domingo, 31 de outubro de 2004

[ 23:04 ]

Esta semana o Burburinho revela um pouco do trabalho do artista Alex Ross. E o livro em pdf continua disponível para download gratuito. Burburinhe-se! #

[ 10:46 ]

As manhas do Google resumidas em uma página: Cheat Sheet. #

[ 09:28 ]

Verdes Trigos é uma organização não governamental, cujos fins institucionais são, entre outros, o fomento da cidadania através da cultura e do exercício da leitura. #

sábado, 30 de outubro de 2004

[ 21:40 ]

Ontem assisti em dvd Rios Vermelhos (Les Rivières Pourpres, França, 2000), do Mathieu Kassovitz. História policial bacaninha, com narrativa interessante (a investigação começa bifurcada, com dois detetives que só se encontram lá pelo meio do filme e descobrem que estão investigando o mesmo caso) e elenco competente (Jean Reno e Vincent Cassel em boa forma). Divertido. #

[ 20:55 ]

Indy Magazine appears just in time for the U.S. Presidential election to look at the intersection of comics and politics. #

[ 20:04 ]

Hoje eu e a Rosinha Monkees fomos passear em Pomerode, a uns cem quilômetros oeste daqui. Dizem que é a cidade mais alemã do Brasil, o que se nota principalmente na gastronomia e na arquitetura. Chegamos e já fomos direto para o Restaurante Típico Colonial Wunderwald, onde comemos eisbein (joelho de porco pururuca) e kassler (costeleta de porco defumada) acompanhados de um saboroso purê de batatas. Em seguida fomos passear pelos arredores da cidade, onde vimos muitas vacas e várias casas em estilo enxaimel (estrutura de madeira, tijolos fechando os vãos, telhados bem inclinados). Depois visitamos o Zôo Pomerode, um jardim zoológico surpreendente para uma cidadezinha de pouco mais de vinte mil habitantes. São centenas de animais, entre eles um hipopótamo, ursos, um leão, onças, macacos, avestruzes, araras, pavões, pingüins, cobras, lagartos, e vários outros. Gostei. No caminho de volta ainda fizemos uma parada na estrada, perto de Gaspar, para um rodízio de caldo de cana (você paga um real e cinqüenta centavos e bebe quanto agüentar). Belo passeio. #

sexta-feira, 29 de outubro de 2004

[ 16:30 ]

Assisti em dvd Guilty by Association (EUA, 2003), dirigido por Howard Gibson e Po Johns, que é um desastre completo. Mal roteirizado, mal dirigido, mal interpretado. Morgan Freeman, alardeado no cartaz como se fosse o ator principal, quase não aparece no filme, que fica nas mãos de amadores sem talento. O título brasileiro, Vítimas Inocentes, parece referir-se aos incautos que alugam o dvd. Péssimo. #

[ 15:28 ]

Muita gente chama Florianópolis carinhosamente de Floripa. No mesmo espírito, tenho chamado Balneário Camboriú de Camba. Já ouvi explicações diferentes para o nome da cidade, uns dizem que é "lugar de robalos" em tupi-guarani, outros dizem que é português mesmo, corruptela de "camba do rio" ("curva do rio"). De qualquer forma, balneários existem em muitos lugares, Camboriú é outra cidade (minúscula) aqui perto, e Balneário Camboriú é um nome muito grande para dizer freqüentemente. Então, para mim, fica sendo Camba mesmo. #

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

[ 11:48 ]

Ontem fomos ao cinema em Itajaí assistir King Arthur (EUA-Irlanda, 2004), do Antoine Fuqua. O filme começa explicando que vai contar uma história mais perto dos recentes achados arqueológicos que dos relatos tradicionais sobre o mítico rei. Não sou especialista em história, mas fiquei desconfiado que essa afirmação de autenticidade é um bocado enganosa, particularmente num filme cheio de anacronismos (por exemplo, armas que não existiam na época) e de deslizes geográficos (por exemplo, os saxões atacando no lugar errado). Fora isso, o roteiro é interessante, tanto pela visão diferente sobre personagens conhecidos (Arthur como oficial romano, Guinevere como guerreira bárbara, etc) quanto pelas questões morais apresentadas (um soldado seguindo ordens confrontado com o que acha ser a coisa certa a fazer, exatamente como em outro filme do diretor, Tears of the Sun). O elenco me pareceu fraco (com exceção do ótimo Ray Winstone interpretando o guerreiro tosco Bors) e as cenas de batalha poderiam ser melhor trabalhadas (mas gostei do combate no gelo no começo do filme). #

[ 11:03 ]

Eu pensava que aqui no Balneário Camboriú, num computador com mais memória e com uma placa de vídeo mais potente, estaria melhor equipado que em Águas de Lindóia para jogar Neverwinter Nights. Grande engano. Como o processador é mais fraco, o jogo nem funcionou. Pena. #

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

[ 12:16 ]

Programa tentador para janeiro: Festival International de la Bande Dessinée d’Angoulême. #

[ 10:44 ]

The digital art of Craig Wentworth: Looks Can Kill. #

[ 09:35 ]

Assisti em dvd Bikini Beach (EUA, 1964), do William Asher, o terceiro filme da série da turma da praia, que está cada vez pior. Voltam Frankie Avalon e Annette Funicello nos papéis principais, volta Harvey Lembeck como o motoqueiro Eric Von Zipper, volta até Stevie Wonder em número musical, mas nada salva o roteiro abobado e a direção desinspirada. Depois de Vincent Price e Peter Lorre nos filmes anteriores, o convidado especial desta vez foi Boris Karloff. #

terça-feira, 26 de outubro de 2004

[ 17:50 ]

Retomei meu ciclo The X-Files onde tinha parado nos EUA, no quinto episódio da sétima temporada, Rush, que apresenta um adolescente usando de forma maldosa poderes semelhantes aos do super-herói The Flash. O episódio seguinte, The Goldberg Variation, é mais bacaninha e conta a história do homem mais sortudo do paneta, Henry Weems (interpretado pelo Willie Garson, figurinha conhecida de séries de tv como Stargate SG-1, The Practice e Monk, que também já apareceu em The X-Files antes). #

[ 16:42 ]

Encontrei um clube de sinuca aqui no Balneário Camboriú, o Saloon Snooker Bar, e hoje fui lá jogar. Fiquei um pouco decepcionado, não com a minha falta de treino (eu já esperava por isso depois de dois meses sem praticar) mas com a grande diferença para o equipamento com que eu estava acostumado nos EUA. As mesas aqui são bem maiores, com caçapas de boca estreita, e os tacos são todos bem fininhos, com pontas de circunferência menor que um lápis. Não sei se vou me habituar. #

[ 11:05 ]

Thinking Machine 4 is an artificial intelligence program, ready to play chess with the viewer. A map is created from the traces of literally thousands of possible futures as the program tries to decide its best move. Those traces become a key to the invisible lines of force in the game as well as a window into the spirit of a thinking machine. #

[ 09:59 ]

Assisti em dvd O Brother, Where Art Thou? (EUA, 2000), dos irmãos Coen. É interessante a idéia de adaptar a Odisséia para o sul dos EUA nos anos trinta, mas a melhor coisa do filme acaba sendo mesmo a trilha sonora com clássicos do bluegrass como I Am a Man of Constant Sorrow e In the Jailhouse Now. Fora isso, me diverti procurando as referências à obra de Homero (Ulisses tentando voltar para casa, Penélope sendo assediada por um pretendente, um ciclope de tapa-olho, três sereias na beira do rio, etc). #

[ 09:50 ]

Desvendando crimes no império romano: Death in Rome. #

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

[ 17:57 ]

Som do dia: J.J. Cale. #

[ 16:28 ]

Ontem fui ao cinema ver Man on Fire (EUA, 2004), do Tony Scott. História um pouco previsível, algumas cenas excessivamente melosas, mas mesmo assim um thriller razoável. O elenco está cheio de curiosidades: além de Denzel Washington (Oscar por Training Day) e Dakota Fanning (a menininha de I Am Sam e Taken), temos Christopher Walken (depois de tantos filmes como bandido, aqui aparece como amigo do mocinho), Marc Anthony (cantor hispânico, marido da Jennifer Lopez), Giancarlo Giannini (astro de filmes da Lina Wertmüller e do Luchino Visconti na década de setenta), Mickey Rourke (gordo e deformado por cirurgias plásticas, está ficando parecido com o William Shatner), e até Gero Camilo (ator brasileiro que citei aqui recentemente, chamando-o de novo Wilson Grey do cinema nacional por aparecer como coadjuvante em muitos filmes recentes). #

[ 15:39 ]

Escrevi ontem que tinha comido côngrio e algumas pessoas perguntaram se era o mesmo que congro. Fui procurar no dicionário e não encontrei côngrio, somente congro: "peixe costeiro (Conger orbignyanus) encontrado no Atlântico ocidental, do Rio de Janeiro até a Argentina, com até 1 m de comprimento, olhos grandes, lábios grossos, dorso marrom-escuro, parte ântero-inferior esbranquiçada, faixa clara nas laterais da nadadeira anal, poros da linha lateral claros, nadadeiras dorsal e anal claras com margens enegrecidas". Aparentemente, é o mesmo peixe, que em português se chama congro, em castelhano se chama congrio (sem acento), vem do latim congrus, e aqui nos restaurantes do Balneário Camboriú é conhecido como côngrio (com acento). #

[ 15:17 ]

Este é o post número 4.444. #

domingo, 24 de outubro de 2004

[ 23:46 ]

Esta semana o Burburinho fala do poeta Cruz e Souza. E o livro em pdf continua disponível para download gratuito. Burburinhe-se! #

[ 23:17 ]

O passeio de hoje começou com um belo almoço no restaurante Camarões, côngrio grelhado e gratinado com presunto e azeitonas. Após o almoço rodamos pela cidade e vimos a ponte-pênsil, teoricamente uma miniatura da ponte Hercílio Luz de Florianópolis mas somente para pedestres. A Rosinha Monkees, apesar de veterana de parques de diversões com montanhas-russas gigantescas, ficou apavorada com o balanço das pranchas de madeira suspensas sobre o rio Camboriú, especialmente quando comecei a imitar o Short Round sacudindo a ponte em Indiana Jones and the Temple of Doom. Depois fomos conhecer a rodovia interpraias, também conhecida como LAP (linha de acesso às praias), mas sem sair do carro porque estava garoando. Passamos por Laranjeiras, Taquaras, Taquarinhas, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho, praias que merecem outra visita quando o dia estiver ensolarado. O percurso terminou de volta ao Balneário Camboriú, no Atlântico Shopping, onde vimos uma interessante exposição de anúncios antigos, A Propaganda de Medicamentos e Artigos de Toucador no Século XX, apresentando produtos como Biotônico Fontoura, Creme Rugol, Gumex, Pílulas da Vida do Doutor Ross, Sabonete Lifebuoy, Talco Cashmere Bouquet, e vários outros do fundo do baú. Nada mal para um domingo de chuva. #

[ 12:30 ]

Depois que falei aqui na bonitinha Débora Falabella, que vi pela primeira vez no filme A Dona da História, várias pessoas me recomendaram assistir Lisbela e o Prisioneiro (Brasil, 2003), do Guel Arraes. Gostei muito dos diálogos, rápidos e afiados como os dos clássicos que o filme homenageia, e também dos elementos de metalinguagem na narrativa. A historia, porém, é bobinha, talvez propositadamente espelhando os amores instantâneos de melodramas e comédias românticas do passado. Marco Nanini está divertido como matador de aluguel com estética de Waldick Soriano e Selton Mello se encaixa bem no papel de saltimbanco falastrão. A bonitinha Débora Falabella continua bonitinha, mas não tanto como a coadjuvante Virginia Cavendish, que, nas palavras do personagem Leléu, "é mais carnuda, é mais mulherão". #

sábado, 23 de outubro de 2004

[ 22:25 ]

Algumas curiosidades de Blumenau: primeira cidade no estado a ter um cinema (Cine Busch, inaugurado em 1907), primeira cidade no estado a ter uma estação de rádio (Rádio Cultura, hoje Rádio Clube, inagurada em 1935), primeira cidade no estado a ter uma estação de tv (TV Coligadas, hoje RBS TV, inaugurada em 1969), única cidade no país a ter três nativas eleitas Miss Brasil (Vera Fisher, Ingrid Budag, Isabel Cristina Beduschi). #

[ 22:15 ]

Hoje eu e a Rosinha fomos até Blumenau visitar a Oktoberfest. Eu não gosto muito de cerveja (só das mexicanas Sol e Corona, bem leves), então fui mais para apreciar as bandinhas e os trajes típicos alemães. Aproveitamos também para fazer umas comprinhas no Shopping Center Neumarkt e para ver o Museu da Cerveja (pequeno, com peças usadas para fabricar cerveja na época da fundação da cidade). Mas o melhor do passeio foi mesmo o almoço no restaurante Biergarten. Ataquei um buffet de comidas tradicionais da região e me empanturrei com rosbife de ema, marreco assado, pato ensopado e kassler (bistequinha de porco defumada). Yummy! #

sexta-feira, 22 de outubro de 2004

[ 14:01 ]

O filme de ontem em dvd foi Chin Gei Bin (2003), do Dante Lam, escolhido pela Rosinha por causa do Jackie Chan no elenco (em papel minúsculo). Nos EUA o título era The Twins Effect, aqui no Brasil se transformou em A Liga Contra o Mal. Mistura história de vampiros com artes marciais, apresentando várias seqüências de luta daquelas com os atores pendurados em fios invisíveis que permitem saltos assombrosos. O roteiro é fraquinho e parece episódio-piloto para série de televisão. Não gostei. #

[ 12:50 ]

Into the Blogosphere: "This online, edited collection explores discursive, visual, social, and other communicative features of weblogs. Essays analyze and critique situated cases and examples drawn from weblogs and weblog communities. Such a project requires a multidisciplinary approach, and contributions represent perspectives from Rhetoric, Communication, Sociology, Cultural Studies, Linguistics, and Education, among others." #

quinta-feira, 21 de outubro de 2004

[ 18:49 ]

Andróides sonham com carneiros elétricos? Essa era a pergunta no título do livro do Philip K. Dick que inspirou o filme Blade Runner. O site Electric Sheep homenageia a idéia e oferece carneirinhos virtuais (na verdade, imagens fractais animadas) para os sonhos dos computadores que se ligarem ao projeto. #

[ 17:37 ]

Som do dia: fados, cortesia do meu amigo Craig Becker, que me ofereceu uma coleção de oitenta canções. #

[ 16:43 ]

Boa entrevista com o Neal Stephenson, autor de Cryptonomicon e Quicksilver, entre outros: Neal Stephenson Responds With Wit and Humor. Se não tiver paciência para ler tudo, leia ao menos a segunda e a última respostas. #

[ 10:01 ]

Fotos espetaculares: os vencedores do Wildlife Photographer of the Year. #

[ 09:19 ]

Ontem eu e a Rosinha fomos assistir A Dona da História (Brasil, 2004), do Daniel Filho. É uma espécie de The Butterfly Effect em ritmo de comédia romântica e com elenco da Rede Globo. A narrativa é interessante, com idas e vindas no tempo e alguns requintes metalingüísticos, mas a história é um pouco bobinha, uma justificação a posteriori do mito do príncipe encantado. Gostei de ver a bonitinha Débora Falabella, que eu ainda não conhecia. #

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

[ 18:00 ]

Pintando com luz: Chris Becker. "Light painting is a technique in which light sources are projected or 'painted' in selective areas during the camera exposure. All work is done on camera, no computer manipulation occurs. Exposures can range from 20 seconds upwards to 5 hours to achieve." #

[ 11:22 ]

Som do dia: Connie Francis. #

[ 09:16 ]

Ontem assistimos em vhs Muscle Beach Party (EUA, 1964), do William Asher, seqüência de Beach Party. É muito ruim, com história rarefeita e narrativa arrastada. Salvam-se somente alguns números musicais com Dick Dale e com um rapazinho chamado Stevie Wonder, em estréia cinematográfica aos quatorze anos. Aparece também a bonitinha Luciana Paluzzi, que depois seria Bond girl em Thunderball. E, como o filme anterior tinha participação especial do Vincent Price, este trouxe Peter Lorre, seu companheiro nas produções B do Roger Corman. Mesmo com todos estes nomes ilustres, Muscle Beach Party é um desastre. #

terça-feira, 19 de outubro de 2004

[ 18:03 ]

Som do dia: Buddy Holly. #

[ 15:03 ]

Uma boa resposta, em quadrinhos, às alterações que George Lucas fez a Star Wars: Greedo Shoots First Comic. #

[ 13:30 ]

Ainda não me acostumei com tantos gatos ao meu redor. Na casa da Jade e do David eram só dois, um deles mais tranqüilo que o Dorival Caymmi na hora da sesta. Aqui são sete correndo e pulando por todos os lados. Ontem eu estava no sofá com uma caneca na mão, um deles resolveu me usar de trampolim e me fez derramar o chá na camisa. O único quietinho é o Paco, o mais velho e o mais gordo dos siameses. Os dois mais novos, um siamês caolho chamado Pompom e um vira-lata listrado chamado Gutoenando (assim mesmo, numa palavra só, em homenagem a uma obscura dupla breganeja que a Rosinha gosta), são pequenos capetas em forma de felinos. Os outros, todos siameses, gostam de pular em cima do computador enquanto estou escrevendo ou entrar no armário quando quero pegar alguma roupa, e são tão parecidos que nunca sei qual é a Snoopy (assim mesmo, uma gata com nome de cachorro), a Shania (homenagem à Twain), a Mimi ou a Katita. #

[ 09:30 ]

Comecei a explorar a coleção de dvds da Rosinha, que parece ser especializada em coisas dos anos sessenta. Ontem assistimos Beach Party (1963), do William Asher, filme que vi muitas vezes na sessão da tarde quando era criança. É um romancezinho sem graça, com a bochechuda Annette Funicello apaixonada pelo baixinho Frankie Avalon mas determinada a preservar sua virgindade, atitude que contrasta com o comportamento aparentemente liberal do resto da turma da praia. Aparecem também a Dorothy Malone (Oscar por Written on the Wind) e o Vincent Price (que só diz uma frase, alusão aos seus filmes de terror: "Bring me my pendulum, kiddies, I feel like swinging!"), mas o preferido da minha infância era mesmo o Harvey Lembeck interpretando um motoqueiro de meia idade com sotaque italiano, Eric Von Zipper. E o guitarrista que anima as festinhas da praia (aparentemente com instrumentos mágicos, já que as guitarras elétricas não têm fios e ouvimos o som de um saxofonista que nunca aparece) é ninguém menos que o grande Dick Dale, the king of surf guitar. #

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

[ 16:40 ]

WorldChanging: models, tools, and ideas for building a bright green future. #

[ 15:48 ]

O Alexandre Cruz Almeida, do Liberal Libertário Libertino, gentilmente linkou este modesto Por um Punhado de Pixels entre os seus blogs favoritos. Thanks! O mais engraçado é que ele me chamou de "lendário Nemo Nox". #

[ 11:55 ]

É engraçado comparar as notícias entre o Diarinho e os outros jornais. Por exemplo, a Tribuna Catarinense publicou: "O proprietário de uma oficina mecânica de Camboriú foi preso depois de descobertas feitas pelo serviço de inteligência da Polícia Militar na quinta-feira. (...) Na oficina estava um veículo Ford Pampa, placas IBK-5649, de Balneário Camboriú, que tinha registro de furto. O carro foi apreendido e o responsável pela mecânica, Laércio de Oliveira, 36 anos, foi preso e levado à delegacia." Já no Diarinho, a notícia saiu assim: "Uma caranga Ford Pampa que tá com registro de furto foi encontrada na tarde desta quinta-feira em Camboriú. O cabritinho tava na Mecânica Flash, e foi descoberto pelo serviço de inteligência da Polícia Militar de Balneário Camboriú. Por volta das 15h, os bambambans da PM foram até a rua Siqueira Campos dar uma zoiada na tal mecânica. Lá deram de cara com a Pampa (...) O dono da mecânica, Laércio de Oliveira, 36 anos, o Batoré, jurou de pés juntos que não tava sabendo de nada, que é um cara trabalhador e tem ótimos clientes." A diferença nas manchetes também é divertida. "Ficou nervoso e destruiu bar" virou "Cachaceiro revoltado quebra boteco a machadadas". "Menina de 13 anos é vítima de estupro" virou "Nojento buliu com guria de 13 anos no bairro das Nações". Daria um belo estudo de jornalismo comparativo. #

[ 11:40 ]

O Balneário Camboriú tem várias ofertas de jornal: além dos regionais Diário Catarinense (Florianópolis), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e A Notícia (Joinville), encontrei os locais Tribuna Catarinense, O Atlântico, Página 3, e o peculiar Diarinho, que traz notícias em linguajar popular. #

domingo, 17 de outubro de 2004

[ 22:33 ]

Esta semana o Burburinho relembra a malandragem de Moreira da Silva. E o livro em pdf continua disponível para download gratuito. Burburinhe-se! #

[ 19:05 ]

Hoje foi dia de festas regionais. Primeiro, eu e a Rosinha fomos até Brusque visitar a Fenarreco (Festa Nacional do Marreco). Assistimos a apresentação da Família Fenarreco (jovens vestidos de marrecos dançando ao som de uma bandinha alemã) e almoçamos um belo marreco assado. Havia também uma exposição de artesanato local sem grande interesse. Depois fomos até Itajaí visitar a Marejada (Festa Portuguesa e do Pescado do Brasil). Bem maior e mais animada, com danças típicas lusitanas, uma bandinha itinerante (da qual fazia parte um sujeito vestido de Cebolinha que mais parecia o Chucky dos filmes Child's Play), exposição de artesanato local, e muita comida (eu me locupletei com uma deliciosa caldeirada de frutos do mar). Um domingo divertido, e com uma gargalhada inesperada ao ver a Rosinha chamando o galo de Barcelos de galo de Quintino. #

[ 09:45 ]

Ontem fomos ao Cine Atlântico (o único do Balneário Camboriú, com duas salas) assistir Wicker Park (EUA, 2004), do Paul McGuigan. A história poderia estar num dramalhão mexicano (gênero que chega a ser mencionado por um dos personagens), mas a forma com que é contada, fragmentada e alinear, como se fosse um puzzle, com mistério e suspense, torna o filme muito interessante. O coadjuvante Matthew Lillard (de Hackers e Scream) é bem melhor que o protagonista Josh Hartnett (de Pearl Harbor e Black Hawk Down). E as bonitinhas Rose Byrne e Diane Kruger já foram bonitinhas juntas em outro filme, Troy, onde interpretaram Helen e Briseis. Fiquei curioso para assistir o filme L'Appartement, do qual Wicker Park é uma refilmagem. #

sábado, 16 de outubro de 2004

[ 22:46 ]

A casa da Rosinha tem uma porta de vidro entre a sala e a varanda. Quando está aberta, os gatos passam correndo por ali. Quando está fechada, os gatos passam correndo por ali e batem com a cara no vidro. Já dei boas risadas com o ar estupefato dos felinos. #

[ 22:40 ]

O dia hoje esteve nublado. Dei uma caminhada pela cidade, sem chegar à beira da praia. Entre as muitas lojas de roupa e as várias casas de câmbio, encontrei o que chamam por aqui de camelódromo, um conglomerado de lojinhas vendendo todo tipo de material pirateado ou contrabandeado. Espantoso. Depois fomos ao Atlântico, um shopping center bacaninha com duas salas de cinema e uma boa praça de alimentação. #

[ 17:09 ]

A viagem para o Balneário Camboriú foi tranqüila, o ônibus leito da Auto Viação Catarinense é bem confortável e dormi durante grande parte das nove horas de percurso. O filme de bordo foi Three for the Road (EUA, 1987), do Bill L. Norton, uma grande bobagem com a curiosidade de ser estrelada por Charlie Sheen e Alan Ruck, que dez anos depois atuariam juntos na série Spin City. Agora já estou instalado na casa da minha amiga Rosinha Monkees, na companhia de seus sete gatos. Sem grandes surpresas, meu quarto está cheio de posters dos Monkees. #

sexta-feira, 15 de outubro de 2004

[ 10:25 ]

Contabilidade cultural: 40 dias de Brasil, 8 livros, 34 álbuns de quadrinhos, 45 filmes. #

[ 10:03 ]

Hoje começa a segunda etapa da minha fase nômade. Depois de mais de um mês na casa dos meus pais em Águas de Lindóia, parto agora para o Balneário Camboriú, onde vou me hospedar por uns tempos na casa da minha amiga Rosinha Monkees. #

[ 09:34 ]

Assisti em vhs Stuck On You (EUA, 2003), dos irmãos Farrelly. Apesar de ser basicamente a mesma piada repetida em ligeiras variações durante duas horas, o filme tem alguns bons momentos. Matt Damon e Greg Kinnear pareciam uma escolha estranha para os papéis principais mas funcionam bem (talvez exatamente pelo aparente miscasting), e ainda há a atração das participações especiais (Cher, Meryl Streep, Jesse Ventura, e até Fernanda Lima). O desfecho do roteiro poderia ser menos meloso e mais engraçado. #

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

[ 20:34 ]

Li os quatro álbuns da série em quadrinhos Blood Legacy (Top Cow, 2000), dos irmãos Matt e Kerri Hawkins. Algumas idéias interessantes sobre vampirismo, com explicações (pseudo) científicas substituindo o tradicional viés sobrenatural. Infelizmente, porém, a história é quase inexistente, mera desculpa para apresentar a teoria do autor sobre sua raça de vampiros. O traço do Mark Pajarillo é bacana, pena que suas mulheres exuberantes tenham quase todas o mesmo rosto, como mínimas variações. #

[ 19:32 ]

Animação 3d: The Factory. #

[ 13:01 ]

Comecei a ler Malagueta, Perus e Bacanaço (Civilização Brasileira, 1975), do João Antônio, e já encontrei um conto do qual eu gostava desde a adolescência, Afinação da Arte de Chutar Tampinhas, clássico do zen tupiniquim. "Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. A vontade era chutar. Um pedaço de papel, uma ponta de cigarro, outro pedaço de papel. Qualquer mancha na calçada me fazia vir trabalhando o arremesso com os pés. Depois não eram mais papéis, rolhas, caixas de fósforos. Não sei quando começou em mim o gosto sutil. Somente sei que começou. E vou tratando de trabalhá-lo, valorizando a simplicidade dos movimentos, beleza que procuro tirar dos pormenores mais corriqueiros da minha arte se afinando. Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. Vou me chegando, a vontade crescendo, os pés crescendo para a tampinha, não quero chute vagabundo. Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a idéia de que para acertar, necessário pequenas erradas." Só este conto já valeria o livro. #

[ 12:41 ]

Palíndromos e anagramas: Jim Kalb's Palindrome Connection. #

[ 11:27 ]

Assisti em vhs The Sin Eater (EUA-Alemanha, 2003), escrito e dirigido pelo Brian Helgeland. O roteiro é razoavelmente interessante (sem ser tão bom como L.A. Confidential nem tão ruim como Assassins, ambos do mesmo autor), explorando alguns mitos cristãos mas sem doutrinação (como o péssimo Left Behind que vi há poucos dias). O casalzinho Heath Ledger e Shannyn Sossamon repete o par meloso de A Knight's Tale e o velho Peter RoboCop Weller aparece como cardeal. Nos EUA, por alguma razão obscura, este filme se chamava The Order. #

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

[ 18:19 ]

Já estou há mais de um mês aqui na casa dos meus pais em Águas de Lindóia, e ainda não tinha ido ao jardim. Eu sou criatura urbana, gosto de ficar dentro de casa ou de perambular por ruas de asfalto. Pois hoje minha mãe insistiu que eu fosse lá fora ver os canteiros de flores que estão plantando. Bastaram alguns minutos para eu ser atacado por formigas lava-pé (solenopsis invicta, que nos EUA são chamadas de fire ants), pelo menos uma centena delas subindo pelas minhas pernas. Tive que correr até a torneira mais próxima, arrancar os tênis e as meias, e mergulhar os pés na água. Mesmo assim, fiquei cheio de picadas e cheio de coceira. Se a casa fosse minha, já teria cimentado todo o jardim. #

[ 12:25 ]

Música experimental: Gameboyzz Orchestra Project. #

[ 11:54 ]

Sessão dupla de filmes em vhs. Primeiro, The Deep End (EUA, 2001), dirigido por Scott McGehee e David Siegel. Thrillerzinho sem estrelas (Tilda Swinton e Goran Visnjic lideram o elenco), refilmagem de The Reckless Moment, que Max Ophüls dirigiu em 1949 (com James Mason e Joan Bennett). A protagonista não é muito esperta mas ao menos é determinada e incansável para defender a família. Interessante. Depois, Blind Horizon (EUA, 2004), do Michael Haussman. Val Kilmer é encontrado sem memória (adoro histórias com amnésicos) numa cidadezinha do New Mexico, e tenta descobrir sua identidade em meio a uma trama de política e assassinato. O elenco é bom (Neve Campbell, Sam Shepard, Amy Smart, Faye Dunaway) e a história mantém a atenção (apesar do mistério ser estragado pelo título brasileiro, O Assassino do Presidente). Bacaninha. #

terça-feira, 12 de outubro de 2004

[ 18:57 ]

Terminei de ler O Livro dos Ciúmes (Editora Record, 1999), do Carlos Trigueiro. Um pouco tchecoviano, é bem mais parecido com o anterior, O Clube dos Feios, que com o seguinte, O Livro dos Desmandamentos. Os contos que eu mais gostei foram O Herdeiro, passado no Rio de Janeiro antigo, e A Quarta Concubina, passado na China ainda mais antiga. #

[ 13:34 ]

Paisagem infinita: The Zoomquilt. #

[ 12:26 ]

Assisti em vhs In the Cut (Austrália-EUA-GB, 2003), da Jane Campion. Um filme estranho com personagens estranhos se comportando de forma estranha. A trama é sobre a investigação de uma série de assassinatos, mas isso fica em segundo plano porque tudo se passa quase como num pesadelo orquestrado pelo David Lynch, com a direção dando mais importância à atmosfera que ao enredo. Meg Ryan aparece nua, Mark Ruffalo não convence muito como galã, Jennifer Jason Leigh não aparece nua, e Kevin Bacon faz um papel pequeno tendo ataques de nervos e catando cocô de cachorro na rua. Estranho. #

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

[ 19:39 ]

Sujeito bom de aerógrafo: Andrew Gonzalez. #

[ 19:22 ]

The Rock and Roll Hall of Fame and Museum proudly presents the History of Rock and Roll Visual Timeline. #

[ 10:35 ]

Assisti em vhs Pelé Eterno (Brasil, 2004), do Anibal Massaini Neto. É sempre bacana rever as jogadas espetaculares do rei do futebol, mas achei excessiva a glorificação do biografado. O destaque é somente para os pontos positivos da carreira esportiva, deixando de lado todas as polêmicas em que Pelé se envolveu (romances com starlets, conturbado reconhecimento de paternidade de uma filha, incursões pela política, tudo isso é tratado com menos importância que notas de pé de página) e esquivando-se de qualquer reflexão mais profunda sobre a biografia. Como documentário, é medíocre. Como jornalismo investigativo, é ridículo. Como espetáculo de gols, é uma maravilha. A qualidade do futebol do Pelé era tão grande que resiste até mesmo aos excessos congratulatórios deste filme. #

[ 10:30 ]

Animaçõezinhas: stop-motion. #

[ 10:21 ]

Sexo e política: Votergasm. #

domingo, 10 de outubro de 2004

[ 22:16 ]

Ilustração e fotografia: Jennifer Osborne. #

[ 11:43 ]

Ontem assisti em vhs Duplex (EUA, 2003), do Danny DeVito. Humor negro, como é habitual com o DeVito, mas sem mergulhar completamente no terreno da crueldade (o que seria bem mais divertido). A situação (uma velhinha infernizando a vida dos vizinhos de baixo) é melhor que as cenas geradas por ela. Felizmente, o final desvia-se da esperada reviravolta de bom-mocismo e prefere outro tipo de reviravolta. #

sábado, 09 de outubro de 2004

[ 14:57 ]

Esta semana o Burburinho recorda os Filmes de Uma Cena Só. E o livro em pdf continua disponível para download gratuito. Burburinhe-se! #

[ 10:56 ]

Ontem assisti em vhs The Ladykillers (EUA, 2004), do irmãos Coen, remake do filme homônimo de 1955, que tinha Alec Guinness no papel principal. A ação é transferida da Inglaterra para o sul dos EUA e Tom Hanks assume a liderança como o pernóstico líder de uma quadrilha de assaltantes. A trama é algo como Ocean's Eleven for Dummies e ninguém no elenco de apoio (Marlon Wayans, J.K. Simmons, Tzi Ma, Ryan Hurst) tem a graça de Peter Sellers no original. O humor do roteiro, porém, mantém a mesma estranheza, que curiosamente parece combinar bem com o humor dos diretores, lembrando por vezes Raising Arizona ou The Big Lebowski. Para fãs dos Coen e para quem gosta de gospel, que domina a trilha sonora. #

sexta-feira, 08 de outubro de 2004

[ 19:07 ]

Para trekkers: A Frota Estelar é militar? #

[ 15:16 ]

Águas de Lindóia não tem livrarias, mas tem um sebo (que em Portugal é chamado mais elegantemente de alfarrabista). Os horários de funcionamento são incertos e variáveis, e só hoje consegui encontrar a loja aberta. Passei uma hora olhando os livros e sentindo saudades da minha biblioteca particular, que agora está encaixotada nos EUA. Acabei comprando um exemplar de Malagueta, Perus e Bacanaço (Civilização Brasileira, 1975), do João Antônio, que traz um conto que li na adolescência e gostei muito, Meninão do Caixote. #

[ 11:47 ]

Ontem assisti na DirecTV Left Behind (Canadá, 2000), do Vic Sarin. Apesar do elenco medíocre e da direção frouxa, a história parecia promissora: milhares de pessoas desaparecem pelo mundo inteiro, deixando para trás roupas, relógios, óculos, etc. (incluindo uma cena de desaparecimento num avião que lembra The Langoliers). Mas o que parecia uma trama de ficção-científica rapidamente se transforma em propaganda religiosa, com profecias da Bíblia, personagens se convertendo ao cristianismo sem razão, e a velha substituição da lógica pela fé. Ridículo. #

quinta-feira, 07 de outubro de 2004

[ 16:53 ]

Instigante texto (uma palestra na Austrália) do Mark Pesce sobre política, anti-mercado, big media, netcasting, pirataria e revolução: F*ck Big Media: Rolling Your Own Network. "This time the revolution will be televised - and it will make the Web era look like a tempest in a teacup. They'll call you criminals, revolutionaries, thieves and saboteurs. And they'll be right. But fuck them. Fuck big media. You're the asteroid, just about to break the atmosphere, and wipe out those fucking dinosaurs." #

[ 12:10 ]

Texto interessante sobre arquitetura da informação: An Introduction to Using Patterns in Web Design. #

[ 11:36 ]

Mais uma vez o pessoal que escolhe quem vai ganhar o Nobel de literatura me faz sentir um pouco iletrado e entrega o prêmio a uma escritora de quem eu nunca tinha ouvido falar, a Elfriede Jelinek. Em algumas fases, os premiados são conhecidos, como de 1997 a 1999 (Dario Fo, José Saramago, Günter Grass) ou de 1988 a 1991 (Naguib Mahfouz, Camilo José Cela, Octavio Paz, Nadine Gordimer), mas freqüentemente a primeira vez que vejo os nomes é no anúncio da premiação, como nos anos mais recentes (Imre Kertész, J.M. Coetzee, Elfriede Jelinek). #

quarta-feira, 06 de outubro de 2004

[ 22:24 ]

Descobri hoje que procurando no Google por "Nemo" (sem o "Nox"), este modesto Por um Punhado de Pixels aparece em surpreendente sexta posição, atrás somente do site oficial do filme Finding Nemo, da página sobre o mesmo filme no Internet Movie Database, da página da Disney vendendo o dvd do peixinho, da página da Apple com o trailer do filme, e do site de um instituto de ciência e tecnologia na Holanda. Mais surpreendentemente ainda, numa busca no Google por "Nemo" somente em páginas em português este modesto Por um Punhado de Pixels encabeça a lista. #

[ 18:58 ]

E já estou de volta a Águas de Lindóia, para fazer um trabalho de emergência para um cliente dos EUA. A viagem de volta foi desagradável, com o ônibus da Auto Viação Bragança parando incontáveis vezes na estrada para pegar ou largar passageiros. Numa destas paradas não agendadas, entrou até uma mulher com uma caixa de pintos, que piaram por todo o percurso. Ao menos revi os familiares em Santos, jantei com meus tios Pedro e Eliete e meus primos Flávio e Lygia, tomei lanche com meus tios Toninho e Nilce, e conversei com a minha avó. Ah, também tomei um pouco de chuva, porque o clima em Santos não colaborou com a minha visita. #

[ 18:41 ]

Ontem fui ao cinema com o Flávio. Assistimos Godsend (EUA, 2004), do Nick Hamm. O começo do filme é promissor, uma espécie de Pet Sematary com viés científico, mas o roteiro se perde rapidamente em bobagens grandes e pequenas, acaba recorrendo a efeitinhos fáceis que lembram filmes com o Fred Krueger, e tem um final pífio. Muito fraco. #

terça-feira, 05 de outubro de 2004

[ 14:27 ]

Minha viagem ontem foi tranqüila, três horas e meia até São Paulo (o ônibus tinha televisores mas ficaram desligados durante todo o percurso) mais uma hora até Santos (apesar do trajeto curto, exibiram um filme do qual nenhum passageiro viu o fim, Sylvester, história sem graça com a Melissa Gilbert e um cavalo). Depois de ver a minha avó, fui jantar com meus tios Pedro e Eliete e meus primos Flávio e Lygia e me entupi de comida japonesa. #

segunda-feira, 04 de outubro de 2004

[ 09:27 ]

Hoje vou até Santos, visitar primos, primas, tios, tias e avó. Se encontrar um computador disponível por lá, darei umas blogadas. Volto a Águas de Lindóia antes do final da semana. #

[ 09:12 ]

Ontem assisti em vhs Monster (EUA, 2003), escrito e dirigido por Patty Jenkins, contando a história da serial killer Aileen Wuornos, prostituta que assassinou uma meia dúzia de clientes. Charlize Theron está realmente impressionante no papel que lhe deu um Oscar, e Christina Ricci faz uma boa dupla com ela. As atrizes são admiráveis mas seus personagens ficam longe disso, por mais que tentem posar como vítimas das circunstâncias para justificar o que fazem. "When the beach party is over, you don't get to say 'you know what? now I think I'd like to have what everybody else has worked their entire life for'. It doesn't work that way." #

domingo, 03 de outubro de 2004

[ 17:26 ]

Esta semana no Burburinho, a segunda parte de Os Filmes de Ray Harryhausen. E o livro em pdf continua disponível para download gratuito. Burburinhe-se! #

[ 16:23 ]

Há três dias que não pára de chover aqui em Águas de Lindóia. Hoje, para comemorar, minha mãe fez bolinhos de chuva. Yummy! #

[ 12:22 ]

Dois filmes em vhs. Primeiro, vi Madame Satã (Brasil, 2002), do Karim Ainouz, que achei muito ruim. Fotografia pobre, roteiro fraco, direção frouxa. As cenas de sexo e de cantoria são intermináveis, enquanto pontos importantes da trama são tratados sem cuidado. Curiosidade: em quase todos os filmes brasileiros que assisti recentemente (Carandiru, Madame Satã, Cidade de Deus, Bicho de Sete Cabeças) aparece o Gero Camilo num papel secundário. Será o novo Wilson Grey do cinema nacional? Depois, vi Cold Creek Manor (EUA, 2003), do Mike Figgis. Thriller do gênero "minha-família-está-em-perigo", com elenco cheio de nomes bem conhecidos: Dennis Quaid (do recente The Day After Tomorrow), Sharon Stone (longe dos tempos gloriosos de Basic Instinct), Stephen Dorff (o vilão de Blade), Juliette Lewis (de Natural Born Killers), e o veterano Christopher Plummer (de The Insider). História razoável mas sem surpresas. #

[ 11:59 ]

Comecei a ler O Livro dos Ciúmes (Editora Record, 1999), do Carlos Trigueiro. Ainda estou bem no início, mas já percebi que é o mesmo estilo urbano de O Clube dos Feios e Outras Histórias Extraordinárias, com uma Sherazade cigana servindo de musa inspiradora e de fio condutor. #

sábado, 02 de outubro de 2004

[ 16:02 ]

Assisti ontem na DirecTV Dark Descent (EUA, 2002), do Daniel Knauf. Um filme B, com orçamento baixo e elenco de pouca fama (Dean Cain, o Superman da série de tv Lois & Clark, era o único nome reconhecível). O que me chamou a atenção, porém, foi que a história é basicamente a mesma do western clássico High Noon, do Fred Zinnemann: um xerife em busca de ajuda da população para enfrentar os bandidos que voltam em busca de vingança, agora com a ação transferida para uma estação de mineração submarina. Idéia original? Claro que não. Nos anos oitenta, Peter Hyams já havia feito uma adaptação de High Noon para cenário de ficção-científica em Outland, com Sean Connery como xerife numa estação de mineração espacial. Até o detalhe do uso de drogas letais para aumentar a produtividade dos trabalhadores é o mesmo. #

[ 15:15 ]

Eu escrevi aqui que não gostei muito do livro do Fabrício Carpinejar, Cinco Marias, e mesmo assim ele me mandou um email muito elegante, dizendo que também aprecia os poetas que citei, particularmente o Walt Whitman. Aí fui ler o seu weblog e descobri que gosto bem mais do Carpinejar em prosa que do Carpinejar em verso. #

sexta-feira, 01 de outubro de 2004

[ 15:23 ]

E a pinup das pinups: Bettie Page #

[ 15:19 ]

Mais pinup girls, desta vez de carne e osso:

  • Lana Landis
  • White Rabbit Studio
  • Winkytiki's #

    [ 15:13 ]

    Ontem assisti em vhs Along Came Polly (EUA, 2004), do John Hamburg. Apesar de muitas das melhores piadas do filme já terem aparecido no trailer, me diverti um bocado. (Aliás, por que os trailers cada vez contam mais a história do filme e revelam as partes mais engraçadas das comédias?) Uma das coisas que mais gostei em Along Came Polly foi o roteiro ser sobre algo mais que uma coleção de gags ou que os acertos e desacertos de um casal. Há um tema por trás, o conflito entre dois modos distintos de viver. O tratamento é superficial e exagerado, claro, para gerar efeito cômico, mas é sempre bom ver um filme sobre alguma coisa nestes tempos de tantos filmes sobre nada. #

    [ 14:30 ]

    Terminei de ler O Clube dos Feios e Outras Histórias Extraordinárias (Editora Artes & Contos, 1994), do Carlos Trigueiro. Se O Livro dos Desmandamentos poderia ser chamado de literatura regional, no tema e na prosa, este tem um perfil mais internacional, pela narrativa sem tantos coloquialismos locais e também pelas histórias passadas em vários pontos do planeta (Inglaterra, Brasil, China, Itália, etc). Com isso, também o elemento fantástico se desregionaliza, deixando de abordar o misticismo cristão do nordeste brasileiro para apresentar outro tipo de sobrenatural, com espelhos mágicos, fantasmas e livros encantados servindo de pretexto para fábulas ou reflexões. O conto que eu mais gostei foi o que dá título ao livro. #