sábado, 31 de outubro de 2009

[ 20:28 ]

Vinho da noite: Domaine d'Aubaret Réserve Cabernet Sauvignon 2007. Francês, da região Côtes de Thongue, bem ao sul. Bom, mas eu teria gostado mais se fosse um pouco mais encorpado. #

[ 20:23 ]

Balanço de outubro: assisti 24 filmes e uns 50 episódios de séries de tv (incluindo a segunda e terceira temporadas de The Wire), li dois livros, e só. #

[ 11:20 ]

Hoje completo três anos nos EUA. #

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

[ 17:19 ]

Mais William Castle em dvr. Primeiro, Mr. Sardonicus (EUA, 1961), conta a história de um médico vitoriano (Ronald Lewis) que vai tratar a doença misteriosa de um nobre (Guy Rolfe) casado com uma amiga do passado (Audrey Dalton). Classicão de terror B, com efeitos visuais de gosto duvidoso e roteiro inevitavelmente moralista. Vários elementos da história lembram o clima de Dracula e Frankenstein: a chegada na estação de trem, a viagem de carruagem até o castelo, o fiel assistente do barão (aqui interpretado pelo Oskar Homolka, o Verloc no hitchcockiano Sabotage). Depois, Strait-Jacket (1964), possivelmente o melhor filme do William Castle, graças à história do Robert Bloch (autor de Psycho) e da intepretação (um pouco over-the-top mas condizente com o papel) da Joan Crawford (que pouca antes tinha feito What Ever Happened to Baby Jane?). O Castle ficou famoso pelos truques que fazia para promover suas produções (como contratar atores desconhecidos para ir ao cinema e "desmaiar" nas cenas mais fortes só para criar o rumor que seus filmes não eram para pessoas facilmente impressionáveis), mas sua obra tem valor que vai além disso, títulos como The Tingler, Mr. Sardonicus e Strait-Jacket merecem um lugar em qualquer coleção de filmes B. #

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

[ 12:25 ]

Terminei de ler Starless Night (1993), do R.A. Salvatore, segundo volume da quadrilogia Legacy of the Drow. Muito repetitivo, com os mesmos dramas de sempre (Drizzt Do'Urden se achando moralmente inadequado apesar da sua vocação para santo), as mesmas lutas de sempre (perdi a conta de quantas lutas de espadas e cimitarras narradas detalhe a detalhe), e até os mesmo inimigos de sempre (volta um vilão da Dark Elf Trilogy e ressurge um vilão que tinha morrido na Icewind Dale Trilogy). Acho que oito livros com o elfo negro choramingão é o suficiente para mim. A série continua com vários outros volumes mas eu paro por aqui, antes que o autor resolva ressuscitar mais um personagem (tenho quase certeza que mais cedo ou mais tarde o Wulfgar vai aparecer vivo novamente). #

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

[ 16:11 ]

Continuando o ciclo William Castle em dvr, assisti mais dois filmes do diretor. The Tingler (EUA, 1959), eu já tinha visto e continuo achando um filme B bacaninha. Repito o que escrevi sobre ele no ano passado: "Vincent Price é um médico legista, cientista independente e marido traído, trabalhando com a teoria que uma sensação de medo excessivo pode gerar uma substância misteriosa na coluna vertebral, só destruída quando a vítima se libera do medo através de gritos. Se uma pessoa é incapaz de gritar, essa substância pode crescer e se transformar numa criatura viva, o tingler do título. O filme começa com o diretor advertindo o público que não há qualquer problema em gritar durante a projeção e que em certos casos isso pode salvar a sua vida. E, claro, a trama evolui até um ponto onde o tal tingler foge para dentro de um cinema, onde o Vincent Price apaga todas as luzes e, com a tela completamente escura, pede que a platéia grite para se defender da criatura. Imagino a gritaria nos cinemas do final dos anos cinqüenta, especialmente nas salas onde o William Castle mandou instalar aparelhos vibradores nos assentos para causar a 'tingling sensation' anunciada no filme. Um efeito bacana em The Tingler, rodado em preto e branco, aparece na seqüência quase surreal em que uma surda-muda entra em pânico e vê sua banheira cheia de sangue vermelho. Um filme B divertido, com algumas cenas muito bem elaboradas e bons diálogos sarcásticos." Depois vi 13 Ghosts (EUA, 1960), que achei péssimo, uma espécie de "como seria um filme de terror se fosse produzido pelos estúdios Disney". Tem um menino entusiasmado e irritante, uma irmã mais velha para criar clima romântico com o advogado da família, um pai bonzinho mas atrapalhado, e uma casa cheia de fantasmas inofensivos. Uma grande bobagem. Curiosidade: a empregada com cara de bruxa é interpretada pela Margaret Hamilton, mais famosa como a bruxa de The Wizard of Oz. #

terça-feira, 27 de outubro de 2009

[ 17:37 ]

Sessão dupla em dvr. Primeiro, The Old Dark House (EUA, 1932), do James Whale. Apesar dos nomes famosos na direção (Whale tinha feito Frankenstein no ano anterior e faria The Invisible Man no ano seguinte) e no elenco (Boris Karloff, o monstro de Frankenstein, e Charles Laughton, que no ano seguinte ganharia um Oscar por The Private Life of Henry VIII), o filme é um desastre, com roteiro indeciso entre o terror, a comédia e o romance. Terrível. Depois assisti a suposta refilmagem The Old Dark House (EUA-GB, 1963), do William Castle, que do original só preservou o título e a presença de uma mansão antiga. Aqui o tom é claramente de comédia (apesar de não ter muita graça), com um vendedor de carros estadunidense indo parar num casarão inglês habitado por uma família muito estranha. Um a um, os personagens vão morrendo misteriosamente durante uma noite de tempestade. Melhor que o primeiro filme, mas mesmo assim bem fraquinho. Curiosidade: os desenhos dos créditos iniciais foram feitos pelo Charles Addams, criador de The Addams Family). #

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

[ 12:17 ]

Terminei de assistir em dvd a terceira temporada de The Wire. Muito boa, possivelmente a melhor até agora. Além das habituais escaramuças entre policiais e traficantes, há todo um pano de fundo político questionando a idéia de guerra contra as drogas e propondo alternativas como uma legalização controlada. Discussão interessantíssima, mas sem deixar de lado as investigações dramáticas e as tramóias de bastidores. O penúltimo episódio teve a morte de um personagem que eu pensava que iria ficar na história até o fim da série, uma surpresa que me deixa ainda mais curioso para a próxima temporada. #

domingo, 25 de outubro de 2009

[ 17:49 ]

Sessão dupla em dvr com filmes envolvendo alienígenas. Primeiro Roswell (EUA, 1994), do Jeremy Kagan, que usa o famoso episódio do final dos anos quarenta no qual um disco voador teria caído no deserto de New Mexico e o governo dos EUA teria escondido os destroços e os corpos dos alienígenas. A versão oficial da Força Aérea diz que se tratava de um balão atmosférico. A versão não-oficial de um major envolvido na recuperação dos destroços é que houve uma conspiração para esconder do público o que realmente aconteceu. O filme, obviamente, centra-se na teoria da conspiração, começando com o major (interpretado pelo Kyle MacLachlan) e depois incluindo testemunhos de outras supostas testemunhas, tudo isto formando um mosaico conspiratório que se encaixa na teoria divulgada pelos jornais sensacionalistas. O que torna Roswell frustrante é que a narrativa tenta manter uma aparência de neutralidade e nunca afirma categoricamente "foi isto que aconteceu", mas ao mesmo tempo vai apresentando só fatos e testemunhos que contradizem a versão oficial. O final é ainda pior, com um personagem misterioso (interpretado pelo Martin Sheen) oferecendo uma explicação do que poderia ter acontecido (ou não) e do que poderia ser um plano para esconder a verdade (ou não), deixando sempre a sugestão de que houve uma conspiração mas nunca assumindo o risco de dizer isso claramente. Não gostei. Numa linha completamente diferente, o meu segundo filme com alienígenas foi One-Eyed Monster (EUA, 2008), do Adam Fields, uma comédia de horror muito tosca mas com alguns momentos divertidos. Uma equipe vai fazer um filme pornográfico numa cabana na montanha, mas um dos atores (Ron Jeremy, o famoso porn star barrigudo e baixinho, interpretando a si mesmo) tem seu corpo invadido por uma entidade de outro planeta, que toma posse do seu "instrumento de trabalho". Sim, é a história de um terrível pênis assassino, o monstro de um olho só do título. A idéia é tão absurda e o roteiro é tão tosco que fica impossível não rir das situações que parodiam filmes sobre monstros matando gente em cabanas isoladas. Tem até a clássica cena em que o veterano de guerra (Charles Napier, de Rambo II) conta como um monstro semelhante dizimou seu pelotão. "There's a dick in Angel's mouth, it's not attached to anyone!" #

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

[ 11:57 ]

Assisti em dvr Charlie Bartlett (EUA, 2007), do Jon Poll. É uma espécie de Ferris Bueller's Day Off para o novo milênio, mas muito melhor que o exageradamente celebrado filme do John Hughes. Anton Yelchin (o menininho de Hearts in Atlantis, que daqui para frente deve ficar mais conhecido como o Chekov de Star Trek) é o rapaz milionário que vai para uma nova escola e usa truques de marketing e política para conseguir popularidade meteórica. Hope Davis (que interpretou a mãe do Yelchin em Hearts in Atlantis) é a mãe desequilibrada mas bem intencionada, Robert Downey Jr. (Tony Stark em Iron Man) é o diretor alcóolatra mas bem intencionado da escola, Kat Dennings (a Norah de Nick and Norah's Infinite Playlist) é a filha do diretor e par romântico para o protagonista. Bacaninha, apesar de ser um pouco óbvio. #

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

[ 11:52 ]

Assisti em dvr The Tale of Sweeney Todd (EUA-Irlanda, 1997), do John Schlesinger, uma história que já foi adaptada para as telas várias vezes (incluindo uma versão musical dirigida pelo Tim Burton). Ben Kingsley (Oscar por Gandhi) é o barbeiro que vive na capital inglesa da virada do século XVIII para o XIX, uma cidade agitada e lamacenta, e mata e rouba seus clientes. Os corpos são entregues para sua amante Joanna Lumley (da série Absolutely Fabulous), que os usa como ingrediente especial nas suas tortas, iguaria popularíssima entre os cidadão londrinos. Campbell Scott (de Crashing) é um americano que investiga o mistério e se envolve romanticamente com a sobrinha do barbeiro. Um drama interessante, por vezes beirando o humor negro. #

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

[ 11:02 ]

Comecei a assistir a terceira temporada de The Wire. Uma novidade interessante é a introdução da discussão sobre a liberação da venda de drogas, um tema raro nas séries policiais. O quarto episódio chama-se Amsterdam e mostra uma tentativa de estabelecer uma zona livre em Baltimore para controlar a violência causada pelo tráfico. Estou curioso para ver as ramificações políticas e a conclusão do experimento. #

terça-feira, 20 de outubro de 2009

[ 12:42 ]

Assisti em dvr Beyond the Gates (GB-Alemanha, 2005), do Michael Caton-Jones (o mesmo diretor de Memphis Belle e The Jackal). História passada em Rwanda durante o genocídio de 1994, no qual os hutus massacraram quase um milhão de tutsis. É o mesmo evento do filme Hotel Rwanda, mas aqui retratado mais do ponto de vista dos europeus (um padre, um professor, um militar, uma jornalista). A história é conhecida mas sempre surpreende pela crueldade dos assassinos locais e pela indiferença dos espectadores estrangeiros. No elenco, John Hurt (de Alien) e Hugh Dancy (de King Arthur). #

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

[ 11:19 ]

Assisti em dvr The Kite Runner (EUA, 2007), do Marc Forster (o mesmo diretor de Finding Neverland e Stranger Than Fiction), baseado no livro homônimo. Em geral gostei do filme, principalmente como vislumbre das diferenças étnicas e sociais no Afeganistão, antes e depois do Taliban no poder. Mas não gostei de duas coisas em particular. Spoiler alert: se você não quer saber o que acontece na história pare de ler por aqui. A primeira coisa que me desagradou foi o protagonista. Sim, o primeiro erro, fugir da cena do crime e não tentar ajudar o amigo ou chamar por socorro, pode ser atribuído ao fato de ele ser só uma criança apavorada num momento de perigo. Mas a segunda incorreção, incriminar o amigo por um falso roubo só para não ter que o encarar, foi um movimento planejado e indesculpável. A partir daí fica muito difícil simpatizar com o protagonista e se envolver com sua tentativa de redenção. A segunda coisa que me desagradou foi a forma extremamente conveniente com que surgiu uma oportunidade de expiação. Seria bacana se o protagonista tivesse resolvido salvar um menino iraniano qualquer, fazer por ele o que não tinha feito pelo amigo. Que esse menino fosse exatamente o filho daquele amigo sendo atormentado exatamente pelo mesmo algoz do passado é uma coincidência grande demais. Não bastando isso, ainda fizeram que o amigo fosse não somente um amigo e revelaram que afinal ele era irmão secreto do protagonista, um laço de família desnecessário e que acaba por diminuir o valor do gesto principal da história. #

domingo, 18 de outubro de 2009

[ 18:23 ]

Achando que era uma adaptação de Voyage au Bout de la Nuit, do Céline, gravei e assisti Journey to the End of the Night (EUA-Brasil-Alemanha, 2006), do Eric Eason. O filme não tem qualquer relação com o livro, mas foi uma surpresa agradável. Scott Glenn (de The Right Stuff) é um estadunidense que mora em São Paulo e é dono de uma boate de striptease. Brendan Fraser (de The Mummy) é seu filho viciado em drogas e em jogatinas. Os dois têm uma mala cheia de cocaína que vai ser vendida em Santos para uns traficantes nigerianos, e Mos Def (de The Hitchhiker's Guide to the Galaxy) é o lavador de pratos da boate encarregado de fazer a entrega. E todos os planos começam a dar errado. São Paulo e Santos mostrados em seus piores ângulos servem de cenário perfeito para um boa história em clima neo noir. Gostei. No Brasil, o filme ganhou o título 12 Horas até o Amanhecer. #

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

[ 13:42 ]

Sessão dupla em dvd. Primeiro, Fanboys (EUA, 2008), do Kyle Newman, uma comédia sem novidades sobre nerds apaixonados por Star Wars. Ponto positivo: Kristen Bell com a roupinha de escrava da princesa Leia. Ponto negativo: todas as cenas com o Dan Fogler. O filme tem participações rápidas da Carrie "Leia Organa" Fisher, do Billy Dee "Lando Calrissian" Williams e do William "James T. Kirk" Shatner. Depois assisti Zack and Miri Make a Porno (EUA, 2008), do Kevin Smith. Bem melhor que seus filmes mais recentes, mas mesmo assim com uma trama previsível e bobinha. No elenco, além do par romântico um pouco inverossímil formado pela Elizabeth Banks e pelo Seth Rogen, aparecem também a porn star veterana Traci Lords e a porn star mais novinha Katie Morgan. Só para fãs irredutíveis do Kevin Smith. #

[ 13:21 ]

Aparentemente saltamos do verão para o inverno sem pausa para o outono. A temperatura lá fora está nos 44°F (6.5°C), com uma chuvinha fina e gelada. #

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

[ 11:11 ]

Sessão dupla em dvr com filmes indie. Primeiro, Margot at the Wedding (EUA, 2007), do Noah Baumbach. Bom elenco (liderado pela Nicole Kidman e pela Jennifer Jason Leigh), boa construção de personagens (apesar de nenhum deles ser simpático), mas com uma trama um bocado desestruturada. Por vezes parece estar indo numa direção definida mas é só impressão passageira, e o final é do tipo "tá bom, não sei mais o que fazer com a história, vou terminar o filme aqui mesmo". Depois vi Crashing (EUA, 2007), do Gary Walkow. Um escritor em crise de inspiração (Campbell Scott, de The Secret Lives of Dentists) é expulso de casa pela esposa e acaba acampando no sofá de duas estudantes de literatura (Izabella Miko, de Coyote Ugly, e Lizzy Caplan, de Cloverfield). A trama é simples mas, para quem se interessa pelo processo da escrita, a narrativa prende a atenção ao enveredar pelo uso de elementos da realidade como matéria prima para ficção. Um pequeno filme que surpreende como competente exercício de linguagem. #

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

[ 19:19 ]

Terminei de ler The Legacy (1992), do R.A. Salvatore, primeiro volume da quadrilogia Legacy of the Drow. A trama desta série está começando a ficar repetitiva, com os mesmos vilões ressurgindo, os mesmo tipos de duelos reencenados, as mesmas cenas de sacrifício reaparecendo (ao menos desta vez espero que o personagem que morreu continue morto e não volte no próximo volume). A seguir, Starless Night. #

terça-feira, 13 de outubro de 2009

[ 14:49 ]

Assisti em dvr Carrington (GB-França, 1995), do Christopher Hampton. Confesso a minha ignorância, pois nunca tinha ouvido falar na pintora Dora Carrington ou no escritor Lytton Strachey, retratados aqui pela Emma Thompson e pelo Jonathan Pryce, ambos em ótimas interpretações. O filme acompanha o relacionamento deste casal incongruente e mostra estilos de vida que ainda hoje seriam certamente considerados escandolosos por muita gente. A narrativa é lenta mas cativante. Gostei. Destaque para a trilha sonora do Michael Nyman. #

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

[ 12:17 ]

Sessão dupla em dvr, dois filmes péssimos. O primeiro foi Warriors of Virtue (EUA-China, 1997), do Ronny Yu. Bobinho até mesmo para o público infantil ao qual parece destinado, com uns inexplicáveis cangurus lutadores de kung fu e um final do tipo "era tudo um sonho". Lamentável. Depois assisti In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale (EUA-Canadá-Alemanha, 2007), porque não sabia que era dirigido pelo Uwe Boll. Como que o sujeito culpado por BloodRayne consegue dinheiro para uma produção destas e ainda convence um elenco que poderia evitar esta mancha no currículo a participar de um filme evidentemente destinado a ser um desastre? Será que o Jason Statham, a Leelee Sobieski, o John Rhys-Davies, o Ron Perlman, a Claire Forlani, o Ray Liotta e o Burt Reynolds não leram o roteiro ridículo antes de assinar o contrato ou estavam todos desesperadamente precisando de dinheiro? A história parece uma colisão desordenada de clichês do gênero de fantasia épica, os diálogos são patéticos, a direção e a edição demonstram uma inabilidade narrativa dolorosa e constrangedora. No meio de tudo isto, destaque para o Matthew Lillard numa das piores interpretações da história do cinema. O estranho é que eu vi o filme até o fim, como se estivesse dando vazão a uma curiosidade mórbida e admirando o choque entre o trem da incompetência e o caminhão da falta de noção. #

domingo, 11 de outubro de 2009

[ 20:28 ]

Vinho da noite (para acompanhar um novo episódio de Dexter): Dona Sophia 2007. Português, do Ribatejo. Mistura de uvas Castelão, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet. Muito bom. #

[ 20:24 ]

Terminei de assistir em dvd a segunda temporada de The Wire. Boa série. O final aqui não foi tão satisfatório como o da primeira temporada, mas parece ter preparado o terreno para as temporadas seguintes. Um personagem novo que eu gostaria de ver de volta à série é o Brother Mouzone (interpretado pelo Michael Potts), um assassino de aluguel janota (terno bem passado, gravatinha borboleta) e intelectual (leitor de The Nation e Harper's Magazine, entre outras). #

sábado, 10 de outubro de 2009

[ 11:18 ]

Assisti em dvr The Tesseract (Japão-Tailândia-GB, 2003), do Oxide Pang (um dos Pang Brothers da série de filmes de horror The Eye). História interessante envolvendo dois estrangeiros num caso de tráfico de drogas na Tailândia, roteiro alinear mostrando os mesmos momentos de pontos de vista diferentes, mas infelizmente o filme tem uns cacoetes de direção que tentam encaixar efeitos visuais desnecessários (alguns parecem copiados de The Matrix, outros só servem para deixar a história um pouco mais confusa). Nos papéis principais, o Jonathan Rhys Meyers (da série The Tudors) e a Saskia Reeves (da série Dune). #

sexta-feira, 09 de outubro de 2009

[ 20:27 ]

A série FlashForward já está começando a se enrolar na sua própria premissa. É complicado escrever uma história sobre premonições, porque para os personagens é fácil prová-las erradas. Por exemplo, o protagonista Mark Benford (Joseph Fiennes) viu que no futuro estará investigando um caso para o FBI, que terá voltado ao alcoolismo, e que sua vida estará em risco. É fácil negar esse futuro, basta pedir demissão do FBI ou se recusar a aceitar aquele caso. Mas não, ele persegue sua visão nos mínimos detalhes, quase como se quisesse que as partes ruins acontecessem. #

quinta-feira, 08 de outubro de 2009

[ 15:12 ]

Assisti em blu-ray Tales of the Black Freighter (EUA, 2009), de Daniel DelPurgatorio e Mike Smith, desenho animado que acompanha o filme Watchmen. Na graphic novel, essa história de piratas está entrelaçada com a narrativa central, servindo ao mesmo tempo como comentário e como contraponto à história principal. Fora desse contexto, não tem o mesmo impacto (e o Alan Moore soube encaixar magistralmente uma história dentro da outra, com o texto de uma se sobrepondo às imagens da outra), mas mesmo assim Tales of the Black Freighter retêm um certo charme um pouco na linha dos quadrinhos de horror dos anos cinqüenta. Na trilha sonora, a Nina Simone canta Pirate Jenny, dA Ópera dos Três Vinténs do Brecht. O mesmo disco traz ainda o pseudo-documentário Under the Hood, que dramatiza aqueles trechos da autobiografia do primeiro Nite Owl que aparecem entre os capítulos da graphic novel. #

quarta-feira, 07 de outubro de 2009

[ 12:26 ]

Assisti em blu-ray Watchmen (EUA, 2009), do Zack Snyder. Gostei, porque a história do Alan Moore e do Dave Gibbons é muito boa e porque a adaptação cinematográfica foi visualmente muito fiel à graphic novel original. Achei desnecessária a mudança do final, especialmente num filme em que a preocupação em respeitar o material original foi tão grande. Outra coisa que incomoda um pouco é a mania do Snyder de alterar a velocidade das imagens, abusando tanto dos efeitos de fast motion e slow motion que chega a distrair. Fora estas duas ressalvas, porém, Watchmen é bacana. Atores bem escolhidos (destaque para o Jackie Earle Haley interpretando o Rorschach e para o Patrick Wilson interpretando o Nite Owl), músicas bem escolhidas (Sounds of Silence no enterro do Comedian e a Cavalgada das Valquírias para acompanhar o doutor Manhattan na guerra do Vietnam funcionam bem, mas a melhor para mim foi Hallelujah do Leonard Cohen para a cena romântica do Nite Owl com a Silk Spectre). Claro que fiquei com vontade de reler a graphic novel mais uma vez. #

terça-feira, 06 de outubro de 2009

[ 23:12 ]

Aqui pertinho: Creative Art in Fly Dead Body. #

[ 23:12 ]

Lá longe: Fantastic Photos of our Solar System. #

segunda-feira, 05 de outubro de 2009

[ 10:32 ]

Comecei a assistir em dvd a segunda temporada de The Wire. Eu gosto de ver trajetórias de personagens e este início de temporada está ótimo, com a equipe desmontada na temporada anterior vagarosamente se reencaixando ao redor de um caso novo. A turma de traficantes do Avon Barksdale continua ativa apesar do chefão estar agora na penitenciária, e também entram na história novos vilões, de origem grega e polonesa, atuando na região do porto de Baltimore. Ah, e a música da abertura (Way Down In The Hole) continua a mesma mas agora é cantada pelo próprio autor, ninguém menos que o Tom Waits. Bacana. #

[ 10:15 ]

Continuando a acompanhar as aventuras do Drizzt Do'Urden, entrei agora na quadrilogia Legacy of the Drow, do R.A. Salvatore, mais de mil páginas de fantasia épica. O primeiro volume é The Legacy (1992), e começa onde The Halfling's Gem terminou, com os amigos todos reunidos em Mithril Hall para o casamento da Catti-brie com o Wulfgar. #

domingo, 04 de outubro de 2009

[ 10:30 ]

Alguns diretores de cinema parecem funcionar muito melhor contando histórias no palco diretamente para a platéia que fazendo filmes. Eu colocava o Kevin Smith nesta categoria, por causa da flutuação da qualidade dos seus filmes: Clerks (bom), Mallrats (muito ruim), Chasing Amy (bom), Dogma (razoável), Jay and Silent Bob Strike Back (muito ruim), Jersey Girl (péssimo), Clerks II (constrangedor), Zack and Miri Make a Porno (ainda não tive coragem de assistir). As suas palestras, porém, são sempre interessantes e divertidas. Agora descobri mais um diretor que merece inclusão na categoria, o John Waters. Seus filmes não são totalmente ruins mas possuem uma estética trash e uma narrativa tosca com as quais não consigo me identificar muito: Pink Flamingos, Polyester, Hairspray (o primeiro), Cry-Baby, Serial Mom, e vários outros. Mas falando para o público em This Filthy World, o show que vi ontem em dvr, ele é muito mais assistível, sem perder seu característico viés iconoclasta. #

sábado, 03 de outubro de 2009

[ 11:12 ]

Ontem começou a tão esperada série Stargate Universe, com um episódio de duas horas. Foi uma boa introdução, mas ainda é cedo para dizer se vão atingir o mesmo nível de entretenimento de Stargate SG-1 e Stargate Atlantis. O doutor Nicholas Rush (interpretado pelo Robert Carlyle, de Trainspotting e The Full Monty) parece ser um personagem bem interessante, espero que o adolescente nerd Eli Wallace (David Blue) e o casalzinho Matthew Scott (Brian J. Smith) e Chloe Armstrong (Elyse Levesque) não se tornem coadjuvantes irritantes. O Lou Diamond Phillips (de La Bamba) também apareceu rapidamente mas não entendi se o seu personagem vai ser permanente ou se era só uma participação como convidado. #

quinta-feira, 01 de outubro de 2009

[ 20:52 ]

Vinho da noite: The Holdings Cabernet Sauvignon 2007. Californiano. Não me agradou muito, achei pouco encorpado e demasiadamente ácido. #

[ 19:11 ]

Som do dia: Erik Satie. Passei a tarde toda ouvindo Satie: The Complete Solo Piano Music, com o Jean-Yves Thibaudet ao piano. #