que o filme era tão ruim, um verdadeiro desastre. O tom épico e sombrio de Conan the Barbarian foi substituído por uma mistura de aventurinha insípida com comédia boba. Os cenários são pobres, os efeitos especiais são pobres, o roteiro é pobre. Tem até um monstro (aquele da sala de espelhos) que parece saído de um velho episódio de Ultraman. Espero que, para se redimir do fiasco, ao sair do governo da California o Arnold Schwarzenegger resolva participar de uma boa produção do prometido terceiro filme da série Conan (e ele vai estar numa boa idade para ser o rei Conan). #

[ 16:51 ]

Cheguei agora em New York, onde vim participar do 6th Annual Games for Change Festival, assistir alguns espetáculos e visitar alguns museus. Estou hospedado no Gershwin Hotel, um lugar cheio de estilo entre o Madison Square Park e o Empire State Building. A fachada tem ares de Gaudí, os interiores tem obras do Warhol, e no meu quarto tem um retrato enorme do Pablo Picasso. Gostei. #

terça-feira, 26 de maio de 2009

[ 12:18 ]

Uma da manhã e eu sem sono, fui catar um dvd na minha modestíssima filmoteca. Escolhi Conan the Barbarian (EUA, 1982), do John Milius, que eu já não via há uns tempos. Continuo achando o filme bacana, com uma certa finesse que já não vemos com freqüência em grandes produções de Hollywood. Toda aquela seqüência inicial da infância do Conan, por exemplo, quase sem diálogos, é econômica, eficiente e elegante. Claro que a música do Basil Poledouris ajuda muito, uma das minhas trilhas sonoras preferidas. #

segunda-feira, 25 de maio de 2009

[ 10:07 ]

Hoje é o dia da toalha: Towel Day. #

domingo, 24 de maio de 2009

[ 20:41 ]

Depois de muitas e muitas horas de jogo, consegui completar Geneforge 5: Overthrow. A última batalha sozinha, contra os líderes dos Shapers e seus exércitos de monstros, me ocupou quase este weekend inteiro, morrendo, tentando novas táticas, morrendo novamente, tentando novas táticas, morrendo mais uma vez... Agora que a guerra está vencida e o último capítulo da série Geneforge terminado, resta esperar pelo último capítulo da outra série do mesmo autor, Avernum 6, prometido para o final do ano. #

sábado, 23 de maio de 2009

[ 16:22 ]

Assisti em blu-ray Enchanted (EUA, 2007), do Kevin Lima. Alguns efeitos visuais são bacaninhas, a Amy Adams é talentosa e bonitinha, mas a história é uma grande bobagem para alimentar os mesmos mitos românticos de sempre. Se ao menos a rainha má Susan Sarandon saisse vitoriosa... #

sexta-feira, 22 de maio de 2009

[ 12:15 ]

Depois de todo o peso de Synecdoche, New York, fui buscar um filmezinho leve para espairecer. Surf's Up (EUA, 2007), animação em 3d sobre pingüins surfistas, revelou-se uma boa escolha. A história é bobinha mas o filme mantém sempre o interesse por causa de três elementos. O primeiro, essencial em desenhos animados, é a boa escolha de atores: Jeff Bridges como velho surfista aposentado, James Woods como promotor de eventos inescrupuloso, Shia LaBeouf como surfista novato mas cheio de vontade, Zooey Deschanel como pingüinzinha adorável, Jon "Napoleon Dynamite" Heder como frango surfista sem noção da realidade. O segundo elemento é a forma assombrosa com que o mar foi criado no computador, com ondas, reflexos, espumas, e toda uma série de detalhes realistas. E o mais impressionante foi a técnica desenvolvida especialmente para este filme, permitindo o uso de uma câmara manual para capturar as imagens geradas pelo computador, dando naturalidade e imprevisibilidade a todos os enquadramentos. #

quinta-feira, 21 de maio de 2009

[ 12:25 ]

Livro novo no iPod: Snow Crash, do Neal Stephenson. Eu li há uns quinze anos, na tela do computador, mais ou menos na mesma época que descobri tardiamente o Neuromancer do William Gibson, e agora estou me deliciando em voltar à história do entregador de pizzas e hacker ninja Hiro Protagonist. A prosa vigorosa do Stephenson é uma lufada de ar fresco. #

quarta-feira, 20 de maio de 2009

[ 23:47 ]

Assisti em blu-ray Synecdoche, New York (EUA, 2008), escrito e dirigido pelo Charlie Kaufman. Inesperado e estranho sem ser confuso, brilhantemente elaborado e profundamente triste, uma pedrada psicológica, um grande filme. O roteiro manipula com destreza transições de tempo e de espaço, de realidade e de simulação, de gênero e de individualidade. Tem um pouco de Ionesco, de Buñuel, de Resnais, de Shakespeare, de Jung, de Kafka, mas tudo isto somente como tempero sutil numa receita magnificamente original. Kudos também para o Philip Seymour Hoffman, que interpreta o protagonista Caden Cotard. Um dos melhores filmes dos últimos anos. #

terça-feira, 19 de maio de 2009

[ 23:05 ]

Para algumas coisas eu sou patologicamente organizado. Por exemplo, minha coleção de livros. Tenho tudo arranjado nas prateleiras, ficção em ordem alfabética pelo sobrenome do autor, não-ficção pelo tema da obra, quadrinhos pelos títulos das séries, e assim por diante. Facilita muito na hora de encontrar um volume no meio de milhares de outros. Vez por outra, porém, esta organização esbarra em restrições espaciais, como aconteceu agora com os meus cds. Como os discos não cabem mais nas duas torres que trouxe do Brasil, tive que encontrar uma forma prática de dividir a coleção. Muito relutantemente, acabei separando a "música popular" da "música erudita". Coloco estes rótulos assim entre aspas porque a divisão não é sempre clara. Alguns compositores transitam nessa fronteira enevoada, como por exemplo o Philip Glass ou o Simon Jeffes. Outros gravaram discos dos dois lados da divisão, como o Keith Jarrett ou o Frank Zappa. Mesmo assim, acabei vencendo a minha compulsão e separei os cds, "música popular" nas torres e "música erudita" numas caixas que tenho desde que morei em Portugal. Mas tudo em ordem alfabética, claro, com a discografia de cada autor em ordem cronológica. Cada um com as suas manias. #

segunda-feira, 18 de maio de 2009

[ 12:14 ]

Frase do dia: "I have not failed. I've just found 10,000 ways that won't work." (Thomas A. Edison) #

[ 12:10 ]

Terminei A Fire Upon the Deep, do Vernor Vinge. Gostei da parte do livro que trata dos tines, alienígenas de aspecto canino cuja consciência individual é partilhada por vários elementos da matilha. Não gostei da outra parte, sobre os personagens tentando combater uma entidade cósmica capaz de destruir o universo. Também não fiquei particularmente entusiasmado com o conceito de zonas de pensamento, a divisão do universo em áreas (Unthinking Depths, Slow Zone, Beyond, Transcend) onde a tecnologia pode evoluir de forma diferente por causa de limitações nas leis da física. O Vinge ficou famoso com essa idéia, mas para mim me parece uma solução narrativa arbitrária e sem grande interesse. os fãs do autor vão me chamar de herege, mas se A Fire Upon the Deep fosse somente sobre os alienígenas caninos medievais seria um livro bem mais bacana. #

domingo, 17 de maio de 2009

[ 16:58 ]

Ontem, ao telefone, minha mãe falou que estava comendo caqui. Fiz uma rápida consulta à minha memória e concluí que não como caquis desde que me mudei para os EUA. O nome científico da fruta é Diospyros kaki; no Brasil ficou conhecido como caqui, em Portugal como diospiro. Nos EUA, é persimmon, denominação derivada do nome indígena pessemmin. Não me lembro de ter visto caquis à venda aqui em Washington. Preciso pesquisar. #

[ 16:49 ]

Peguei em dvd mais um filme baseado em livro do Alberto Moravia, L'Ennui (França-Portugal, 1998), do Cédric Kahn. Achei a história interessante mas com o tom completamente equivocado. Ennui é tédio, falta de vontade, sensação de vazio. O ator principal Charles Berling, porém, é inquieto, impulsivo, passional, e várias vezes age com fúria. Gostaria de ver essa história de crise existencial e amorosa retratada com verdadeiro tédio, talvez até com um toque de preguiça substituindo a raiva que espuma deste filme. #

sábado, 16 de maio de 2009

[ 20:37 ]

Assisti em dvd Il Conformista (Itália-França, 1970), do Bernardo Bertolucci, baseado no livro do Alberto Moravia. Gostei de algumas coisas, não gostei de outras. O Jean-Louis Trintignant (de Il Sorpasso e Z) está muito bem no papel principal de fascista por motivos psicológicos particulares (ele quer ser um sujeito normal, e normal na Itália da época, para ele, era ser fascista). Mas a direção por vezes claudica, com cenas mal elaboradas (a Dominique Sanda perseguida por pistoleiros, por exemplo) ou abruptas (o súbito envolvimento da Dominique Sanda com o Jean-Louis Trintignant, por exemplo). O que dá um brilho especial ao filme é a edição inspirada do Franco Arcalli e a fotografia bem cuidada do Vittorio Storaro. #

sexta-feira, 15 de maio de 2009

[ 23:46 ]

Cheguei agora do Folger Theatre, onde fui assistir a peça Arcadia, do Tom Stoppard. O elenco não era fenomenal (o Cody Nickell e o Eric Hissom destacavam-se, a Erin Weaver exagerava demais e irritava um pouco, os outros não entusiasmavam nem incomodavam), mas o texto era muito bom, navegando por temas que me interessam (mistérios históricos, teoria do caos, a vida do Byron, entre outros). A narrativa é bem construída, com gente de duas épocas (1809 e 1989) ocupando o mesmo espaço e com personagens importantes para o desenrolar dos acontecimentos (Lord Byron e Mrs. Chater) nunca aparecendo no palco. Este é o segundo trabalho do Stoppard que eu assisto (o primeiro, claro, foi Rosencrantz & Guildenstern Are Dead, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza), fiquei curioso para conhecer mais. #

quinta-feira, 14 de maio de 2009

[ 12:29 ]

Ontem assisti também mais um documentário da série Great Writers, Alberto Moravia. Um autor que eu só conhecia de forma indireta, através de um dos piores filmes do Godard, Le Mépris, baseado num livro do italiano. Agora fiquei curioso para conhecer mais sobre ele, principalmente os escritos em torno do conceito de tédio (que soa muito melhor em francês: ennui). #

[ 12:19 ]

E como terminou a quinta temporada de Lost? Com mais perguntas sem respostas, como esperado. Não gostei muito da reviravolta no personagem Locke mas de maneira geral este episódio de duas horas foi bacaninha. Agora eles vão ter que arranjar explicações muito boas para todos os pequenos e grandes mistérios oferecidos nos últimos anos, ou a temporada final vai ser uma grande decepção. #

quarta-feira, 13 de maio de 2009

[ 12:43 ]

Semana de finais dramáticos. Na segunda-feira terminou a quinta temporada de House, com o Gregory House fazendo um passeio não muito agradável pela fronteira entre o real e o imaginário. Ontem terminou a primeira temporada de Fringe, com a Olivia Dunham finalmente cruzando o portal entre realidades e encontrando do lado de lá o misterioso William Bell (interpretado pelo Leonard Nimoy). Esta noite terminam também a primeira temporada de Lie to Me e a quinta temporada de Lost (com o esperadíssimo episódio duplo que vai mostrar pela primeira vez o elusivo Jacob). #

terça-feira, 12 de maio de 2009

[ 12:25 ]

Comentários soltos sobre Star Trek, com spoilers. Se você não quer saber o que acontece no filme pare de ler por aqui.

  • Uma das coisas que eu mais gostei no filme foi a escolha dos atores e as interpretações que ao mesmo tempo homenageiam e atualizam os personagens originais. Destaque para o Karl Urban como Bones McCoy, que parece uma reencarnação do DeForest Kelley. O Chris Pine faz um James T. Kirk ainda mais afobadinho que o do William Shatner, e o Zachary Quinto faz um Spock ainda mais nerd que o do Leonard Nimoy. A Zoe Saldana é uma Uhura mais sexy que a Nichelle Nichols, o Simon Pegg é um Scotty mais engraçado que o James Doohan, e o Anton Yelchin é um Chekov bem mais russo que o Walter Koenig. O John Cho, apesar de não imitar o George Takei, faz um Sulu aproximadamente no mesmo estilo.
  • Coisas que não gostei no filme: aquele Ewok que aparece como companheiro do Scotty, o Eric Bana como vilão Nero, e a ausência de klingons.
  • Por que quando as pessoas são teleportadas para a Enterprise elas aparecem na mesma posição em que estavam originalmente, mas quando o Spock é teleportado no final ele aparece em pé quando estava sentado do outro lado?
  • Freqüentemente eu não gosto de alterações em tramas já estabelecidas. Neste caso, porém, me pareceu necessário estabelecer que esta nova história de Star Trek se passa num universo alternativo. Se assim não fosse, qualquer ameaça à Enterprise ou aos seus tripulantes teria menos impacto dramático, porque já saberíamos que no futuro todos eles estão sãos e salvos.
  • Não foi extremamente exagerada a reação do Spock deixando o Kirk para trás num planeta gelado? A minha impressão é que o Spock original nunca faria isso e que foi só um atalho no roteiro para que o Kirk pudesse encontrar o outro Spock e o Scotty.
  • Quantas vezes o Kirk fica pendurado na beira de um abismo? Na cena com o carro, na plataforma de mineração, na nave dos romulans... Estou esquecendo de alguma? #

    segunda-feira, 11 de maio de 2009

    [ 20:24 ]

    Hoje a equipe da Case Foundation foi assistir Star Trek no meio da tarde. A razão para esta extravagância? O nosso Senior Advisor, Ben Binswanger, está no elenco. O papel dele é pequeno e sem diálogo, mas o personagem tem até nome, Admiral James Komack, e apareceu na velha série de tv interpretado pelo Byron Morrow. Eu vi o filme novamente e continuo gostando. Antes da sessão de cinema, almoçamos no restaurante Oyamel, que nos serviu um banquete de comida mexicana em estilo nouvelle cuisine: ensalada chayote (salada de abóbora com queijo fresco e amendoim picado), gaspacho estilo morelia (salada de frutas com pepino e nabo mexicano), tamal verde (tamal com frango desfiado, coentro e molho de tomate), taco cochinita pibil (taco de porco na brasa com laranja e cebola vermelha), albondigas enchipotladas (almôndegas com molho picante e queijo cremoso com coentro), elote con calabazitas (mistureba de milho verde, abobrinha e pimentão), pastel de chocolate con crema de mole poblano y helado de vanilla (o velho bolo de chocolate com sorvete de baunilha), pastel de tres leches con piña (bolo de caramelo com abacaxi, servido com sorvete de caramelo). Muito bom. #

    domingo, 10 de maio de 2009

    [ 17:15 ]

    Encontrei mais uma graphic novel da série Firefly, a segunda, Serenity: Better Days, publicada em 2008. Mais uma vez, a ação se passa entre o final da série de tv e o longa-metragem, mas antes de Those Left Behind. Bacaninha, mas não satisfaz tanto como um dos episódios originais. #

    [ 16:42 ]

    Assisti em blu-ray Ratatouille (EUA, 2007), do Brad Bird. Modelagem e animação espetaculares, como é habitual nos filmes da Pixar, mas a história não me empolgou. Bonitinho, positivo, mas sem oomph. O que eu mais gostei foi da voz inconfundível do Peter O'Toole no personagem Anton Ego. #

    sábado, 09 de maio de 2009

    [ 11:19 ]

    Ontem terminou a primeira temporada de Dollhouse. A série melhorou muito depois que os episódios com historinhas curtas foram substituídos por capítulos de uma história maior, e o final do arco dramático foi bacaninha. A participação do Alan Tudyk (o Wash de Firefly) no final foi divertida, espero que ele volte se houver uma segunda temporada. #

    sexta-feira, 08 de maio de 2009

    [ 12:44 ]

    Whiskey on the rocks sem pedrinhas de gelo: Whiskey Stones. #

    [ 12:42 ]

    Para comparar: Star Trek Gallery: Then and Now. #

    quinta-feira, 07 de maio de 2009

    [ 22:27 ]

    Cheguei agora da pré-estréia do novo Star Trek (EUA-Alemanha, 2009), do J.J. Abrams. Muito bom. Excelente escolha de atores, roteiro imaginativo encaixando bem as peças do puzzle desta nova versão da história (incluindo até mesmo uma explicação para as diferenças para a série original), e uma forte dose de ação que faz deste filme o mais movimentado da franquia Star Trek. Para os fãs, toneladas de referências muito bem encaixadas, do primeiro nome da Uhura (que nunca tinha aparecido no cinema ou na televisão, somente nos livros) ao cachorro do almirante Archer (personagem da série Enterprise). Espero que o J.J. Abrams continue fazendo filmes como este para dar continuidade à série Star Trek. #

    terça-feira, 05 de maio de 2009

    [ 11:56 ]

    Substituição no gramado: saem aparelhos cortadores de grama, entram bodes comedores de grama. Google Rents Goats To Replace Lawnmowers. #

    [ 11:54 ]

    Quem cortou a orelha do Van Gogh? Art historians claim Van Gogh's ear 'cut off by Gauguin'. #

    domingo, 03 de maio de 2009

    [ 21:15 ]

    Assisti em dvd Il Gattopardo (Itália, 1963), do Luchino Visconti. Grande produção, elenco famoso (Burt Lancaster, Claudia Cardinale, Alain Delon), e palma de ouro no Festival de Cannes. Eu gostei do filme, mas é preciso uma certa predisposição para enfrentar mais de três horas de cenas lentas e de muita conversa. Só não entendi por que traduziram o título (do livro e do filme) como O Leopardo (em inglês é The Leopard), já que gattopardo pode ser jaguatirica (em inglês, ocelot) ou serval (em inglês, serval). Leopardo em italiano é leopardo mesmo. #

    sexta-feira, 01 de maio de 2009

    [ 12:14 ]

    Assisti em dvd mais um documentário da série Great Writers, Giuseppe di Lampedusa. Ele ficou famoso por um livro só, O Leopardo, que eu li quando ainda cursava o segundo grau, por indicação de uma professora de história. A trama simboliza a passagem do poder da aristocracia para a burguesia na Itália, com as primeiras sombras do fascismo já se manifestando. Nunca vi o filme homônimo do Visconti, uma lacuna que vou preencher brevemente. #