quinta-feira, 31 de maio de 2007

[ 21:11 ]

Balanço de maio: assisti 25 filmes e uns 12 episódios de séries de tv (Heroes, House, Lost); assisti 8 espetáculos musicais e vi mais 3 em dvd; li 1 livro (Pebble in the Sky); fui a 3 exposições e 1 jogo de baseball; conheci 2 restaurantes novos em Washington (Sonoma e Sakana). #

[ 19:57 ]

Mais mortos-vivos. Assisti em dvd The Return of the Living Dead (EUA, 1985), do Dan O'Bannon (roteirista de Alien e Screamers, entre outros), que é ao mesmo tempo uma continuação de Night of the Living Dead e uma sátira ao gênero. O tom de comédia funciona bem em algums momentos (por exemplo, com o zumbi que acabou de saborear um policial e usa o rádio para pedir "send more cops") e irrita um pouco em outros (por exemplo, nas cenas de correria e de gritaria). São introduzidas algumas novidades que diferenciam bem os mortos-vivos do O'Bannon dos mortos-vivos do Romero. Aqui os monstros movimentam-se com rapidez, falam e se alimentam não de carne humana mas somente dos cérebros. The Return of the Living Dead não é um primor mas visto como comédia ligeira dos anos oitenta pode ser divertido. E tem a Linnea Quigley sem roupa, ela que depois se tornaria estrela de filmes B como Sorority Babes in the Slimeball Bowl-O-Rama e Beach Babes from Beyond. #

quarta-feira, 30 de maio de 2007

[ 21:26 ]

Mais Romero. Assisti em dvr The Crazies (EUA, 1973), que não é um filme de mortos-vivos mas poderia ser. Os zumbis aqui são substituídos por seres humanos afetados por um vírus que os torna insanos, uns ficam chorando pelos cantos, outros pegam em armas e saem matando os parentes e vizinhos. A epidemia ataca uma cidadezinha da Pennsylvania depois de um carregamento de armas biológicas ter caído ali por acidente, e o filme concentra-se principalmente na forma que o exército dos EUA lida com o problema. Interessante como nota de pé de página na filmografia dos mortos-vivos do Romero, mas um bocado tosco para sobreviver por seus próprios méritos. #

terça-feira, 29 de maio de 2007

[ 20:40 ]

Terminei de ler Pebble in the Sky (EUA, 1950), do Isaac Asimov. A trama se passa num longínquo futuro, algures entre o futuro não tão longínquo das histórias de I, Robot e o futuro bem mais longínquo da série Foundation. Intrigas políticas, espíonagem, romance, telepatia e uma pitada de viagem no tempo. Os vilões são nacionalistas fanáticos e burocratas racistas, e os heróis são "pessoas comuns" (um alfaiate aposentado, um cientista e sua filha-assistente, um arqueólogo) tentando sobreviver e evitar um desastre de proporções galácticas em meio a estas duas facções em guerra não declarada. Bacaninha. #

[ 07:48 ]

Neste weekend prolongado (ontem foi feriado aqui, Memorial Day), iniciei um ciclo de zumbis em dvd. Dez anos depois de seu primeiro filme, Night of the Living Dead (que eu assisti novamente no início deste mês), o George A. Romero retomou o tema com Dawn of the Dead (EUA, 1978). A história começa onde a outra terminou, com a praga de mortos-vivos continuando a se espalhar. Um grupo de sobreviventes se refugia num shopping center e, sem ter para onde ir, acaba fazendo do local uma fortaleza e uma moradia. Como no filme anterior, grande parte do perigo não vem da ameaça dos mortos e sim da incapacidade de cooperação entre os vivos. Aqui, isto é acentuado ainda mais quando o shopping center é atacado por um grupo de motoqueiros salteadores. Na terceira parte da série, Day of the Dead (EUA, 1985), um grupo de cientistas e soldados faz experiências com os mortos-vivos numa base subterrânea, enquanto na superfície já é quase impossível encontrar sobreviventes. Continuamos sem saber o que causou a epidemia de zumbis, mas aprendemos algumas coisas interessantes sobre eles, como a inutilidade de se alimentarem de seres humanos (eles não precisam de nutrientes e seu sistema digestivo não funciona, a "fome" é somente resquício do instinto de sobrevivência) ou a capacidade de aprendizado (um dos zumbis mantidos em cativeiro aprende alguns truques, entre eles o uso de armas de fogo). O tema da incapacidade de cooperação retorna neste filme, com o inevitável conflito entre cientistas e milicos. O quarto filme da série, Land of the Dead (EUA-Canadá-França, 2005), é bem mais recente e tem uma produção bem mais cuidada que os anteriores. Dennis Hopper (de Easy Rider) é um magnata no comando de uma cidade com estrutura neo-medieval: os ricos senhores vivem numa torre cheia de luxos, os servos vivem ao redor da torre como provedores de serviços, e um exército particular protege a todos contra os mortos-vivos que dominam o resto do país. Simon Baker (de Red Planet) e John Leguizamo (de Assault on Precinct 13) são dois dos soldados de aluguel, Asia Argento (de Triple X) é a mocinha boa de briga (a Asia Argento é filha do Dario Argento, que produziu Dawn of the Dead quando ela tinha três anos de idade). Romero aproveita bem o orçamento polpudo para explorar mais uma vez os mesmos temas, principalmente o do desmoronamento da sociedade sob pressão externa, e ainda acrescenta algumas novidades, como os mortos-vivos aprendendo lentamente a usar ferramentas e a trabalhar em grupo. Qual o meu filme preferido dos quatro? Night of the Living Dead tem a vantagem da originalidade mas também alguns tropeços narrativos de diretor iniciante, Dawn of the Dead tem a premissa que eu mais gosto (o shopping center deserto me lembra a cidade vazia de The Omega Man) mas o desenvolvimento da trama é fraco, Land of the Dead é superior aos outros nos quesitos produção, fotografia e elenco mas para mim fica em segundo lugar, prefiro Day of the Dead e o seu conflito microcósmico entre os vários grupos de sobreviventes. #

segunda-feira, 28 de maio de 2007

[ 12:00 ]

45 #

domingo, 27 de maio de 2007

[ 17:04 ]

Ontem encarei uma sessão dupla no Sci-Fi Channel com o Stephen Baldwin, o menos talentoso dos irmãos Baldwin, fanático da direita cristã, casado com a filha do Eumir Deodato. Primeiro, Earthstorm (EUA, 2006), do Terry Cunningham, que é quase um pastiche resumido de Armaggeddon, com Baldwin como especialista em demolição de edifícios que vai até a lua para remendar uma fenda criada pelo impacto de um asteróide. A trama é tão recheada pseudo-ciência (especialmente o space shuttle que não oferece gravidade zero para os tripulantes e é capaz de manobras mágicas até quando atingido por pedaços de meteoro) que o filme se transforma involuntariamente em comédia. A única coisa boa do filme foi rever a bonitinha Anna Silk (de Where the Truth Lies). Dark Storm (Canadá, 2006), do Jason Bourque, é ainda pior e entra no terreno dos super-heróis, com Baldwin como cientista que é contaminado com matéria escura e ganha o poder de controlar o clima e a capacidade de emitir rajadas de matéria escura. O William B. Davis, que aparece no filme como um general, deve ter sentido saudades da sua época de The X-Files, onde as bobagens científicas ao menos estavam ao serviço de roteiros decentes. #

[ 16:27 ]

Esta manhã fui ao cinema. Aproveitei a sessão matutina para evitar filas enormes e assisti Pirates of the Caribbean: At World's End (EUA, 2007), do Gore Verbinski, fecho da trilogia que começou com Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl e continuou Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest. Voltam os já conhecidos personagens Jack Sparrow (Johnny Depp), Will Turner (Orlando Bloom), Elizabeth Swann (Keira Knightley), Barbossa (Geoffrey Rush), Davy Jones (Bill Nighy), entre outros, e ainda surgem novos piratas, como o capitão Sao Feng (Chow Yun-Fat) e o capitão Teague (Keith Richards, que nas horas vagas toca guitarra com uma banda chamada The Rolling Stones). O filme, mais uma vez, tem uma produção magnífica. A trama, porém, é excessivamente tortuosa desta vez, fragmentando a narrativa e roubando-a da fluidez dos episódios anteriores. Talvez assistindo At World's End pela segunda ou terceira vez a riqueza das motivações dos personagens sobressaia mais em meio ao redemoinho (por vezes literal) do filme, já que cada um dos protagonistas e antagonistas busca coisas diferentes e acaba chegando exatamente ao mesmo ponto da história. Para mim, a melhor parte acabou sendo o epílogo agridoce num estilo muito apropriado ao capitão Jack Sparrow. #

sábado, 26 de maio de 2007

[ 20:27 ]

Colocando algumas leituras em dia:

  • O Alex Castro entrevistado pelo Luis Eduardo Matta no Digestivo Cultural: A literatura, a internet e um papo com Alex Castro.
  • O Carlos Luiz Strapazzon lista 121 filmes nacionais que abordam temas políticos brasileiros, 68 anos de produção cinematográfica classificada em 12 grandes temas políticos: Cinema e Política no Brasil e 121 Filmes Políticos Brasileiros.
  • The Christian Right's Fear of Pleasure is Our Greatest Threat to Choice: "The Christian right fears pleasure, especially sexual pleasure, which it sees as degrading, corrupting and tainted. (...) They do not trust their own urges, their capacity for self-restraint or judgment. The Christian right permits its followers to project evil outward, a convenient escape for people unable to face the darkness and the psychological torments within them." #

    [ 20:06 ]

    Projeto bacana: Encyclopedia of Life. #

    sexta-feira, 25 de maio de 2007

    [ 19:23 ]

    Ontem fui com a Sara até o Jammin' Java, uma mistura de lanchonete com casa de espetáculo, para assistir o show do Fred Eaglesmith. A banda tem uma formação curiosa, com o Fred cantando e tocando guitarra com um chapéu de fazendeiro canadense, o Luke Stackhouse no baixo vestido em estilo skateboarder, e a Kori Heppner no bateria com uma roupinha de Star Trek e os cabelos pintados de roxo. Rhythm and blues do bom, com elementos de country, bluegrass e folk. Gostei. #

    [ 10:44 ]

    Don't panic! Hoje é o Dia da Toalha. #

    quarta-feira, 23 de maio de 2007

    [ 23:20 ]

    Fiquei decepcionado com o último episódio desta temporada de Lost, exibido hoje. Os cinco minutos finais foram surpreendentes e promissores, mas o resto das duas horas quase nada acrescentaram à trama, não responderam qualquer das dezenas de perguntas que continuam flutuando no ar, e ainda incluíram mais elementos que precisam ser explicados. Depois de três temporadas esperando por respostas, acho que os espectadores mereciam uma recompensa melhorzinha. #

    [ 20:52 ]

    Hoje chegou pelo correio o presente que encomendei para mim mesmo. Há anos que cobiço uma câmara fotográfica SLR digital mas só agora consegui comprar uma do jeito que eu queria. Agora sou o feliz proprietário de uma câmara Nikon D200 e de uma objetiva 18-200mm f/3.5-5.6 G ED-IF AF-S VR DX Zoom-Nikkor. Agora preciso aprender a usar o novo equipamento, que veio com um manual de duzentas páginas. #

    [ 20:42 ]

    Ontem assisti em dvd The Fountain (EUA, 2006), do Darren Aronofsky. Três histórias entrecruzadas que são na verdade uma só história em realidades diferentes, com momentos herzogianos de Aguirre e momentos kubrickianos de 2001. O tema principal é a aceitação da morte e o tratamento estético segue esta idéia, como numa longa jornada da sombra para a luz (filme começa escuro e termina luminoso, e várias cenas têm esta mesma estrutura). Excelente direção de arte (com meia dúzia de pessoas envolvidas), boa música (do Clint Mansell, que também fez a música dos filmes anteriores do Aronofsky, Pi e Requiem for a Dream) e ótimas interpretações do Hugh Jackman (de X-Men e The Prestige) e da Rachel Weisz (de Constantine e Runaway Jury). Bacana. #

    terça-feira, 22 de maio de 2007

    [ 19:56 ]

    Som do dia: Yes. Estive ouvindo The Yes Album (de 1971, com o Tony Kaye nos teclados), Fragile (também de 1971, com o Rick Wakeman nos teclados) e Close to the Edge (de 1972, também com o Rick Wakeman nos teclados). #

    [ 19:44 ]

    Assisti em dvr Sleuth (GB, 1972), do Joseph L. Mankiewicz. Laurence Olivier e Michael Caine numa velha mansão inglesa travando um duelo de inteligência e de dissimulação, numa trama criminal do Anthony Shaffer (que no mesmo ano roteirizou Frenzy, do Hitchcock). História interessante, bom ritmo, excelentes interpretações. Olivier e Caine foram indicados ao Oscar por este filme, mas o premiado naquele ano foi o Marlon Brando, por The Godfather (prêmio que ele famosamente recusou). Mankiewicz também foi indicado como diretor, e a estatueta foi para o Bob Fosse, por Cabaret. Mesmo assim, estes três artistas colecionaram seis Oscars: Olivier por Hamlet em 1948 e pelo conjunto da obra em 1979, Caine por Hannah and Her Sisters em 1987 e por The Cider House Rules em 2000, Mankiewicz por A Letter to Three Wives em 1949 e por All About Eve em 1950. Sleuth é uma bela combinação de todos estes talentos. #

    segunda-feira, 21 de maio de 2007

    [ 23:10 ]

    O último episódio de Heroes hoje encerrou a temporada com a mesma elegância que fez da série umas das melhores do ano. Fechado o primeiro arco dramático e aberto o caminho para uma segunda temporada (ou segundo volume, como eles preferem chamar) com promessas de boas surpresas e mais diversão (especialmente com o Hiro Nakamura, que continua sendo meu personagem preferido em Heroes). #

    [ 22:52 ]

    Ontem fui ao Kennedy Center assistir Such Sweet Thunder, espetáculo musical com a suíte em doze partes que o Duke Ellington compôs inspirado na obra do Shakespeare. Com música da Smithsonian Jazz Masterworks Orchestra, bailado da Washington School of Ballet, coreografia da Mercedes Ellington (neta do Duke), e comando do Avery Brooks (o capitão Sisko de Star Trek: Deep Space Nine), foi uma bela noite de domingo. O bardo do Tâmisa e o bardo do Potomac. #

    domingo, 20 de maio de 2007

    [ 18:24 ]

    Mais dois filmes da toscolândia assistidos no Sci-Fi Channel. Basilisk: The Serpent King (EUA, 2006), do Louie Myman, tem mais um monstro mitológico gerado em computador, um elenco ridiculamente ruim (Jeremy London, o Chandler de 7th Heaven, é o ator principal), e uma história que nunca se decide entre o terror ou a comédia. Para esquecer. Mansquito (EUA, 2005), do Tibor Takács, é tudo que se poderia esperar de um filme com este título e transita desastradamente no terreno da pseudo-ficção-científica, tentando tomar emprestadas idéias de The Fly. Erra feio do início ao fim, desde o fato de mosquitos machos não se alimentarem de sangue até as asinhas minúsculas que não seriam capazes de sustentar o vôo daquele enorme híbrido de homem e mosquito. Corin Nemec (o Jonas Quinn de Stargate SG-1) é o mocinho, Musetta Vander (que já apareceu em Stargate SG-1, Star Trek: Voyager e Buffy the Vampire Slayer, entre outros) é a mocinha. Tosquíssimo. #

    sábado, 19 de maio de 2007

    [ 21:49 ]

    Som do dia: Keith Jarrett. Assisti em dvd o documentário Keith Jarrett: The Art of Improvisation (2005), dirigido por Mike Dibb, indispensável para fãs do pianista, e em seguida assisti três dvds de shows dele, Keith Jarrett: Last Solo (1984), Keith Jarrett: Solo Tribute (1987) e Keith Jarrett: Tokyo Solo (2002). Keith Jarrett é um gênio. #

    [ 17:15 ]

    Assisti no Sci-Fi Channel Manticore (EUA, 2005), do Tripp Reed. Típico filme B, com orçamento baixo, elenco sem nomes famosos (Robert Beltran de Star Trek: Voyager, Heather Donahue de Taken e Chase Masterson de Star Trek: Deep Space Nine), e um monstro mitológico gerado em computador. O roteiro é razoável mas previsível, porém a trama acaba se tornando mais interessante por se passar no Iraque durante a invasão estadunidense (com algumas discussões sobre cumprir ordens superiores ou "fazer a coisa certa"). #

    [ 17:02 ]

    Esta manhã fui ver a exposição Bodies. Corpos humanos reais, dissecados e preservados, apresentados de forma didática, explicando diversos processos vitais (respiração, digestão, reprodução, etc). Muito interessante. Duas coisas despertaram particularmente a minha atenção: o fato de vários dos nossos sistemas, vistos isoladamente, serem tão parecidos com o mundo vegetal (principalmente o sistema circulatório) e o fato de tantas partes do nosso corpo, vistas por dentro, serem tão parecidas com coisas que comemos (principalmente suínos e galináceos). #

    sexta-feira, 18 de maio de 2007

    [ 19:46 ]

    Assisti em dvr Sorry, Wrong Number (EUA, 1948), do Anatole Litvak. No início o filme me pareceu um pouco aborrecido, em parte por ter muita conversa e pouca ação (é uma adaptação de uma peça de rádio), em parte por ter a Barbara Stanwyck como protagonista (nunca simpatizei com ela). Mas aos poucos a trama foi se tornando mais interessante, com mais reviravoltas, e eu ficando cada vez mais curioso em saber que diabos estava acontecendo com o Burt Lancaster (que interpreta o marido da Stanwyck). O final não é magnífico mas amarra bem o roteiro. #

    quinta-feira, 17 de maio de 2007

    [ 14:10 ]

    Ontem fui conhecer mais um restaurante da cidade, o Sakana Japanese Restaurant, perto de onde eu trabalho. Lugar pequeno e simpático, com ótimo sushi. Na mesma rua, além de três outros restaurantes japoneses (que pretendo visitar em breve) também encontrei uma vasta loja de livros usados (acabei comprando um Clive Barker, um Larry Niven e um Harry Turtledove por dois dólares cada). #

    quarta-feira, 16 de maio de 2007

    [ 16:59 ]

    Hoje na hora do almoço escapei até a Phillips Collection, um museu ali nas redondezas de onde eu trabalho, para ver duas exposições. Primeiro, Lyrical Color, uma pequena mostra de quadros de Morris Louis, Gene Davis, Kenneth Noland, e outros pintores da Washington Color School da década de sessenta. Algumas obras lembram muito o expressionismo abstrato da New York School, outras parecem mais próximas da pop art com certa influência de Paul Klee. Depois, Moving Pictures: American Art and Early Film, que mistura sessenta filmes curtos do Thomas Edison, dos irmãos Lumière e de outros pioneiros com quadros da mesma época e com os mesmos temas. Vários momentos históricos do nascimento do cinema estão lá registrados, como o cavalo do Muybridge, o beijo da May Irwin e o bebê comilão do Auguste Lumiere). Muito interessante. #

    terça-feira, 15 de maio de 2007

    [ 23:28 ]

    Eu já tinha assistido in loco dois jogos da NBA (Wizards x Heat e Heat x Wizards) e um jogo da NFL (Giants x Redskins). Hoje, com uma turma de colegas do escritório, fui ao meu primeiro jogo da MLB (Braves x Nationals). Foi interessante ver um jogo de baseball de perto, mas não chega nem perto da diversão do basketball ou do football. Mesmo assim, aproveitei ao máximo a experiência e fiz o ritual completo: comi hot-dog, aplaudi os home runs, e usei o bonezinho do time da casa (que jogou muito mal e perdeu por 6 a 2). #

    segunda-feira, 14 de maio de 2007

    [ 22:26 ]

    Assisti em dvr The Spiral Staircase (EUA, 1945), do Robert Siodmak. Clássico de suspense com a mudinha simpática que está na mira do assassino mas não pode pedir ajuda. A mocinha é interpretada pela Dorothy McGuire, em início de carreira, pouco antes de Gentleman's Agreement, filme que lhe valeu uma indicação ao Oscar. Aparecem ainda Ethel Barrymore (Oscar por None But the Lonely Heart), George Brent (um daqueles atores secundários de rosto conhecidíssimo por ter aparecido em trocentos filmes) e Elsa Lanchester (a eterna Bride of Frankenstein). Bacaninha. #

    [ 22:16 ]

    Som do dia: Tom Waits. Comprei os quatro primeiros cds dele, Closing Time (1973), Heart of Saturday Night (1974), Nighthawks at the Diner (1975) e Small Change (1976), e estou ouvindo em ordem cronológica. #

    domingo, 13 de maio de 2007

    [ 16:34 ]

    Assisti dois filmes toscos no Sci-Fi Channel. Primeiro, The Last Sentinel (EUA, 2007), do Jesse Johnson. Clones criados para substituir policiais humanos se rebelam e dizimam a população do planeta. Don Wilson (de Bloodfist) é o último soldado capaz de combater a ameaça, com a ajuda da sua nova namoradinha Katee Sackhoff (de Battlestar Galactica). Muitos tiros e poucas idéias. Depois, Man-Thing (EUA, 2005), do Brett Leonard. Vagamente inspirado nos quadrinhos da Marvel, conta a história de um monstro que vive no pântano e protege a região contra ataques à natureza ou às tradições indígenas. Muito fraquinho. Não confundir Man-Thing com Swamp Thing, o primeiro foi criado por Roy Thomas, Gerry Conway e Gray Morrow para a Marvel Comics, o segundo foi criado por Len Wein e Bernie Wrightson para a DC Comics, ambos surgindo em 1971. #

    [ 16:22 ]

    Este weblog ficou fora do ar desde a tarde de ontem, graças a uma falha no hard disk do meu hospedeiro, o Hosting Direct. Só agora há pouco as coisas voltaram a funcionar, e descobri que os posts mais recentes tinham sumido (possivelmente porque o backup usado para recuperar os websites afetados não era dos mais recentes). Felizmente, o Bloglines mantém seus próprios arquivos e pude recuperar todos os posts que faltavam usando o recurso "display items within the last week". Voltamos agora, espero, às nossas atividades normais. #

    sábado, 12 de maio de 2007

    [ 14:11 ]

    A Entertainment Weekly trouxe um livreto com The Sci-Fi 25, uma lista dos melhores filmes séries de ficção-científica dos últimos 25 anos. Muita coisa boa, mas não consigo concordar com a ordem de classificação. The Matrix em primeiro lugar é uma boa escolha, mas Battlestar Galactica em segundo lugar, na frente de Blade Runner, é um grande exagero. Este segundo lugar ficaria bem melhor com Star Trek: The Next Generation, que eles puseram em oitavo lugar, atrás de The X-Files (que começou bem mas não soube terminar em grande estilo como ST:TNG), Star Trek II: The Wrath of Khan (o melhor dos longas-metragens mas não tão bom quanto a série do capitão Picard), Brazil (ótimo filme), e E.T. (que ficaria melhor lá pelo vigésimo lugar). A lista continua com Aliens (que nem é o melhor filme da série), The Thing (grande filme muitas vezes esquecido), Lost (talvez ainda seja cedo para um veredicto), Back to the Future, The Terminator, Children of Men, Firefly/Serenity (gostei de ver esta série na lista), Total Recall, Eternal Sunshine of the Spotless Mind, Heroes, Starship Troopers, Star Wars: Clone Wars, Futurama, Quantum Leap, Doctor Who, Galaxy Quest e V:The Miniseries. A grande ausência da lista, para mim, foi Twelve Monkeys, que poderia estar facilmente entre os dez melhores. #

    [ 11:09 ]

    O curta é do ano passado mas só hoje que fui assistir: Tarantino's Mind, com roteiro e direção do coletivo 300 ML. Parodiando aqueles diálogos sobre cultura pop que sempre aparecem nos filmes do Tarantino, o assunto aqui é o próprio cinema do Tarantino, com uma teoria interessante recheada de detalhes divertidos. Fã do Tarantino? Não perca. #

    sexta-feira, 11 de maio de 2007

    [ 23:07 ]

    A segunda noite do 12th Annual Mary Lou Williams Women in Jazz Festival começou com a pianista japonesa Mayuko Katakura, vencedora da Mary Lou Williams Women in Jazz Pianist Competition do ano passado, num trio competente de piano, baixo e bateria. Para o segundo ato, veio a clarinetista e saxofonista israelense Anat Cohen, acompanhada de piano, baixo e bateria. Muito animada, tocou até música brasileira, Frevo, do Egberto Gismonti, e Quando Eu Me Chamar Saudade, do Nelson Cavaquinho (ela toca freqüentemente com bandas brasileiras, como o Choro Ensemble e o New York Samba Jazz). Em seguida, entregaram o 2007 Mary Lou Williams Women in Jazz para a Jane Ira Bloom, que já tem uma coleção de prêmios e homenagens tão impressionante que inclui até um asteróide com o seu nome. Ela agradeceu, tocou uma música e abriu espaço para o terceiro ato. Tocando piano e soltando um vozeirão impressionante, a Jeannie Cheatham comandou uma bela mistura de jazz e blues com a poderosa Sweet Baby Blues Band (baixo, bateria, trombone, trompete, três saxofones, e muito bom humor). Ninguém ali parecia ter menos de sessenta anos, e mesmo assim (ou exatamente por isso) foi a apresentação mais animada do festival. Supimpa. #

    quinta-feira, 10 de maio de 2007

    [ 22:59 ]

    Cheguei agora do Kennedy Center, onde assisti a primeira série de shows do 12th Annual Mary Lou Williams Women in Jazz Festival. A primeira apresentação, do Lynne Arriale Trio, foi facilmente a melhor da noite. A pianista que dá nome ao trio é excelente (lembrando em alguns momentos o Keith Jarrett), e seus colegas não ficam muito atrás, o baixista Jay Anderson e o baterista Steve Davis. Jazz de primeira linha. Gostei muito. Depois veio a violinista Karen Briggs acompanhada de piano, baixo, bateria e percussão. Forte influência de ritmos latinos, uma bela versão de Scheherazade, mas quem brilhou mesmo foi o pianista Brandon Coleman, um negão de terno preto, gravata vermelha e tênis brancos, com muito ritmo no honky tonk. Show bacana, mas eu preferia ter ouvido mais da Lynne Arriale. Fechando a noite, veio a Flora Purim, acompanhada pelo marido Airto Moreira e mais três músicos. Logo no início da primeira música ela falhou a voz, desafinou e até deu uma engasgada. A partir dali, foi pior que aquela tia velha que bebeu uma taça de vinho a mais na festinha da família e resolveu se transformar em estrela de karaokê. Com os ouvidos doendo, saí no meio da terceira música, quando mais de metade da platéia já tinha abandonado o teatro. Constrangedor. #

    terça-feira, 08 de maio de 2007

    [ 22:00 ]

    Assisti novamente em dvr Night of the Living Dead (EUA, 1968), o primeiro filme do George A. Romero. Apesar de filmes com zumbis não serem novidade (Béla Lugosi estrelou em White Zombie na década de trinta, Jacques Tourneur dirigiu I Walked with a Zombie na década de quarenta), foi Night of the Living Dead que relançou e redefiniu o gênero no final dos anos sessenta. A narrativa tem alguns soluços naturais em obras de iniciantes com orçamentos baixos, mas é competente em contar a história dos cadáveres que andam (muito lentamente), se comunicam com gemidos e se alimentam de seres humanos. Curiosidade: em nenhum momento do filme é pronunciada a palavra "zombie". #

    segunda-feira, 07 de maio de 2007

    [ 11:19 ]

    Som do dia: The Who. Estou ouvindo The Who by Numbers, de 1975, que é melhor que o álbum anterior, Quadrophenia, mas não tão bom como o anterior a Quadrophenia, Who's Next. #

    domingo, 06 de maio de 2007

    [ 21:12 ]

    Assisti em dvd Run Silent, Run Deep (EUA, 1958), do Robert Wise, um dos clássicos filmes de submarino. Clark Gable volta a comandar um submarino depois de ter passado uns tempos pilotando uma escrivaninha, Burt Lancaster é o seu tenente que achava que ia comandar o mesmo submarino mas perdeu o posto para o veterano. O filme é bacaninha, especialmente para quem gosta do gênero, com as patriotadas que se pode esperar numa história sobre a segunda grande guerra rodada logo na década seguinte. Curiosidade: em 1979 o Robert Wise dirigiu o primeiro langa-metragem da série Star Trek e repetiu a dinâmica entre um capitão mais velho (William Shatner) e um capitão mais novo (Stephen Collins). #

    sábado, 05 de maio de 2007

    [ 14:03 ]

    Assisti em dvd The Business of Strangers (EUA, 2001), o primeiro filme do Patrick Stettner, diretor de The Night Listener. Alta executiva (Stockard Channing, Emmy por The West Wing) e funcionária da mesma empresa (Julia Stiles, de 10 Things I Hate About You) encontram-se num hotel e vivem um relacionamento estranho durante uma noite. Trama sutil, onde muita coisa fica sem dizer. Bacaninha. #

    sexta-feira, 04 de maio de 2007

    [ 20:56 ]

    Acertei ao prever que o campeão Miami Heat não iria longe nas finais da NBA (perderam por 4x0 para os Chicago Bulls), mas errei feio ao prever que os Dallas Mavericks levariam o título da costa oeste (perderam por 4x2 para os Golden State Warriors). Melhor não fazer mais previsões. #

    [ 20:50 ]

    Ontem eu e a Sara fomos jantar no Sonoma Restaurant and Wine Bar. Comi uma pizza de chevre cheese com sopressata (nome sofisticado para queijo de cabra com salame) e bebi um bom bordeaux de Napa Valley chamado Worthy Sophia's Cuvée. Depois fomos ao Hirshhorn Museum assistir The Case of the Grinning Cat (Chats Perchés, França, 2004), do Chris Marker. É um documentário bem humorado que começa falando dos desenhos de gatos que começaram aparecer nos muros e paredes de Paris por volta de 2001, desvia-se para abordar eventos da política francesa da época (particularmente manifestações de rua), e acaba usado os gatos como emblema para a esquerda popular militante. Interessante. #

    quinta-feira, 03 de maio de 2007

    [ 13:02 ]

    Assisti em dvr Cast a Dark Shadow (GB, 1955), do Lewis Gilbert. Dirk Bogarde (de Morte a Venezia) mata a esposa para ficar com a herança, e quando o testamento estraga seus planos ele resolve repetir o golpe com uma nova esposa, Margaret Lockwood (de The Lady Vanishes). Trama um bocado teatral com interpretações um bocado exageradas, principalmente no final. Não me entusiasmou. #

    quarta-feira, 02 de maio de 2007

    [ 23:09 ]

    Ô, semaninha boa para séries de tv! Heroes na segunda-feira teve um dos melhores episódios da temporada, continuando a tomar emprestados temas de histórias em quadrinhos, de Watchmen a Days of Future Past. Apesar dos habituais buracos na trama, uma delícia para assistir descompromissadamente. Lost hoje teve um dos melhores episódios da temporada, com coisas importantes acontecendo e (quase) revelações finalmente sendo oferecidas. Apesar da ameaça de um deus ex machina para resolver a trama complicada que eles teceram, continua sendo a série mais interessante dos últimos tempos. #

    [ 20:04 ]

    Da série Coisas Estranhas Que Acontecem Comigo. Hoje tive reunião atrás de reunião e só por volta das três e meia da tarde consegui sair do escritório para almoçar. Sem muitas opções, fui até o Cosi mais próximo e pedi um sanduíche. O sanduicheiro de plantão, com jeitão de cantor de rap, preparou o meu pedido com capricho e então anunciou que eu não precisava pagar, que era por conta dele. Achei estranho, claro, e perguntei se tinha entendido bem. Ele confirmou: "Yes, sir, it's on me, just go and enjoy your sandwich." Eu agradeci efusivamente e fui embora com o meu sanduíche. #

    terça-feira, 01 de maio de 2007

    [ 19:48 ]

    Este ano ainda não consegui terminar de ler um livro. Cheguei à conclusão que parte do problema, além da falta de tempo, foi ter parado no meio de dois livros que não me entusiasmaram muito. Fiquei esperando terminar essas leituras para começar outras, e não fiz uma coisa nem outra. Resolvi então abandonar, ao mens temporariamente as leituras inacabadas e recomeçar com livros novos. Na mesinha de cabeceira, para ler antes de dormir, botei Pebble in the Sky, do Isaac Asimov. Na mochila, para ler no metrô, botei The Tipping Point, do Malcolm Gladwell. #

    [ 19:41 ]

    Sessão dupla em dvr. He Walked by Night (EUA, 1948), do Alfred L. Werker, tem uma estrutura quase de documentário e acompanha uma investigação policial desde o crime propriamente dito até a apreensão do criminoso, explicando passo-a-passo as técnicas da época (análise balística, retrato falado, etc). Em alguns momentos é interessante, em outros é enfadonho. O bandido é interpretado pelo Richard Basehart, que na década seguinte seria Ishmael em Moby Dick e nos anos sessenta seria o almirante Nelson em Voyage to the Bottom of the Sea. Detective Story (EUA, 1951), do William Wyler, tem uma estrutura quase de peça teatral, com a ação concentrada numa delegacia de polícia, em vários pessoas acusadas de algum crime, e no odioso detetive McLeod, um sujeito prepotente e preconceituoso interepretado pelo Kirk Douglas. Eu confesso que fiquei tão irritado com o protagonista que não consgui gostar do filme, que teve quatro indicações ao Oscar (atriz principal para a Eleanor Parker, atriz coadjuvante para a Lee Grant, direção e roteiro para o William Wyler) mas não levou nenhuma estatueta (foi um ano extraordinário, com concorrentes como A Streetcar Named Desire, A Place in the Sun e The African Queen). #