domingo, 30 de abril de 2006

[ 21:52 ]

Balanço de abril: assisti 23 filmes e alguns capítulos de séries de tv (Lost e Filhos do Carnaval); li 3 livros e 35 revistas em quadrinhos; escrevi 2 artigos para o Burburinho. #

[ 21:35 ]

Li Tales of Edward Page Mitchell, coleção de dezoito contos fantásticos do século XIX. Além de fantasmas (Back From That Bourne, An Extraordinary Wedding, An Uncommon Sort of Spectre), criaturas diabólicas (The Flying Weathercock, The Cave of the Splurgles, The Devil's Funeral), experiências mediúnicas (The Wonderful Corot), espíritos supostamente trocando de corpo (Exchanging Their Souls, The Devilish Rat), plantas inteligentes (The Balloon Tree) e barcos assombrados (The Last Cruise of the Judas Iscariot), o livro tem ainda boa e pioneira ficção-científica: teletransporte em The Man Without a Body (lembrando muito o filme The Fly, feito quase um século depois), um homem com cérebro mecânico em The Ablest Man in the World (bem antes dos cérebros positrônicos do Isaac Asimov), viagem no tempo em The Clock That Went Backward (quatorze anos antes de The Time Machine, do H.G. Wells), e um homem invisível em The Crystal Man (dezesseis anos antes de The Invisible Man, do H.G. Wells). O livro tem ainda dois contos de humor, The Soul Spectroscope (com fotografia de cheiros, engarrafamento de sons e espectroscopia da alma) e The Terrible Voyage of the Toad (com Beelzebub supostamente enfrentando um bando de marujos bêbados), e também um conto se destaca dos outros por abordar um tema um pouco diferente, The Pain Epicures (como sugere o título, trata-se de um grupo de pessoas empenhadas em obter prazer através da dor, idéia apresentada como silogismo: sensações desagradáveis podem tornar-se agradáveis através da educação dos sentidos, como por exemplo o gosto adquirido por pimenta, alimento que uma criança não suportaria; dor física é uma sensação desagradável; logo, mesmo a dor física, através da educação dos sentidos, pode tornar-se uma fonte de prazer). Curiosidade: em vários contos, Mitchell faz referências a filósofos famosos, Hegel em The Clock That Went Backward, Platão em An Extraordinary Wedding, Aristóteles em The Ablest Man in the World, Pitágoras e Sócrates em The Devilish Rat, e outros. Foi uma leitura interessante. #

[ 16:38 ]

Esta semana o Burburinho mistura Hoffmann e Freud em O Homem da Areia. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim (que chegou hoje ao número 250). #

[ 13:10 ]

Meu texto Mundos em Colisão tem sido reproduzido e comentado pela rede. Além de aparecer no NovaE e no Blue Bus, foi linkado também no URLs Sinistras, no Interney, no Na Cara do Gol, no Netselet, no Eduardo Nasi, no FFF e no LLL. Thanks! #

sábado, 29 de abril de 2006

[ 15:01 ]

Jogo da vez: Orbital Trader. Comércio interplanetário, planejamento de rotas, investimento em infra-estrutura, e alguns negócios escusos. Simples e viciante. #

[ 13:09 ]

Assisti em dvd Armadilha dos Espíritos (Spirit Trap, GB, 2005), do David Smith. Mais uma casa assombrada devoradora de jovens incautos. Fraquíssimo. Curiosidade: os créditos finais mostram alguns nomes que podem não soar bem para o público brasileiro, como Vlad Paunescu e Cristi Bostanescu. #

sexta-feira, 28 de abril de 2006

[ 13:17 ]

Coleção de textos acadêmicos apresentados no I Encontro Nacional sobre Hipertexto - Desafios Lingüísticos, Literários e Pedagógicos, da Universidade Federal de Pernambuco: Hipertexto 2005. Ainda não li os trabalhos, mas alguns dos títulos são interessantes, como Antropofagia Fractal nas HQs: o mundo virtual dos ciberescritores ou Arquitetura Textual Líquida: a liquefação das textualidades no interior dos ambientes imersivos. #

[ 09:58 ]

Li o álbum em quadrinhos Enquanto Isso... (Companhia das Letrinhas, 2000), do Jules Feiffer. Uma simpática história infantil misturando fantasia e metalinguagem. Como quase todos os trabalhos do Feiffer, tem um gostinho amargo de realidade cruel. Neste caso, talvez por se tratar de um relato para crianças, o efeito é sutil mas não deixa de estar presente (e não é coincidência o protagonista repetir várias vezes "não é justo"). Aproveitei a onda feifferiana e também reli o álbum O Melhor de Feiffer (L&PM, 1988), uma antologia das suas histórias de uma página para adultos. Aqui seu olhar crítico se espalha sem barreiras por vários temas, de dramas amorosos e relações familiares a política internacional e conflitos bélicos. Os livros do Jules Feiffer são uma espécie de antídoto ao otimismo. #

[ 09:47 ]

Assisti em dvd Guardiões da Noite (Nochnoy Dozor, Rússia, 2004), do Timur Bekmambetov. A velha luta do bem contra o mal num mundo povoado por versões contemporâneas de bruxas, vampiros e outros seres com poderes sobrenaturais. A trama não é magnífica, mas a narrativa tem um estilo bem interessante e diferente do cinemão de Hollywood. Uma diversão razoável para quem gosta do gênero. #

quinta-feira, 27 de abril de 2006

[ 12:38 ]

101 Movies You Must See Before You Die: não necessariamente os melhores ou os mais importantes mas os filmes essenciais para uma conversa sobre cinema. De toda a lista, só não assisti It's a Gift (1934), The Lady Eve (1941), Pink Flamingos (1972) e Trouble in Paradise (1932). #

[ 12:30 ]

Manifesto contra os dutos de ventilação no cinema e na televisão: Air vents are for air. "Thanks to continuous bombardment in television and movies, the idea of characters shimmying through air ducts has become not just a cliché, but almost a given. The moment a hero finds himself stuck someplace, we expect his eyes to drift north to that spot just below the ceiling, where an oversized grate is beckoning: 'Just yank twice! I'm not screwed in or anything!'" #

[ 10:59 ]

Bush's Imperial Presidency: "The Bush administration has pushed hard for limitless powers to spy on, imprison and torture American citizens in the name of 'security.' Is this really what America stands for?" #

[ 10:56 ]

Quem são os verdadeiros piratas? It's time the content industry learned the difference. #

quarta-feira, 26 de abril de 2006

[ 16:22 ]

A NovaE republicou meu texto Mundos em Colisão. E o Blue Bus também linkou e publicou um trechinho: Mundos em colisão, quem sobreviverá a catastrofe? #

[ 16:16 ]

O Congresso em Foco publicou uma entrevista comigo, incluindo uma introdução exageradamente elogiosa: Palavra de especialista. Thanks! (E descobri agora que a entrevista também apareceu no site MPA, de Aracaju.) #

[ 13:26 ]

Terminei de ler O Caminho de Los Angeles (The Road to Los Angeles, José Olympio Editora, 2005). O protagonista Arturo Bandini é infantil, machista, racista, megalômano, ególatra e bipolar, mas a prosa do John Fante é cativante em sua simplicidade e prende a atenção até o final. O livro também está bem traduzido (pelo Roberto Muggiati), o que ajuda muito. #

[ 13:15 ]

Filmes assistidos na viagem ao Rio de Janeiro: na tv do hotel, Visitors (Austrália, 2003), do Richard Franklin, terror muito fraquinho com a Radha Mitchell (de Melinda and Melinda) vendo fantasmas a bordo de um veleiro, e Michael (EUA, 1996), da Nora Ephron, que eu já tinha visto na época do lançamento, idéia interessante, boa interpretação do John Travolta, mas um final bobinho demais, o que faz com que The Prophecy ainda seja o único filme com anjos que já gostei (Christopher Walken como Gabriel e Viggo Mortensen como Lucifer, alguém lembra?); no ônibus de volta vi novamente How to Lose a Guy in 10 Days (EUA, 2003), do Donald Petrie, e Miracle on 34th Street (EUA, 1994), do Les Mayfield, mas acabei cochilando nos dois, principalmente no segundo (e Bad Santa continua sendo o único filme com Papai Noel que já gostei). #

[ 12:44 ]

Sem querer repetir a experiência desagradável do machimbombo da Bel-Tour, optei por um percurso diferente na volta. Fui até São Paulo num ônibus executivo da Viação 1001 (novo, poltrona confortável, ar condicionado, lanchinho e filmes a bordo), e de lá para Águas de Lindóia peguei o busão convencional da Auto Viação Bragança (velho, sacolejante, sem ar condicionado, e ainda estourou um pneu no caminho, obrigando os passageiros a trocarem de veículo, depois de uma espera considerável). Seis horas no primeiro trecho, quatro horas no segundo. #

[ 12:37 ]

Depois da experiência traumatizante, resolvi que eu merecia uma refeição especial. Fui então até a tradicional Confeitaria Colombo e mergulhei no buffet do mezzanino. Ao som de um piano que tocava Scott Joplin e Chiquinha Gonzaga, comi ceviche de salmão, salada mexicana, tabule tropical, salmão ao forno com molho de ervas, pudim de leite, bolo de limão e torta de chocolate com nozes. Após esta terapia gastronômica intensiva, saí andando um pouco sem rumo pela cidade que eu não via há vinte e seis anos. Passei pela frente do Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional, visitei uma feira de livros usados na Cinelândia, vi uma garça no laguinho do Museu de Arte Moderna (que estava fechado por ser segunda-feira), caminhei pela Enseada da Glória, passei pelo monumento aos mortos da Segunda Grande Guerra, avancei pela Praia do Flamengo, virei para o Largo do Machado, e acabei chegando à Rua das Laranjeiras, onde morei nos anos setenta. Algumas coisas mudaram, claro, mas no geral quase tudo estava perfeitamente reconhecível. O edifício onde passei a maior parte da minha adolescência ainda está lá e encontrei até mesmo alguns vizinhos que se lembravam de mim e da minha família, incluindo um bom amigo que foi fundamental na minha formação cultural, sugerindo e emprestando livros, discutindo idéias e mostrando caminhos. Na saída, achei também a banca onde eu costumava comprar minhas revistinhas, algumas inesquecíveis como a primeira edição brasileira da Mad (aquela com a frase "em caso de fossa, quebre o vidro") ou o primeiro número de Spektro ("a revista do terror"). Peguei um táxi de volta ao hotel e desabei na cama ainda a tempo de assistir o oitavo episódio da segunda temporada de Lost. Nem pensei em jantar. #

[ 12:10 ]

Eu poderia escrever páginas e mais páginas sobre a manhã que passei no consulado dos EUA, da irônica localização do edifício (a porta dos fundos abre-se para a rua México) às inacreditáveis dimensões da sala de entrevistas (pouco maior que uma cabine telefônica, com o sisudo cônsul protegido do outro lado de uma janela à prova de balas), mas meu ânimo ficou tão abalado que prefiro não falar mais no assunto. #

[ 12:02 ]

Minha entrevista no consulado dos EUA na segunda-feira foi um desastre. Apresentei todos os documentos que me pediram, respondi todas as perguntas que me fizeram, e no final fui informado que, por não ter obtido um carimbo no meu passaporte em 2002, estou desqualificado para receber qualquer tipo de visto até 2014. Sim, tudo se resume a um carimbo. Todos as exigências foram cumpridas, todas as aprovações conseguidas, todas as instruções seguidas, só faltou um mísero carimbo que, na época, antes mesmo de ter pedido um green card, eu nem sabia que precisava. Mas ainda não desisti, pois tenho um documento que aparentemente contradiz o que me disseram no consulado. Até tentei mostrar o papel ao cônsul, mas ele não quis ver, só queria o tal carimbo no passaporte ou nada. Agora estou esperando o parecer da minha advogada para saber se a luta continua ou se os meus três anos, três meses e quatorze dias de espera foram inúteis, tempo desperdiçado para tentar satisfazer a insaciável burocracia estadunidense. #

segunda-feira, 24 de abril de 2006

[ 19:04 ]

Nigro notanda lapillo. Os vogons venceram hoje mais uma batalha. (Para quem não se lembra, os vogons são aqueles burocratas interplanetários de The Hitchhiker's Guide to the Galaxy. Infelizmente, eles possuem parentes muito próximos vivendo entre nós.) #

domingo, 23 de abril de 2006

[ 16:16 ]

Na hora do almoço encontrei a minha amiga Júlia para pegar o atestado de antecedentes que ela providenciou para mim aqui no Rio de Janeiro, a última peça que faltava no quebra-cabeças de documentos que tenho que levar amanhã ao consulado. Como nada nesta minha odisséia burocrática parece ser simples, a primeira via foi enviada por Sedex há mais de uma semana e não chegou a tempo em Águas de Lindóia (ou se perdeu no limbo das cartas desaparecidas). A Júlia conseguiu uma segunda via e me entregou hoje. Thanks, Júlia! Fomos comer num restaurante simpático em Santa Teresa, o Sobrenatural, e saboreamos um excelente bobó de camarão (com muito coentro, como eu gosto). #

[ 16:03 ]

Depois de uma noite insone num ônibus da Bel-Tour, cheguei hoje ao Rio de Janeiro às cinco horas da manhã e me instalei no Grande Hotel São Francisco. A viagem foi desagradável, com muitas paradas, sacolejante e fria (o ar condicionado de bordo estava configurado para dar arrepio em pingüim). O hotel é simpático mas muito velho, com mobília que deve estar aqui desde os tempos que Getúlio Vargas comandava o país do Palácio do Catete. Ao menos é limpinho, tem bom chuveiro, tv a cabo, e fica perto do consulado. O pior é o que eles chamam de "business center", na verdade um único computador em cima de um balcão na entrada do hotel (exatamente onde estou escrevendo agora). #

sábado, 22 de abril de 2006

[ 15:46 ]

Hoje viajo para o Rio de Janeiro num ônibus noturno, chego lá amanhã de manhã, tenho o domingo para relaxar, e na segunda-feira cedinho vou ao consulado dos EUA para a minha entrevista. Se tudo correr bem, estarei de volta a Águas de Lindóia na quarta-feira. #

[ 15:23 ]

Assisti em dvd Vôo Noturno (Red Eye, EUA, 2005), do Wes Craven. Thriller bacana, com ambientação claustrofóbica (grande parte da história se passa dentro de um avião) e uma trama que por vezes lembra roteiros hitchcockianos. Rachel McAdams (a bonitinha de Wedding Crashers) e Cillian Murphy (o Scarecrow de Batman Begins) fazem uma boa dupla. Facilmente o melhor filme da carreira do Wes Craven. #

sexta-feira, 21 de abril de 2006

[ 17:17 ]

Esta semana no Burburinho, eu falo de internet e mundos em colisão. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

[ 14:14 ]

Li o álbum em quadrinhos Níquel Náusea: Com Mil Demônios (Devir, 2002), mais um coleção de tirinhas divertidas do Fernando Gonsales. É uma das poucas séries que me faz rir alto várias vezes. Muito mais engraçado e imaginativo que outras histórias com animais, como Garfield ou Get Fuzzy. #

[ 13:35 ]

Mais um exemplo de mau uso de copyright, não como instrumento de defesa do autor mas como ferramenta a serviço da ignorância dos herdeiros e seus representantes: Artist's family asks Google to take down 'painted' logo. #

[ 10:58 ]

Ontem assisti em dvd Em Seu Lugar (In Her Shoes, EUA, 2005), do Curtis Hanson. Drama interessante sobre amizade, complementaridade, e segredos familiares, com boas interpretações de Toni Collette, Cameron Diaz e Shirley MacLaine. Baseado num livro da Jennifer Weiner, que tem um blog chamado SnarkSpot. #

[ 10:50 ]

Nestas minhas últimas viagens de ônibus para Santos e São Paulo, fiquei surpreso com as conversas gritadas através de telefones celulares que inúmeros passageiros insistem em impingir aos outros. Dá vontade de ter uma reação assim: Pearls Before Swine. #

quinta-feira, 20 de abril de 2006

[ 12:48 ]

Tesouro de histórias em quadrinhos: Coconino Classics. #

[ 12:44 ]

A pedido do Flávio, em janeiro escrevi um texto para a revista Cortante que deveria sair em abril. Mas hoje recebi um comunicado do editor informando o falecimento da publicação: "Depois de três bravos números, a Cortante acabou. Problemas incontornáveis me levaram a tomar esta decisão." Assim sendo, meu texto será publicado na próxima edição do Burburinho. #

[ 12:23 ]

Diálogos ouvidos por aí - IV:
Dois amigos no ônibus.
- Qualquer mulher tem defeito.
- Como assim?
- Pode dizer qualquer uma, tem defeito.
- A Giselle Bundchen?
- Muito magrela.
- A Vera Fisher?
- Muito velha.
- A Jennifer Lopez?
- Muito brega.
- A Ana Paula Arósio?
- Muito rechonchuda.
- A Jennifer Aniston?
- Muito metida.
- A Julia Roberts?
- Muito bocuda.
- A Angelina Jolie?
- Ah, o defeito dessa é não estar comigo... #

quarta-feira, 19 de abril de 2006

[ 22:37 ]

Enquanto isso, no sul do país... Os burocratas gaúchos já me tinham obrigado a ir a Porto Alegre fazer uma nova carteira de identidade só para poder obter um atestado de antecedentes no estado. Fiz isso e saí de lá com a garantia do supervisor do TudoFácil que qualquer pessoa poderia retirar o tal atestado se levasse uma procuração assinada por mim e a nova carteira de identidade. Minha paciente amiga Ticcia, que já tinha ido lá uma vez (foi ela que descobriu sobre a exigência de uma nova carteira de identidade), voltou à cena do crime na data indicada, munida dos papéis necessários, mas não conseguiu pegar o atestado porque agora queriam que o pedido fosse feito num horário em que os cartórios também estivessem abertos. Ela foi ao TudoFácil (a ironia nesses nomes é intencional?) uma terceira vez, em horário compatível com os cartórios, e então exigiram que tivesse em mãos também minha certidão de nascimento, a mesma que apresentei para fazer a nova carteira de identidade e da qual eles têm uma cópia em arquivo. Queriam a original ou uma cópia autenticada, mas a Ticcia conseguiu convencer o supervisor (seria o mesmo que me garantiu que essas coisas não eram necessárias?) a aceitar somente um fax da certidão, que enviei no mesmo dia. Ela foi lá uma quarta vez, com o fax na mão, e o supervisor que lá se encontrava era outro e não aceitou o fax. Só na quinta vez, em horário compatível com os cartórios, com o fax da minha certidão de nascimento, e com o supervisor certo, ela conseguiu pegar o meu atestado de antecedentes, que já está aqui comigo juntamente com a mui linda carteira de identidade gaúcha. Thanks, Ticcia! "Não podemo se entregá pros homi." #

[ 22:08 ]

A visita ao médico serviu também para confirmar que meu peso oficial é agora 72 kg, dezesseis menos que quando resolvi emagrecer no fim de 2004. Ele ainda disse que meu corpo não apresenta qualquer resultado adverso do regime, nada de estrias ou flacidez. Aparentemente, a Camba Beach Diet funciona mesmo. #

[ 22:01 ]

A passagem por São Paulo desta vez foi rápida e sem percalços. Primeiro fui buscar os resultados dos exames médicos. Sangue bom, sem AIDS, sem sífilis. Tórax bom, com uma descrição interessante: partes moles sem alterações, parênquima pulmonar com transparência preservada, cúpulas diafragmáticas e seios costofrênicos livres, hilos e vascularização pulmonar normais, não há sinal de alargamento mediastinal, índice cardiotorácico preservado, arco aórtico normal. A tradução de tudo isso parece ser que estou em boas condições físicas. Depois fui ao médico, pegar o tal documento lacrado que tenho que levar ao consulado na próxima semana. Ele confirmou que meu corpo ainda está dentro do prazo de validade. A última tarefa do dia foi buscar o atestado de antecedentes no PoupaTempo, que felizmente estava lá me esperando como combinado. Ainda cheguei no Terminal Rodoviário Tietê a tempo de comer a feijoada de quarta-feira no Estação da Gula, um restaurante que pouca gente conhece porque fica lá no fundo, perto dos caixas eletrônicos. Agora já estou em Águas de Lindóia novamente, esperando pelos últimos documentos que devem chegar pelo correio. #

terça-feira, 18 de abril de 2006

[ 09:06 ]

Assisti em dvd Melinda and Melinda (EUA, 2004), do Woody Allen. Apesar da história em si não ser entusiasmante, o conceito de contar duas tramas paralelas com os mesmos personagens (mas não os mesmos atores), uma em ritmo de comédia e outra como drama, torna o filme suficientemente interessante. Radha Mitchell é a atriz principal, mas Chloë Sevigny e Amanda Peet também se destacam. Will Ferrell faz uma imitação pobre do próprio Woody Allen e mostra que mesmo nas mãos de um bom diretor não passa de um careteiro. #

[ 08:33 ]

Produtos para piratas: Archie McPhee. #

[ 08:25 ]

Genial inversão de papéis: Bush canta Imagine. #

segunda-feira, 17 de abril de 2006

[ 22:06 ]

Segunda-feira fria (o inverno se aproxima de Águas de Lindóia), sonolenta (passei uma noite insone e só cochilei um par de horas) e com notícias desalentadoras (mas não completamente ruins). Aproveitei para assistir episódios da segunda temporada de Lost (o sexto e o sétimo novamente no AXN e o décimo-nono no computador) e os documentários que acompanham A History of Violence (não vi o filme de novo porque a versão em dvd está cortada dos lados). Amanhã viajo mais uma vez para Santos, e volto na quarta-feira passando por São Paulo para pegar os documentos que devem ter ficado prontos. #

[ 12:44 ]

Ontem assisti em dvd The Alamo (EUA, 2004), do John Lee Hancock. A história é bem conhecida, pouco mais de duzentos homens defendendo um forte durante duas semanas contra tropas mexicanas quase dez vezes mais numerosas. Claro que no final foram todos massacrados, mas o sacrifício deu tempo para que o general Houston reunisse e treinasse as tropas que depois acabariam por derrotar o general Santa Anna e garantir a independência do Texas. O que não fica explicado no filme é que a razão principal para os texanos não desejarem ser parte do México foi a nova constituição mexicana ter abolido a escravidão (mais tarde o Texas também se alinharia com os estados confederados na guerra civil para defender seu direito de ter escravos). Entre os defensores do Alamo estavam William Travis (no filme, Patrick Wilson), que liderava o forte no momento do ataque, Jim Bowie (Jason Patric), o famoso homem da faca, e Davy Crockett (Billy Bob Thornton em boa interpretação), aventureiro, músico, político, e popular herói nacional (já vivido nas telas também por John Wayne e por Johnny Cash, entre outros). Achei que The Alamo poderia ter sido um pouco menos maniqueista (mexicanos mauzinhos x americanos bonzinhos) mas é um espetáculo interessante. #

domingo, 16 de abril de 2006

[ 20:49 ]

Esta semana o Burburinho traz um texto do Gabriel Perissé sobre A Máquina do Mundo Repensada, o último livro de poesia do Haroldo de Campos. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

[ 19:20 ]

Depois que Batman foi derrotado por Bane, a história espalhou-se por vários títulos diferentes da DC, numa tentativa de aumentar o faturamento da editora com base na curiosidade dos fãs (da mesma forma que aconteceu com a morte do Super-Homem mais ou menos na mesma época). Peguei agora nove revistas (misturando Batman, Detective Comics e algumas edições especiais), seguindo o tronco principal da trama mas certamente deixando muitas ramificações de lado. Alfred, Robin e Azrael resgatam o corpo alquebrado do Batman e tratam dele na Batcaverna. Com Bruce Wayne paralisado, sob os cuidados da doutora Shondra Kinsolving, quem passa a vestir a roupa de morcego é Jean-Paul Valley, para que Gotham City não pense que seu herói está morto. Um erro, claro, já que Valley é extremamente violento. Refletindo a mudança de personalidade no homem-morcego, ele passa a usar um novo uniforme que parece uma armadura e inclui garras mecânicas ameaçadoras. Com este equipamento, em Batman #500, ele derrota Bane e vinga Wayne. #

[ 14:00 ]

Ontem assisti em dvd Brothers in Arms (EUA, 2005), escrito e dirigido pelo Jean-Claude La Marre. Um western com protagonistas negros, recheado de anacronismos (cowboys com jaquetas de motoqueiros com fecho eclair, uma funcionária negra num banco do velho oeste, etc), sem atenção aos detalhes (por exemplo, um personagem jogando poker diz que tem um fullhouse e mostra uma seqüência máxima), com roteiro naif, personagens caricatos e interpretações de terceira linha (destaque negativo para o rapper Kurupt como criminoso erudito e para o canastrão Ed Lauter como prefeito atrapalhado). Não me lembro de alguma vez ter assistido um western tão ruim. Pavoroso. #

sábado, 15 de abril de 2006

[ 17:50 ]

Ótimo post do Scott Adams: Respecting the Beliefs of Others. Leia na íntegra e depois copie esta frase para colar na porta da geladeira: "Mockery is an important social tool for squelching stupidity." #

[ 14:52 ]

O Burburinho recebe muitos emails estranhos, de gente pedindo para eu fazer seus trabalhos escolares (exemplo, sem alterar a grafia original: "porque que os altores simbolistas usva muitas metafóras em seus textos?") a gente achando que fizemos os filmes que comentamos (exemplo, sem alterar a grafia original: "eu amei o filme eu já o vi mais de mil vezes eu amo o filme e nunca me farto de o ver!?! queria mandar um beijo á equipa toda foram fantasticos"), passando também por insultos variados (exemplo, sem alterar a grafia original: "vcs saum as pessoas + toscas d q eu jah ouv flar!!! seu artigo sbre o moulin rouge eh a coisa + insensata, infantil, tosca, imbcil e pra terminar inveridica q eu ja vi... tm q ter mta merda na kbeça pra screver issu"). Mas agora veio um que supera qualquer coisa vista antes por aqui. Ainda não sei por que alguém imaginaria que podemos resolver esse problema, mas a mensagem realmente foi enviada através da página de comentários do site. Na íntegra, sem alterar a grafia original: "Eu gostaria de criar um mico pequeno novinhho e gratis em uma chacara, ja pensei em nome e tudo mais eu quero que seje inteligente mais nao é pra agora depois eu entro de novo e falo o dia pra vcs me mandarem o macaco ou macaca tanto faz pode mandar quantos e-mails quizer mais agora eu nao quero o macaco(a) eu dou um sinal falo de novo com vcs e ainda tenho que falar com meu pai tchau." #

[ 14:01 ]

Elfaria Arts: bonequinhos simpáticos made in Brasil, com personagens variados (protagonistas de The Lord of the Rings, super-heróis da Marvel e da DC, monstros de rpg, etc) em estilo chibi/sd ("chibi" é um termo japonês para "criança", "sd" é abreviatura de "super deformed", "chibi/sd" é aquele estilo muito usado em mangá com feições exageradas, olhos grandes, corpos pequenos, narizes minúsculos, etc). #

sexta-feira, 14 de abril de 2006

[ 21:10 ]

O Biajoni me avisa por email que também gostou muito de V for Vendetta e que escreveu comparando o protagonista V com o doutor Phibes de The Abominable Dr. Phibes e Dr. Phibes Rises Again. Para mim, as diferenças de ideologia (V é uma fábula anti-totalitária) e de estilo (Phibes é uma comédia kitsch) são tão grandes que ofuscam as semelhanças. Apesar de terem bebido nas mesmas fontes (principalmente The Phantom of the Opera e The Count of Monte Cristo), James Whiton e William Goldstein (criadores de Phibes) e Alan Moore (criador de V) tinham coisas muito diferentes a dizer. Mas concordo com o Biajoni que na pasmaceira que é o cinemão de Hollywood, V for Vendetta merece muito destaque. "A revolution without dancing is a revolution not worth having." #

[ 20:51 ]

Minhas (re)leituras de Batman chegaram agora à fase conhecida como KnightFall ou A Queda do Morcego. De Batman #483 a #496, o herói passa por fadiga, insônia, esgotamento, forçando-se física e mentalmente ao extremo, enquanto enfrenta vilão após vilão, incluindo os que fugiram em massa do Asilo Arkham. Em Batman #497 ele finalmente enfrenta Bane, o fortão que tinha planejado esgotá-lo desta forma. Mas, sem condições de lutar, o morcegão leva uma grande surra e termina em coma e com a coluna vertebral partida. Estas quinze revistas mostram um Batman com mais determinação que inteligência, completamente obcecado pela sua luta contra o crime, ao ponto de não ser suficientemente esperto para descansar quando necessário. #

[ 20:23 ]

Referential vs. Experiential Bloggers: "The referential blogger uses the link as his fundamental unit of currency, building posts around ideas and experiences spawned elsewhere: Look at this. Referential bloggers are reporters, delivering pointers to and snippets of information, insight or entertainment happening out there, on the Intraweb. They can, and do, add their own information, insight and entertainment to the links they unearth - extrapolations, juxtapositions, even lengthy and personal anecdotes - but the outward direction of their focus remains their distinguishing feature. The experiential blogger is inwardly directed, drawing entries from personal experience and opinion: How about this. They are storytellers (and/or bores), drawing whatever they have to offer from their own perspective. They can, and do, add links to supporting or explanatory information, even unique and undercited external sources. But their motivation, their impetus, comes from a desire to supply narrative, not reference it." #

[ 19:49 ]

Diálogos ouvidos por aí - III:
Cliente e funcionário na repartição pública.
- Então o que eu tenho que fazer?
- O senhor precisa estar esperando pelo protocólogo. #

[ 19:46 ]

Aparentemente estou recuperado dos efeitos adversos das vacinas, já sem febre e sem dores musculares. Na próxima semana ainda tenho que ir a São Paulo para pegar o resultado de todos os exames, e com isso termino a etapa médica do périplo burocrático. Os atestados de antecedentes criminais, porém, continuam a gerar problemas. Fui a Porto Alegre em março exclusivamente para fazer uma nova carteira de identidade, instrumento necessário para obter o atestado. Só saí de lá depois de um supervisor no TudoFácil me garantir que qualquer pessoa poderia retirar a carteira e o atestado somente com o comprovante assinado por mim. Mas agora na hora de pegar os documentos, exigiram mais uma cópia da minha certidão de nascimento, que eles já têm porque deixei lá como parte do processo de obtenção da carteira de identidade. Se toda essa capacidade para complicar a vida do cidadão fosse direcionada para alguma atividade produtiva, este país seria muito diferente. #

quinta-feira, 13 de abril de 2006

[ 20:34 ]

Acabei não vindo para Águas de Lindóia ontem, como planejado, pois quando cheguei na estação rodoviária ja não tinham passagens disponíveis. Então dormi em Santos e só vim hoje durante o dia. Aproveitei a noite de quarta-feira para ver no cinema Underworld: Evolution (EUA, 2006), do Len Wiseman. Que filme desastroso! A produção e a direção de arte são competentes, mas o roteiro e a montagem são medonhos. Já joguei videogames com história mais elaborada que esta. Eu gostei do primeiro Underworld, porém a continuação é indesculpável. Nem mesmo a presença da Kate Beckinsale justifica o sofrimento de 106 minutos que é Underworld: Evolution. #

quarta-feira, 12 de abril de 2006

[ 19:17 ]

A febre não passou e continuo todo dolorido. Por isso, fiquei a tarde jogado num sofá e aproveitei para assistir em dvd MirrorMask (GB-EUA, 2005), com roteiro do Neil Gaiman e direção do Dave McKean, dupla famosa dos quadrinhos (trabalharam juntos em Violent Cases e Black Orchid, entre outros, e McKean também fez capas para séries escritas por Gaiman, como Hellblazer e The Sandman). A história é simples e lembra muito Alice in Wonderland ou The Wizard of Oz, com uma adolescente viajando em sonho para uma terra repleta de cenários e criaturas fantásticas. O mais interessante no filme é exatamente a criação visual desse universo, com a arte elaborada do McKean ganhando tridimensionalidade. A trama, porém, talvez só agrade o público infantil. #

[ 10:49 ]

Ontem fomos assistir A Era do Gelo 2 (Ice Age: The Meltdown, EUA, 2006), do Carlos Saldanha. Tão bom quanto o primeiro, e com uma modelagem em 3d impressionante (os pelos dos mamutes são particularmente realistas). Quem rouba a cena, mais uma vez, é aquele esquilinho pré-histórico que parece um antepassado do mr. Bean. Bacaninha. #

[ 10:11 ]

Acordei com os braços bem doloridos no local das picadas, e também com um pouco de febre, certamente resultado das vacinas. No fim da tarde volto para Águas de Lindóia. #

terça-feira, 11 de abril de 2006

[ 23:44 ]

Voltei para Santos no fim da tarde e fui com o Flávio assistir V for Vendetta (EUA, 2005), do James McTeigue. Muito bom. Já faz tempo que não leio os quadrinhos do Alan Moore (que, a pedido dele, não aparece nos créditos do filme), mas me pareceu uma adaptação bem fiel ao original. As poucas cenas que, pelo que me lembro, não estavam nos quadrinhos encaixam-se muito bem à trama. Bela fábula anti-totalitária, que pode ser vista à luz de muitos episódios históricos, da Inglaterra da Margaret Thatcher (quando o roteiro foi escrito) aos EUA pós-9/11 (quando o filme foi feito). Para quem viveu a ditadura brasileira, a história também apresenta momentos de arrepiante familiaridade. "People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people." #

[ 23:28 ]

Dia corrido em São Paulo. De manhã, fui fazer o exame médico exigido pelo consulado. Teve até o tradicional "diga trinta e três". Aproveitei para almoçar no restaurante natureba Guinza, que eu freqüentava assiduamente quando trabalhava no BOL na avenida Paulista. Depois, uma caminhada até o laboratório para me submeter a uma bateria de exames e vacinas. Foram três coletas de sangue (para exame de hiv, sífilis e varicella zoster), um raio x do tórax, vacina tríplice viral (contra rubéola, caxumba e sarampo), vacina dupla adulto (contra tétano e difteria), vacina pneumocócica polivalente (contra pneumonia e meningite) e vacina contra gripe. A médica perguntou duas vezes se eu queria mesmo tomar todas as vacinas no mesmo dia, e quando confirmei ela me chamou de "homem de coragem". A aplicação não é muito dolorida mas existe possibilidade de inchaço, edema, febre e outras reações desagradáveis. O pior foi a conta: oitocentos e cinqüenta reais. Psicológica e financeiramente abalado, rumei então para o PoupaTempo da Sé para obter meu atestado de antecedentes do estado de São Paulo. O local é todo organizado por cores e uma placa indicava que os atestados são solicitados na praça verde. Lá chegando, descobre-se que é preciso primeiro pegar uma senha na praça laranja, que fica do outro lado do edifício. Claro que há uma fila para pegar a senha necessária para entrar na outra fila. Quando chegou a minha vez me informaram que, apesar da minha carteira de habilitação (um dos documentos que pode ser usado para pedir o atestado) ser de São Paulo e como a minha carteira de identidade (o outro documento aceito) é do Rio de Janeiro, o atestado vai demorar oito dias úteis e não as habituais três horas de espera. Reclamei, esperneei, não arredei pé até que apareceu um supervisor para ouvir o meu caso. Ele então informou que no PoupaTempo da Luz o prazo de espera seria só de cinco dias úteis e que eu deveira ir até lá. Fiz isso. Depois de enfrentar a fila, bem menor que na repartição anterior, fui informado que o meu atestado, feito ali, demoraria dez dias úteis. Reclamei, esperneei, não arredei pé até que apareceu uma supervisora para ouvir o meu caso. Ela se limitou a repetir várias vezes o refrão "dez dias úteis". Reclamei mais, esperneei mais, e não arredei pé até que apareceu a supervisora da supervisora. Esta, sim, disse que poderia resolver o meu problema e me instruiu a fazer o pedido normalmente para depois ser acelerado por ela. Peguei então uma senha (que parece ser um fetiche nesse tipo de local) e fiquei aguardando numa sala de espera por mais de uma hora (o que não deixa de ser irônico num lugar chamado PoupaTempo). Finalmente fui atendido, pegaram minhas impressões digitais, e agora só preciso voltar na próxima semana para pegar o atestado. #

[ 23:07 ]

Estou em Santos, blogando no computador do meu primo Flávio, que é sócio numa empresa de webdesign, a Marcasite. #

segunda-feira, 10 de abril de 2006

[ 10:42 ]

Hoje vou para Santos e passo a noite lá. Amanhã cedo vou para São Paulo para tratar de atestados médicos e policiais. Se tudo correr bem, volto na quarta-feirapara Águas de Lindóia. Viagenzinha relâmpago, sem muito tempo para programas sociais. #

[ 10:35 ]

Outras atrações do weekend. The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (EUA, 2005), do Garth Jennings, em dvd. Continuo achando um fiasco a abertura (aquele número musical com os golfinhos) e continuo achando delicioso o resto do filme (bem fiel ao humor do original). O último episódio da mini-série Filhos do Carnaval (Brasil, 2006), do Cao Hamburger. O final foi um pouco anticlimático mas mesmo assim interessante e coerente com a história, uma espécie de The Sopranos em estilo carioca. Gostei. #

[ 10:22 ]

Assisti em dvd A Sound of Thunder (EUA-Alemanha-República Checa, 2005), do Peter Hyams. O filme começa onde acaba o conto homônimo do Ray Bradbury, um clássico sobre viagens no tempo, desenvolvendo-se em forma de thriller a partir dali e abandonando o original em forma e espírito. Como filme de ação, poderia ter sido razoável se não tivesse efeitos especiais tão pobrezinhos (alguns são realmente constrangedores). Como ficção-científica, deixa muito a desejar. A explicação de como uma pequena mudança no passado pode alterar drasticamente o presente faz sentido, mas por que a alteração não ocorre de uma vez e sim em ondas? Pior que isso, se o protagonista pode voltar no tempo e encontrar a si mesmo no passado, por que a equipe que ia com os cronoturistas sempre ao mesmo lugar do passado não encontrava a si mesma por lá? O Peter Hyams já fez filmes bem melhores. #

domingo, 09 de abril de 2006

[ 16:49 ]

Esta semana o Burburinho tem Elvis Presley, Pink Floyd, Led Zepellin e Paul McCartney em Embustes no Rock Inglês. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

sábado, 08 de abril de 2006

[ 14:51 ]

Jogo bacaninha: Heroes Mini. Baseado no Heroes of Might and Magic, mas para ser jogado online. #

[ 14:43 ]

Frase do dia: "Humans are hardwired to share information, for storytelling. This is how we survived on the savannah. This is how we still survive in our communities, at work - and on the highway: by identifying patterns. By sharing information. First we did it around the night fire, then at the market, and then around the water cooler at work. Now we can do it online." (Rebecca Blood) #

[ 10:28 ]

A Writer's Guild of America elegeu os melhores roteiros cinematográficos de todos os tempos. Casablanca, que foi escrito e reescrito durante as filmagens, ficou em primeiro lugar. Em seguida aparecem The Godfather, Chinatown, Citizen Kane, All About Eve, Annie Hall, Sunset Boulevard, Network, Some Like It Hot e The Godfather II. A lista completa tem cento e um filmes, quase todos imperdíveis. #

[ 09:45 ]

Assisti em dvd Mergulho Radical (Into the Blue, EUA, 2005), do John Stockwell. Aventurinha envolvendo mergulho nas Bahamas, tesouros perdidos e tráfico de drogas, reformulação superficial de The Deep com roteiro claudicante e elenco de segunda linha (Paul Walker, de The Fast and the Furious, e Jessica Alba, de Fantastic Four). Fraquinho. #

[ 09:22 ]

Leituras em quadrinhos, numa sessão só com o Demolidor: Daredevil #61 a #64, arco A Viúva, roteiro do Brian Michael Bendis e arte em bom estilo pseudo-xerográfico do Alex Maleev, Matt Murdock em fase de separação da sua esposa Milla Donovan se enrosca novamente com a Natasha Romanova, mais conhecida como Viúva Negra; Daredevil #65, edição comemorativa dos quarenta anos do personagem, roteiro do Brian Michael Bendis e desenhos de uma dúzia de artistas, muitos flashbacks mas pouca história. #

sexta-feira, 07 de abril de 2006

[ 16:10 ]

Como um dos maiores perigos para a superstição é o contato com a lógica e com os fatos, o papa Ratzinger manda dizer pros católicos se afastarem de quem pensa diferente: "Quando o perigo de perder a fé é latente, é um dever cortar qualquer comunicação com pessoas que tenham se afastado da doutrina católica. (...) É preciso reconhecer o perigo e aceitar que não se pode comunicar com os que se distanciaram de Deus." (É perigoso conviver com pessoas que deixaram a igreja, diz papa) #

[ 16:04 ]

Leituras em quadrinhos, dando continuidade a algumas séries: seguem interessantes Girls #11, Hatter M #2, Rex Mundi #10 e #11; começa a perder a graça Black Harvest #4. #

[ 16:01 ]

O episódio dezoito da segunda temporada de Lost, centrado no personagem Hurley, foi bem divertido. #

[ 15:59 ]

Uns estão instalando Windows no Mac: The XP Experiment. Outros estão instalando Mac OS X no PC: It's Possible. #

[ 15:57 ]

Eu já não lembrava de como é exasperantemente lenta a internet aqui em Águas de Lindóia. #

quinta-feira, 06 de abril de 2006

[ 16:06 ]

Comecei a ler O Caminho de Los Angeles (The Road to Los Angeles, José Olympio Editora, 2005), do John Fante. Foi publicado postumamente mas se trata do seu primeiro romance, de 1936, e também do início da quadrilogia Arturo Bandini (completada com Wait Until Spring, Bandini, o famoso Ask the Dust, e Dreams from Bunker Hill). Por enquanto, me lembra muito a prosa do Charles Bukowski, que sempre disse ser fã do John Fante. #

[ 14:37 ]

Já estou em Águas de Lindóia, depois de nove horas de ônibus leito (Viação Catarinense) até São Paulo e três horas de ônibus convencional (Viação Bragança) até aqui. #

quarta-feira, 05 de abril de 2006

[ 16:39 ]

Terminei de ler O Caso das Rosas Fatais (Let Me Call You Sweetheart, Rocco, 1997), da Mary Higgins Clark. Boa trama de investigação forense, com várias peças se encaixando aos poucos, e um assassino cuja identidade só consegui descobrir a dez páginas do final. A autora se preocupa unicamente em contar a história, sem grandes elucubrações ou revolteios, criando uma literatura despretensiosa mas divertida. Vou procurar mais livros dela. #

[ 13:22 ]

Sem contar a inflação, os três filmes que mais renderam dinheiro até hoje foram Titanic, Lord of the Rings: Return of the King e Harry Potter and the Sorcerer's Stone. Contando a inflação, os três filmes que mais renderam dinheiro até hoje foram Gone With the Wind, Star Wars e The Sound of Music. (via Ask Yahoo!) #

[ 11:56 ]

Assisti em dvd Cão de Briga (Danny the Dog, França-GB-EUA, 2005), com direção do Louis Leterrier e roteiro do Luc Besson, a mesma dupla de The Transporter. Jet Li numa interpretação que lembra um pouco Johnny Depp em Edward Mãos-de-Tesoura (mas, com suas habilidades de luta, seria uma espécie de Danny Mãos-de-Marreta), bem acompanhado por Bob Hoskins (seu carcereiro) e Morgan Freeman (seu redentor). Idéia interessante, boas cenas de luta, e alguns momentos inesperados. Gostei. #

[ 11:39 ]

Mais percalços. Ontem quando cheguei na rodoviária de Balneário Camboriú fui informado que todos os ônibus estavam atrasados devido a um acidente na estrada. O meu, que deveria sair às nove e meia da noite, só era esperado por volta das três da manhã. Sem muita vontade de acampar por ali durante várias horas, preferi trocar minha passagem para hoje e passar mais um dia em Camba Beach. #

terça-feira, 04 de abril de 2006

[ 15:47 ]

O filme do almoço hoje foi The Brothers Grimm (GB-EUA-República Checa, 2005), do Terry Gilliam. Contos de fadas misturados no liquidificador para gerar uma ambiciosa aventura cômica. Infelizmente, nada parece funcionar direito, e o que poderia ter sido um filme ao menos tão bom como Sleepy Hollow acaba se tornando uma coisa ainda pior que Van Helsing (sim, os três filmes têm algo em comum temática e esteticamente). O roteiro é desastroso, repleto de personagens caricatos (jogados nas mãos de Matt Damon, Heath Ledger, Peter Stormare e Jonathan Pryce) e cenas mancas (com direção e montagem desinspiradas). O único acerto parece ter sido na escalação de mulheres bonitas, com Lena Headey como heroína ranger e Monica Bellucci como rainha malvada. Muito fraquinho. #

[ 09:22 ]

Esta noite viajo para a casa dos meus pais em Águas de Lindóia, que será minha base de operações pelos próximos dias. De lá pretendo fazer incursões a São Paulo (para mais atestados, exames médicos, vacinações, etc) e Rio de Janeiro (para a entrevista no consulado dos EUA). Termina assim minha segunda passagem por Balneário Camboriú, onde mais uma vez fui hospedado magnificamente pela Rosinha Monkees. Na temporada anterior ela já me tinha dado tratamento vip, e agora fez um upgrade para tratamento vip platinum extra. Somando as duas visitas, passei cerca de um ano na cidade, o que quase me qualifica como morador de Camba Beach, especialmente agora que tenho carteira de identidade e título de eleitor emitidos aqui. #

segunda-feira, 03 de abril de 2006

[ 13:43 ]

Durante o almoço de hoje assisti em dvd Uma Vida Iluminada (Everything Is Illuminated, EUA, 2005), filme de estréia do ator Liev Schreiber como diretor. Road movie ao mesmo tempo estranho e singelo. Um colecionador de relíquias familiares (Elijah Wood de óculos de aros grossos e terninho preto) vai à Ucrânia procurando a aldeia de onde seu avô saiu durante a segunda grande guerra, e embarca numa viagem de carro com dois nativos de comportamento peculiar (Eugene Hutz e Boris Leskin). Em alguns momentos parece uma mistura de Tim Burton (Big Fish) com Dusan Makavejev (Montenegro). Gostei. #

[ 10:32 ]

Ontem fui ao cinema assistir Firewall (EUA, 2006), do Richard Loncraine. Mais um filme da série Não Ameacem Minha Família ou Vocês Vão Se Dar Mal, assim como Cape Fear, Desperate Hours, Hostage, e tantos outros. Aqui Harrison Ford é um expert em segurança de computadores e Paul Bettany é o vilão que toma como reféns esposa e filhos para garantir a sua colaboração num roubo milionário. Thriller razoável, com a habitual dose de situações exageradas (é sempre espantosa a rapidez com que conseguem craquear uma rede de computadores no cinema, mesmo algo sofisticado como o sistema de um banco). #

[ 09:48 ]

Fotos bacanas: Dreams of Flying. #

[ 09:43 ]

Para quem gosta de gatos e para quem gosta de letras: Catype. #

domingo, 02 de abril de 2006

[ 10:45 ]

Sessão dupla em dvd. Primeiro, Stone Cold (EUA, 2005), do Robert Harmon. Adaptação para televisão de um romance policial do Robert B. Parker, com Tom Selleck no papel principal e uma participação pequena da Mimi Rogers. Numa cidadezinha de Massachusetts, o chefe de polícia, que veio de Los Angeles deixando uma ex-esposa e um rastro de alcoolismo, tenta desvendar uma série de assassinatos aparentemente desconexos. O mais interessante da história é o protagonista, um sujeito lacônico e amargo que consegue ser também espirituoso e eficiente. O diretor Robert Harmon é o mesmo que fez há vinte anos o bom The Hitcher. No Brasil, Stone Cold ganhou o título Crimes no Paraíso (uma alusão ao nome da cidade, Paradise), que é uma escolha particularmente infeliz porque o Robert B. Parker tem outro livro na mesma série chamado Death In Paradise. Depois, Em Boa Companhia (In Good Company, EUA, 2004), do Paul Weitz. Quando uma grande corporação compra outra grande corporação, o veterano gerente de vendas Dennis Quaid (de Flight of the Phoenix) perde seu lugar para o rapazinho inexperiente Topher Grace (de That '70s Show) e se vê forçado a trabalhar como seu assistente. Para piorar a situação, sua filha Scarlett Johansson (de Lost in Translation) se envolve romanticamente com o usurpador. Eu esperava uma grande comédia (Paul Weitz é o diretor do primeiro American Pie) mas o filme é quase um drama, com o tema central da substituição injusta dos profissionais experientes pesando muito. O final feliz hollywodiano parece forçado e não tira o gosto amargo da primeira parte. A trilha sonora tem Damien Rice e David Byrne. #

sábado, 01 de abril de 2006

[ 14:38 ]

Esta semana no Burburinho, o Gian Danton fala sobre a música e a política de cada época. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

[ 11:18 ]

O filme histórico do Georges Méliès, Le Voyage dans la Lune, está disponível para download gratuito. #

[ 10:43 ]

Ontem assisti o décimo-sétimo episódio da segunda temporada de Lost e fiquei admirando a série como uma grande celebração ao McGuffin. Há um monstro à solta na ilha, pode ser um animal selvagem, pode ser um guardião mecânico, pode ser um dinossauro fantasma, mas independentemente da sua natureza trata-se de uma força à qual os personagens precisam reagir. Existem mais habitantes na ilha, pode ser outro grupo de náufragos, pode ser uma tribo de nativos, pode ser um núcleo de cientistas, mas independentemente da sua natureza trata-se de uma força à qual os personagens precisam reagir. Tem aquele botão a ser apertado a cada 108 minutos, pode ser para evitar a explosão de uma bomba, pode ser para conter uma força da natureza, pode ser somente uma experiência sobre comportamento humano, mas independentemente da sua natureza trata-se de uma força à qual os personagens precisam reagir. A série é cheia de elementos que servem de ignição para toda a ação, mas não sabemos até agora o que são realmente esses elementos, e até que surja uma explicação geral para a trama, eles podem ser qualquer coisa sem alterar fundamentalmente o que ocorre com os personagens. O McGuffin, dizia Hitchcock, é exatamente esse elemento na trama que funciona como motivação para tudo que acontece, sendo também intercambiável por natureza: o herói pode estar atrás de uma fórmula secreta, uma mala cheia de dinheiro ou um objeto de valor sentimental, e participar exatamente da mesma aventura independentemente do que é o McGuffin. No caso de Lost, toda a série até agora é movida por McGuffins misteriosos que mantêm o interesse ao mesmo tempo que provocam a curiosidade sobre a natureza do grande McGuffin por trás de tudo. #

[ 10:14 ]

Algumas pessoas não entenderam o balanço de filmes e livros que estou fazendo no final de cada mês. Meu objetivo não é me vangloriar de ser ávido leitor ou cinéfilo voraz (pelo contrário, até acho que tenho visto poucos filmes e lido pouquíssimos livros). É só uma forma de facilitar a contagem que faço no final do ano, nada mais que uma pequena contabilidade pessoal. #