sábado, 31 de dezembro de 2005

[ 15:10 ]

Retrospectiva: em 2005, li 19 livros e mais de 500 revistas de quadrinhos. #

[ 15:08 ]

Retrospectiva: em 2005, assisti 17 temporadas de séries de televisão. #

[ 15:06 ]

Retrospectiva: em 2005, assisti (em vhs, em dvd ou no cinema) cerca de 220 filmes. #

[ 15:04 ]

Retrospectiva: em 2005, nemonox.com recebeu cerca de um milhão e quinhentos mil page views e burburinho.com recebeu cerca de um milhão de page views. #

[ 14:14 ]

Eu poderia discorrer longamente sobre como 2005 foi um ano ruim para mim. Em vez disto, porém, prefiro reproduzir um diálogo da série de tv Firefly, do Joss Whedon:

Malcolm: Eu tive um dia bom.
Simon: Você foi perseguido pela polícia, por criminosos e por selvagens. Metade da tripulação ficou ferida, incluindo você, que agora está transportando fugitivos da lei.
Malcolm: Mas ainda estamos voando.
Simon: Isso não é grande coisa.
Malcolm: É o suficiente. #

sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

[ 19:43 ]

Continua o meu périplo burocrático. Hoje enviei para os EUA, a pedido das autoridades responsáveis pelo meu processo de imigração, mais um formulário preenchido com informações que eles já tinham e mais cópias do passaporte que eles já tinham. Isto depois de ter soltado mais trezentos e oitenta dólares em taxas. E continua a espera por uma resolução desta trama kafkiana. #

[ 18:57 ]

Está pronto o número dois da revista Cortante. #

[ 09:40 ]

Sessão dupla com filmes de animação em dvd. Robots (EUA, 2005), dirigido por Chris Wedge e Carlos Saldanha, não é tão bom como o filme anterior da dupla, Ice Age. Eu esperava idéias mais interessantes com os personagens mecânicos numa cidade robotizada, mas todo o desenvolvimento da história é pouco imaginativo. A graça restringe-se a identificar as vozes famosas por trás de cada robô: Ewan McGregor, Halle Berry, Mel Brooks, Drew Carey, Greg Kinnear, o sempre inconfundível Robin Williams, entre outros. Fraquinho. Steamboy (Suchimuboi, Japão, 2004), do Katsuhiro Otomo, foi para mim tão bom ou melhor que o filme cult do mesmo diretor, Akira. A trama é bacaninha mas o que eu mais gostei foi a ambientação steampunk, com máquinas mirabolantes movidas a vapor (incluindo uma fortaleza flutuante em estilo Castle in the Sky e um herói voador em estilo Rocketeer). Para que aprecia vozes famosas, a versão em inglês tem a Anna "Rogue" Paquin, o Alfred "Octopus" Molina e o Patrick "Picard" Stewart. #

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

[ 14:12 ]

Assisti em dvd a mini-série (treze horas distribuídas em treze episódios) Kingdom Hospital (EUA, 2004), dirigida pelo Craig R. Baxley. Não sei quanto a história reteve do original dinamarquês (Riget, do Lars von Trier, que aqui aparece também como produtor), mas o resultado é puro Stephen King (roteirista e produtor da adaptação), do protagonista atropelado por uma caminhonete (foi o que aconteceu com o escritor) aos duelos entre entidades do bem e do mal (tema de vários de seus livros). A série é estranha, misturando histórias de fantasmas (que ocupam o centro da trama), comédia absurda (por vezes chega a lembrar Scrubs), viagem no tempo (não por meios científicos e sim sobrenaturais), messianismo cristão (num dos episódios, temos um novo Cristo, com direito a milagres e ressurreição), e muito misticismo bobo. Eu diria que Kingdom Hospital é uma série ruim com alguns momentos interessantes. #

[ 11:11 ]

Li o opúsculo Dicionário de Cearês (RBS Editora, 2005), do Marcus Gadelha, divertida lista de termos e expressões populares do Ceará, de abarcar (bater, dar um murro) a zuruó (tonto do juízo). Alguns verbetes têm descrições tão singelas que chegam a ser poéticas. Um bom exemplo é a definição de biziu: bolinha de bosta que fica grudada no cabelo do cu. O livrinho também tem listas de comparações (mais brilhoso que catarro em azulejo), de cearês para americanos (what the hell is that? = diabéisso?), de cearenses ilustres (Antônio Conselheiro, Cego Aderaldo, Dragão do Mar, etc), e de curiosidades (incluindo o seu Lunga, figura folclórica do Ceará tido como o homem mais rude e mal humorado do estado). Peguei emprestado do igualmente cearense Beethowen Nepomuceno. #

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

[ 15:10 ]

Para quem gosta de cowboys: 30 Great Westerns. #

terça-feira, 27 de dezembro de 2005

[ 11:04 ]

Fotos do ano: MSNBC. #

[ 11:04 ]

Fotos do ano: Reuters. #

[ 11:04 ]

Fotos do ano: Time. #

[ 09:29 ]

Som do dia: DD Synthesis. #

[ 09:05 ]

Uma coleção de imagens de proto-quadrinhos, dos primórdios das histórias em quadrinhos: Andy's Early Comics Archive. (O Burburinho tem um texto meu sobre o nascimento dos quadrinhos.) #

[ 08:56 ]

Fim de ano ruim para os character actors, em dezembro morreram dois de quem eu gostava muito, o John Spencer e o Vincent Schiavelli, ambos na faixa dos cinqüenta anos. #

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

[ 15:04 ]

O melhor ficou para o fim: O Operário (The Machinist, Espanha, 2004), do Brad Anderson. Bom roteiro (do Scott Kosar, que recentemente reescreveu The Texas Chainsaw Massacre), bom elenco (Christian Bale esquelético depois de perder uns 30 kg, que teve que recuperar em seguida para Batman Begins; Jennifer Jason Leigh em mais um papel de prostituta, lembro-me dela na mesma profissão em Last Exit To Brooklyn e Miami Blues, além de operadora de sexphone em Short Cuts), boa produção e boa direção (curiosamente, nenhum estúdio dos EUA quis produzir o roteiro, que foi parar na Espanha e evidentemente despertou atenção). A história é muito interessante, com pitadas de Memento e de Fight Club além de fortes doses de Kafka e Dostoevsky (para não deixar despercebida a conexão, aparecem na tela livros de ambos autores), e o mistério é apresentado de forma inteligente, atiçando a curiosidade sem irritar com maneirismos desnecessários. Muito bom. #

[ 14:44 ]

Eu tinha gostado de O Homem Que Copiava, mas só agora consegui ver o filme seguinte do Jorge Furtado, Meu Tio Matou um Cara (Brasil, 2004). O estilão é o mesmo, com um narrador em off que também é o protagonista, e muito humor baseado em repetição verbal. Lembra um pouco a velha onda do super-8 gaúcho (com produção bem mais elaborada, claro). Gostei. Espero que o Furtado faça um terceiro filme na mesma linha com o Lázaro Ramos para fechar uma trilogia. A música-tema, Soraia Queimada, do Zéu Britto (de quem eu nunca tinha ouvido falar), também é bacaninha. #

[ 14:32 ]

Shuang Tong (Taiwan-HK, 2002), do Kuo-fu Chen, é um filme chinês que, graças à presença do David Morse (de Proof of Life e The Green Mile) interpretando um agente do FBI, ganhou distribuição no ocidente, com o título Double Vision nos EUA e Ilusão de Morte no Brasil. A história se equilibra naquela fina fronteira entre o fenômeno sobrenatural e a explicação racional, deixando ao espectador a escolha entre uma destas versões (é este limite que, segundo o Tzvedan Todorov, colocaria uma história no terreno do fantástico). Razoavelmente interessante. #

[ 14:18 ]

Outro thriller com o Christian Slater, desta vez no mundo das altas finanças e acompanhado pela Selma Blair: Contrato de Risco (The Deal, EUA-Canadá, 2005), do Harvey Kahn. Mistura crise petrolífera, máfia russa, combustíveis alternativos, disputas corporativas e bandidos de gravata. Um roteiro sem surpresas e um pouco sem ritmo mas ao menos com um final cínico que satisfaz. #

[ 14:17 ]

Sob Pressão (Puerto Vallarta Squeeze, EUA-México, 2003), do Arthur Allan Seidelman, conta a história de uma mexicaninha (Giovanna Zacarías) dividida entre dois gringos, um escritor decadente vinte anos mais velho que ela (Craig Wasson) e um assassino de aluguel trinta anos mais velho que ela (Scott Glenn), enquanto fogem de um agente do governo (Harvey Keitel). Os personagens me lembraram um pouco os livros do Jim Thompson e fui ver de quem era a trama original. Para minha surpresa, o filme se baseia numa obra do Robert James Waller, o mesmo autor de The Bridges of Madison County, que se transformou naquele filme chatinho com Clint Eastwood e Meryl Streep. #

[ 14:11 ]

Caçadores de Mentes (Mindhunters, EUA-Holanda-Finlândia-GB, 2004), é um thriller bacaninha do Renny Harlin, naquele estilo que a Agatha Christie gostava: um grupo preso numa ilha, vão sendo mortos, um deles é o assassino, quem será? No elenco, Val Kilmer, Christian Slater, LL Cool J e a bonitinha Patricia Velasquez (a Anck Su Namun de The Mummy e The Mummy Returns). Um dos melhores filmes do Harlin, que tem um currículo de grandes erros (por exemplo, Exorcist: The Beginning) e alguns acertos (por exemplo, The Long Kiss Goodnight). #

[ 13:59 ]

Aproveitando a casa vazia durante o weekend de natal, passei quase todo o tempo esparramado no sofá em frente à televisão. Entre um cochilo e outro, assisti seis filmes em dvd. Comentários nos próximos posts. #

domingo, 25 de dezembro de 2005

[ 15:14 ]

Cinema é o assunto no Burburinho desta semana: Luis Gustavo Claumann relembra Flash Gordon e Ana Alice Colonetti fala de Geração Roubada. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

[ 08:24 ]

Só consigo lembrar de um filme natalino do qual gostei: Bad Santa (EUA, 2003), do Terry Zwigoff, com o Billy Bob Thornton como Papai Noel bebum e desbocado. #

[ 08:14 ]

Para não ser acusado de falta de espírito natalino, fiz uma sessão dupla em dvd só com comédias do tema. Gostei tão pouco que depois dos meus comentários aqui serei acusado de falta de espírito natalino. Sobrevivendo ao Natal (Surviving Christmas, EUA, 2004), do Mike Mitchell, é daquelas histórias que parecem boas resumidas mas sem qualquer graça na tela. Milionário excêntrico e solitário (Ben Affleck) aluga uma família (James Gandolfini, Christina Applegate, Catherine O'Hara, Josh Zuckerman) para passar o natal com ele. Roteiro óbvio, piadas sem graça, situações forçadas. Um desastre. Um Natal Muito, Muito Louco (Christmas with the Kranks, EUA, 2004), do Joe Roth, é mais engraçado mas com um subtexto cretino. Luther Krank (Tim Allen) e Nora Krank (Jamie Lee Curtis) resolvem não comemorar o natal este ano e aproveitar a oportunidade para um cruzeiro no Caribe. Os vizinhos, liderados pelo ditatorial Vic Frohmeyer (Dan Aykroyd), passam a tratá-los como hereges sem sentimentos. A pressão social e alguns acasos conspiram para que o casal Krank perceba o "erro" de querer ser diferente, reafirmando a idéia anti-libertária de "prego que levanta a cabeça, martelo nele". Lamentável. #

[ 07:43 ]

Ontem fui acordado pelo telefone, era um trabalho urgente, daqueles com prazo impossível mas remuneração tentadora, e acabei passando o dia inteiro dedicado à tarefa. À noite, relaxei atacando um dose reforçada de sushi e sashimi, acompanhada por uma "caipirinha" de saquê com morango. Nada mal. #

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

[ 15:39 ]

Sessão dupla em dvd. Blueberry (França-México-EUA, 2004), do Jan Kounen, prometia ser uma adaptação dos quadrinhos homônimos do Charlier e do Giraud, mas quase não tem qualquer relação com o original. Nenhuma referência à sua passagem pelo exército (ele foi tenente da cavalaria) e nenhuma referência à Guerra Civil (ele lutou contra os confederados, apesar de ser sulista). Pior que isso, o roteiro é tão cheio de índios feiticeiros e animais sagrados que parece ter sido escrito pelo Carlos Castañeda. Apesar do bom elenco (Vincent Cassel, Michael Madsen, Temuera Morrison, Ernest Borgnine), só é recomendável para quem tem algum interesse em ver a Juliette Lewis nua numa cena subaquática. The Island (EUA, 2005), do Michael Bay, é uma refilmagem de The Clonus Horror, uma produção de 1979 da qual eu nunca tinha ouvido falar. A história é interessante, potencialmente abrindo-se a discussões sobre o mito da caverna (sempre ele, sobre o qual já escrevi um texto no Burburinho), sobre a natureza do indivíduo ou sobre a ética da clonagem. Mas o Michael Bay está mais interessado em perseguições e explosões que nas implicações filosóficas da trama, e acaba fazendo só mais um filme de perseguições e explosões em estilo Michael Bay, com o Ewan McGregor e a bonitinha Scarlett Johansson correndo de um lado para outro. E ela não aparece nua dentrou ou fora d'água. #

[ 14:47 ]

A tosse voltou e acabei tomando mais uma dose das terríveis Gotas Binelli. Desta vez, sabendo que o gosto era o mesmo da urina do demônio, em vez de misturar com água e açúcar coloquei as gotas diretamente numa colher de puro mel. Mesmo assim, foi revoltante ingerir aquilo. Se a tosse não desaparecer vou ter que descobrir um remédio menos repugnante. #

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

[ 14:20 ]

Usei propositadamente a mesma expressão para os dois dvds do post anterior, "não chega a ser um grande filme mas é muito interessante", porque demonstra bem um sentimento recorrente dos últimos tempos: prefiro assistir um filme com ritmo desajustado ou tropeços estilísticos mas com idéias estimulantes que enfrentar mais uma versão requentada daquelas mesmas histórias de sempre sem idéias originais. #

[ 14:11 ]

Sessão dupla em dvd. Primeiro, I Heart Huckabees (EUA-Alemanha, 2004), do David O. Russell. Não chega a ser um grande filme mas é muito interessante, sempre no limite entre o profundo e o absurdo, entre o divertido e o deprimente, entre o budismo e o nihilismo. Lembra um pouco os roteiros do Charlie Kaufman (Being John Malkovich, Adaptation, Eternal Sunshine of the Spotless Mind), porém com menos brilhantismo e mais psicanalitismo. Destaque para o elenco: Naomi Watts, Mark Wahlberg, Dustin Hoffman, Isabelle Huppert, Lily Tomlin... aparece também o Jude Law, mas este eu já não agüento mais. Depois, Code 46 (GB, 2003), do Michael Winterbottom. Não chega a ser um grande filme mas é muito interessante, explorando conseqüências sociais e psicológicas de um cenário de ficção-científica onde grande parte da população é produzida em laboratório e controlada por leis rigorosas determinando quem pode acasalar com quem. O cenário distópico é bem construído, pena que a narrativa seja exasperantemente lenta. Curiosidade: num bar de karaokê, aparece o Mick Jones do Clash cantando sua própria música, Should I Stay or Should I Go. #

[ 13:45 ]

Li a mini-série em quadrinhos Wanted (seis revistas), com texto do Mark Millar e arte do J.G. Jones, publicada pela Top Cow. A premissa é boa: todos os super-vilões se uniram e conseguiram não só erradicar todos os super-heróis mas também apagar sua existência da memória coletiva. Vários personagens são obviamente adaptações de super-vilões famosos como a Fox (versão da Catwoman), o Mr. Rictus (versão do Joker), a Deadly Nightshade (versão da Poison Ivy), o Doll-Master (versão do Toyman), o Fuckwit (versão do Bizarro), and so on. Muitos desenhos também parecem caricaturas de gente famosa, como Steve Buscemi, Halle Berry e Eminem. O roteiro tem um humor perverso, e já começa com uma frase memorável: "This is my best friend having sex with my girlfriend over an Ikea table I picked up for a really good price." Fica a dúvida, porém, se a história é uma apologia da violência ou só um manifesto metafórico contra a apatia. #

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

[ 21:21 ]

Eu me curei rapidamente do resfriado da semana passada, mas ainda não me tinha conseguido livrar de uma tosse chata que veio junto. Fui então à farmácia e pedi algum remédio que resolvesse o problema. O antitussígeno que me deram foi uma coisa chamada Gotas Binelli, substância de gosto nauseabundo mesmo quando misturada com água e muito açúcar. O efeito foi devastador, bastou uma dose de trinta gotas e a tosse sumiu. Acho que foi meu organismo reagindo ao medo de ter que ingerir mais uma vez aquele líquido repugnante. #

[ 16:32 ]

Fui ao cinema assistir King Kong (EUA-Nova Zelândia, 2005), do Peter Jackson. Estava tudo lá, o gorila gigante, a loira gritando, os aviõezinhos em volta do Empire State Building, mas mesmo assim parecia faltar alguma coisa. Ou talvez tenham sobrado elementos, demasiados personagens secundários sem interesse, demasiadas seqüências com gente fugindo de monstros, e principalmente demasiados minutos de projeção. Se Jackson se tivesse concentrado menos nas subtramas (o empresário ambicioso e sem caráter, o ator medroso e narcisista, a tripulação do navio fugindo de dinossauros e outras criaturas letais, o relacionamento paternal do marinheiro negro com o rapazinho de passado misterioso, etc), o filme poderia facilmente ter duas e não três horas de duração. O núcleo da história continua sendo interessante e até apresenta uma variação curiosa: ao contrário de suas antecessoras, Fay Wray (1933) e Jessica Lange (1976), Naomi Watts interpreta uma protagonista mais sensível à afeição do gorila. No triângulo amoroso envolvendo Kong (animal, silvícola, primitivo) e Driscoll (humano, urbano, intelectual), a loirinha parece preferir o mais peludo. #

[ 09:40 ]

Para fãs do Tolkien:

  • Entendendo a escrita élfica: How does Elvish writing work?
  • Escrevendo em élfico: Write Your Name in Elvish in Ten Minutes.
  • Tatuando em élfico: Elvish Tattoos. #

    domingo, 18 de dezembro de 2005

    [ 15:53 ]

    Esta semana no Burburinho, texto meu sobre Alan Moore e O Homem Que Tinha Tudo e texto do Luis Gustavo Claumann sobre Jean-Pierre Jeunet e O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    sábado, 17 de dezembro de 2005

    [ 14:20 ]

    Metropolis, o filme clássico de Fritz Lang, está disponível para download gratuito. #

    [ 10:39 ]

    Sessão dupla com o serial killer Jigsaw. Primeiro, em dvd, assisti novamente (para relembrar os detalhes) Jogos Mortais (Saw, EUA, 2004), do James Wan. Depois fui ao cinema ver Jogos Mortais 2 (Saw II, EUA, 2005), do Darren Lynn Bousman. O primeiro é muito bom, particularmente pela premissa engenhosa e pela narrativa alinear. O segundo não decepciona, mas perde um pouco do encanto ao esbarrar inadvertidamente com a fórmula da casa mal-assombrada (sendo que a assombração aqui nada tem de sobrenatural). Mesmo assim, apresenta alguns bons momentos (e os fãs vão gostar de rever o banheiro sinistro do filme original). Curiosidade: Saw foi filmado em 18 dias, Saw 2 em 25 dias. #

    sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

    [ 09:23 ]

    O cinema é rico em subgêneros, como filmes sobre heróis do baseball ou filmes sobre situações perigosas em aviões ou filmes sobre uma dupla de policiais onde um é branco e outro e negro. O subgênero dos filmes com mulheres em penitenciárias é tão rico que mereceu até uma enciclopédia: Encyclopedia of Women In Prison Films. #

    [ 09:12 ]

    Blog de cicatrizes: Skin Project. #

    [ 09:06 ]

    Excelente texto do Sam Harris, autor de The End of Faith: An Atheist Manifesto. O artigo é muito interessante e merece ser lido na íntegra, mas quero citar aqui um pedacinho do começo: "Atheism is not a philosophy; it is not even a view of the world; it is simply a refusal to deny the obvious." E um pedacinho do final: "When we have reasons for what we believe, we have no need of faith; when we have no reasons, or bad ones, we have lost our connection to the world and to one another. Atheism is nothing more than a commitment to the most basic standard of intellectual honesty: One's convictions should be proportional to one's evidence. Pretending to be certain when one isn't - indeed, pretending to be certain about propositions for which no evidence is even conceivable - is both an intellectual and a moral failing. Only the atheist has realized this. The atheist is simply a person who has perceived the lies of religion and refused to make them his own." #

    [ 08:48 ]

    Fotos de fumaça: Thomas Herbrich. #

    [ 08:44 ]

    Pintura e ilustração: Amy Crehore. #

    quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

    [ 13:11 ]

    Mas não larguei os gibis, e já li o terceiro episódio de Fell (que deve ser a melhor série do Warren Ellis desde Transmetropolitan) e mais três revistas de Y: The Last Man (cheguei ao número quarenta e continuo gostando). #

    [ 12:50 ]

    Para terminar a trilogia antes do final do ano, comecei a ler Second Foundation, que fecha a série começada com Foundation e Foundation and Empire (sim, eu sei que existem outros livros do Isaac Asimov sobre o mesmo tema, mas estes três formam o núcleo original). O que eu menos gostei até agora em toda a trilogia Foundation foi a Conversão, espécie de hipnose permanente que permite a um dos personagens, The Mule (que está de volta no início do terceiro livro), simplesmente converter qualquer ser humano para a sua facção na guerra intergaláctica. Uma das coisas bacanas em histórias de fantasia ou de ficção-científica é que, mesmo em situações impossíveis na nossa realidade, podemos ver os personagens agindo como pessoas normais. Um alienígena assustador que rapta a namorada do herói, uma operação secreta para roubar uma máquina do tempo, um plano de combate para destruir o vampiro que se mudou para a casa ao lado, em todos estes eventos que sabemos impossíveis de acontecer (ou, em alguns casos, somente absurdamente improváveis) os personagens reagem como seres humanos, com sentimentos e sensações que conhecemos ainda que de forma reduzida (por exemplo, já senti medo mas possivelmente não na proporção que sentiria se a minha cidade começasse a ser atacada por naves espaciais gigantescas). Toda essa identificação desaparece, porém, quando é introduzida na história alguma forma artificial (científica ou sobrenatural) de controlar o comportamento alheio. Os sentimentos, os raciocínios, as reações, os planos, tudo deixa de ter correspondente na realidade, porque os personagens não agem mais por vontade própria e sim como marionetes. #

    terça-feira, 13 de dezembro de 2005

    [ 15:15 ]

    O weblog do Gian Danton está com endereço novo: Idéias de Jeca-Tatu. #

    [ 14:51 ]

    Sessão dupla em dvd, dois filmes baseados em histórias em quadrinhos, ambos com a Jessica Alba. Primeiro, assisti Quarteto Fantástico (Fantastic Four, EUA, 2005), do Tim Story, uma adaptação bacaninha e razoavelmente fiel dos personagens do Jack Kirby (que morreu há uns dez anos e é freqüentemente esquecido) e do Stan Lee (que mais uma vez aparece rapidamente no filme, como já havia feito em X-Men, Spiderman, Hulk e Daredevil). O elenco é competente: Michael Chiklis (o Vic da série The Shield) como Ben Grimm, Ioan Gruffudd (o Lancelot de King Arthur) como Reed Richards, Chris Evans (de Cellular) como Johnny Storm, Julian McMahon (das séries Charmed e Nip/Tuck) como Victor Von Doom. Só a Jessica Alba (que começou sua carreira na tv com a refilmagem da série Flipper) eu achei fraquinha como Sue Storm, faltou alguma coisa. Mesmo assim Fantastic Four diverte, e já tem continuação anunciada para 2007. Depois, vi Sin City (EUA, 2005), com direção tripla do Frank Miller, do Robert Rodriguez e do Quentin Tarantino. Fantástica transposição dos quadrinhos para o cinema, reproduzindo os ângulos e enquadramentos originais, e mantendo o crucial jogo de cores básicas aplicadas sobre as imagens em preto e branco. O resultado fica entre o film noir e a encenação teatral, quase operática, um clima que eu ainda não tinha visto nas telas. Além disto, a escolha do elenco foi primorosa: Bruce Willis está perfeito como policial durão Hartigan, Mickey Rourke quase não precisa de maquiagem para encarnar o feioso Marv (além dele, só consigo imaginar Ron Perlman no papel), Rosario Dawson é tão parecida com Gail que parece ter servido de modelo para o desenho original, Elijah Wood chega a assustar como maníaco silencioso Kevin. Minha objeção, mais uma vez, é com a Jessica Alba, não por sua interpretação, que é adequada, mas por terem sido pudicos com o personagem, a cowgirl stripper Nancy, sempre com os seios descobertos nos quadrinhos mas no filme toda tapadinha, o que não faz sentido na história. Este detalhe, porém, não macula muito o espetáculo que é Sin City, agora um produto verdadeiramente multimídia, que deveria ser comercializado em estojos contendo as revistas e o dvd. Imagino que venha ainda por aí Sin City 2, contando as partes da história que ficaram de fora, principalmente A Dame to Kill For, com o confronto entre Dwight (Clive Owen) e Manute (Michael Clarke Duncan). #

    [ 08:22 ]

    LostPedia: The Lost Encyclopedia. #

    [ 08:13 ]

    Finalmente encontrei os últimos números da série Promethea e cheguei ao final da história (são 32 revistas no total). A idéia inicial era muito boa, uma heroína cujos poderes vinham do mundo da imaginação, uma espécie de Thor feminino com super-poderes líricos e oníricos em vez de divinos. As subtramas também são interessantes, como a linhagem de hospedeiras de Promethea ou o gorila chorão que aparece em outdoors espalhados pela cidade, e a arte do J.H. Williams III brilha em todas as variações (cada revista segue um estilo diferente, mergulhando progressivamente no experimentalismo). Lá pelo meio da série, porém, comecei a perder o interesse porque o Alan Moore aproveita toda aquela ambientação para sair pela tangente com discursos intermináveis sobre misticismo, com incontáveis referências, de mitologias antigas a tipos como Blavatsky e Crowley. No final, fica um gosto amargo de paulocoelhice. #

    segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

    [ 09:17 ]

    Esta semana no Burburinho o Luis Gustavo Claumann fala de cinema (Um Amor de Borges) e o Ricardo Bittencourt fala de quadrinhos (Infinite Crisis). Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    domingo, 11 de dezembro de 2005

    [ 18:28 ]

    Assisti em dvd War of the Worlds (EUA, 2005), do Steven Spielberg, recriação da história clássica do H.G. Wells, que já tinha sido filmada na década de cinqüenta (Gene Barry e Ann Robinson, atores do primeiro filme, aparecem rapidamente nesta versão como avós da Dakota Fanning). Spielberg não perde mais uma oportunidade de contar uma história centrada na figura do pai (tão importante em sua obra, presente ou ausente no roteiro). E, claro, difícil não fazer paralelos: se a versão anterior metaforizava o medo do comunismo, aqui é o terrorismo que serve de combustível subconsciente para a ameaça alienígena. Destaque para a trilha sonora do John Williams, que lembra muito A Sagração da Primavera, do Stravinsky. #

    sábado, 10 de dezembro de 2005

    [ 14:06 ]

    Li a mini-série em quadrinhos 1602 New World (cinco revistas), que dá continuação à história de 1602. Voltam David Banner (que se transforma num Hulk cinzento) e Peter Parquagh (que se transforma no vingador The Spider), acompanhados agora de Lord Iron (versão do Homem-de-Ferro), Jonah Jameson (assim como seu equivalente na história do Homem-Aranha, ele é o dono do jornal local) e Norman Osbourne (já é um vilão, mas ainda não se transformou em Green Goblin). O roteiro do Greg Pak não é tão bom como o do Neil Gaiman, e a arte do Greg Tocchini não é tão boa como a do Andy Kubert, mas a série continua interessante. #

    sexta-feira, 09 de dezembro de 2005

    [ 15:22 ]

    Sexta-feira de sol em Balneário Camboriú, praia cheia de gente, e eu aqui na cama com gripe. #

    quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

    [ 20:45 ]

    Sessão dupla (ou quase) em dvd. Comecei assistindo Trauma (GB, 2004), do Marc Evans, com Colin Firth e Mena Suvari, mas não consegui terminar. Narrativa cheia de artifícios para mostrar o estilo do diretor e não para avançar a história. Perdi o interesse e a paciência. Depois vi Hostage (EUA-Alemanha, 2005), do Florent Emilio Siri, com Bruce Willis e Kevin Pollak. Thriller simples mas eficiente, com um herói convincentemente apavorado numa situação difícil de controlar. Bacaninha. #

    quarta-feira, 07 de dezembro de 2005

    [ 20:30 ]

    Discovering Sherlock Holmes: "In 2006, we will rerelease a collection of Arthur Conan Doyle’s tales of Sherlock Holmes, just as they were originally printed and illustrated in The Strand Magazine." #

    [ 19:54 ]

    No início do ano perguntei aqui quem seria mais rico, Bruce Wayne (aka Batman) ou Tony Stark (aka Homem de Ferro). Segundo a lista da Forbes, Wayne ganha fácil, aparecendo em oitavo lugar na lista dos personagens fictícios mais ricos, atrás de Richie Rich, Lex Luthor, Montgomery Burns e Scrooge McDuck, entre outros. Stark, coitado, nem aparece na lista, que tem até Lara Croft e Cruella De Vil. #

    [ 17:01 ]

    Meus pais estão em viagem de turismo pelo sul do país, e hoje passaram por Balneário Camboriú para almoçar comigo. Eles queriam repetir o cardápio do ano passado, quando comemos um memorável côngrio grelhado e gratinado com presunto e azeitonas, mas não foi tão simples como pensávamos. A cidade passa por uma escassez de côngrio, aparentemente graças a uma greve na Argentina (ao menos foi o que nos disseram em mais de um lugar). Resolvemos então ir ao Doce Maré comer uma seqüência de camarão, mais um plano que não deu certo porque ao chegarmos no restaurante descobrimos que foi vendido, agora se chama Casa do Camarão, e não serve mais seqüências. Acabamos ficando por lá mesmo, o que foi ótimo porque comemos camarões magníficos (o nome do prato é Camarão Imperial) com acompanhamentos igualmente apetitosos. #

    terça-feira, 06 de dezembro de 2005

    [ 14:54 ]

    Não deixa de ser irônico ver o New York Times acusando a Wikipedia de falta de confiabilidade: Snared in the Web of a Wikipedia Liar. Afinal, trata-se do jornal que publicou entrevistas falsas do Jason Blair e contribuiu significativamente para divulgar a idéia falsa que o Iraque tinha armas de destruição de massa e por isso deveria ser invadido. #

    [ 13:13 ]

    Fui ao cinema assistir A History of Violence (EUA, 2005), do David Cronenberg. Muito bom. Roteiro interessante (baseado nos quadrinhos de John Wagner e Vince Locke), interpretações competentes (Viggo Mortensen, Maria Bello, Ed Harris, William Hurt), direção contida (um dos melhores trabalhos do Cronenberg, autor também de Videodrome, Dead Ringers e Crash, entre outros). Bela história sobre sobrevivência, sobre segunda chance, sobre convivência, sobre identidade. #

    segunda-feira, 05 de dezembro de 2005

    [ 19:29 ]

    De quinta-feira a domingo fiz uma maratona Seinfeld, assistindo em dvd os 24 episódios da quarta temporada. Foi uma época de novidades, a série passou a ser exibida logo após Cheers e juntou ao sucesso de crítica também o sucesso de público, George ganhou pais e uma namorada, várias histórias tiveram cenas em exteriores (por exemplo, logo no primeiro episódio, Jerry e George passeiam por Los Angeles), e a temporada toda se estruturou num arco dramático metalingüístico envolvendo a criação de uma sitcom para a NBC. Meu episódio preferido, sem qualquer hesitação, é The Contest (que ganhou um Emmy pelo roteiro): "But are you still master of your domain?" #

    domingo, 04 de dezembro de 2005

    [ 17:27 ]

    Esta semana no Burburinho, um texto do Claumann sobre cinco filmes onde correr era muito importante e um texto meu sobre Frodo, Neo e Platão. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    sábado, 03 de dezembro de 2005

    [ 23:38 ]

    Apesar de não estar tão entusiasmado como no ano passado, continuo visitando restaurantes do Festival Gastronômico Sabor. Até agora já comi lasanha aos quatro queijos com presunto na Cantina Dilda, filé de salmão com creme de agrião no Hawaii 5.0, monalisa vip (salmão, camarões, siri e ostras) na Cia do Peixe, strogonoff de mignon no Hippo Kampos, e esta noite um belo prato combinado de sushi no Edomae, até agora a refeição mais saborosa do circuito. #

    sexta-feira, 02 de dezembro de 2005

    [ 22:32 ]

    Nos arquivos do Burburinho também podem ser encontrados vários textos sobre temas merecedores de bolinhas de naftalina, entre eles: corrida maluca, os impossíveis, os herculóides, jonny quest, thundercats, caverna do dragão, o homem de seis milhões de dólares, he-man, tom & jerry, os outsiders da Hanna-Barbera. A lista completa: arquivos. #

    [ 22:18 ]

    Li o livro Mofolândia - Volume 1 (Panda Books, 2005), do Antonio Carlos Cabrera. É uma espécie de Guia dos Curiosos especializado em cultura pop do passado recente (principalmente dos anos sessenta aos oitenta), abordando brinquedos, séries de tv, guloseimas, desenhos animados e várias outras categorias. Não se aprofunda em nenhum dos tópicos (alguns merecem somente um curto parágrafo) mas a simples menção a coisas como Kikos Marinhos, Space Ghost, Kits de Montar Revell, National Kid e Balas Juquinha já funciona para os saudosistas como uma viagem pelo túnel do tempo (pun intended). Senti falta de alguns ítens nostálgicos, como as séries de tv The Monkees, The Green Hornet e Thunderbirds, mas este é só o primeiro volume, as lacunas podem ser preenchidas nos próximos. Seria bacana também se incluíssem uma seção para revistas em quadrinhos, falando das extintas Kripta e Spektro ou do lançamento da Mad ("em caso de fossa, quebre o vidro") e da Tex (com arco e flexa de brinde) no Brasil. #

    [ 21:45 ]

    Assisti em dvd FIFA Fever (GB, 2005), documentário de mais de três horas encomendado pela própria FIFA para comemorar seu centenário. É uma história das copas do mundo de futebol, mas a apresentação não chega a dar uma cronologia organizada do evento, preferindo blocos temáticos como melhores gols de cabeça, jogadores recordistas, melhores defesas, maiores goleadas, etc. Inevitavelmente destaca vários brasileiros, e sugere que a seleção brasileira de 1970 teria sido a melhor equipe da história. Muitos gols e muitas jogadas espetaculares, boa diversao para os aficcionados do ludopédio. #

    quinta-feira, 01 de dezembro de 2005

    [ 13:54 ]

    Segundo o novo Yahoo! Site Explorer, existem 23.537 links apontando para nemonox.com (139 páginas indexadas) e 3.092 apontando para burburinho.com (401 páginas indexadas). #

    [ 13:39 ]

    Três bebidas bem brasileiras que tenho aproveitado enquanto não volto para os EUA:

  • caldo de cana
  • água de coco
  • mate com limão #

    [ 12:06 ]

    Cartaz do filme Scarface feito com todas as palavras do roteiro de trezentas páginas. Espantoso. #

    [ 09:19 ]

    Hoje descobri que foi publicado um novo livro do Nicolauzinho (Petit Nicolas), personagem do Goscinny (com ilustrações do Sempé), Histoires Inédites du Petit Nicolas. Eu li e reli, em versões lusitana e castelhana, todos os livros da série: Le Petit Nicolas (1960), Les Récrés du Petit Nicolas (1961), Les Vacances du Petit Nicolas (1962), Le Petit Nicolas et les Copains (1963) e Le Petit Nicolas a des Ennuis (1964). Muito divertido. #

    [ 08:51 ]

    Mais sobre aquela empresa: Disturbing Facts About Google. #