terça-feira, 31 de outubro de 2006

[ 20:19 ]

Balanço de outubro: assisti 17 filmes e 102 episódios de séries de tv (incluindo uma temporada de X-Men: Evolution, três de 24 e uma de Masters of Horror, além de episódios de Lost); li 3 livros e 7 revistas em quadrinhos. #

[ 18:04 ]

O filme que escolhi assistir no avião foi Find Me Guilty (EUA-Alemanha, 2006), do Sidney Lumet. Vin Diesel, gordo e com cabelo, interpreta Giacomo "Jackie Dee" DiNorscio, um mafioso que resolveu demitir seu advogado e defender a si mesmo num julgamento coletivo por conspiração. O roteiro parece ser uma celebração da lealdade, já que o protagonista se recusa a delatar os companheiros, segue fiel a eles mesmo quando percebe que não é bem aceito pelo grupo, e ainda acaba pedindo que o júri coloque sobre ele a culpa dos outros (daí o título, que pode ser traduzido como "considerem-me culpado"). Mas qual o mérito de uma lealdade colocada acima de qualquer outro valor, especialmente quando é dirigida a assassinos e traficantes de droga? O que achei mais estranho em Find Me Guilty foi apresentar os criminosos (particularmente o Jackie Dee) sob uma luz favorável, como se fossem um grupo de honrados chefes de família injustiçados pelo preconceito contra italianos (sugestão de um dos advogados da história). #

[ 14:38 ]

Já estou em Alexandria, estado da Virginia, nos EUA. Eu tinha comprado uma passagem aérea em classe econômica, mas a Jade me presenteeou com um upgrade para primeira classe e viajei com regalias adicionais. Numa poltrona espaçosa e confortável, jantei um belo bife (New York sirloin steak) acompanhado de um honesto bordeaux francês (Château Peymouton), assisti um filme, e depois dormi bem até a aterrisagem em Houston, onde passei pelos serviços de imigração (sem percalços desta vez) e peguei outro avião rumo a Washington. #

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

[ 11:48 ]

Esta noite saio do Brasil (país que reelegeu o Lula) e viajo para os EUA (país que reelegeu o Bush), chego lá amanhã, a tempo de celebrar o Halloween e assistir o início da temporada da NBA. #

[ 09:32 ]

Sessão dupla de filmes espanhóis. Primeiro, Muertos de Risa (Espanha, 1999), do Álex de la Iglesia (o mesmo de El Día de la Bestia e Perdita Durango). Encantador filme de humor negro, contando a trajetória de dois comediantes que se odeiam mortalmente mas continuam trabalhando juntos durante muitos anos. Nino (Santiago Segura) e Bruno (El Gran Wyoming) na verdade não possuem qualquer talento especial, e o número que apresentam quase que se resume a Nino levando bofetadas de Bruno, o que encanta seu público mas cria uma animosidade insuportável entre os dois. A carreira da dupla vai sendo mostrada juntamente com episódios marcantes da história da Espanha (Franco no poder, a tentativa de golpe de estado de 23-F, os jogos olímpicos, etc). Um belo e divertido estudo sobre a inveja, esverdeada e pegajosa, e também sobre solidão, dependência psicológica e inaptidão social. A cena final, no hospital, é brilhante. Depois, Tesis (Espanha, 1996), filme de estréia do Alejandro Amenábar. É a história de uma estudante de cinema que acidentalmente descobre um núcleo de produção de snuffs (filmes que documentam tortura e morte de pessoas). Em alguns momentos a trama perde um pouco o ritmo, mas no geral é um bom thriller. No elenco, Ana Torrent (a menininha de Cria Cuervos, vinte anos antes de Tesis) e Fele Martínez (que com cavanhaque e cabelo desgrenhado lembra um pouco o Johnny Depp). Tesis conquistou uma balaiada de prêmios Goya, incluindo o de melhor filme, e transformou Amenábar instantaneamente num dos mais importantes cineastas espanhóis. Depois ele dirigiria Abre los Ojos (que foi refilmado como Vanilla Sky com Tom Cruise no papel principal), The Others (com Nicole Kidman no elenco e Tom Cruise na produção) e Mar Adentro (Grand Prix no Festival de Veneza e Oscar de melhor filme estrangeiro). Nada mal para um início de carreira. #

[ 09:17 ]

Li o álbum em quadrinhos The Dreamer (DC Comics, 1986), do Will Eisner. A história se passa nos anos trinta e é claramente autobiográfica, contando o dia-a-dia dos desenhistas de quadrinhos da época, seus sonhos e suas motivações. O roteiro quase não tem trama e limita-se a uma seqüência de situações no estilo slice of life. Quem conhece a história dos quadrinhos vai reconhecer vários personagens, que apesar dos nomes trocados mantêm as características de artistas famosos no ramo: Will Eisner (o protagonista William Eyron), Bob Kane (Ken Corn), Jack Kirby (Jack King), e vários outros. #

domingo, 29 de outubro de 2006

[ 12:58 ]

Assisti também Hard Candy (EUA, 2005), do David Slade. Muito interessante. Ótimos diálogos. Boas interpretações, do Patrick Wilson e principalmente da Ellen Page. Questionamentos morais. As ações da menina, uma pequena versão feminina do Jack Bauer, são justificáveis? Pena que no final a história perca um pouco a ambigüidade (e, por conseqüência, a neutralidade) mantida durante maior parte do tempo. Mesmo assim, um belo filme, daqueles que estimulam debates entre os amigos na saída do cinema, sobre vigilantismo, proporcionalidade de resposta, fins justificando os meios, etc. Gostei. #

[ 12:50 ]

Assisti em dvd Icon (EUA, 2005), do Charles Martin Smith, adaptação televisiva do livro homônimo do Frederick Forsyth. Trama um bocado mambembe (espionagem, eleições russas, terrorismo, numa mistura precária), roteiro bem tosco (personagens rasos, situações previsíveis) e cheio de cenas inverossímeis (exemplo: herói com uma pistola enfrentando dúzias de vilões com metralhadoras e sendo o único a sair vivo da confusão, e isto acontece mais de uma vez). Não li o livro original, mas acho difícil acreditar que o autor de The Day of the Jackal tenha escrito algo tão ruim, prefiro imaginar que a culpa seja dos adaptadores. No elenco, só faltou uma placa anunciando "fim de carreira": Patrick Swayze, Patrick Bergin, Michael York. #

sábado, 28 de outubro de 2006

[ 20:39 ]

Leituras em quadrinhos. Consegui mais duas revistas de duas das melhores séries que estava acompanhando, Ex Machina #19 e #20 e Y: The Last Man #44 e #45. Ambas são escritas pelo Brian K. Vaughan. Pretendo continuar lendo estes dois títulos e ainda procurar outros trabalhos dele, como Pride of Baghdad e The Escapists. #

[ 12:45 ]

Assisti em dvd Os Fugitivos (Lonely Hearts, EUA, 2006), escrito e dirigido por Todd Robinson e baseado na investigação do seu avô Elmer C. Robinson sobre uma casal de serial killers dos anos quarenta, Martha Beck e Raymond Fernandez, os Lonely Hearts Killers. Tom sombrio e boas interpretações de John Travolta (que engordou um bocado), James Gandolfini (que sempre foi gordo), Salma Hayek (que também engordou para o papel) e Jared Leto (que não engordou mas está careca). O filme é psicologicamente violento, tanto quando mostra o rastro de vítimas como quando mostra o destino dos assassinos, numa reflexão sobre a idéia do "olho por olho, dente por dente". #

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

[ 09:13 ]

Meus episódios preferidos da primeira temporada de Masters of Horror foram (pela ordem de exibição): Incident On and Off a Mountain Road (Don Coscarelli), Homecoming (Joe Dante), Cigarette Burns (John Carpenter) e Sick Girl (Lucky McKee). #

[ 09:09 ]

O último episódio da primeira temporada de Masters of Horror é muito estranho. Imprint, dirigido pelo Takashi Miike (autor de Audition) e baseado num livro de Shimako Iwai, passa-se no Japão do século XIX. Um visitante ocidental (Billy Drago) vai até uma ilha-bordel em busca de uma prostituta por quem se havia apaixonado. Lá ele encontra outra prostituta, com o rosto deformado, que lhe conta uma história em várias versões diferentes, cada uma mais terrível que a anterior, culminando numa revelação grotesca. Os flashbacks incluem cenas de tortura e fetos boiando no rio, entre outras imagens perturbadoras. Infelizmente, alguém teve a idéia infeliz de fazer todos os atores japoneses falarem inglês, e o sotaque carregadíssimo acaba arruinando as interpretações (ou isto fazia parte da estranheza almejada pelo diretor?). O episódio parece saído de um delírio oriental do David Lynch. #

[ 08:51 ]

Li O Gato Por Dentro (The Cat Inside, L&PM, 2006), do William Burroughs. Coleção de textos curtos (quase no estilo de posts de um weblog) que juntos formam uma espécie de diário do relacionamento do autor com seus gatos. Ele projeta suas fantasias nos felinos e na maior parte do tempo os usa para criar alegoria mística. Quem já viveu cercado de gatos vai reconhecer o comportamento típico dos gatos em várias passagens do livro. #

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

[ 16:04 ]

Sugestões de leitura para o Halloween: Scary Stories. #

[ 16:02 ]

Sugestão de fantasia para o Halloween: Make a Flying Spaghetti Monster Costume. #

[ 16:00 ]

Para quem já instalou o Firefox 2.0, algumas boas dicas de configuração avançada: Top Firefox 2 config tweaks. #

[ 12:22 ]

Assisti em dvd Tristan & Isolde (GB-EUA-RC-Alemanha, 2006), do Kevin Reynolds. Uma versão um pouco diferente das que eu conhecia, sem dragão (como nos poemas medievais), sem poção do amor (como na ópera de Wagner) e sem o herói se tornando um cavaleiro do rei Arthur (como no livro de Malory). Mesmo assim o roteiro é interessante, dando ênfase tanto à história de amor quanto à intriga política. Pena que os protagonistas sejam fraquinhos, James Franco (o enjoado Harry Osborn de Spider-Man) e Sophia Myles (a enjoada Erika e Underworld). Dúvida: os castelos daquela época já tinham fosso e ponte levadiça? Curiosidade: por que a repetição do tema da rainha adúltera nos mitos da formação nacional inglesa, com Isolde se entregando a Tristan e Guinevere se entregando a Lancelot? #

[ 12:00 ]

Chegando quase ao final da primeira temporada de Masters of Horror. Pick Me Up tem roteiro do David J. Schow (o mesmo de The Crow) e direção do Larry Cohen (criador de It's Alive, clássico trash dos anos setenta). O elenco é bom (com Fairuza Balk, de The Craft e The Island of Dr. Moreau, e Michael Moriarity, o district attorney de Law & Order) e a história parece promissora (o duelo de dois serial killers), mas o desenvolvimento da trama é desinteressante e os diálogos são desastrosos. Forte concorrente a pior episódio da temporada. Haeckel's Tale foi dirigido pelo John McNaughton (o mesmo de Henry: Portrait of a Serial Killer e Wild Things) com base num conto do Clive Barker (autor dos Books of Blood e diretor de Hellraiser). A história começa com um seguidor do doutor Frankenstein e termina com uma festa de necromancia e necrofilia, tudo embalado numa narrativa enquadrada dentro de outra narrativa num tom que lembra um pouco o E.T.A. Hoffmann. Gostei. #

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

[ 12:52 ]

A revista Wired publicou uma boa coletânea de contos com somente seis palavras: Very Short Stories. (Mais microcontos, em português, na Casa das Mil Portas.) #

[ 12:32 ]

Recebi muitos emails sobre a minha saída do Orkut, vários perguntando sobre o que me levou ao orkuticídio. As razões são muitas, aqui vão algumas delas: o layout medonho e a navegabilidade horrenda, a lentidão dos servidores, a invasão de usuários sem muita noção de civilidade, o inglês perdendo espaço para o miguxês, a profusão de comunidades inúteis repletas de conversas idiotas, a profusão de comunidades idiotas repletas de conversas inúteis, os perfis falsos, os trolls e as flamewars, o spam e o phishing, os peixinhos em ANSI art no scrapbook... Precisa mais? #

[ 11:58 ]

Nova sessão dupla de Masters of Horror. Fair-Haired Child tem direção do William Malone, que já fez os pouco inspirados House on Haunted Hill e FeardotCom. Não chega a ser um grande filme mas é muito melhor que os trabalhos anteriores do diretor. A história (do Matt Greenberg, roteirista de Halloween H20: 20 Years Later e de Reign of Fire) é contada de forma criativa, com flashbacks oníricos que vão revelando aos poucos o que realmente está por trás de um rapto. Lori Petty, a Tank Girl, é o nome mais conhecido no elenco. Sick Girl tem direção do Lucky McKee, autor do bacaninha May. E esta história (do Sean Hood, especialista em continuações que já roteirizou Halloween: Resurrection, Cube 2: Hypercube e The Crow: Wicked Prayer) se encaixa perfeitamente no seu estilo estranho, algo como uma mistura de Almodóvar com Cronenberg. Angela Bettis (a mesma atriz de May) é uma entomologista lésbica com problemas de adaptação social que se apaixona pela tímida e estranha Erin Brown (também conhecida como Misty Mundae, musa do cine-erótico-independente e estrela de filmes como Dr. Jekyll & Mistress Hyde e Bikini Girls on Dinosaur Planet). Para complicar o relacionamento das duas entra em cena um inseto voraz (contrabandeado do Brasil) capaz de provocar mutações nas pessoas que ataca. Uma deliciosa comédia de horror com passagens bizarras e um final perversamente satisfatório. #

[ 11:43 ]

Assisti em dvd Venom (EUA, 2005), do Jim Gillespie (o mesmo diretor de I Know What You Did Last Summer). Um caipirão da Louisiana morre num acidente e é trazido de volta pelo espíritos do mal para matar todos os habitantes da cidadezinha. A mesma história já vista incontáveis vezes, com o elenco de adolescentes quase fazendo fila para ver quem vai ser a próxima vítima. Fraquíssimo. #

terça-feira, 24 de outubro de 2006

[ 20:08 ]

Comecei a arrumar as malas. Já está quase tudo preparado. Só falta decidir o que vai naquele último canto, os meus sapatos ou mais alguns livros. #

[ 19:55 ]

Hoje me desliguei do Orkut. Cansei daquilo. #

[ 15:03 ]

Mais dois episódios de Masters of Horror. Deer Woman, dirigido por John Landis e escrito por ele mesmo e pelo filho Max Landis, conta a história de uma mulher-cervo que acasala com estranhos e os mata em seguida. O tom da narrativa lembra muito An American Werewolf in London, misturando cenas engraçadas (por exemplo, a visualização das teorias do detetive para o que poderia ter acontecido) com passagens sombrias (por exemplo, a seqüência final do filme). Bacaninha. Curiosidade: a mulher-cervo é interpretada silenciosamente pela bonitinha Cinthia Moura, mineira de Uberlândia. Cigarrete Burns, dirigido pelo grande John Carpenter (de Halloween, Escape from New York, The Thing, e tantos outros), fala de um filme perdido, La Fin Absolue du Monde, que causaria loucura e violência em quem o assistisse. A trama mistura um pouco de 8mm com um pouco de The Ring, tudo num clima pesado, agourento, e até niilista (afinal, Carpenter é o autor de pérolas do gênero como In the Mouth of Madness). E ainda tem uma misteriosa criatura alada na história, reminiscente da graphic novel Preacher. Um dos melhores episódios da série. Curiosidade: a trilha sonora é do Cody Carpenter, filho do diretor que musicou quase todos os seus filmes. #

[ 11:32 ]

Com a palavra, Richard Dawkins: Why There Almost Certainly Is No God. #

[ 11:26 ]

Sessão dupla em dvd. Começou mal, com Armadilhas do Destino (Say Nothing, Canadá-EUA, 2001), do Allan Moyle. William Baldwin é o milionário que tenta entrar na vida da casada insatisfeita Nastassja Kinski, num thriller fraquinho em estilo Fatal Attraction ao contrário e com uma pitada de luta de classes. O segundo filme foi bem melhor, Chaos (Canadá-GB-EUA, 2006), escrito e dirigido pelo Tony Giglio. Boa trama de assalto a banco (reviravoltas e surpresas na medida certa), com elenco bem escolhido (Jason Statham, Wesley Snipes, Ryan Phillippe). Bacaninha. #

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

[ 21:22 ]

How Much Should a Design Cost? "Everybody wants a killer design, especially after seeing one that they lust over. Problem is, nobody wants to pay for it." #

[ 13:48 ]

Depois de assistir o sexto episódio de Masters of Horror, eu tenho vontade de aplaudir de pé o Dale Bailey, que escreveu o conto original, e o Joe Dante, que dirigiu a adaptação desta brilhante sátira política embalada como filme de mortos-vivos. Denúncia direta das táticas sujas e da retórica hipócrita dos republicanos belicistas, Homecoming ridiculariza figuras emblemáticas dentro e fora da administração Bush, principalmente a radical reacionária Anne Coulter (aqui apresentada quase sem disfarces como Jane Cleaver, autora do livro Subversion - how the radical left took over cable news e proprietária de um carro com placa BSH BABE), e também outras figuras facilmente reconhecíveis como o maquiavélico assessor político por trás do presidente, em estilo Karl Rove, e o fanático religioso reinterpretando a Bíblia para promover seus ideais políticos, em estilo Jerry Falwell. A mensagem é clara, com soldados mortos saindo dos caixões (aqueles mesmos que o governo não queria que fossem fotografados) enrolados na bandeira dos EUA e com um deles dizendo em rede nacional: "I've seen men die for a lie. I was killed for a lie." O roteiro é incansável, despejando críticas por todos os lados, desde os personagens que trapaceiam no resultado das eleições ("We do what's best for America, if the voters disagree, that's their problem.") até detalhes sutis como as notícias que aparecem no rodapé da imagem do noticiário ("Schools must teach alternative to heliocentrism."). Apesar de todo o sarcasmo e humor negro, Homecoming também tem momentos tocantes, como a cena em que um casal, dono de uma lanchonete, recebe um dos soldados mortos e conversa com ele como se fosse um filho. Já era hora de alguém fazer um filme denunciando esta guerra vergonhosa, e o Joe Dante cumpriu a tarefa com um sorriso nos lábios: "This is a horror story because most of the characters are Republicans." #

[ 11:58 ]

Para relembrar algumas frases famosas do cinema: Make my day: the best (and worst) lines in the history of film. #

[ 11:54 ]

As duas frases mais repetidas na série 24:

  • "You're gonna have to trust me." (Geralmente usada por alguém pronto para fazer alguma bobagem.)
  • "It's gonna be OK." (Geralmente usada quando as coisas vão acabar mal.)
    #

    [ 11:48 ]

    Terminei de assistir a terceira temporada de 24. Continuo gostando da fórmula narrativa mas ainda acho que os roteiros poderiam ter menos reviravoltas sem conexão direta com a trama central ou mesmo com a trama secundária (um bom exemplo disto, na terceira temporada, é o surgimento de um misterioso e desnecessário bebê nas instalações da CTU) e que poderiam ser um pouco mais originais (dois exemplos de temas repetidos: na primeira temporada o vilão rapta a esposa do Bauer para obrigá-lo a seguir suas ordens, na terceira o vilão rapta a esposa do Almeida para obrigá-lo a seguir suas ordens; na segunda temporada Bauer ameaça matar o filho de um vilão para que ele confesse onde está a bomba atômica, na terceira Bauer ameaça matar a filha de um vilão para que ele confesse onde está o vírus letal). Outra decepção para mim foi terem ignorado quase completamente o cliffhanger da temporada anterior, saltando três anos e dando como encerrado o assunto que alimentou o interesse da série entre uma temporada e outra. Quanto aos posicionamentos morais de 24, acho que as coisas pioraram um bocado desde o início. Na primeira temporada tínhamos o contraste entre Bauer (os fins justificam os meios) e Palmer (fazer sempre a coisa certa). Na segunda, Palmer deu uma deslizada mas ainda assim manteve-se como contraponto ao herói-vale-tudo que protagoniza a história. Na terceira, porém, Palmer mergulha no lado negro: aceita subornar uma testemunha para que retire seu depoimento (depois muda de idéia, mas o primeiro passo está dado), se envolve na chantagem de um inimigo político, dá falso testemunho para acobertar um homicídio, cede a pressão de terroristas e ordena a morte de um agente federal, para citar só algumas das suas decisões questionáveis. Assim, 24 fica sem um equilíbrio moral e acaba promovendo a cartilha de Jack Bauer: mentir, torturar, matar, tudo é válido para defender a nação. #

    domingo, 22 de outubro de 2006

    [ 17:24 ]

    Assisti mais dois episódios de Masters of Horror. Jenifer, baseado numa história em quadrinhos do Bruce Jones e do Bernie Wrightson (na velha revista Creepy), foi roteirizado e estrelado pelo Steven Weber (que já apareceu em séries como Tales from the Crypt e Star Trek: Deep Space Nine) e dirigido pelo Dario Argento (famoso por filmes de horror com nomes curtos, como Suspiria, Inferno, Tenebrae e Phenomena). O roteiro é desconjuntado e cheio de lacunas lógicas, as interpretações são bem fracas, e o episódio poderia facilmente ter a metade da duração. Não gostei. Chocolate tem roteiro e direção do Mick Garris (o mesmo das mini-séries The Stand e The Shining, ambas baseadas em livros do Stephen King), que é também o criador da série. A história parece saída da série The Twilight Zone, com um sujeito (Henry Thomas, o menininho de E.T.) descobrindo que pode receber sensações de outra pessoa (paladar, audição, etc), neste caso uma mulher assassina (Lucie Laurier), e se apaixonando por ela. A narrativa em flashback relatado pelo próprio protagonista funciona bem. Também no elenco, como amigo do protagonista, Matt Frewer, que já foi Max Headroom e Sherlock Holmes. #

    sábado, 21 de outubro de 2006

    [ 14:28 ]

    É interessante notar que os três primeiros episódios de Masters of Horror cobrem áreas bem diferentes do cinema fantástico: o terror psicológico, o horror sobrenatural e a ficção-científica distópica, respectivamente. #

    [ 14:22 ]

    O terceiro episódio de Masters of Horror foi Dance of the Dead, baseado num conto do Richard Matheson e dirigido pelo Tobe Hooper. Matheson é um monumento do gênero, tendo escrito episódios de The Twilight Zone (incluindo aquele em que o William Shatner vê um monstrinho na asa do avião em que viaja), roteiros para vários filmes do Roger Corman (House of Usher, Pit and the Pendulum, Tales of Terror, The Raven) e para o primeiro do Steven Spielberg (Duel), e é o autor de livros que foram adaptados com sucesso para o cinema (como The Shrinking Man, que se tornou The Incredible Shrinking Man, e I Am Legend, que foi adaptado primeiro como The Last Man on Earth, com Vincent Price, e depois como The Omega Man, com Charlton Heston). Hooper também é um nome famoso no cinema fantástico, tendo no currículo The Texas Chain Saw Massacre (o primeiro, que eu considero exageradamente aclamado) e Poltergeist (com produção do Spielberg), entre outros. Dance of the Dead é um drama pós-apocalíptico com música punk e narrativa nervosa. Robert "Freddy Krueger" Englund é um dos atores principais. Curiosidade, o roteiro foi assinado pelo filho do Richard Matheson, Richard Christian Matheson. #

    [ 13:58 ]

    Vez por outra recebo algum email tão inusitado que me sinto forçado a compartilhá-lo. Este veio para a Casa das Mil Portas, meu site de microcontos: "Boa tarde! Estamos construindo em nossa casa uma pequena cozinha, com medidas de 1,90 x 4 metros. A porta que dará acesso aos fundos nós gostaríamos de fazer alguma coisa diferente. Minha dúvida é a seguinte: nesse espaço (1,90 m) o que vocês nos aconselhariam? Porta articulada, sanfonada? Seria possível, ainda, colocar uma porta de correr? (É que ainda colocaremos uma pequena janela nesse lado...) Agradeço a atenção e aguardo retorno. Um abraço, Paulo. PS: Se puderem me passar o valor estimado dessas portas eu agradeço também." #

    sexta-feira, 20 de outubro de 2006

    [ 12:14 ]

    O segundo episódio de Masters of Horror foi Dreams in the Witch House, baseado num conto do H.P. Lovecraft e dirigido pelo Stuart Gordon. Lovecraft e Gordon já se encontraram várias vezes em adaptações cinematográficas: Re-Animator (1985), From Beyond (1986), Castle Freak (1995), Dagon (2001). Pelo que me lembro da história original, este Dreams in the Witch House pareceu-me uma versão bem fiel com alguns elementos contemporâneos encaixados na trama (laptop computer, string theory) mas sem deixar de lado elementos clássicos da mitologia lovecraftiana (a universidade Miskatonic, o livro Necronomicon). O tema da bruxa e da casa assombrada, porém, já está um bocado desgastado, e o episódio não trouxe novidades, pelo contrário, insistiu no recurso cansado do "será sonho ou será verdade?". Não chegou a ser uma grande decepção, mas não me cativou. #

    [ 11:57 ]

    Terminei de ler Além do Espaço e do Tempo (Edart, 1965). O Elo Perdido, do Jeronymo Monteiro (autor de Três Meses no Século 81 e A Cidade Perdida, e também fundador da Sociedade Brasileira de Ficção Científica) é um dos dois melhores contos do livro. Conta a história de um menino neanderthalesco e lembra um pouco The Ugly Little Boy do Asimov, mas sem a máquina do tempo. O Espelho, do Nelson Leirner (que eu só conhecia como artista plástico), é uma narrativa um pouco confusa, quase onírica, de uma viagem a um universo paralelo. George e o Dragão, do Álvaro Malheiros (aparentemente o dono da editora), é um drama lunar que traça paralelo com o mito do santo do título. Homens Sob Medida, do Nelson Palma Travassos (que eu desconhecia mas que parece gostar de animais, pois publicou livros como O Boi e Sua Senhora e O Porco, Esse Desconhecido), nem chega a ter história e é somente um fraco diálogo em que dois amigos comentam os avanços do futuro hipotético onde vivem. Transfert, do Antônio d'Elia (que não sei quem é), é uma história de amor entre seres (extraterrestres ou humanos do futuro?) com quatro braços e cabeças enormes. Tuj, do Walter Martins (outro desconhecido para mim), é o outro dos dois melhores contos do livro. Mistura bomba atômica, marcianos e viagem no tempo de forma interessante e inesperada. O Velho, do Clóvis Garcia (mais um que eu desconhecia), fecha o livro com a história de um ancião de um futuro distópico e seu amigo autômato. No fim, valeu ler Além do Espaço e do Tempo pela curiosidade de conhecer a ficção-científica brasileira dos anos sessenta e principalmente por causa dos bons contos O Elo Perdido, do Jeronymo Monteiro, e Tuj, do Walter Martins. #

    quinta-feira, 19 de outubro de 2006

    [ 20:47 ]

    Que episódio estranho de Lost, o terceiro da terceira temporada, hein? Locke em estilo Don Juan Matus (personagem de A Erva do Diabo, do Carlos Castañeda) e Desmond em estilo Johnny Smith (personagem de A Zona Morta, do Stephen King). Weird... #

    [ 14:11 ]

    Enquanto não consigo os capítulos restantes da terceira temporada de 24, comecei a ver outra série. Masters of Horror traz uma história nova em cada episódio, sempre dirigida por algum nome famoso do gênero. A primeira é Incident On and Off a Mountain Road, assinada pelo Don Coscarelli. Ele é responsável pelos tosquíssimos Phantasm (1979) e Beastmaster (1982), mas que recentemente tem feito coisas muito melhores, como Bubba Ho-Tep (2003). E Incident On and Off a Mountain Road é muito bom, uma pequena pérola na sua carreira. Enredo interessante (baseado num conto de Joe R. Landsdale, o mesmo autor de Bubba Ho-Tep), narrativa aprumada (com flashbacks bem colocados), vilão bacana (Moonface, interpretado por John DeSantis), protagonista com cartas na manga (Ellen, interpretada por Bree Turner), boa direção de arte (destaque para a casa do Moonface e seus arredores) e surpresinha final (que eu não vou contar, claro). Espero que a série continue neste nível. #

    [ 13:44 ]

    Objetos que não podemos construir em três dimensões: Impossible world. #

    [ 13:42 ]

    Banco imobiliário adaptado ao mundo da internet: Blogpoly. #

    quarta-feira, 18 de outubro de 2006

    [ 20:52 ]

    O PiresF e o Bill fizeram uma pesquisa sobre aquela história das pedras no caminho, e o resultado rendeu um post interessante e bem escrito: Não! O texto não é de Fernando Pessoa. #

    [ 20:44 ]

    O Alex Castro publicou sua lista de leituras para o exame do mestrado, com muitos títulos interessantes e muitos outros que me fazem lembrar por que a vida acadêmica não me atrai tanto assim. Não vou comentar a lista inteira, só quero dizer que concordo com ele nos elogios a O Cortiço e a Quincas Borba e que não sou entusiasta em relação a Dom Casmurro. E quanto aos seus quatro autores brasileiros prediletos, gosto muito de dois (J.J. Veiga e Adonias Filho) e nunca li coisa alguma dos outros dois (Lúcio Cardoso e Cornélio Pena). #

    terça-feira, 17 de outubro de 2006

    [ 14:28 ]

    Cheguei à metade da terceira temporada de 24. Uma bola dentro e duas bolas fora. Bola dentro: deram-se conta que as desventuras da Kim Bauer não se encaixavam bem no resto da história e a colocaram como funcionária do CTU, fazendo com que seus problemas sejam parte legítima do enredo e não uma distração espúria. Bola fora: exageraram na tortuosidade da trama, com uma volta completamente fantasiosa (no sétimo episódio) desafiando a paciência do espectador. Bola fora: trouxeram de volta as duas vilãs, Nina Myers e Sherry Palmer, em situações desnecessárias e altamente improváveis em relação aos protagonistas Jack Bauer e David Palmer, respectivamente. #

    [ 14:15 ]

    Para fãs dos Simpsons: Guide to Springfield USA. #

    [ 14:04 ]

    Respondendo duas perguntas que tenho recebido com alguma freqüência desde que anunciei minha volta para as terras do Mark Twain, do Edward Hopper e do Scott Joplin. Em que vou trabalhar nos EUA? Ainda não sei. Vou recomeçar do zero por lá, respondendo anúncios, mandando currículos, aquele processo habitual da selva capitalista. Não sei se continuarei na área de atuação dos últimos anos (web content management, information architecture, web design management), não sei se vai surgir alguma oportunidade mais interessante em outra área, não sei se vou acabar lavando copos em algum clube de strip-tease. Não estou com idéias preconcebidas, vai depender das ofertas disponíveis. Em que lugar dos EUA vou morar? Ainda não sei. Vai depender basicamente de onde estiverem as oportunidades de trabalho. Claro que tenho algumas preferências, tanto em lugares onde já estou familiarizado (como a região de Washington, DC) como em lugares onde nunca estive (como a região de San Francisco, CA), mas pode até ser que apareçam ofertas tentadoras que me façam ir para as praias ensolaradas do Hawaii (cenário da série Lost) ou para as montanhas geladas do Maine (cenário das histórias do Stephen King). Enfim, resumindo, não sei onde vou morar ou em que vou trabalhar. Quando souber, aviso. #

    segunda-feira, 16 de outubro de 2006

    [ 14:28 ]

    Li o segundo álbum em quadrinhos da série Blacksad, Nação Ártica (Panini/Dargaud, 2006), com roteiro de Juan Díaz Canales e arte de Juanjo Guarnido. Na primeira história o tema era a impunidade dos ricos num sistema corrupto. Aqui o assunto é o racismo, com representações de extremistas de ambos os lados, Ku-Klux-Klan e Panteras Negras. O traço continua afiado (impressionante como os bichinhos do Guarnido são expressivos) e a trama é mais elaborada que a anterior (com direito a final surpresa). Gostei. #

    [ 14:21 ]

    Comecei a assistir em dvd a terceira temporada de 24. Curiosidade onomástica: a série já tinha um ator estadunidense (Carlos Bernard) interpretando um personagem hispânico com sobrenome português (Tony Almeida) e agora tem também um ator português com o mesmo sobrenome (Joaquim de Almeida) interpretando um personagem hispânico com o mesmo sobrenome de um famoso ditador português (Ramon Salazar). #

    domingo, 15 de outubro de 2006

    [ 15:15 ]

    Li a primeira meia dúzia de contos de Além do Espaço e do Tempo (Edart, 1965), e nenhum deles me impressionou muito. Água de Nagasáqui, do Domingos Carvalho da Silva (que eu só conhecia como poeta), conta a história de uma vítima indireta da bomba atômica que se tornou "venenosa" para as pessoas à sua volta. A Bolha e a Cratera, do Rubens Teixeira Scavone (autor de O Homem que Viu o Disco-Voador e Prêmio Jabuti 1973 pelo romance Clube de Campo), é uma fábula de tons bíblicos passada numa colônia lunar. A Caçada, da Lygia Fagundes Telles (famosa e premiada, mas não neste gênero) não chega a ser um conto de ficção-científica, encaixando-se muito melhor como fantasia ou realismo mágico. Um Casamento Perfeito, do André Carneiro (autor de Diário da Nave Perdida e Amorquia), mostra o dia-a-dia de um casal num futuro onde o matrimônio se tornou assunto a ser acertado através de complexos cálculos de computador. Da Mayor Speriencia, do Nilson Martello (autor de Mil Sombras da Nova Lua), narra em liguagem antiga o encontro de um nobre do século XIV e um visitante extraterrestre. Desafio, do Ney Moraes (de quem eu nunca tinha ouvido falar), é uma fraca tentativa de fazer humor sobre o tema do moto contínuo. Espero que os próximos contos do livro sejam melhores. #

    [ 13:24 ]

    Assisti em dvd Earthsea, EUA, 2004), do Robert Lieberman, supostamente baseado na famosa trilogia homônima da Ursula K. Le Guin (que rechaçou publicamente a adaptação). O roteiro é tosco (cheio de diálogos artificiais criados somente para explicar a história ao espectador), a direção de atores é fraca (com Danny Glover e Isabella Rossellini nos maiores micos das suas carreiras, e um fraquíssimo casal de mocinhos canadenses, Shawn Ashmore, o Iceman de X-Men, e Kristin Kreuk, a Lana Lang de Smallville), os efeitos visuais gerados em compuador são pífios (já vi vários videogames com cidades e castelos muito mais realistas que os de Earthsea), e a história é bem bobinha. Algumas cenas parecem um pastiche da série Harry Potter, outras parecem um rascunho mal feito de The Lord of the Rings. Fraco, fraco, fraco. O título brasileiro é O Poder das Trevas. #

    sábado, 14 de outubro de 2006

    [ 12:26 ]

    Li Multiple Streams of Internet Income (John Wiley & Sons, 2001), do Robert G. Allen. Um pouco ultrapassado no que diz respeito ao cenário da internet (que mudou muito nos últimos cinco anos) mas ainda com várias idéias básicas de marketing perfeitamente aproveitáveis (apesar de apregoadas de forma exagerada no livro). Muito mais útil para os novatos da rede que para quem já conhece bem coisas como eBay ou AdSense. Ironicamente, uma das piadinhas quem ilustram o livro poderia ser considerada auto-referente: "Here's how to get rich quick: pretend you've already done it and sell others your 'secret'". #

    [ 12:17 ]

    Assisti em dvd O Albergue (Hostel, EUA, 2005), do Eli Roth. Melhor que seu filme anterior, Cabin Fever, mas não chega a entusiasmar. A premissa é boa (explorando o medo do desconhecido com adolescentes mochileiros na Europa oriental), tem alguns momentos bem elaborados (como o assobio emprestado de M, o Vampiro de Dusseldorf para o assassino), porém falta alguma coisa no roteiro, que parece mais interessado em mostrar muito sangue que em desenvolver uma boa história. #

    [ 12:02 ]

    A revista Premiere lista grandes injustiças do cinema: The 50 Biggest Hollywood Disasters. Eu concordo com várias e acho até que algumas mereciam melhor colocação, como a cena da festa na caverna em The Matrix Reloaded (50), os mamilos no uniforme do Batman (47), o filme Howard the Duck (30) e o Jar Jar Binks (7). Mas discordo de várias outras, como o filme Fitzcarraldo (48), que na época eu até achei bom, ou o Timothy Dalton como James Bond (23), porque o Roger Moore era muuuito pior. E tem ainda o absurdo de listarem os últimos dez anos do Woody Allen em oitavo lugar. Não só não acho que ele tenha piorado como acredito que um de seus melhores filmes, se não o melhor, é Match Point, de 2005. #

    sexta-feira, 13 de outubro de 2006

    [ 12:18 ]

    Assisti em dvd Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos (Brasil, 1998), do Marcelo Masagão. Sei que tem gente que acha o filme genial, sei que ganhou prêmios em vários festivais de cinema (Recife, Gramado, Miami, etc), mas eu achei aborrecidíssimo. Parece uma colagem feita em PowerPoint, com imagens recolhidas de arquivos empoeirados e legendas com pretensão de profundidade. Só gostei mesmo da trilha sonora do Wim Mertens. #

    [ 11:57 ]

    Li o primeiro álbum em quadrinhos da série Blacksad, Em Algum Lugar Entre as Sombras (Panini/Dargaud, 2006), com roteiro de Juan Díaz Canales e arte de Juanjo Guarnido. Animais antropomorfizados numa história policial em estilo de film noir. O gato John Blacksad é um detetive particular que se move entre uma fauna (neste caso, literalmente) de tipos clássicos do gênero: cão chefe de polícia, gorila pugilista, cobra assassina, iguana barman, orangotango bluesman, urso e rinoceronte guarda-costas, sapo milionário. A trama é simples mas interessante, e o traço é muito expressivo. Bacaninha. #

    [ 11:43 ]

    Som do dia: Koop, jazz eletrônico sueco. #

    [ 11:34 ]

    Voltando ao assunto de semana passada, as dream bands, aqui vão as duas melhores sugestões que recebi. Banda do Norberto Iazzetta: Ian Paice (Deep Purple) na bateria, Ray Manzarek (Doors) nos teclados, Steve Harris (Iron Maiden) no baixo, Eric Clapton (Cream) na guitarra e Ronnie James Dio (Dio) como vocalista. Banda do Marcus Vinicius Garrett Chiado: Cozy Powell (Rainbow) na bateria, Jurgen Fritz (Triumvirat) nos teclados, Steve Harris (Iron Maiden) no baixo, Jeff Beck (Yardbirds) e Ritchie Blackmore (Deep Purple/Rainbow) nas guitarras e George Criston (Kick Axe) como vocalista. Como substitutos ele alinha Keith Moon (The Who) para a bateria, John Entwistle (The Who) para o baixo e Uli Roth (Scorpions) e Stevie Ray Vaughn para a dupla de guitarras. #

    quinta-feira, 12 de outubro de 2006

    [ 16:59 ]

    Assisti a segunda temporada de 24. Continuo achando a série boa, principalmente por causa do ritmo e dos temas. Jack Bauer (Kiefer Sutherland) continua o mesmo fanático homicida e suicida, agora com pretensões a mártir. Eu poderia listar suas atrocidades, como fiz na primeira temporada, mas acho que basta dizer que logo no início deste arco ele assassina uma testemunha sob proteção federal para em seguida decapitá-la. O sujeito é um facínora. David Palmer (Dennis Haysbert) agora é o presidente eleito e continua sendo o personagem mais íntegro da série, apesar de uma deslizada feia no meio da temporada. A comparação com o cenário político dos EUA é inevitável, especialmente quando se discute o início de uma guerra. Diz Palmer: "We will not start a war on false or incomplete information." Bush não teve problemas morais com isso. A parte mais fraca da série, para mim, são as desventuras da Kim Bauer, tantas e tão exageradas que se transformam em caricatura. Ela é babá de criança que sofre maus tratos do pai, raptora desta mesma criança, suspeita de homicídio, fugitiva da polícia na floresta, presa numa armadilha para animais, raptada por um caçador maluco, refém de um assalto a posto de gasolina, capturada novamente pela polícia, libertada, acossada pelo assassino do início, tudo isso numa seqüência que parece saída de Os Perigos de Pauline, aquele seriado dos anos trinta em que a mocinha era acossada por todos os tipos de sofrimentos. Mas as partes principais da trama, que tratam de ameaças terroristas ou de intrigas palacianas, prendem muito a atenção e despertam questionamentos de aplicação prática na nossa realidade política. #

    quarta-feira, 11 de outubro de 2006

    [ 22:28 ]

    Assisti La Comunidad (Espanha, 2000), do Álex de la Iglesia. Thriller de humor negro, farsesco mas divertido, espanholíssimo, e com várias citações cinematográficas (Rosemary's Baby, Hitchcock, Star Wars, etc). Bacaninha. #

    [ 22:16 ]

    Som do dia: Lhasa de Sela, cantora canadense com árvore genealógica que mistura mexicanos e judeus-americanos. Sua música também mescla influências diversas, folk, fados, sevillanas, e um monte de coisas que não consegui identificar. O primeiro álbum, La Llorona, de 1998, é todo cantado em castelhano. O segundo, The Living Road, de 2003, tem também canções em inglês e francês. #

    terça-feira, 10 de outubro de 2006

    [ 13:39 ]

    Assisti em dvd The Libertine (GB, 2004), do Laurence Dunmore. É a história de John Wilmot, Earl of Rochester, escritor satírico da época do reinado de Charles II. Sujeito amargo, que usava a libertinagem não como busca do prazer mas como arma contra a sociedade e como instrumento de autodestruição. Como ele mesmo diz no prólogo, não vamos gostar dele. E eu não gostei mesmo (principalmente por ter renegado sua vida de ateísmo para se converter à religião quando estava perto de morrer). O filme não chega a ser bom, mas é interessante e tem algumas frases lapidares. "I do not mean to upset people. But I have to speak my mind. Beacause what is in my mind is always more interesting than what is happening in the world outside my mind." Curiosidade: três membros do elenco trabalharam também na série Pirates of the Caribbean, o protagonista Johnny Depp (Rochester aqui, Jack Sparrow lá), Tom Hollander (Etherege aqui, Beckett lá) e Jack Davenport (Harris aqui, Norrington lá). Também no elenco, aparecem John Malkovich (de In the Line of Fire) com peruca e narigão postiço como Charles II e Rosamund Pike (de Doom) como a esposa do libertino. #

    [ 13:07 ]

    Ontem fui acompanhar a minha mãe numa viagem a São Paulo para tratar de burocracias. Depois de enfrentarmos três horas e meia até lá num ônibus velho e desconfortável da Auto Viação Bragança, eu tinha a esperança de melhor sorte na volta. Nada disto, pegamos exatamente o mesmo veículo sacolejante, com as mesmas janelas quebradas e as mesmas poltronas esfarrapadas, para mais três horas e meia de estrada. Triste. #

    domingo, 08 de outubro de 2006

    [ 23:46 ]

    Assisti esta noite o debate entre os dois candidatos à presidência do país. Lula estava claramente despreparado, apresentando seu habitual discurso com erros de concordância e agora também cravejado de inconsistências lógicas. Alckmin foi mais articulado, mais incisivo e mais objetivo, deixando o adversário quase sempre na defensiva. Infelizmente, "bom debatedor" não é necessariamente sinônimo de "bom presidente", e é difícil espantar a impressão que não importa quem ganhe o Brasil não ficará em boas mãos. #

    [ 23:35 ]

    Listo a seguir algumas razões para não admirar Jack Bauer depois de assistir a primeira temporada de 24. Entendo que o homem estava sob pressão pessoal (cansaço, sono), profissional (defender o senador, encontrar o traidor) e familiar (salvar a esposa, salvar a filha), mas mesmo assim a quantidade de deslizes é grande demais para ser ignorada. (Se você ainda não assistiu a série e não quer saber de alguns segredos da trama, por favor pare de ler aqui e pule para o próximo post.)

  • Liderou uma operação militar secreta onde morreram todos os membros da sua equipe e ainda duas mulheres inocentes.
  • Não consegue descobrir quem é ou quem são os traidores dentro do seu departamento antes que causem estragos significativos.
  • Não consegue salvar seu chefe Walsh dos assassinos que o perseguem.
  • Deixa-se chantagear e ajuda os terroristas a bloquear uma investigação (troca de cartões magnéticos).
  • Deixa-se chantagear e dá vários tiros numa colega, sabendo que apesar de estar usando um colete protetor ela pode se ferir gravemente na queda de um barranco.
  • Deixa-se chantagear e leva a arma do crime para um assassino.
  • Rapta uma mulher inocente para poder fugir da polícia, roubando seu carro e a mantendo como refém.
  • Tortura um suspeito contra quem não havia qualquer prova, e provoca sua morte por ataque cardíaco.
  • Coloca uma testemunha em contato direto com um assassino, e mesmo sob vigilância das autoridades o encontro tem conseqüências desastrosas para todos os envolvidos. Dois de seus superiores alertaram que não era uma boa idéia mas Bauer insistiu no plano.
  • Não consegue impedir que um prisioneiro importante fuja da prisão, é tomado como refém e vê morrerem todos os soldados que o ajudavam na defesa.
  • Toma uma moça como refém para tentar fugir e provoca indiretamente sua morte.
  • Para poder escapar, oferece um prisioneiro importante em troca da sua liberdade.
  • Deixa-se chantagear e leva uma bomba assassina até o alvo dos terroristas.
    #

    [ 23:12 ]

    Neste weekend a casa dos meus pais se transformou num festival da primeira temporada de 24. Eles no quarto de tv assistindo a primeira metade, eu na sala vendo a segunda dúzia de episódios no meu computador. O ritmo da série realmente vicia, mesmo que em alguns momentos a quantidade de acontecimentos inusitados na trama seja tão grande que provoca risos (por exemplo, quando a filha do Jack Bauer é raptada pela terceira vez no mesmo dia). 24 ganhou na sua primeira temporada um Emmy de edição e um de roteiro, e o Kiefer Sutherland ainda levou o Golden Globe de melhor ator em série dramática daquele ano. Seu Jack Bauer, porém, apesar de muito bem interpretado, não me convenceu como herói. Pareceu-me mais uma justificativa ambulante de que qualquer atitude é justificável para combater o terrorismo e/ou para defender sua família. E, sim, ele salva a vida de um senador por duas vezes, mas em ambas o risco tinha sido criado pelo próprio Bauer. Para mim, o verdadeiro herói da série (pelo menos na primeira temporada) é o senador David Palmer, homem de princípios que não se deixa envolver (muito) pela máquina política que o circunda e sabe chutar as bundas certas na hora certa. #

    sábado, 07 de outubro de 2006

    [ 16:48 ]

    Depois de muitas recomendações (particularmente da minha amiga Julia Marinho, grande fã do Jack Bauer), peguei na locadora aqui de Águas de Lindóia os dvds da primeira temporada da série 24. Estou gostando, não só pelo ritmo comprimido e acelerado da narrativa (que, entre outras coisas, encobre algumas inverossimilhanças na trama) mas também pelo conflito filosófico entre os dois protagonistas (ao menos na primeira metade da temporada). Bauer (Kiefer Sutherland) faz qualquer coisa para salvar a família em perigo (incluindo, por exemplo, torturar um suspeito com base somente num palpite), sem se perturbar com isso. Ele parece ser a representação da idéia que os fins justificam os meios. Palmer (Dennis Haysbert) quer fazer o que considera moralmente correto (incluindo denunciar um episódio do passado que poderia mandar o filho para a prisão), mesmo que isso coloque sua carreira e família em risco. Ele parece ser a representação da idéia que ações moralmente incorretas não podem ser justificadas pelo resultado final. Interessante. #

    [ 16:01 ]

    Som do dia: BossHoss, banda alemã que toca sucessos da música pop transformados em ótimo country rock. É muito bacana ouvir coisas como Hey Ya! (Outkast) ou Toxic (Britney Spears) ou Without Me (Eminem) com gaitas e rabecas no melhor estilo "Yeeehaw!". #

    [ 12:08 ]

    Os doze weblogs favoritos da Business Week: Your Favorite Bloggers. Para quem não quer ler o artigo e prefere ir direto aos weblogs, aqui está a lista: Seth Godin, Blog Maverick, Boing Boing, TechCrunch, Infectious Greed, Gothamist, Chris Baggott, Scobleizer, Internet Outsider, Scripting News, Engadget, Feld Thoughts. Quase todos bem conhecidos, mas somente os três primeiros estão na minha lista de leituras freqüentes. #

    sexta-feira, 06 de outubro de 2006

    [ 17:15 ]

    Terminei de assistir a primeira temporada de X-Men: Evolution (13 episódios). Dois temas parecem ser dominantes, o da escolha de um lado (o certo ou o errado, o bem ou o mal, a turma do Xavier ou a turma do Magneto) e o do trabalho em equipe (os personagens mais individualistas vão aprendendo a se integrar ao grupo para obter melhores resultados). Os laços familiares entre os mutantes da série são comuns: Spyke é sobrinho da Storm, Havok é irmão do Cyclop, Juggernaut é meio-irmão do Xavier (e não irmão adotivo, como nos quadrinhos), Nightcrawler é filho da Mystique, Quicksilver é filho do Magneto. Vários momentos dos quadrinhos são revisitados pela série, como a volta do Wolverine ao cenário de Weapon X (episódio onze) ou a batalha na fortaleza de magneto no Asteróide M (episódio treze). No final, ficou a impressão que foi somente uma introdução, principalmente para apresentar personagens e temas, e que tramas mais elaboradas surgirão nas próximas temporadas. #

    [ 16:52 ]

    Garimpando no Sebo do Ismael, loja de livros usados e única livraria de Águas de Lindóia, encontrei um volume com mais de quarenta anos de idade, Além do Espaço e do Tempo (Edart, 1965), que se apresenta como "antologia de ciencificção" e traz contos de treze autores brasileiros. Não resisti e comprei esta preciosidade por meros dez reais. #

    quinta-feira, 05 de outubro de 2006

    [ 20:21 ]

    Pronto, consegui assistir o primeiro episódio da terceira temporada de Lost. Continua o mesmo ritmo de introduzir novas perguntas para cada resposta oferecida, mas aos poucos algumas coisas vão fazendo mais sentido e o grande puzzle começa a tomar forma mais definida. Os primeiros minutos, aqueles antes do título, foram particularmente interessantes, com uma nova visão sobre The Others. #

    [ 13:05 ]

    Comecei a ler Super-Heróis e a Filosofia (Superheroes and Philosophy, Editora Madras, 2006), compilação de textos organizada por William Irwin. O livro é bem desigual. Alguns capítulos são interessantes, como A Verdade a Respeito do Super-Homem, do Mark Waid, ou Revisionismo do Super-Herói em Watchmen e O Retorno do Cavaleiro das Trevas, do Aeon J. Skoble, mas outros são terrivelmente ruins, como Deus, o Diabo e Matt Murdock, pregação religiosa (mal) disfarçada de filosofia. #

    [ 12:37 ]

    Assisti em dvd Pergunte ao Pó (Ask the Dust, EUA, 2006), do Robert Towne (diretor de Tequila Sunrise e roteirista de Chinatown). Adaptação do famoso livro homônimo do John Fante, o terceiro na série Arturo Bandini. Eu li só o primeiro, The Road to Los Angeles, e não sei o que acontece no segundo, Wait Until Spring, mas consegui reconhecer o protagonista em Ask the Dust, um pouco mais maduro mas ainda ególatra e bipolar como antes (só estranhei vê-lo rezando em mais de uma cena, já que no início da quadrilogia ele é ateu e anti-clerical). Agora fiquei curioso para ler os outros livros da série. Não que a história seja excepcional, mas é interessante acompanhar o desenvolvimento do personagem central (que neste filme enfrenta um dos problemas apresentados no primeiro livro, o seu racismo). O Colin Farrell é bem como eu imaginaria o Arturo Bandini. A bonitinha Salma Hayek e o veterano Donald Sutherland completam o elenco. #

    quarta-feira, 04 de outubro de 2006

    [ 15:21 ]

    Comecei a assistir a primeira temporada de X-Men: Evolution, série de desenhos animados que rejuvenesce os famosos personagens da Marvel e reconta suas histórias como adolescentes. Os mais velhos nesta versão parecem ser o Charles Xavier, o Wolverine e a Storm. Os outros, Cyclops, Jean Grey, Rogue, Nightcrawler, Kitty Pryde, são apresentados numa encarnação bem mais jovem que a dos quadrinhos ou dos filmes, supostamente para atrair um público mais novinho. Há também um personagem que eu desconhecia, imagino que tenha sido criado especialmente para esta série, Spyke, sobrinho da Storm, skatista capaz de criar pedaços de osso em formatos variados e arremessá-los a partir do seu corpo (lembro de já ter visto outra mutante dos quadrinhos com poderes semelhantes, mas era mulher e não tinha parentesco com a Storm). Vários vilões famosos também aparecem em versão rejuvenescida: Toad, Quicksilver, Blob, entre outros, todos liderados pela Mystique e pelo Magneto. Só vi a primeira meia dúzia de episódios, mas a série parece interessante, especialmente para fazer comparações com os quadrinhos originais. #

    [ 14:59 ]

    Assisti em dvd Take the Lead (EUA, 2006), da Liz Friedlander. História quase em tom de fábula, apesar de inspirada num personagem real, de um professor de danças de salão, Pierre Dulaine, que resolve ensinar sua arte a adolescentes de uma escola pública de New York. Antonio Banderas (de The Mask of Zorro) lidera o elenco, que tem também Rob Brown (o menino Jamal de Finding Forrester) e Dante Basco (o menino Rufio de Hook), ambos bem crescidinhos agora. Destaque para a loirinha Katya Virshilas e o tango que ela dança com o Banderas. Bacaninha. #

    terça-feira, 03 de outubro de 2006

    [ 19:24 ]

    Se você tivesse que selecionar os melhores músicos do rock, qual seria a formação da sua dream band? Não é uma escolha fácil, com tantas possibilidades a considerar, mas acho que a minha seleção teria Carl Palmer (EL&P) na bateria, Rick Wakeman (Yes) nos teclados, Jaco Pastorius (Weather Report) no baixo, Jimmy Page (Led Zeppelin) na guitarra e Freddie Mercury (Queen) como vocalista. Ou talvez Keith Moon (The Who) na bateria, Keith Emerson (EL&P) nos teclados, Flea (Red Hot Chili Peppers) no baixo, Jeff Beck (Yardbirds) na guitarra e Jim Morrison (Doors) como vocalista. Ou ainda (acrescentando dois músicos à espetacular formação em trio do Cream), Ginger Baker (Cream) na bateria, Ray Manzarek (Doors) nos teclados, Jack Bruce (Cream) no baixo, Eric Clapton (Cream) na guitarra e Tom Waits como vocalista. Ou então... não, agora é a sua vez. Qual seria a sua seleção? #

    [ 11:49 ]

    Amanhã a ABC exibe nos EUA o início da terceira temporada de Lost. Quem já viu a pré-estréia privada diz que é um dos melhores episódios da série, com destaque para os primeiros cinco minutos. Alguns mistérios são esclarecidos (onde vivem os Outros? qual o verdadeiro nome do Henry Gale? o que é a Dharma Initiative?) e, como esperado, novos mistérios são introduzidos. I can hardly wait. #

    segunda-feira, 02 de outubro de 2006

    [ 14:48 ]

    Cheguei são e salvo a Águas de Lindóia, apesar dos pequenos e infelizmente já habituais percalços das viagens de ônibus pelo Brasil. Em Balneário Camboriú, tive que insistir com os funcionários da Viação Catarinense para poder ocupar o lugar que reservei com dez dias de antecedência, porque os incompetentes venderam a mesma poltrona para dois passageiros. Em São Paulo, o ônibus da Auto Viação Bragança chegou tarde à estação rodoviária e atrasou a partida em mais de vinte minutos. Mesmo com estes inconvenientes, consegui chegar onde queria chegar após quatorze horas de viagem. #

    domingo, 01 de outubro de 2006

    [ 18:21 ]

    Pronto. Malas arrumadas (nunca cabe tudo, sempre ficam uns livros para trás). Em poucas horas estarei num ônibus (leito, felizmente) rumo a São Paulo. Chego lá amanhã de manhã e entro em outro ônibus (desconfortável, infelizmente) para Águas de Lindóia, onde meus pais me esperam. E assim termina mais uma fase em Balneário Camboriú com o magnífico tratamento vip platinum extra da Rosinha Monkees. #

    [ 12:14 ]

    Som do dia: a trilha sonora de Everything is Illuminated. Eu já vi o filme e gostei, e as músicas são quase kitsch e deliciosamente contagiantes, lembrando um pouco o Karnak do André Abujamra (eu sei, é ao contrário, a música do Karnak que é influenciada pelo folclore da Europa oriental). #

    [ 11:44 ]

    Já fui votar. Nulo, claro. Ironicamente, o local da votação era um colégio com nome de presidente deposto: Colégio Presidente João Goulart. #