quarta-feira, 30 de setembro de 2009

[ 22:42 ]

Balanço de setembro: assisti 20 filmes e uns 30 episódios de séries de tv (incluindo a primeira temporada de The Wire), li 2 livros e 1 graphic novel, fui a um show (21st Annual DC Blues Festival), comecei um curso de arte (History of Western Art no Smithsonian Institute), e joguei muitas e muitas horas no Playstation 3 (sim, ainda The Elder Scrolls IV: Oblivion). #

[ 10:32 ]

Terminei de ler o último volume da trilogia do Vale do Vento Gelado, The Halfling's Gem (1990), do R.A. Salvatore. Melhor que os dois livros anteriores, fecha bem a história reunindo novamente todos os protagonistas e deixando aberta a possibilidade de novas aventuras. Depois de ler toda a série A Song of Ice and Fire, do G.R.R. Martin, estes livros do R.A. Salvatore parecem uma espécie de sessão da tarde da fantasia épica, bacaninhas mas demasiadamente inocentes. #

[ 10:21 ]

Assisti em dvr The Nanny Diaries (EUA, 2007), da dupla Robert Pulcini e Shari Springer Berman (os mesmos de American Splendor), que me atraiu por causa do elenco. A Scarlett Johansson (de Girl with a Pearl Earring) é a mocinha recém-diplomada que resolve trabalhar como babá para uma família rica de Manhattan. A Laura Linney (da série John Adams, onde era esposa do Paul Giamatti) é a ricaça-boa-vida que não precisa trabalhar e mesmo assim não cuida do próprio filho. O Paul Giamatti (da série John Adams, onde era marido da Laura Linney) é o ricaço-canalha-workaholic que também ignora o filho mas sempre acha tempo para um affair com uma colega de trabalho. O filme é uma crítica interessante a uma certa high society neoiorquina, e não precisava do romancezinho com o Chris Evans (o Tocha Humana de Fantastic Four), que parece encaixado um pouco à força na história. #

terça-feira, 29 de setembro de 2009

[ 22:25 ]

Vinho da noite: RJR North Coast Syrah 2007. Californiano. Muito bom, desceu macio acompanhando um queijo da ilha de Menorca. #

[ 15:46 ]

Terminei de reler o segundo volume de The League of Extraordinary Gentlemen. A história tem uma coisa que não me agrada e duas coisas que eu gosto muito. O detalhe incômodo para mim é a decisão de fazer que as criaturas do doutor Moreau se parecessem com personagens de histórias infantis (como Tiger Tim e Mr. Toad, por exemplo), uma idéia que pode até se encaixar no espírito da série mas que visualmente não funciona muito bem. A primeira coisa que eu gosto muito é o desenvolvimento do relacionamento entre a Mina Murray e o Allan Quatermain, já prenunciado no volume anterior. A segunda coisa que eu gosto muito é a trajetória do Mr. Hyde, que de certa forma é o maior herói (trágico) deste episódio, enfrentando não só o homem invisível (numa seqüência primorosa) e os marcianos, com um estilo absolutamente cruel em ambos os casos, mas também estendendo a mão (no final, literalmente) para a Mina Murray. O volume termina com o desmantelamento da equipe, o que me deixa mais curioso para saber como vão continuar a história. #

[ 15:24 ]

Assisti dois westerns em dvr, um velho, um novo. Rancho Notorious (EUA, 1952), do Fritz Lang, eu tinha visto há muitos anos, lembrava vagamente da história mas não dos detalhes. Um vaqueiro (Arthur Kennedy, indicado cinco vezes ao Oscar, nunca ganhou a estatueta) em busca dos assassinos da sua noiva, acaba se envolvendo com uma ex-cantora de cabaret (Marlene Dietrich, que já tinha interpretado cantoras do velho oeste em Destry Rides Again nos anos trinta e The Spoilers nos anos quarenta), dona de um rancho que abriga bandidos e parceira de um famoso pistoleiro (Mel Ferrer, que depois seria o vilão de Scaramouche, rei Arthur em Knights of the Round Table, e astro de filmes de horror como Et Mourir de Plaisir e The Hands of Orlac). Western tradicional com herói esquentadinho e (alguns) bandidos com honra. Curiosidade: o título do filme é Rancho Notorious mas o rancho na história se chama Chuck-a-Luck. 3:10 to Yuma (EUA, 2007), do James Mangold, tem um bom elenco e uma trama interessante, apesar de por vezes parecer um pouco esticado demais. Um rancheiro perneta (Christian Bale, também conhecido como The Dark Knight), desesperadamente endividado, aceita a missão de escoltar um bandido cruel (Russell Crowe, também conhecido como Gladiator) até o trem que o levará para o seu julgamento. O grupo, que tem também um caçador de recompensas (Peter Fonda, de Easy Rider) e um médico de fronteira (Alan Tudyk, de Serenity), é perseguido pelo bando de comparsas do bandidão, liderado por um impiedoso pistoleiro gay (Ben Foster, o anjo de X-Men: The Last Stand). Não sei se a homossexualidade do sujeito é intencional, mas não faltam olhares e trejeitos de mocinha enquanto ele cruza as pradarias para salvar seu "amigo". 3:10 to Yuma é um remake do filme homônimo dos anos cinqüenta, com o Glenn Ford, que eu nunca vi. #

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

[ 17:16 ]

Reorganizando e reduzindo a minha lista de assinaturas de revistas, estou agora com 40 títulos: American Atheist, American Photo, Atlantic Monthly, Art in America, ARTnews, Down Beat, Entertainment Weekly, Fast Company, Food & Wine, Free Inquiry, Freethought Today, Geek, Harper's, How, Jazz Times, JPG, Lens Work, Mac Life, Macworld, Mensa Bulletin, Mental Floss, Mother Jones, The Nation, National Geographic, New Yorker, New York Review of Books, Newsweek, Playstation, The Progressive, Rolling Stone, Sci-Fi, Scientific American, Seed, Skeptic, Skeptical Inquirer, Smithsonian Magazine, Time, Washingtonian, Wired, Wizard. #

[ 17:06 ]

Ontem começou a quarta temporada de Dexter, que aparentemente vai ser tão boa como as anteriores. Grande destaque para a participação do John Lithgow (duas indicações ao Oscar, três Emmys por 3rd Rock from the Sun e um por Amazing Stories, um Golden Globe por 3rd Rock from the Sun, dois Tonys, e trocentos outros prêmios) como um serial killer meticuloso em atuação desde os anos setenta. #

domingo, 27 de setembro de 2009

[ 11:25 ]

Assisti em dvr The Mist (2007), do Frank Darabont, baseado no livro do Stephen King. Eu não esperava muito do filme e fui agradavelmente surpreendido. Uma neblina misteriosa envolve uma cidadezinha do Maine, e os habitantes isolados dentro de um supermercado descobrem que estão cercados por perigosos animais alienígenas. Mas a verdadeira ameaça (e este é um dos temas principais do filme) é a incapacidade de colaboração ou mesmo de coexistência pacífica entre os humanos (com o fanatismo religioso como um dos maiores problemas para os sobreviventes). O final absolutamente cruel separa The Mist de toda aquela safra de filmes de horror que terminam com um cansativo "e tudo voltou ao normal" (e aponta para o o outro tema principal do filme, a falta de esperança). O elenco tem o Thomas Jane (de Dreamcatcher, outra história do King), a Laurie Holden (a Marita Covarrubias de The X Files), o Toby Jones (Truman Capote em Infamous) e a Marcia Gay Harden (Oscar de atriz coadjuvante por Pollock). Gostei. #

sábado, 26 de setembro de 2009

[ 13:17 ]

Ontem recomeçou a série Dollhouse. Achei as reviravoltas da nova temporada um bocado forçadas, uma armação artificial engendrada somente para que a Eliza Dushku (que eu gosto de ver) e o Tahmoh Penikett (de quem não sou fã) passem a ser parceiros. #

[ 13:08 ]

Assisti em dvr The Plague (EUA, 2006), do Hal Masonberg. A história começa bem, com uma doença inexplicável que põe todas as crianças do mundo em coma. Dez anos depois elas acordam como zumbis adolescentes e resolvem matar os adultos. Seria uma variação interessante do tema dos mortos-vivos se o roteiro não mergulhasse num abismo metafórico e não concluísse se espatifando num desfecho abobado. A idéia é fazer um paralelo com a história de The Grapes of Wrath, do Steinbeck, substituindo as colheitas agrícolas que falharam na época da Grande Depressão pelas simbólicas colheitas da juventude que estariam falhando agora por culpa dos adultos, mas é tudo feito com uma dolorosa falta de sutileza. Recomendado só para quem quer ver o James Van Der Beek (de Dawson's Creek) fazendo cara de herói sensível e atormentado. #

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

[ 12:46 ]

Ontem começou uma série nova na ABC, FlashForward. Durante dois minutos e dezessete segundos, toda a população do planeta mergulha numa visão do futuro de cada um. Isto causa não somente momentos de caos (aviões caindo, pacientes morrendo na mesa de operação, etc) mas também cria mudanças de comportamento em muita gente (como você agiria se soubesse que em seis meses, por exemplo, estará numa posição profissional privilegiada ou que seu casamento terá fracassado?). O FBI investiga o que pode ter causado o fenômeno e também a possibilidade de uma conspiração internacional. Ainda é cedo para dizer se FlashForward pode repetir o sucesso de Lost como mistério de ficção-científica, mas o elenco mostra rostos conhecidos daquela série: a Sonya Walger (Penny Widmore em Lost) apareceu no primeiro episódio e o Dominic Monaghan (Charlie Pace em Lost) apareceu no trailer dos episódios seguintes. FlashForward é baseada no livro homônimo do canadense Robert J. Sawyer mas deve ser bem diferente da história original (no livro, por exemplo, o vislumbre do futuro não é de seis meses mas de vinte anos). #

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

[ 15:26 ]

Assisti em dvr dois filmes que demonstram como muitas vezes sou excessivamente otimista. Não sei por que imaginei que eles pudessem ser bons, mas obviamente não eram. Virgin Territory (GB-França-Itália, 2007), do David Leland, tenta capturar o espírito do Decameron do Giovanni Boccaccio (o título italiano é Decameron Pie) e falha espetacularmente, resultando numa mistura de Shakespeare in Love com Porky's. Nos papéis principais, os péssimos Hayden Christensen (da nova trilogia Star Wars) e Mischa Barton (da série de tv The O.C.), com o Tim Roth (de Pulp Fiction) perdido ali no meio como vilão óbvio. Good Luck Chuck (EUA-Canadá, 2007), do Mark Helfrich, prometia ser uma comédia um pouco transgressiva mas na verdade não passa de mais uma comediazinha romântica boba e previsível. O Dane Cook (de Mr. Brooks) faz par com a Jessica Alba (de Fantastic Four), e o Dan Fogler (de Fanboys) é o amigo gordo supostamente engraçado naquele papel que normalmente iria para o Jack Black se eles tivessem dinheiro suficiente. Triste. #

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

[ 12:52 ]

Ontem terminou a primeira temporada de Warehouse 13, que se revelou uma série melhor que eu esperava (os roteiros são razoáveis, mas o Eddie McClintock é um ator muito fraquinho para carregar a série com a Joanne Kelly). Também contrariando as expectativas iniciais, não é uma herdeira de The X Files (este título fica com Fringe, que também tem a estrutura de dois jovens agentes do governo e um cientista mais velho) mas uma espécie de sucessora de Buffy the Vampire Slayer (por causa do tom de comédia e dos diálogos engraçadinhos em meio a situações de fantasia que sempre envolvem risco de vida). #

[ 12:45 ]

Assisti em dvr The Hunting Party (EUA-Croácia-Bósnia, 2007), do Richard Shepard. Richard Pretty Woman Gere e Terrence Iron Man Howard como uma dupla de jornalistas tentando encontrar um criminoso de guerra na Bósnia. A história é razoavelmente interessante e vagamente baseada em fatos, mas achei o tom da narrativa um bocado incerto: por vezes parece uma comédia de ação, por vezes parece um drama político, mas a transição entre uma coisa e outra não é muito macia. Aparecem também o Jesse Eisenberg, que em breve será o Mark Zuckerberg no filme The Social Network, e o Dylan Baker, eternamente gravado na memória como o psiquiatra pedófilo de Happiness. #

terça-feira, 22 de setembro de 2009

[ 17:15 ]

Jogo bacaninha para aprender mais sobre as emendas constitucionais dos EUA: Do I Have a Right? #

[ 12:22 ]

Ontem começou a sexta temporada de House, com um episódio de duas horas completamente atípico. O protagonista passa quase o tempo todo numa clínica psiquiátrica, recuperando-se dos seus problemas com drogas e supostamente também dos seus problemas sem drogas. Só um dos personagens coadjuvantes habituais, Wilson, aparece numa breve cena ao telefone. E em vez dos costumeiros casos médicos House tem um tipo diferente de desafio aqui, lidar com seu relacionamento com um médico aparentemente mais teimoso que ele (interpretado pelo Andre Braugher) e com uma visitante do hospital que se transforma em interesse romântico da história (interpretada pela Franka Potente). Foi uma variação interessante, mas eu prefiro ver o doutor-detetive em ação fazendo o que ele faz tão bem: desvendar casos médicos e incomodar todos ao seu redor. #

[ 11:45 ]

Assisti em dvr Bottle Shock (EUA, 2008), do Randall Miller. É a história do evento em que vinhos californianos foram considerados superiores a vinhos franceses, pela primeira vez, numa competição na França em 1976. Infelizmente, o roteiro é fraco e prefere seguir personagens desinteressantes (Bo Barrett, interpretado pelo Chris Pine, mais conhecido como James T. Kirk no novo Star Trek) ou irritantes (Jim Barrett, interpretado pelo Bill Pullman, também conhecido como president Whitmore em Independence Day) em vez de acompanhar mais de perto o melhor personagem (Steven Spurrier, interpretado pelo Alan Rickman, conhecido das novas gerações como professor Snape na série Harry Potter mas eternamente lembrado pelos mais velhos como o vilão Hans Gruber em Die Hard). Só para patriotas entusiastas dos vinhos estadunidenses. #

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

[ 14:09 ]

A Jo Walton comenta os quatro livros da série A Song of Ice and Fire, do George R.R. Martin: A Game of Thrones, A Clash of Kings, A Storm of Swords, A Feast for Crows. Só para quem já leu os livros, porque ela revela vários pontos da trama que merecem a surpresa do leitor. "It’s as if Sauron arose again to find Gondor going through the Wars of the Roses." #

[ 11:17 ]

A entrega dos Emmy Awards ontem foi melhor com o Neil Patrick Harris que no ano passado com os apresentadores de reality shows, mas continuo com a impressão que aquelas piadinhas são escritas pelos estagiários da CBS. O prêmio de melhor série dramática deste ano foi para Mad Men e o de melhor série cômica foi para 30 Rock, enquanto The Daily Show with Jon Stewart levou a estatueta de melhor série de variedades e The Amazing Race ficou com a de melhor reality show. Exatamente os mesmos vencedores do ano passado. Além disto, The Daily Show with Jon Stewart vem recebendo o mesmo prêmio desde 2002 (em 2001 eles foram indicados mas tiveram que se contentar só com o prêmio para roteiros) e The Amazing Race vem recebendo o mesmo prêmio desde 2003. Estamos numa fase em que não é possível superar os atuais campeões da televisão? Ou é só má vontade da Academy of Television Arts and Sciences? #

domingo, 20 de setembro de 2009

[ 16:59 ]

Terminei de assistir em dvd a primeira temporada de The Wire. O final deste primeiro arco dramático foi melancólico para os protagonistas, com objetivos alcançados mas sem a satisfação esperada. Gostei e quero ver as próximas temporadas. Em The Shield, o maior problema da polícia (de Los Angeles) parecia ser a corrupção e a impunidade. Em The Wire, os problemas da polícia (de Baltimore) são a burocracia, a politicagem e a incompetência. #

sábado, 19 de setembro de 2009

[ 17:53 ]

Assisti em dvr When Nietzsche Wept (EUA, 2007), do Pinchas Perry, que narra os encontros entre o filósofo Friedrich Nietzsche (interepretado pelo Armand Assante) e o médico Josef Breuer (interpretado pelo Ben Cross), nos quais os dois usam a "terapia da conversa" (que eventualmente seria a base da psicanálise) para investigar os problemas de ambos. O que não fica explicado é que esses encontros não aconteceram realmente e são produto da imaginação do escritor Irvin D. Yalom, autor do livro homônimo que inspirou o filme. Tanto quanto eu sei, o Nietzsche não teve o que no filme parece ser uma participação direta e fundamental na criação da psicanálise. O Breuer, sim, foi co-autor com o Sigmund Freud (interpretado pelo Jamie Elman) do famoso Studies on Hysteria, que inclui o caso da Anna O, que em When Nietzsche Wept é tratada pelo nome verdadeiro, Bertha Pappenheim (interpretada pela Michal Yannai). Outra psicanalista que aparece no filme é a Lou Andreas-Salomé (interpretada pela Katheryn Winnick), que foi amiga do Nietzsche, do Freud e do Rilke (este último não está no filme). #

[ 10:36 ]

Hoje é dia de falar como piratas: Talk Like A Pirate Day. Se você ainda não tem prática, este vídeo ensina tudo que os iniciantes precisam saber: How to talk like a Pirate. Avast, me hearties! #

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

[ 16:05 ]

Ontem começou a segunda temporada da série Fringe, que eu esqueci de incluir na minha lista na segunda-feira. A trama agora mergulha ainda mais profundamente em território desconhecido, com conspirações governamentais misturadas com invasores metamórficos vindos de um universo paralelo. O prólogo deste primeiro episódio teve uma cena muito bacana envolvendo um acidente de automóvel com a motorista saindo pelo pára-brisa na hora errada. #

[ 14:18 ]

Ontem fui à minha primeira aula do curso History of Western Art, no Smithsonian Institute. Esta era uma das coisas que eu queria fazer nesta minha fase de projetos pessoais, aprender um pouco mais sobre temas que me interessam. Tenho aulas às terças e quintas, e a primeira fase do curso, cobrindo arte antiga e medieval, vai até novembro. No próximo ano tem mais, da Renascença à arte contemporânea. #

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

[ 15:46 ]

Assisti em blu-ray The Bucket List (EUA, 2007), do Rob Reiner. Previsível, conservador, limitado. Um desperdício usar atores tão bons como Jack Nicholson (Oscars por One Flew Over the Cuckoo's Nest, Terms of Endearment e As Good as It Gets) e Morgan Freeman (Oscar por Million Dollar Baby) num filme destes. A história é aquela velha pregação sobre como o pobre crente e devoto à família vive uma vida plena enquanto o milionário ateu e divorciado só pode ser um sujeito infeliz cuja salvação reside em redescobrir os laços com a família perdida (e nessas horas sempre tem uma netinha de bochechas rosadas para representar as coisas maravilhosas que ele estava perdendo). O moralismo é primário e transparente no filme inteiro, mas vou destacar só um detalhe, as cenas sobre sexo. São três: a primeira é um diálogo em que o personagem virtuoso recusa o convite de uma mulher atraente e uns trinta anos mais nova que ele porque, afinal, ele é fiel à esposa; a segunda mostra o outro personagem com duas mulheres semi-despidas em sua suíte milionária, mas ele está tão deprimido que a única coisa que consegue fazer é chorar enquanto elas se perguntam o que está acontecendo; a terceira é o momento em que o personagem virtuoso se prepara para um momento íntimo com a sua adorada esposa, mas antes que qualquer coisa mais prazerosa possa acontecer ele tem um ataque e tem que ser levado para o hospital. Patético. #

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

[ 12:53 ]

Terminei de ler o segundo volume da trilogia do Vale do Vento Gelado, Streams of Silver (1989), do R.A. Salvatore. Curiosamente, várias passagens parecem diretamente inspiradas em The Lord of the Rings. Numa delas, o grupo visita o lugar onde vivem uns elfos, e a líder Lady Alustriel dá aos aventureiros presentes mágicos que os ajudarão durante a viagem. Noutra, o grupo se vê em frente a uma porta criada por anões ancestrais e não sabem qual o segredo mágico para abrí-la. E, depois de conseguirem entrar, um dos personagens luta contra um dragão espectral e, depois de atacá-lo com óleo em chamas, faz com que os dois mergulhem num abismo mortal deixando um rastro de fogo. Parece familiar? Só faltou ele dizer "Fly, you fools!". Aposto que no terceiro volume o Bruenor vai aparecer vivo novamente, da mesma forma que o Gandalf apareceu vivo depois de todos pensarem que ele tinha morrido ao cair com o Balrog no abismo. #

terça-feira, 15 de setembro de 2009

[ 22:23 ]

Assisti em dvr The Darwin Awards (EUA, 2006), do Finn Taylor. As partes divertidas são as encenações de episódios reais contados no famoso site The Darwin Awards (em homenagem aos indivíduos que melhoraram a espécie humana por terem morrido estupidamente antes de terem a chance de procriar). Infelizmente, a história colocada em volta deles é uma bobagem desinteressante, com o Joseph Fiennes como investigador atrapalhado fazendo dupla com a Winona Ryder como investigadora que vai se apaixonar pelo protagonista porque é assim que funcionam as comédias românticas. Teria sido melhor ficar só com os causos merecedores dos prêmios Darwin. Surpreendentemente para um filme fraquinho como este o elenco tem muita gente conhecida: David Arquette, Lukas Haas, Juliette Lewis, Julianna Margulies, Chris Penn, entre outros. #

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

[ 13:43 ]

Em poucos dias começa a temporada de outono das séries de tv. Segunda-feira vai ser dia de House e Lie to Me (tem Heroes também, mas essa eu perdi o ânimo de assistir). Terça vai ter o remake the V, a série de ficção-científica dos anos oitenta, mas só em novembro. Quarta não tem qualquer coisa que me entusiasme, nem mesmo a nova Eastwick (que parece estar mais perto de Charmed que de The Witches of Eastwick). Quinta vai trazer outra nova série, Flash Forward, com uma premissa que pode gerar uma trama interessante ou um grande fiasco. Sexta-feira vai ter a volta de Dollhouse e a nova série do universo Stargate, adequadamente chamada Stargate Universe. E domingo volta a ser dia de Dexter. Lost, só no próximo ano. #

domingo, 13 de setembro de 2009

[ 23:12 ]

Vinho da noite: Morin Père & Fils Pinot Noir 2007. Francês, da região de Montpellier, na costa do Mediterrâneo. Supimpa! #

[ 16:22 ]

Apesar das duas nulidades anteriores, a série dos sete magníficos ainda conseguiu gerar mais um filme, The Magnificent Seven Ride! (EUA, 1972), do George McCowan. O novo ator a interpretar o pistoleiro Chris é o Lee Van Cleef, melhor que o George Kennedy e até convincente como uma versão do personagem em fim de carreira (apesar de ter cabelo e de haver substituído as cigarrilhas por um cachimbo). Mais uma vez ele tem que ir ao México ajudar uma aldeia a se defender de um grupo de bandidos, mas desta vez a população é toda feminina e liderada pela Stefanie Powers (mais tarde famosa pela série Hart to Hart, conhecida no Brasil como Casal 20). E, seguindo o tema dos rejeitados do filme anterior, agora o Chris vai buscar seus companheiros na prisão. Juntando as três continuações de The Magnificent Seven, não há qualquer coisa que valha cinco minutos do filme original. #

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

[ 23:07 ]

O terceiro filme da série, Guns of the Magnificent Seven (EUA, 1969), do Paul Wendkos, não é tão desastroso como Return of the Seven mas ainda fica muito longe do original The Magnificent Seven. A dança dos atores continua, com o George Kennedy substituindo o Yul Brynner, o último integrante do elenco original. Ninguém explica como o pistoleiro careca com cara de poucos amigos agora tem cabelo e parece ter perdido o gosto pelas roupas pretas. Para acrescentar uma confusão desnecessária, Quintero, o revolucionário mexicano que eles têm que resgatar das garras dos vilões militares, é interpretado pelo Fernando Rey, que era o padre no filme anterior. Ao menos desta vez os seis que forma os sete magníficos com o Chris são um pouco mais memoráveis que os do filme anterior, e parecem formar uma seleção de rejeitados: um ladrão, um velho, um negro, um maneta, um tuberculoso e, como sempre, um mexicano fechar a conta. Fraco. #

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

[ 12:27 ]

A continuação de The Magnificent Seven, chamada Return of the Seven (EUA-Espanha, 1966), do Burt Kennedy, é um fiasco. Do elenco original, só sobrou o Yul Brynner. O Steve McQueen e o Horst Buchholz foram substituídos pelos praticamente desconhecidos Robert Fuller e Julián Mateos. E a história é bobinha e forçada, um mal disfarçado pastiche do primeiro filme. O espanhol Fernando Rey (de Tristana e Elisa, Vida Mía) aparece como um padre meio perdido na trama. Para esquecer. #

quarta-feira, 09 de setembro de 2009

[ 15:04 ]

Começando uma pequena série de filmes sobre pistoleiros, assisti mais uma vez The Magnificent Seven (EUA, 1960), do John Sturges. Classicão inspirado nOs Sete Samurais do Kurosawa, com o Yul Brynner e o Steve McQueen liderando um ótimo elenco e cavalgando com aquela música inesquecível ao fundo. Repito o que escrevi da última vez que revi o filme, em 2002: "Da cena inicial com o Yul Brynner e o Steve McQueen levando a carruagem funerária rua acima rumo ao cemitério até o final que poderia ser triunfante mas é melancólico ("The old man was right. Only the farmers won. We lost. We always lose."), passando por ótimas seqüências de tiroteio e, claro, o alistamento dos voluntários (o rústico Charles Bronson, o janotinha medroso Robert Vaughn, James Coburn e suas facas, o novato Horst Buchholz e o mercenário Brad Dexter), o filme é um primor. Grande destaque para a trilha sonora do Elmer Bernstein." #

terça-feira, 08 de setembro de 2009

[ 19:33 ]

Enquanto eu assistia em dvd as últimas temporadas de The Shield, várias pessoas sugeriram que eu deveria ver também The Wire, série da HBO que terminou no ano passado. Pois comecei a primeira temporada hoje. Vários rostos conhecidos, entre eles Dominic West (de The Forgotten e 300), Lance Reddick (de Lost e Fringe), e Michael K. Williams (de The Philanthropist), numa trama policial passada em Baltimore (aqui pertinho, a uns cinqüenta quilômetros de Washington). O autor é o David Simon, ex-jornalista do Baltimore Sun e marido da Laura Lippman, ex-jornalista do mesmo jornal e autora de livros policiais ambientados na mesma cidade. #

segunda-feira, 07 de setembro de 2009

[ 17:43 ]

Para acompanhar The Devil and Daniel Webster, assisti Shortcut to Happiness (EUA, 2004), que é inspirado no mesmo conto do Stephen Vincent Benet mas numa versão contemporânea. O Alec Baldwin produziu, dirigiu e protagonizou (como Jabez Stone), e teve a companhia do Anthony Hopkins (como Daniel Webster) e da Jennifer Love Hewitt (como Diaba). Gostei mais desta versão que daquela dos anos quarenta, porque atualiza a trama substituindo o moralismo cristão e patriota do original por uma crítica do sucesso a qualquer preço. Não é uma grande história, mas preenche uma sessão da tarde sem muitas expectativas. Vi o filme na tela do computador usando o instant play da Netflix. A qualidade da imagem é sofrível, compensa mais esperar o dvd pelo correio. #

domingo, 06 de setembro de 2009

[ 13:33 ]

Fui até o mercadinho da esquina comprar suco de laranja e ouvi o seguinte diálogo entre um casal:
Ele: O que você quer, Coca-Cola?
Ela: Não, quero uma coisa saudável, me dá um Sprite. #

sábado, 05 de setembro de 2009

[ 20:55 ]

O programa de hoje foi o 21st Annual DC Blues Festival. Pela manhã, uma hora de caminhada da minha casa até o Carter Barron Amphitheater, cerca de cinco quilômetros passando pelo meio do Rock Creek Park. Chegando lá, fui barrado na entrada por estar carregando uma câmara fotográfica. Tive que ir conversar com os organizadores do evento e convencê-los a me dar um passe de fotógrafo com acesso irrestrito. Ultrapassada a barreira burocrática, entrei e me diverti a tarde inteira ouvindo e fotografando Capital Blues Ensemble, Billy Thompson & Friends, Michael Hill's Blues Mob, Eddie Turner, e Eugene "Hideway" Bridges. Todos muito bons, blues da melhor qualidade. No fim da tarde, aproveitando a temperatura mais amena, tomei coragem e enfrentei mais cinco quilômetros através do bosque, ladeira acima, de volta para casa. Agora estou completamente exausto mas satisfeito pelo dia agradável. #

sexta-feira, 04 de setembro de 2009

[ 18:15 ]

Assisti em dvr The Devil and Daniel Webster (EUA, 1941), do William Dieterle. A história é bem contadinha, mas de uma ingenuidade constrangedora que mistura moralismo cristão com arroubos nacionalistas. Vale pelo Walter Huston (ganhador de um Oscar por The Treasure of the Sierra Madre, dirigido pelo seu filho John Huston) como o demoníaco Mr. Scratch, pela Simone Simon (que no ano seguinte seria a protagonista de Cat People) como diabinha, e pela música do Bernard Herrmann (que fez a trilha sonora de Citizen Kane, de Taxi Driver, e de vários filmes do Hitchcock, mas que só ganhou um Oscar por este The Devil and Daniel Webster). Na época do lançamento, o filme recebeu outro título, All That Money Can Buy, para não ser confundido com The Devil and Miss Jones, do mesmo ano. #

quinta-feira, 03 de setembro de 2009

[ 15:58 ]

Quer ver o que está acontecendo lá fora? Olhe pela Janela Lateral. "Um clipping enviado por email gratuitamente cujos temas mais comuns giram em torno de humor, material incomum, textos divertidos, fatos surpreendentes, bons links, ciência, literatura, fantasia, sci-fi e outras coisas bizarras." #

quarta-feira, 02 de setembro de 2009

[ 21:47 ]

Meu ciclo de filmes supostamente escandolosos em dvd tem sido um fiasco. Assisti mais dois, sem relação entre eles apesar dos títulos sugerirem o contrário, ambos terríveis. Anatomie de l'Enfer (França, 2004), da Catherine Breillat (a mesma diretora de Romance) tem situações artificiais, diálogos pretensiosos e uma cena final assustadoramente mal filmada. O ator principal é o Rocco Siffredi, mais conhecido como porn star, certamente escolhido por seus dotes físicos e não pelo seu talento dramático (no outro filme dela que assisti ele também aparecia, mas como falava pouco não se notava tanto a falta de jeito). Para piorar, a trama não faz muito sentido e o tema central é tratado sem qualquer sutileza: uma mulher que aparentemente não gosta de ser mulher contrata um homem homossexual que odeia mulheres para que a observe nua por várias noites. Um filme sobre sexo para quem não gosta de sexo. Batalla en el Cielo (México, 2005), do Carlos Reygadas, tem seqüestros e assassinatos mas o centro da história é o relacionamento sexual entre uma mexicaninha magrinha e novinha, de classe alta e raízes européias, e um mexicanão gordo e mal vestido, de classe baixa e raízes indígenas. A narrativa é muito tosca, com cenas intermináveis onde nada acontece e cenas abruptas onde acontecem coisas sem muita explicação. Para piorar, os atores são todos amadores, opção estética do diretor. O que eu não entendo é terem dado a Batalla en el Cielo o prêmio de Melhor Filme Latino-Americano no Rio de Janeiro International Film Festival. #