sábado, 31 de março de 2007

[ 15:41 ]

Balanço de março: assisti 18 filmes e uns 30 episódios de séries de tv (BSG, Dresden Files, Heroes, Rules of Engagement, House, Lost, Raines, Planet Earth); fui a dois shows (Ladysmith Black Mambazo e Stanley Jordan) e duas palestras (Bill Plympton e Paul Nicklen); e conheci dois novos restaurantes em DC (Pesce e Spices). #

[ 15:26 ]

Começando uma fase Truman Capote, assisti em dvr In Cold Blood (EUA, 1967), do Richard Brooks. Eu li o livro lá pelo início dos anos oitenta, mas nunca tinha visto o filme. Pelo que me lembro, o roteiro é bem fiel ao original. O narrador/jornalista, porém, não reflete a personalidade peculiar do autor Truman Capote, que de certa forma foi um personagem importante pela sua presença (influenciando alguns dos acontecimentos) e pelo seu testemunho (suspeita-se que ele tenha "ajeitado" alguns fatos para dar mais impacto à história). Perry Smith, um dos assassinos, é interpretado pelo Robert Blake, que mais tarde ficaria famoso como detetive Tony Baretta, e em 2001 seria julgado e inocentado pelo assassinato da sua esposa. In Cold Blood foi indicado para quatro Oscars (diretor, roteiro, fotografia e música). #

sexta-feira, 30 de março de 2007

[ 22:58 ]

Assisti em dvr Spider Baby (EUA, 1968), do Jack Hill. Filme estranhíssimo, parece uma mistura de Tod Browning com David Lynch. Numa mansão isolada, vivem os últimos representantes da família Merrye, vítimas de uma doença hereditária que causa regressão mental. O fiel motorista Bruno (Lon Chaney Jr.) cuida das "crianças", tentando evitar que seus instintos amoralmente homicidas causem muitos estragos. Mas quando a casa recebe a visita de parentes distantes em busca de uma herança, a situação foge ao seu controle e acontece o que geralmente acontece em filmes de terror. O tom é tão enigmático quanto o comportamento da família Merrye, oscilando entre a seriedade moralista de Freaks e a sátira televisiva de The Addams Family, sem nunca chegar a tocar estes extremos. Estranho e interessante. #

[ 22:46 ]

Som do dia: Amy Winehouse. Ela está em todas as revistas daqui com seu cabelão anos cinqüenta e suas tatuagens anos noventa. O primeiro cd, Frank, não me entusiasmou, mas achei o segundo, Back To Black, muito bom. #

quinta-feira, 29 de março de 2007

[ 22:53 ]

Assisti em dvr Shane (EUA, 1953), do George Stevens, que eu já não via há mais de vinte anos. É um western clássico, sem dúvida, com vários paradigmas do gênero: a ocupação do oeste, o conflito entre os novos colonos erguendo cercas e os vaqueiros que mantêm seus rebanhos soltos pelas terras de ninguém, o forasteiro que vem resolver os problemas da comunidade, o pistoleiro de aluguel. Mas aquele menininho é muito irritante. "Shane, me ensina a atirar! Shane, dá um jeito nos bandidos! Shane, como você é bacana! Shane, come back!" E eu torcendo para ele levar um tiro na testa e parar de perturbar. Já teve gente reeditando Casablanca para o Rick e a Ilsa terem um final feliz, será que ninguém se anima a reeditar Shane para tirar o molequinho da história? #

[ 12:42 ]

Qualquer empresa com centenas de funcionários tem a sua quota de figuras estranhas. Aqui na Revolution Health não faltam exemplos: a gorda que decora seu cubículo com borboletas e luzinhas que piscam, o baixinho que usa a mesma camisa polo azul todos os dias (literalmente, nunca o vi com outra camisa), o sujeito que pinta a careca com tinta preta e deve pensar que ninguém percebe a sua calvície. #

quarta-feira, 28 de março de 2007

[ 12:38 ]

Assisti em dvd Stranger Than Fiction (EUA, 2006), do Marc Forster. Eu não gosto do Will Ferrell, mas o filme me atraiu pelo resto do elenco (Emma Thompson, Dustin Hoffman, Maggie Gyllenhaal, Tom Hulce, Linda Hunt), pelo diretor (o mesmo de Monster's Ball e Finding Neverland), e principalmente pela premissa quase no estilo das histórias do Charlie Kaufman (um sujeito começa a ouvir a voz de uma narradora e descobre que é ao mesmo tempo uma pessoa real e um personagem de ficção num livro sendo escrito). Felizmente o Will Ferrell não faz suas habituais palhaçadas e funciona bem como protagonista (um pouco como o Jim Carrey se controlando e fazendo um papel sério em Eternal Sunshine of the Spotless Mind) nesta fábula metalingüística. Gostei. "Like anything worth writing, it came inexplicably and without method." #

[ 12:29 ]

Ontem fui a uma palestra do fotógrafo Paul Nicklen no auditório da National Geographic. Canadense, nascido e criado na Baffin Island (pertinho da Groelândia), acostumado com o frio, formado em biologia, ele se especializou em fotografar a vida animal dos pólos: ursos, focas, leões-marinhos, baleias, pingüins. Belas imagens e histórias divertidas. #

terça-feira, 27 de março de 2007

[ 11:59 ]

Aproveitando o início da primavera, no final da tarde de ontem um pessoal da empresa onde trabalho se reuniu para jogar futebol (ou, como chamam por aqui, soccer), e eu fui junto. Se bem me lembro, a última vez que tinha jogado foi no final dos anos oitenta, em Lisboa. Felizmente, na partida de ontem, estavam quase todos fora de forma como eu, e foi divertido correr de um lado para outro atrás da bola. Fiquei todo dolorido, claro, principalmente por causa de dois ou três tombos no gramado, mas pretendo voltar ao balípodo na próxima segunda-feira. #

segunda-feira, 26 de março de 2007

[ 13:12 ]

O Discovery Channel começou a exibir ontem a tão esperada série Planet Earth, feita em parceria com a BBC. São onze partes, e neste domingo apresentaram as três primeiras, From Pole to Pole, Mountains e Fresh Water. Muitas imagens espetaculares, e uma que marca é a do gigantesco tubarão branco saltando fora da água e abocanhando uma foca, tudo filmado com uma câmara de alta velocidade. Para quem gosta de documentários sobre o mundo animal, imperdível. #

[ 13:02 ]

Séries de tv são caixinhas de surpresas. Uma que parecia ter tudo para emplacar, Raines, tem sido uma grande decepção. O elenco é bom (Jeff Goldblum, Matt Craven, Madeline Stowe), a premissa é curiosa (detetive imagina conversar com as vítimas mortas dos crimes que investiga), mas os roteiros nunca chegam a entusiasmar. Depois de dois episódios já estou quase desistindo de acompanhar. Por outro lado, uma que tinha tudo para dar errado, The Dresden Files, com elenco quase desconhecido (Paul Blackthorne, Valerie Cruz, Terrence Mann), premissa fácil de cair num pastiche de Charmed ou Angel (feiticeiro contemporâneo investiga crimes sobrenaturais em Chicago), tem apresentado episódios cada vez melhores, com tramas interessantes e subtramas que aos poucos vão se revelando como um imaginativo pano de fundo. #

[ 12:55 ]

Terminou ontem a terceira temporada de Battlestar Galactica. A prometida revelação dos cinco cylons restantes não aconteceu. Ficou somente a sugestão que quatro deles poderiam ser membros da resistência em New Caprica, mas a idéia foi apresentada de uma forma que deixa várias outras possibilidades abertas. Mesmo que aqueles quatro sejam realmente cylons, fica faltando ainda o quinto. E a volta da Starbuck, era para ser uma surpresa? Não fiquei particularmente impressionado com o final da temporada. #

domingo, 25 de março de 2007

[ 20:30 ]

Assisti em dvd a primeira temporada (6 episódios) de Extras. Humor seco, por vezes cruel, com personagens tentando ser o que não são, dos astros e estrelas querendo passar uma imagem de importância (Kate Winslet obcecada com um Oscar, Ben Stiller obcecado com a bilheteria dos seus filmes, etc) aos extras batalhando por uma frase para dizer no filme e passar de extra a ator (Ricky Gervais e Ashley Jensen fazem uma boa dupla central). Bacaninha. #

sábado, 24 de março de 2007

[ 21:45 ]

Eu tenho assinatura de tantas revistas que comecei a receber assinaturas de cortesia de outras revistas. Uma delas é a Interview. Na edição de março, fiquei agradavelmente surpreso ao ver o Guillermo del Toro dizendo numa entrevista exatamente o que eu pensei (e escrevi neste modesto weblog) ao sair do seu filme El Laberinto del Fauno: "If we had tested the movie with an audience, the ending would be completely different." #

[ 18:13 ]

Som do dia: The Lord of the Rings. Hoje ouvi em seqüência os três cds da trilha sonora da trilogia. Não precisa ser fã dos filmes para gostar da música do Howard Shore. Muito bom. #

[ 18:02 ]

Amanhã termina a terceira temporada de Battlestar Galactica. Eu continuo não conseguindo simpatizar com os personagens, e o Ronald D. Moore, criador da série, explica numa entrevista à Salon que eles são assim para fugir do estereótipo do herói que todas as semanas faz a escolha certa: "We set out to make a very different kind of show. The difficulty is that when you go into these morally ambiguous areas, you have to have morally questionable decisions and motives for all your characters." O problema, para mim, é que ele exagerou nas falhas dos personagens e acabou fazendo uma história sobre pessoas desprezíveis fazendo coisas erradas pelas razões erradas. A entrevista completa é bem interessante: The man behind Battlestar Galactica. #

sexta-feira, 23 de março de 2007

[ 22:28 ]

Som do dia: Ojos de Brujo, grupo español de hip hop y flamenquito. #

[ 22:21 ]

Assisti em dvd The Holiday (2006), da Nancy Meyers, a mesma roteirista e diretora de What Women Want e Something's Gotta Give. Comédia romântica razoável, sem mergulhar demasiadamente na ingenuidade mas ao mesmo tempo alimentando o ideal do príncipe encantado. O elenco de trintões, Cameron Diaz, Kate Winslet, Jude Law, Jack Black, conta com a participação do nonagenário Eli Wallach, que interpreta um roteirista dos áureos tempos de Hollywood. E, como já tínhamos percebido em Something's Gotta Give, a vida é muito mais fácil e agradável para quem vive numa mansão extraordinária e pode viajar para a Europa a qualquer momento sem consultar sua conta bancária. #

quinta-feira, 22 de março de 2007

[ 23:07 ]

Já fazia um tempão que eu não comia sushi, e hoje fui jantar com o Jeff, que também é fã de iguarias japonesas, no restaurante Spices. Entupimo-nos de sushi, que estava ótimo, mas antes eu comi um sichuan dragon dumpling, espécie de pastel de massa tenra de galinha e vegetais servido num molho de alho e gengibre. Recomendo. #

[ 16:42 ]

Som do dia: Van Halen. Estou ouvindo o primeiro álbum, de 1978, aquele que começa com Runnin' With the Devil, termina com On Fire, e pelo meio tem You Really Got Me, cover da música dos Kinks. #

quarta-feira, 21 de março de 2007

[ 23:41 ]

Lost hoje finalmente mostrou, num dos melhores episódios desta temporada, como o John Locke ficou paralítico. E pareceu sugerir, ao menos metaforicamente, que a teoria Solaris não deve ser completamente descartada. Tantas perguntas, tão poucas respostas... #

[ 20:20 ]

Existe uma certa aura de magia sobre filmes antigos, aquela impressão de que a sobrevivência da obra é sinônimo de qualidade, mas vez por outra esbarramos em alguns exemplos de como isso é falso. Numa sessão dupla em dvr, peguei inadvertidamente dois desse exemplos. Dead Men Walk (EUA, 1943), do Sam Newfield (diretor de muitos westerns de segunda linha e também do inesquecivelmente kitsch Nabonga, onde o Buster Crabbe enfrenta um sujeito vestido de gorila), copia um pouco de Dracula e um pouco de Frankenstein (o vampiro cobiçando a mocinha, o assistente híbrido de Igor e Renfield, os aldeões com tochas, etc) e não vai muito além disso. A única idéia interessante do filme é ter o vampiro e o caçador de vampiros como irmãos gêmeos (interpretados pelo George Zucco, que já tinha sido Professor Moriarty em The Adventures of Sherlock Holmes e High Priest of Karnak em The Mummy's Hand). Muito fraco. The Amazing Transparent Man (EUA, 1960), do Edgar G. Ulmer (que gostava de fazer filmes com familiares famosos, como The Wife of Monte Cristo e Daughter of Dr. Jekyll), conta a história de um ladrão de bancos tornado invisível pela invenção de um nazista refugiado mantido prisioneiro por um ex-major que planeja montar um exército de soldados invisíveis. A trama pode parecer absurda mas mesmo assim é a melhor coisa do filme, nada mais se salva. Lamentável. #

[ 20:09 ]

Som do dia: Pearl Jam. Não sou exatamente fã da banda, mas o álbum Ten (o primeiro, de 1991) é bacaninha. #

terça-feira, 20 de março de 2007

[ 21:44 ]

Ontem fui a uma palestra do Bill Plympton no auditório da National Geographic. Eu já tinha feito uma entrevista com ele por email para o Burburinho, e foi bacana conhecê-lo pessoalmente. Assisti seus filmes mais recentes e ainda saí de lá com o livro Hair High autografado e com um desenho personalizado do cachorrinho dos curtas Guard Dog (indicado ao Oscar) e Guide Dog. Supimpa. #

segunda-feira, 19 de março de 2007

[ 22:23 ]

Comecei a usar meu dvr para gravar aqueles filmes antigos que o canal Turner Classic Movies exibe nas madrugadas. O primeiro que assisti foi The Sea Hawk (EUA, 1940), do Michael Curtiz, com Errol Flynn como pirata inglês e Claude Rains como nobre espanhol. Curiosamente, a história fala mais sobre a época em que o filme foi feito que sobre a época que ele retrata. Em 1939 a Alemanha tinha invadido a Polônia e dado início ao seu plano de conquistar a Europa e o mundo. Um ano depois, os heróis de The Sea Hawk lutam contra a Espanha expansionista do século XVI e se apresentam como os únicos capazes de impedir que o rei Felipe II domine o planeta ("One day, before my death, we shall sit here and gaze at this map upon the wall. It will have ceased to be a map of the world. It will be Spain."). Errol Flynn já tinha sido Robin Hood em outro filme do Michael Curtiz, e aqui repete aqueles duelos de espada com sombras dramáticas nas paredes do castelo. The Sea Hawk foi indicado para quatro Oscars mas não levou nenhum. Dois anos depois, Michael Curtiz ganharia a estatueta de melhor diretor por Casablanca, este sim passado durante a guerra contra os nazistas. #

domingo, 18 de março de 2007

[ 16:39 ]

Ilustrações feitas para edições antigas das obras do autor das Viagens Extraordinárias: A Jules Verne Centenial, 1905-2005. Minhas imagens preferidas são a do navio voador no meio da bruma e a do elefante puxando o balão pela âncora. #

[ 16:25 ]

Depois de várias tentativas infrutíferas de resolver o problema com a Verizon, cuja conexão à internet engasgava com freqüência irritante, resolvi mudar de provedor. Ontem o pessoal da RCN, a mesma empresa que já me fornecia tv a cabo, esteve aqui para instalar um cable modem. Finalmente parece que vou poder navegar pela web com rapidez e sem percalços. #

sábado, 17 de março de 2007

[ 12:32 ]

Assisti em dvd The Cruise (EUA, 1998), do Bennett Miller, um documentário retratando o guia turístico com pretensões filosóficas Timothy "Speed" Levitch, o mesmo do curta-metragem Live from Shiva's Dance Floor e que também aparece numa cena de Waking Life. Algumas idéias interessantes aqui e ali, mas o que chama mesmo a atenção é o narcisismo do protagonista, que atribui importância excessiva aos seus próprios devaneios, afetadamente apresentados para a câmara ou jogados aos turistas durante a viagem de ônibus em que os leva num passeio por New York. #

[ 12:24 ]

Hoje fui ao BestBuy comprar um hard drive externo que funcionasse com PC e com Mac. Saí de lá com um My Book Premium Edition de 500 Gb, mas não resisti e trouxe também um gamepad novo (o meu tinha desaparecido na mudança) e um pacote de jogos. Por vinte dólares, comprei a EA Sports 06 Collection, que vem com NBA Live 06, Madden 06, NHL 06, Tiger Woods PGA Tour 06 e NASCAR Sim Racing. Claro que já instalei o NBA Live 06 e comecei a jogar. Estou destreinadíssimo (a última vez que brinquei com um jogo desta série foi ainda com o NBA Live 2000, para Windows 98) mas mesmo assim me divirto comandando o Miami Heat com versões digitais do Dwyane Wade e do Shaquille O'Neal. #

sexta-feira, 16 de março de 2007

[ 22:07 ]

Ontem começou uma nova série na NBC, Raines. Jeff Goldblum (de The Fly e Jurassic Park) é um detetive da polícia de Los Angeles que usa um método peculiar para solucionar seus casos de homicídio: conversa com as vítimas que ele imagina ver depois de mortas. A idéia é tratada com cuidado para que não seja vista como fenômeno sobrenatural e as alucinações do detetive Raines não oferecem qualquer fato que ele já não conheça, fazendo com que o processo seja somente uma forma estranha e possivelmente doentia de resolver um mistério. Premissa interessante, resta saber se os roteiristas vão conseguir apresentar histórias que funcionem bem com o método Raines. O primeiro episódio foi dirigido pelo Frank Darabont (de The Shawshank Redemption e The Green Mile). #

quinta-feira, 15 de março de 2007

[ 23:46 ]

Assisti em dvd The Prestige (EUA, 2006), do Christopher Nolan. História interessante de rivalidade entre dois ilusionistas na Inglaterra vitoriana, com bom elenco (Hugh "Wolverine" Jackman, Christian "Batman" Bale, Michael "Alfred" Caine, Piper "Coyote Ugly" Perabo, Scarlett "Lost in Translation" Johansson, Andy "Gollum" Serkis, David "Ziggy Stardust" Bowie) e narrativa complexa (a trama é apresentada de forma alinear e a partir de dois pontos de vista, o do mágico Robert Angier lendo o diário do mágico Alfred Borden e o do mágico Alfred Borden lendo o diário do mágico Robert Angier). Mesmo com a solução do mistério central sendo um bocado óbvia desde o princípio, o filme é muito interessante, misturando elementos de drama vitoriano, trama de trambique e até mesmo ficção-científica (com uma participação especial do Nikola Tesla). Fiquei curioso para ler a obra do Christopher Priest, autor do livro homônimo. #

[ 14:45 ]

Levei meu iBook G4 até a loja da Apple, onde o responsável pela assistência técnica me disse que o hard disk precisa ser trocado (o que eu já suspeitava) e que eles não só não garantem a recuperação dos dados mas tampouco devolvem o meu hard disk antigo (o que me parece uma norma estúpida, já que estaria pagando o preço integral da nova peça e a antiga ainda me pertence). Decidi levar o computador para ser consertado por outra empresa. #

quarta-feira, 14 de março de 2007

[ 22:37 ]

Fechando o meu ciclo Richard Linklater, assisti em dvd Fast Food Nation (EUA, 2006). Com base no livro homônimo do Eric Schlosser, que é uma reportagem sobre a indústria das refeições rápidas, o Linklater e o próprio Schlosser criaram uma série de personagens envolvidos com as várias etapas do processo: os imigrantes ilegais que trabalham na fábrica de hamburgers, a adolescente idealista que é funcionária da rede de fast food, o executivo de moral frouxa que é responsável pelas campanhas de marketing da empresa, etc. O mosaico é interessante mas a trama não vai a lugar algum. Funciona como denúncia dos métodos e da qualidade de McDonald's, Burger King, Wendy's e congêneres, porém como história deixa um bocado a desejar. #

[ 12:57 ]

Má noticia: meu fiel iBook G4 sofreu um colapso na noite passada, engasgou, fez uns ruídos estranhos, travou e não rebootou mais. Amanhã ele vai ser examinado por um especialista. #

[ 12:55 ]

Boa notícia: depois de tantos dias de frio, a primavera resolveu mostrar a cara e ontem chegamos aos 70ºF (21ºC). A tarde estava tão agradável que voltei andando para casa, uma caminhada de trinta minutos pela Connecticut Avenue. #

terça-feira, 13 de março de 2007

[ 17:24 ]

Três ilustradores:

  • Mario Zucca
  • Chris Turnham
  • Puño (David Peña)
    #

    [ 11:44 ]

    Filmes para assistir online gratuitamente no Sci-Fi Drive-In: Le Voyage Dans La Lune, The Cabinet of Dr. Caligari, Metropolis, 20,000 Leagues Under the Sea, Menace from Outer Space, The Incredible Petrified World, e vários outros. #

    [ 11:38 ]

    Som do dia: Led Zeppelin IV, álbum também conhecido como ZoSo (por causa dos símbolos que aparecem na capa), aquele com as populares Black Dog e Stairway to Heaven, e também com letras inspiradas em Tolkien, como The Battle of Evermore e Misty Mountain Hop. Clássico. #

    [ 11:35 ]

    A lista dos discos que todos deveriam ter, de acordo com The Rock and Roll Hall of Fame: The Definitive 200. #

    segunda-feira, 12 de março de 2007

    [ 12:43 ]

    Sessão dupla em dvd. Waking Life (EUA, 2001), do Richard Linklater, visto pela segunda vez, e em proximidade a outros filmes do diretor, é ainda mais interessante que na primeira vez. Basicamente o mesmo tipo de diálogos e monólogos de Slacker mas com um fio condutor (o protagonista sonhador interpretado pelo Wiley Wiggins, o mesmo menino de Dazed and Confused) e um tema unificador (a natureza do sonho e da consciência). A animação aplicada por cima dos atores e oscilante, trêmula, flutuante (ainda assim é possível reconhecer muita gente, como por exemplo o Adam Goldberg, o Timothy 'Speed' Levitch, e o próprio Richard Linklater), com a rotoscopia usada para transmitir as incertezas e as inconsistências do mundo dos sonhos. A Scanner Darkly (EUA, 2006), do Richard Linklater, foi feito com a mesma técnica de rotoscopia digital, mas aqui os traços, as cores e os volumes se mantêm consistentes durante quase toda a narrativa. O filme se baseia no romance homônimo do Philip K. Dick, que é uma mistura de ficção-científica com drama sobre o uso de drogas. Keanu Reeves é o protagonista de vida dupla (um policial infiltrado num grupo de traficantes), Robert Downey Jr. e Woody Harrelson são seus roomates drogados (o que é uma private joke porque ambos atores são notórios usuários de drogas), Winona Ryder é a morena fatal que geralmente aparece nas histórias do Philip K. Dick. A trama é interessante, mas as conversas intermináveis dos drogados em alguns momentos chega a ser aborrecida. O desfecho do filme é a melhor parte. #

    domingo, 11 de março de 2007

    [ 12:58 ]

    Depois do cinema fomos jantar no restaurante Pesce. Comi um branzino assado. Branzino é o nome italiano para o european sea bass, um peixe europeu de água salgada, que eu acho que em português se chama perca. Bebi um pinot noir da Tasmania chamado Devil's Corner. Supimpa. #

    [ 12:46 ]

    Ontem eu e a Sara fomos assistir Breach (EUA, 2007), do Billy Ray. É a mesma história de Master Spy, onde o William Hurt interpretava o espião Robert Hanssen, possivelmente a maior falha de segurança na história do FBI. Sujeito estranho, católico fervoroso que filmava suas relações sexuais com a esposa para mostrar na internet, patriota orgulhoso que vendia segredos de estado para os russos, Hanssen é interpretado neste novo filme pelo Chris Cooper (Oscar por Adaptation). Alguns aspectos da primeira versão são deixados de lado (como o relacionamento do espião com a stripper) e a trama agora centra-se no plano para apanhar Hanssen em flagrante vendendo material confidencial do FBI. Foi interessante assistir um filme todo passado em Washington e arredores e ir reconhecendo lugares da cidade onde eu moro agora. #

    sábado, 10 de março de 2007

    [ 13:45 ]

    Ontem, depois de várias partidas de sinuca com o Michael Wharton, colega de trabalho, fui ao Blues Alley assistir o show do Stanley Jordan. Eu nunca tinha visto alguém tocar guitarra daquele jeito. Ele mantém as duas mãos no braço da guitarra, batendo nas cordas para obter as notas, sem precisar da mão no corpo da guitarra para tocar as notas marcadas pela mão no braço da guitarra. O resultado é que ele consegue tocar harmonia e melodia ao mesmo tempo, e freqüentemente soa como se fosse mais de uma pessoa tocando. Assombroso. #

    sexta-feira, 09 de março de 2007

    [ 11:05 ]

    Quer uma previsão médica de quantos anos você pode viver? Life Expectancy Calculator. Eu fiz o teste e eles disseram que vou viver até os cem anos de idade. Achei pouco, claro. #

    quinta-feira, 08 de março de 2007

    [ 20:19 ]

    Eu continuo acompanhando Lost com curiosidade e atenção, mas quanto mais o mistério se expande e prolonga menos esperança eu tenho que a conclusão me satisfaça. Quanto mais longa a piada contada, mais espetacular tem que ser o punchline. E mesmo que as revelações finais sejam surpreendentemente criativas, a minha impressão é que algumas questões para mim fundamentais vão ficar sem resposta. Por que os sobreviventes do vôo 815 tinham suas vidas tão entrecruzadas antes de se encontraram naquele avião? Como um especialista em cirurgia na coluna vertebral cai exatamente numa ilha onde alguém precisa com urgência de uma cirurgia na coluna vertebral? Qual a explicação para a confluência de tantas pessoas com nomes de pensadores famosos (John Locke, Desmond David Hume, Mikhail Bakunin, etc)? #

    [ 18:29 ]

    Som do dia: Anima. #

    quarta-feira, 07 de março de 2007

    [ 23:45 ]

    Apesar da neve (nevou quase o dia inteiro hoje), esta noite fui assistir o show do Ladysmith Black Mambazo no Lisner Auditorium. É o grupo vocal que cantou com o Paul Simon em Graceland e que ganhou dois Grammys, por Shaka Zulu e por Raise Your Spirit Higher. Apresentação muito bacana, completamente a cappella, com danças tribais e muito bom humor. O fundador do grupo, Joseph Shabalala, lidera a cantoria e dança com os outros como se não estivesse perto dos setenta anos de idade. Gostei. #

    terça-feira, 06 de março de 2007

    [ 21:35 ]

    Assisti em dvd Live from Shiva's Dance Floor (EUA, 2003). É um filme curto (21 minutos) com o Timothy "Speed" Levitch, mistura de guia turístico com filósofo urbano. Ele fala aos borbotões, num discurso por vezes coloquial e por vezes afetado, apresentando idéias por vezes brilhantes e por vezes forçadas. Bacaninha. #

    [ 21:27 ]

    Cueca, calça, dois pares de meia, botas, t-shirt, camisa, suéter, casaco de couro com forro de lã, cachecol, protetor de orelha, chapéu, luvas. Mesmo protegido por tudo isto, senti frio esta manhã quando saí para trabalhar. A temperatura estava nos 19ºF (-7ºC) com sensação térmica de 3ºF (-16ºC). Já anunciaram que amanhã vai esfriar mais. #

    segunda-feira, 05 de março de 2007

    [ 15:24 ]

    Se você ainda não sabe e não quer saber o que aconteceu no episódio de ontem de Battlestar Galactica, interrompa a leitura deste post aqui porque os meus comentários contêm spoilers. Pronto, dado o aviso, já posso dizer (parafraseando South Park): "You've killed Starbuck! You bastards!" Na verdade, não me surpreendi muito com a morte da loirinha, não por ela ter insistido numa trajetória suicida desde o início da série mas principalmente por não acreditar que esta morte seja realmente o fim do personagem. Parece óbvio que ela voltará em versão 2.0, resta saber se como ícone tecnológico (revelada como cylon e renascendo através de download da mente antiga num corpo novo) ou como ícone místico (revelada como enviada dos deuses e renascendo através de intervenção divina). Só espero que não resolvam usar o velho truque dos seriados do cinema mudo e dizer que ela conseguiu escapar da nave no último momento antes da explosão sem ninguém ver. #

    domingo, 04 de março de 2007

    [ 16:09 ]

    Por sugestão do meu amigo Luis Gustavo Claumann, assisti o documentário em duas partes Extraterrestrial, do National Geographic Channel. Não foi fácil conseguir uma cópia, já que aparantemente não foi lançado em dvd para aluguel ou para venda. Acabei encontrando uma versão para download. Um grupo de cientistas aplicou seus conhecimentos de astronomia, geologia, metereologia, biologia, etc, para imaginar possíveis formas de vida em outros planetas. O primeiro episódio mostra o fictício planeta Aurelia, orbitando ao redor de uma estrela anã vermelha, habitado por animais que se parecem com árvores (stinger fans), anfíbios de seis pernas (mudpods), animais sociais bípedes sem braços (gulphogs) e predadores microscópicos (hysteria). O segundo episódio mostra o fictício satélite Blue Moon, orbitando ao redor de um planeta parecido com Júpiter que por sua vez orbita estrelas binárias, com atmosfera extremamente densa e habitado por baleias voadoras (sky whales), árvores quilométricas (pagoda trees), plantas flutuantes (balloon plant) e colônias de predadores voadores (caped stalkers). O site do filme oferece várias ilustrações e detalhes dos dois ecossistemas. Boa mistura de informação científica com ficção-científica. Muito interessante. #

    sábado, 03 de março de 2007

    [ 18:16 ]

    Não estou seguindo uma ordem exatamente cronológica no meu ciclo Linklater em dvd. Assim como preferi assistir juntos Before Sunrise (de 1995) e Before Sunset (de 2004), os dois filmes com a dupla Jesse e Celine, também estou deixando para ver juntos Waking Life (de 2001) e A Scanner Darkly (de 2006), os seus dois filmes de animação. The School of Rock (de 2003) é tão ruim que preferi não rever agora. Então saltei direto para Bad News Bears (EUA, 2005), que infelizmente não é melhor. Em ambos, um adulto (Jack Black num, Billy Bob Thornton noutro) lidera um grupo de crianças (músicos de rock num, jogadores de baseball noutro) até uma vitória que não é exatamente uma vitória ortodoxa mas que para os envolvidos pode ser considerada como uma boa vitória. A lição de moral embutida pode até ser interessante mas os dois filmes são muito fracos. #

    [ 18:06 ]

    Som do dia: John Coltrane Gold, compilação de faixas do fim dos anos cinqüenta e do início dos anos sessenta em dois cds imperdíveis. #

    sexta-feira, 02 de março de 2007

    [ 22:31 ]

    Em Tape (EUA, 2001), que assisti hoje em dvd, o Richard Linklater volta a fazer um filme no estilo que o tornou conhecido, com conversas emendadas em conversas, emendadas em outras conversas, e só. Baseada na peça teatral homônima de Stephen Belber, a história se passa inteiramente dentro de um quarto de hotel, num só ato, começando com diálogos entre dois amigos, Ethan Hawke e Robert Sean Leonard, e transformando-se num triângulo de desentendimento com a chegada da Uma Thurman. Ao contrário do que a premissa pode sugerir (três pessoas conversando num quarto de hotel), a trama é interessante e questiona a nossa visão do passado, com três participantes de um acontecimento lembrando-se dele de formas diferentes. E os três podem estar certos, à sua maneira. Foi Nietzsche quem disse que não existem fatos, só interpretações? #

    quinta-feira, 01 de março de 2007

    [ 23:19 ]

    Depois de mais de dois anos sem jogar sinuca, hoje voltei ao pano verde. O cenário foi o Buffalo Billiards, pertinho do meu escritório. O parceiro foi o Rich, com quem eu jogava habitualmente da outra vez que morei nesta região. Gostei do retorno à nobre arte de encaçapar bolinhas, e pretendo praticar mais. #

    [ 23:12 ]

    Som do dia: ZZ Top. Estou ouvindo Tres Hombres, de 1973, o álbum que tem o bluesão clássico La Grange, homenagem a um bordel do Texas (o mesmo que inspirou o filme The Best Little Whorehouse in Texas). #