domingo, 28 de fevereiro de 2010
[ 19:41 ]
Balanço de fevereiro, mês de muita neve e muito vinho: assisti 18 filmes e uns 20 episódios de séries de tv (incluindo o início da última temporada de Lost), ouvi 9 palestras (da série Great Ideas of Philosophy), terminei um jogo no Mac (The Battle for Wesnoth) e comecei outro no Playstation (Dragon Age: Origins). #
[ 19:02 ]
Sessão dupla em dvr com filmes baseados em livros do Michael Chabon. The Mysteries of Pittsburgh (EUA, 2008), do Rawson Marshall Thurber, é baseado no primeiro livro do Chabon e tem o Jon Foster como jovem protagonista confuso, a Sienna Miller como interesse romântico inalcançável, o Peter Sarsgaard como terceiro elemento do triângulo amoroso, e ainda o Nick Nolte como gangster e pai do jovem protagonista confuso. Fica faltando um personagem importante do livro original mas mesmo assim a história funciona razoavelmente bem, apesar de ser muito difícil simpatizar com o jovem protagonista confuso ou entender várias das escolhas dos personagens. Wonder Boys (EUA-GB-Alemanha-Japão, 2000), do Curtis Hanson, é baseado no segundo livro do Chabon e tem o Michael Douglas como escritor e professor, o Tobey Maguire como seu aluno estranho, o Robert Downey Jr. como seu editor, e a Frances McDormand como companheira de encontros secretos. Gostei ainda mais do filme nesta segunda vez, mesmo sabendo para onde a história se encaminhava o percurso sinuoso da história é uma delícia. O roteiro do Steve Kloves bem merecia ter levado um Oscar (que foi, injustamente, para Traffic). Uma curiosidade divertida: este deve ser o único filme onde você pode ver o Homem de Ferro e o Homem-Aranha juntos na cama. #
sábado, 27 de fevereiro de 2010
[ 11:16 ]
Assisti em dvr The Reader (EUA-Alemanha, 2008), do Stephen Daldry (o mesmo diretor de The Hours). Interessante exploração da complexidade sentimental e das regiões cinzentas da moralidade, com uma história extremamente triste. Me lembrou a frase do Conrad: "We live, as we dream - alone." The Reader valeu um Oscar de melhor atriz para a Kate Winslet, e foi indicado em quatro outras categorias. Numa coincidência estranha, os dois produtores, Sydney Pollack e Anthony Minghella, morreram antes que o filme estivesse terminado. #
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
[ 11:02 ]
Assisti em dvr Gigantic (EUA, 2008), do Matt Aselton, e fiquei sem saber muito bem se gostei ou se não gostei. A história central é razoavelmente interessante (apesar de se conduzir sempre a uma conclusão um bocado óbvia), com alguns personagens razoavelmente interessantes (apesar do exagero de excentricidades). Mas a subtrama envolvendo um homeless agressivo me pareceu completamente deslocada e desnecessária ou, na melhor das hipóteses, muito mal encaixada no resto da história. Em retrospecto, acho que não gostei. No elenco, Paul Dano (de There Will Be Blood), Zooey Deschanel (de Tin Man), e John Goodman (de The Big Lebowski). #
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
[ 10:38 ]
Quando assisti The Hangover no início do mês, comentei que parecia uma versão cômica e muito suavizada de Very Bad Things (EUA, 1998), escrito e dirigido pelo Peter Berg. Mas a verdade é que eu não me lembrava bem do filme e tive que o ver de novo ontem para confirmar os pontos em comum: um grupo de amigos, uma despedida de solteiro em Las Vegas, um acontecimento imprevisto criando uma série de problemas. E só. Very Bad Things é muito mais interessante, mais incisivo, mais corajoso, menos açucarado, e (esta é a parte que eu já não me lembrava bem) muito mais engraçado que The Hangover (na vertente do humor extremamente negro, claro). O elenco também é melhor: Jon Favreau (que além de ator é também o diretor de Iron Man), Leland Orser (da série ER), Christian Slater (de Interview with the Vampire), Jeremy Piven (da série Entourage), Daniel Stern (de City Slickers), e a Cameron Diaz (que no mesmo ano apareceu em There's Something About Mary) como bridezilla irritante. #
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
[ 16:36 ]
Sessão dupla em dvr com filmes dos anos oitenta que não envelheceram muito bem. Thief (EUA, 1981), do Michael Mann, conta a história de um ladrão de diamantes tosco e nervosinho (James Caan). Longas cenas de conversa, num estilo habitual nos filmes do Michael Mann. Algumas vezes funciona muito bem, como em Heat ou The Insider. Outras vezes gera filmes tremendamente aborrecidos, como em Manhunter ou neste Thief. Apesar das explosões, deu sono. Também no elenco, Willie Nelson e James Belushi. The Mean Season (EUA, 1985), do Phillip Borsos, conta a história de um jornalista (Kurt Russell) envolvido numa reportagem sobre um serial killer. A história é razoável, mas eu fiquei surpreso com a pobreza da fotografia e da direção de arte num filme deste nível. Achei interessante reconhecer vários lugares de Miami, quando vi o filme pela primeira vez há mais de vinte anos não imaginava que um dia iria morar lá. Também no elenco, Mariel Hemingway, Andy Garcia e Joe Pantoliano. #
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
[ 20:13 ]
Vinho da noite: Domaine Saint Benoît Syrah 2008. É um vin de pays, classificação que fica entre o vin de table (vinho de mesa, basicamente sem méritos especiais) e o appellation d'origine contrôlée (denominação de origem controlada, um certificado oficial de que o vinho vem de uma região de qualidade). Mesmo assim, é um vinho ótimo, com a vantagem de ser bem mais barato que os vinhos AOC e VDQS. Aqui tem uma explicação sucinta das categorias de vinhos franceses: Understand French Wines Categories. #
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
[ 13:41 ]
A série The Tudors realmente tem um problema grave com a cronologia dos papas. Primeiro, trocaram o Leo X por um tal de papa Alexander. Depois, saltaram diretamente para o Clemente VII sem passar pelo Adriano VI. Aí mataram o Clemente VII precocemente e colocaram o Paulo III em seu lugar para a ruptura do Henry VIII com o Vaticano. Agora mostraram o Michelangelo trabalhando na Capela Sistina e interagindo com o Paulo III, quando na verdade o papa que o contratou para aquele serviço foi o Julius II, quatro papas e um quarto de século antes do Paulo III. Uma grande salada papal. #
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
[ 11:07 ]
Há muito tempo eu não via The Asphalt Jungle (EUA, 1950), do John Huston, e quando o TCM o exibiu recentemente aproveitei a oportunidade para gravar o filme. Grande clássico noir, com toques de ironia e um final tipicamente hustoniano. A história acompanha um assalto a uma joalheria, do planejamento às conseqüências, com personagens emblemáticos (meu preferido é o metódico criminoso germânico interpretado pelo Sam Jaffe) e uma interessante dinâmica de classes (os bandidos do escalão mais baixo mantêm um código de honra e protegem-se uns aos outros, a gerência de nível médio preocupa-se muito com a sua reputação mas não resiste quando os problemas aparecem, e os bacanas no topo buscam somente o ganho próprio mesmo que às custas do resto da estrutura). Ciriosidade: num papel pequeno mas bem encaixado, aparece a Marilyn Monroe, que dez anos depois seria a atriz principal de outro filme do John Huston, The Misfits. #
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
[ 20:27 ]
Vinho da noite: Château de l'Abbaye 2007, Bordeaux Supérieur, França. #
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
[ 17:07 ]
Assisti em dvr Bottle Rocket (EUA, 1996), o primeiro longa-metragem do Wes Anderson. Um filme fácil de resumir: personagens imbecis fazendo coisas estúpidas numa história tola. Nos papéis principais deste desastre, Owen Wilson (que também co-assina o roteiro) e seu irmão Luke Wilson. #
[ 11:16 ]
Os números! Finalmente Lost revelou o significado dos números 4, 8, 15, 16, 23 e 42. Não foi uma explicação extraordinária (e eu acho que um mistério tão insistente e tão prolongado merecia uma explicação extraordinária), não foi uma explicação completa (alguns detalhes ficaram pendurados, como a falta de um número para a Kate ou a identidade do Kwon do número 42), e talvez nem seja a explicação final (não sabemos ainda se o personagem oferecendo a explicação estava contando a verdade), mas ao menos foi melhor que a ausência de explicações. #
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
[ 11:07 ]
Jogo da vez: Dragon Age: Origins, no Playstation 3. Inicialmente eu não estava gostando muito, principalmente por causa das inúmeras interrupções na ação para cenas que fazem avançar a história principal e as subtramas envolvendo os companheiros do protagonista. Mas depois que me acostumei com isso (e com outras pequenas limitações) comecei a perceber que vou passar muitas e muitas horas entretido com o jogo. #
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
[ 11:50 ]
Sessão dupla em dvr, com filmes muito fracos sobre criaturas sobrenaturais. The Dead One (EUA, 2007), do Brian Cox, é baseado nos quadrinhos El Muerto, The Aztec Zombie, do Javier Hernandez. Um imigrante mexicano (Wilmer Valderrama, o Fez da série That '70s Show) morre num acidente no dia dos mortos e volta ao mundo dos vivos com super poderes recebidos dos deuses astecas. O roteiro é uma coleção de clichês sem graça e a história não introduz qualquer novidade no gênero. Não recomendo. Twilight (EUA, 2008), da Catherine Hardwicke, é baseado no livro homônimo da Stephenie Meyer. Uma adolescente (Kristen Stewart, de Panic Room) vai morar numa cidadezinha no norte dos EUA e se apaixona por um vampiro angustiado com sua condição (Robert Pattinson, de Harry Potter and the Goblet of Fire). O Louis de Interview with the Vampire, da Anne Rice, era terrivelmente aborrecido com sua contínua crise de consciência, mas este Edward Cullen de Twilight ultrapassa os limites da paciência com sua postura de vampiro casto e vegetariano. Só recomendado para jovenzinhas doutrinadas para achar que o parceiro ideal é um sujeito misterioso que preza a virgindade da namorada acima de tudo (se você não percebeu que o filme é uma metafórica campanha pela abstinência sexual, não estava muito atento). #
[ 11:10 ]
O NBA All-Star Game ontem foi bom entretenimento, com a partida decidida somente no último segundo. O mais impressionante foi o tamanho do estádio (adaptaram o Cowboys Stadium para basketball em vez de football) e da platéia (mais de cem mil pessoas, mais que o dobro do recorde anterior para um jogo da NBA). Com tanta gente num estádio tão grande, como podia acompanhar o jogo quem sentou lá atrás? Na maior tela de tv do mundo, 49 metros de largura por 22 metros de altura, em alta definição, pendurada em cima da quadra. #
sábado, 13 de fevereiro de 2010
[ 17:53 ]
Sessão dupla em dvr. August (EUA, 2008), do Austin Chick, conta a história de dois irmãos que vêem sua empresa à beira do abismo no final da dot-com bubble. O protagonista Tom Sterling (Josh Hartnett, de The Black Dahlia) é um sujeito desprezível, bem representativo da arrogância dos empresários da época que fizeram fortuna quase instantânea com empresas que não davam lucro, muita conversa e pouca substância. Fiquei um pouco confuso com a intenção do filme, não fica claro se quer mostrar o Sterling como um sujeito incompreendido mas no fundo um bom rapaz (neste caso, falhou feio) ou como um vilão interessante (neste caso, falhou feio) ou alguma outra coisa (neste caso, falhou feio). King of California (EUA, 2007), escrito e dirigido pelo Mike Cahill, conta a história de um músico excêntrico (Michael Douglas, Oscar por Wall Street) que sai de uma clínica psiquiátrica e, com a ajuda da filha adolescente (Evan Rachel Wood, de Thirteen), vai em busca do tesouro perdido de um explorador espanhol. Apesar do clima indie delicodoce e do final um pouco forçado, o filme é simpático e vale pela atuação divertida do Michael Douglas. #
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
[ 20:17 ]
Completei todas as campanhas do jogo The Battle for Wesnoth: Heir to the Throne, An Orcish Incursion, The South Guard, Liberty, Legend of Wesmere, The Eastern Invasion, The Hammer of Thursagan, Descent into Darkness, Delfador's Memoirs, The Sceptre of Fire, Son of the Black Eye, The Rise of Wesnoth, Northern Rebirth (esta foi a que eu mais gostei), e Under the Burning Suns. Existem mais campanhas disponíveis para download, mas vou resistir à tentação. #
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
[ 17:08 ]
Selecionando as melhores interpretações das várias adaptações de The Hound of the Baskervilles e formando o elenco ideal para a história. Sherlock Holmes: Basil Rathbone (1939). Dr. Watson: posição vaga, ainda não achei um Watson que eu realmente gostasse. Sir Henry Baskerville: Christopher Lee (1959). Dr. Mortimer: Denholm Elliott (1983). John Barrymore, o mordomo: John Carradine (1939). Mrs. Barrymore, a governanta: Leni Parker (2000). Claro que não assisti todas as versões de The Hound of the Baskervilles, mas acho que vi as mais importantes. Ainda estou curioso para ver a adaptação televisiva de 1972 com Stewart Granger como Holmes e William Shatner como Stapleton, que parece não estar disponível em qualquer formato. #
[ 16:41 ]
Sessão dupla em dvd, não só mais dois fimes com Sherlock Holmes mas dois filmes baseados na mesma história. É muito interessante ver tantas variações sobre um mesmo tema. The Hound of the Baskervilles (GB, 1983), do Douglas Hickox, tem o Ian Richardson (da série House of Cards) interpretando o famoso detetive com um bom humor que eu ainda não tinha visto. Achei um bocado estranho ver um Holmes jovial e sorridente em quase todas as suas cenas, não combina com a minha concepção do personagem. O filme tem boa produção e a curiosidade de trazer de volta à história o inspetor Lestrade, que tem um papel tão dispensável na trama que acaba quase sempre eliminado das adaptações para as telas. Destaque para o Denholm Elliott (de A Room with a View) como doutor Mortimer (o médico que contrata Holmes para investigar o caso). The Hound of the Baskervilles (Canadá, 2000), do Rodney Gibbons, tem o Matt Frewer (das séries Max Headroom e Taken) interpretando o investigador de Baker Street quase como se fosse um lunático, combinando o brilhantismo das suas deduções com um entusiasmo quase infantil e um descaso quase patológico com todos que o rodeiam. A idéia é boa, mas seria melhor sem tanto overacting. O roteiro começa bem, simplificando algumas partes da trama (por exemplo, o doutor Mortimer não tem um cachorro e o Henry Baskerville só tem a bota roubada uma vez) sem grande prejuízo para a história (por exemplo, o diálogo inicial com o doutor Mortimer sintetizado numa caminhada até o mercado funciona bem). Mas pelo meio do caminho as coisas se complicam e o filme parece esquecer quem é o protagonista, eliminando toda a subtrama do Holmes perambulando por Dartmoor disfarçado de cigano. O detetive desaparece da história depois da introdução e só reaparece, de uma forma que não faz muito sentido, bem no finalzinho. #
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
[ 15:48 ]
Durante a noite voltou a nevar, e ainda não parou. O resultado é que um recorde de mais de cem anos foi quebrado. Neste inverno de 2009-2010 já tivemos 54.9 polegadas (139.4 centímetros) de neve em Washington DC, o que supera as 54.4 polegadas (138.1 centímetros) do inverno de 1898-1899. Eu fui dar uma olhada lá fora e a paisagem está ainda mais deserta que no weekend. Também está muito mais frio, e a temperatura de 25°F (-4°C) parece ainda mais baixa por causa do vento gélido soprando neve na minha cara. No Washington Post: It's history: Winter 2009-2010 snowiest on record. #
terça-feira, 09 de fevereiro de 2010
[ 23:27 ]
Não gostei muito do episódio de Lost de hoje. O primeiro problema é que alguns personagens parecem fazer um esforço desnecessário para não desvendar mistérios. Por exemplo, em vez de dizer "olha, você tem que fazer X por causa de Y, ou então acontece Z", eles dizem coisas como "você precisa ter fé". O segundo problema é que aquele "universo paralelo" me parece cada vez mais uma idéia terrivel. Não estou interessado numa nova linha narrativa, seja ela parte de um mundo alternativo, de um sonho ou de uma ilusão. A história que me interessa é a que eu estive acompanhando até agora, durante cinco temporadas. #
segunda-feira, 08 de fevereiro de 2010
[ 12:18 ]
Comecei a assistir a segunda temporada de The Tudors, que tem mais uma mistura indigesta de papas. Na série, o papa Clemente VI já morreu e foi substituído pelo papa Paulo III. Na verdade, o papa Clemente ainda estava vivo quando o Henry VIII e a Anne Boleyn se casaram, e foi ele que excomungou o rei da Inglaterra. É ótimo ver um ator como o Peter O'Toole entrando na série (ele interpreta o Paulo III), mas é triste ver mais uma "liberdade dramática" como esta. #
[ 11:55 ]
Belo jogo ontem, com os New Orleans Saints derrotando os Indianapolis Colts por 31 a 17 na primeira vez que disputaram a Super Bowl. Teve virada de placar (ao final do primeiro quarto os Colts venciam por dez a zero), field goals de muito longe (o Garrett Hartley foi o primeiro jogador na história a acertar três field goals a mais de quarenta jardas), e touchdowns empolgantes (o último deles resultado de uma interceptação do Tracy Porter, que em seguida correu 74 jardas para o touchdown). Bacana. #
domingo, 07 de fevereiro de 2010
[ 12:39 ]
Assisti em dvr Rules of Engagement (EUA, 2000), do William Friedkin. Boa produção, boas interpretações (Tommy Lee Jones e Samuel L. Jackson formam a dupla central), mas um roteiro canalha estruturado para defender o uso de força excessiva pelo exército e a idéia de que os fins justificam os meios mesmo quando os meios incluem assassinar prisioneiros de guerra ou metralhar uma multidão para matar terroristas. Se a intenção era oferecer uma visão multifacetada do problema, o filme falha colossalmente, apresentando o milico truculento como herói injustiçado por alguns políticos inescrupulosos. Terrível. #
sábado, 06 de fevereiro de 2010
[ 20:10 ]
A neve deste weekend foi tão forte e numa quantidade tão incomum para a região de Washington DC que já estão chamando o episódio de Snowmageddon e Snowpocalypse. Aqui onde eu moro não tivemos grandes problemas, mas em outras partes da cidade cairam árvores e a energia elétrica foi cortada em mais de duzentas mil residências. Os aeroportos, evidentemente, fecharam. Os ônibus e os trens (incluindo as partes do metrô que são ao ar livre) pararam. Pela primeira vez em trinta anos o U.S. Postal Service não entregou cartas num sábado. A neve chegou a 32.4 polegadas (82 centímetros) em dois dias, quebrando o recorde de 1996 que era de meras 23.2 polegadas (59 centímetros). Aqui em frente ao edifício (não me aventurei mais longe), apesar de ser uma das avenidas principais da cidade, pouquíssimos automóveis circulavam, quase só veículos de remoção de neve e de serviços básicos (polícia, bombeiros, ambulâncias, etc). No Washington Post: Historic snowstorm in D.C. leaves a mess to be reckoned with. No Los Angeles Times: Washington shuts down, buried in record snowfall. A temperatura agora está nos 22°F (-5°C). #
sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010
[ 20:32 ]
Vinho da noite: Los Rosales Cabernet Sauvignon 2007. Chileno. Encorpado e forte em tanino, daqueles que deixam a boca seca e a língua roxa. Muito bom. #
[ 13:27 ]
Estou assistindo no YouTube vários programas feitos pelo Charlie Brooker para a BBC. Já vi o Gameswipe, estou no meio de Newswipe, e depoir quero ver Screenwipe. Gostei do estilo crítico e do humor cáustico dele. #
quinta-feira, 04 de fevereiro de 2010
[ 12:22 ]
Assisti em blu-ray The Hangover (EUA, 2009), do Todd Phillips. É um filme bacaninha e razoavelmente divertido, mas me parece um pouco exagerado ter levado o Golden Globe de melhor comédia ou musical. Deve ter sido um ano muito fraco no gênero. Quatro amigos (Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha) vão a Las Vegas para uma despedida de solteiro e acordam no dia seguinte sem lembrar do que aconteceu na celebração, aparentemente selvagem, da noite anterior. Me pareceu uma versão cômica e muito suavizada de Very Bad Things, que eu vou ter que rever para confirmar se existe realmente alguma relação ou se imaginei tudo. Também no elenco, a sempre bonitinha Heather Graham e o pugilista Mike Tyson (que é tão ruim como ator que não consegue interpretar nem a si mesmo). #
quarta-feira, 03 de fevereiro de 2010
[ 23:28 ]
Vinho da noite: Gran Tarapacá Pinot Noir 2008. Chileno, da região de Casablanca, feito com uvas de vinhas importadas da região de Champagne. Muito bom, apesar do nome pouco sugestivo. #
[ 23:25 ]
Nova série de palestras no iPod: Great Ideas of Philosophy, com o professor Daniel N. Robinson. #
terça-feira, 02 de fevereiro de 2010
[ 23:30 ]
Começou a nevar novamente. Muita neve. #
[ 23:28 ]
Acabo de assistir o primeiro episódio (duplo) da última temporada de Lost. Com tantos mistérios para desvendar e tantas perguntas para responder, eu imaginava que a partir de agora a série fosse empilhar explicações e respostas umas atrás das outras. Mas não, esta temporada começou no mesmo ritmo e estilo das anteriores, dando mais reviravoltas na história e deixando mais questionamentos pelo caminho. Em alguns momentos, a sensação é de que estamos vendo algo genial e que tudo vai se encaixar repentinamente transformando Lost na melhor série da história da televisão. Em outros momentos, paira uma dúvida sobre a capacidade dos roteiristas para oferecer desfechos satisfatórios para todas as tramas e subtramas. E aquela "realidade paralela" introduzida agora me deixa com um enorme receio de ver Lost escapando por um caminho fácil, ridículo e imperdoável. #
segunda-feira, 01 de fevereiro de 2010
[ 13:24 ]
Assisti em dvr King Solomon's Mines (EUA, 1950), de Compton Bennett e Andrew Marton. Eu li o livro quando era criança e lembrava vagamente da trama, mas imagino que esta versão cinematográfica seja bem diferente do original do H. Rider Haggard. Por exemplo, no livro a expedição é formada para procurar o irmão de um nobre inglês, no filme inventaram uma mocinha em busca do marido perdido. Algumas ingenuidades da época me fizeram rir, como os exploradores atravessando a África selvagem com roupas impecavelmente lavadas e passadas (mais para o final, as roupas ficam subitamente esfarrapadas para demonstrar que jornada foi difícil) e a heroína cortando seus cabelos numa tenda no meio da savana e aparecendo no dia seguinte com um penteado de cabeleireiro. Stewart Granger interpreta o aventureiro Allan Quatermain, e Deborah Kerr é a inglesinha que o contrata para liderar a expedição de resgate. #