quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

[ 23:51 ]

Balanço de janeiro: assisti 28 filmes e 79 episódios de séries de tv (incluindo três temporadas de Star Trek: Voyager), li um livro e dez álbuns em quadrinhos. #

[ 23:25 ]

Terminei de ler a série em quadrinhos Les Tours de Bois-Maury, do Hermann. Quando morava na Europa, eu só tinha lido os cinco primeiros álbuns (Babette, Eloise de Montgri, German, Reinhardt e Alda), que juntos formam uma espécie de primeira parte da série. Em seguida vem Sigurd, uma história de vikings com temática sobrenatural que parece saída dos contos do Robert E. Howard. Os quatro últimos álbuns (William, El Selúcida, Khaled e Olivier) fecham a saga, levando os protagonistas até as cruzadas e de volta à Europa. Fiquei um pouco decepcionado com o último, não exatamente por causa do desfecho da história mas pela forma abrupta com que o cavaleiro Aymar de Bois-Maury e seu escudeiro Olivier mudaram de comportamento em relação ao resto da série. Acho que Alda é o melhor álbum da primeira fase e Khaled da segunda. #

[ 23:09 ]

O início da nova temporada de Lost esta noite foi bom mas foi mais do mesmo, e eu não quero mais do mesmo. Depois de setenta episódios com perguntas e mistérios, agora eu quero episódios com respostas e soluções. #

[ 19:05 ]

Terminei de assistir a terceira temporada de Star Trek: Voyager. Achei melhor que as duas temporadas anteriores mas ainda um bocado desigual na qualidade das histórias, com alguns acertos (por exemplo, The Swarm, onde o médico holográfico é acometido de uma doença virtual degenerativa com sintomas semelhantes ao mal de Alzheimer) e algumas derrapadas (por exemplo, Darkling, onde o médico holográfico resolve incorporar ao seu programa personalidades de pessoas famosas e o resultado é bem diferente do esperado). É interessante notar que os roteiristas ainda estão tateando no escuro tentando (re)definir alguns personagens. Um bom exemplo é o episódio Macrocosm e a tentativa de fazer da esquálida Janeway uma action hero do calibre da Ripley de Alien, incluindo a camiseta suada e a arma pesadona, com resultado risível. Algumas mudanças são bem-vindas, como o sumiço dos Kazon (como a Voyager está numa viagem de volta à Terra, é natural que algumas raças do quadrante delta fiquem para trás, e estes vilões de cabelo duro certamente não deixarão saudades) e a entrada em cena dos conhecidos Borg (reforço importado de The Next Generation, juntamente com os Ferengi que também apareceram em um episódio). Eu gostaria de ver mudanças na tripulação, com personagens irritantes dando lugar a indivíduos mais interessantes. Melhor episódio da temporada: Before and After, com a mente da Kes viajando no tempo do futuro para o passado ao mesmo tempo que tenta desvendar o mistério desta anomalia (que lhe deu também, sem grandes explicações, um novo cabelo), com a oportunidade de apresentar possíveis destinos para vários personagens. Menção honrosa para Distant Origin, com uma raça inteligente descendente dos dinossauros e uma boa discussão sobre dogma e ciência. Pior episódio da temporada: Sacred Ground, que com uma defesa absurda da fé contra o racionalismo e do misticismo contra a ciência torna-se sério candidato a pior episódio de Star Trek de todos os tempos. Melhor atriz convidada da temporada: Sarah Silverman como uma astrônoma geek do século XX em Future's End, episódio duplo que inclui uma viagem no tempo quase no estilo de Star Trek IV: The Voyage Home e introduz o aparelho que agora permite maior mobilidade para o médico holográfico. #

[ 10:36 ]

Continua a dança das cadeiras com os candidatos a candidato a presidente dos EUA. Os últimos a anunciar que não estão mais participando foram os inicialmente bem cotados John Edwards e Rudy Giuliani. Agora os democratas dividem atenções entre Hillary Clinton e Barack Obama enquanto os republicanos escolhem entre John McCain, Mike Huckabee e Mitt Romney. E quanto mais avançam as campanhas, menos eu gosto de cada um deles. #

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

[ 18:24 ]

Primeiro você faz um filme sobre uns sujeitos que refilmam toscamente os filmes que foram apagados por acidente numa locadora de vídeos, e naturalmente promove o filme com um trailer: Be Kind Rewind. Depois você refilma o trailer com atores suecos tentando refazer toscamente o trailer que supostamente perderam: Be Kind Rewind. Aí você senta e espera que mais pessoas comecem a fazer as suas próprias versões do mesmo trailer. O diretor Michel Gondry é o mesmo de Eternal Sunshine of the Spotless Mind e La Science des Rêves. #

[ 16:53 ]

Sessão dupla com ficção-científica antiga. Primeiro, Silent Running (EUA, 1972), do Douglas Trumbull. Fiel à época em que foi produzido, poderia chamar-se Um Hippie no Espaço. Bruce Dern é o astronauta responsável pela manutenção das últimas florestas, existentes somente a bordo de espaçonaves gigantescas. Foi o primeiro filme dirigido pelo Trumbull (supervisor de efeitos especiais de 2001: A Space Odyssey, Close Encounters of the Third Kind e Blade Runner), e tem algumas boas idéias na produção, como a cenografia baseada em arquitetura naval (eles alugaram e maquiaram um navio para filmar os interiores da nave espacial) e os pequenos robôs com anatomia intrigante (dentro de cada um havia uma pessoa sem pernas, o que possibilitava uma movimentação natural sem a necessidade de um design antropomórfico). Curiosidade: nem todos reconhecerão o Ron Rifkin, que aparece ainda com cabelo, quase trinta anos antes de ser o maquiavélico Arvin Sloane da série Alias. Depois assisti um filme muito mais antigo, Things to Come (GB, 1936), do William Cameron Menzies. É uma adaptação do livro do H.G. Wells, The Shape of Things to Come, com roteiro do próprio H.G. Wells, contando a história futura da humanidade, com ação centrada em Everytown, uma cidade inglesa fictícia, começando com uma guerra mundial em 1940, passando por uma fase pós-guerra de decadência tecnológica e estrutura social com traços medievais, e terminando em 2036 com a conquista do espaço. Em todas as fases, o conflito principal é sempre sobre o uso da tecnologia, algumas vezes entre pacifistas e belicistas, outras vezes entre progressistas e ludistas. Interessante ver como o Wells acertou na previsão de uma guerra mundial na década de quarenta e errou consideravelmente ao imaginar que a melhor forma de mandar um foguete ao espaço seria usando um canhão como o do Jules Verne em Da Terra a Lua. #

[ 10:38 ]

Som do dia: mais psychobilly, agora com a banda holandesa Batmobile. #

[ 10:17 ]

House voltou ontem com um episódio bacaninha centrado na idéia, defendida pelo cínico doutor, que todo mundo mente. A única coisa estranha foi a história se passar durante o natal, o que indica que o episódio teria sido planejado para exibição no final de dezembro e não no final de janeiro. #

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

[ 19:12 ]

Mais sci-fi japonesa: Summer Time Machine Blues (Japão, 2005), do Katsuyuki Motohiro, uma comédia adolescente sobre viagem no tempo. A trama de paradoxos temporais e como as idas e vindas se encaixam cronologicamente é bem bacaninha, mas o tom apalhaçado das interpretações estraga um bocado a fruição da história. Muitas referências a outros filmes de ficção-científica, do bilheteiro de cinema com uniforme de Star Trek à própria máquina do tempo, uma réplica da usada em The Time Machine. Um detalhe interessante é o título original, uma niponificação do título em inglês: Samâ Taimumashin Burûsu. #

[ 10:32 ]

Stargate Atlantis voltou no início do mês. House retorna às telas hoje. Na quinta-feira é a vez de Lost. Em duas semanas, teremos a volta de Jericho. A programação televisiva fica interessante novamente, ao menos até sentirmos os efeitos da greve dos roteiristas. Talvez o retorno mais esperado seja o de Lost, a série das perguntas sem respostas. O Tom Burns conseguiu listar só oito questões importantes que queremos ver elucidadas: 8 Questions We Want Answered (Quem resgatou o Jack e a Kate? De quem era o funeral ao que o Jack foi? Quem era o "ele" a que a Kate se referia? Qual a importância do Aaron? O que é a "caixa mágica"? O Desmond realmente viajou no tempo? Quem era a Mrs. Hawking, a velhota no sonho do Desmond? Como o Jack vai voltar para a ilha?). No ano passado eu listei as 50 perguntas que quero ver respondidas em Lost. #

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

[ 20:32 ]

Assisti em dvd Avalon (Japão-Polônia, 2001), do Mamoru Oshii. É um filme estranho e interessante. O diretor, o roteirista e os produtores são japoneses, mas as filmagens foram feitas na Polônia, com elenco polonês. A cinematografia é onírica, em tons de sépia e soft focus. A narrativa varia entre cenas de ação com estética de desenho animado japonês (o diretor é o mesmo de Ghost in the Shell) e momentos reflexivos que lembram o art film europeu (particularmente a vertente polonesa). A história é sobre um jogo de computador completamente imersivo, onde os jogadores participam através de um capacete de realidade virtual e arriscam uma lesão cerebral se as coisas não correrem bem. A idéia central é um questionamento da natureza da realidade: o que é real? o que é virtual? onde está a fronteira? Bacana. #

[ 11:34 ]

Artigo interessante na revista Fast Company deste mês, apresentando uma refutação do Duncan J. Watts ao livro do Malcolm Gladwell, The Tipping Point: Is the Tipping Point Toast?. Eu não fiquei convencido pelo Duncan. Apesar de concordar com ele em algumas coisas, achei que aquela negação absoluta dos conceitos apresentados pelo Gladwell tem cheiro de encenação marketeira. #

[ 11:11 ]

Som do dia: Demented Are Go, banda galesa de psychobilly, mais pesada do que o meu habitual mas boa para estremecer uma segunda-feira friorenta. O álbum Kicked Out of Hell, de 1988, tem faixas com títulos meigos como Satan's Rejects, Shadow Crypt e Surf Ride To Oblivion. #

[ 10:46 ]

No sábado comentei aqui sobre os cinqüenta anos dos Smurfs. E este ano temos também o cinqüentenário da LEGO. Para comemorar, encontrei um Smurf feito de LEGO, só com os blocos básicos: LEGO Smurf. Eu não tive LEGO quando era criança, mas fiquei interessado pelo brinquedo dinamarquês em 1994, quando visitei em Portugal a espetacular exposição The Gate of the Present, com 25 portais construídos com LEGO por arquitetos de 22 países. Acho bacana quem tem a engenhosidade e a paciência para construir peças elaboradas com milhares de tijolinhos de plástico, de profissionais como Nathan Sawaya (autor de Gray) e Sean Kenney (que fez um simpático Homer Simpson) a entusiastas como Andrew Lipson e Daniel Shiu (que fazem complexas reproduções de gravuras do Escher, como Belvedere e Relativity). #

domingo, 27 de janeiro de 2008

[ 11:42 ]

Assisti em dvd Sunshine (EUA-GB, 2007), do Danny Boyle. Uma nave espacial viaja em direção ao sol, que está morrendo, para reativar a estrela detonando uma carga termonuclear. Pelo caminho, alguns acontecimentos inesperados provocam uma reavaliação da missão. O tom é de sci-fi clássica, com algumas cenas que lembram muito clássicos como 2001: A Space Odyssey (a paisagem com monolitos na neve, por exemplo) e Alien (a tripulação conversando ao redor da mesa, por exemplo). O elenco tem muitos rostos conhecidos: Cillian Murphy (o Espantalho de Batman Begins), Chris Evans (o Tocha Humana de Fantastic Four), Michelle Yeoh (a heroína de Crouching Tiger, Hidden Dragon), Rose Byrne (de Wicker Park), Cliff Curtis (de Whale Rider). História interessante, com algumas reflexões sobre ciência e religião, individual e coletivo, pragmatismo e fundamentalismo. Bacaninha. #

sábado, 26 de janeiro de 2008

[ 15:13 ]

Comecei a assistir em dvd a terceira temporada de Star Trek: Voyager. O primeiro episódio não trouxe surpresas, já que era fácil prever que a tripulação conseguiria sobreviver no planeta primitivo onde tinha sido abandonada e reconquistaria a nave que dá nome à série. O segundo episódio, muito mais interessante, teve a participação especial do Sulu (George Takei) como capitão da USS Excelsior, num flashback que se encaixa na história do filme Star Trek VI: The Undiscovered Country e diz que o Tuvok fazia parte da tripulação daquela nave. #

[ 11:18 ]

Som do dia: continuando com a fase psychobilly, estou ouvindo The Meteors. E tenho que confessar que aprecio este gênero de música desde os anos oitenta mas não sabia que se encaixava na categoria psychobilly. Na minha ignorância musical, eu chamava de rockabilly ou de post-punk, dependendo da banda. Só esta semana fiquei sabendo que, afinal, era tudo psychobilly. #

[ 11:01 ]

Aproveitando que este ano os Smurfs completam cinqüenta anos de existência (a primeira história foi publicada em outubro de 1958, ainda com o nome original de Schtroumpfs), aqui vai uma lista de smurfs peculiares: The 10 Most Disturbing Smurfs. Correção: apesar do texto dizer que o autor era francês, na verdade o Peyo era belga. Bônus: Donnie Darko explica a sexualidade dos smurfs. #

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

[ 16:10 ]

Assisti em dvd uma coisa medonha chamada Next (EUA, 2007), do Lee Tamahori, supostamente adaptada de uma história do Philip K. Dick. O conto original tinha um mutante de pele dourada, que não falava e possivelmente nem raciocinava como um humano mas era capaz de ver todas as possíveis conseqüências futuras de qualquer ação. O filme tem um sujeito de aparência normal (se considerarmos que a aparência do Nicolas Cage é normal) que mora em Las Vegas, joga em cassinos e trabalha como ilusionista de segunda categoria. Sim, ele possui o mesmo poder paranormal de prever futuros possíveis, mas as semelhanças terminam aí. No conto, o mutante era caçado pelo governo para ser exterminado. No filme, ele é caçado pelo governo para ajudar a localizar uma bomba atômica plantada por terroristas. O roteiro é uma fantasia pouco imaginativa do Gary Goldman (Total Recall) e do Jonathan Hensleigh (Armageddon), e botar o Philip K. Dick nos créditos é até um insulto. A trama é tosca, com cenas desnecessárias e personagens de motivação duvidosa. Nicolas Cage faz sua habitual cara de "eu sou intenso", e é acompanhado pela Julianne Moore e pela Jessica Biel, duas bonitinhas com critérios estranhos para escolher filmes, já que aparecem em coisas muito boas (Children of Men e The Illusionist, por exemplo) e coisas muito ruins (The Forgotten e I Now Pronounce You Chuck & Larry, por exemplo). Next é horrendo. #

[ 12:13 ]

Fevereiro é um bom mês para o esporte profissional aqui nos EUA. Dia 3, em Glendale, Arizona, teremos o Super Bowl XLII, final do campeonato da NFL. De um lado, New England Patriots, a primeira equipe na história com uma temporada sem derrotas e com dezoito vitórias (dezesseis na temporada regular e duas nos playoffs). Eles já levaram o título em 2001, 2003 e 2004. Do outro, New York Giants, equipe de fortes tradições e seis títulos conquistados, mas sem uma vitória no Super Bowl desde 1990. Dia 17, em New Orleans, Louisiana, teremos o All-Star Game 2008, marco do meio da temporada da NBA. O time do leste terá como títulares (escolhidos pelo voto popular) Kevin Garnett (Boston), Dwight Howard (Orlando), LeBron James (Cleveland), Dwyane Wade (Miami) e Jason Kidd (New Jersey), e o do oeste começará com Kobe Bryant (Los Angeles), Allen Iverson (Denver), Tim Duncan (San Antonio), Yao Ming (Houston) e Carmelo Anthony (Denver). Fico até com vontade de comprar uma televisão enorme (a minha é uma modesta Philips de 32") para assistir estes jogos. #

[ 10:43 ]

Som do dia: Os Baratas Tontas, psychobilly mineiro dos anos noventa. #

[ 10:34 ]

Jogo da vez: Nethergate Resurrection, do mesmo autor da série Avernum, o Jeff Vogel. Eu já tinha jogado o Nethergate original em 1999, e esta é uma nova versão revista e ampliada. #

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

[ 15:34 ]

Depois de rever Gothic e Remando al Viento, resolvi assistir em dvd a biografia feita pela BBC, Byron (GB, 2003), com direção do Julian Farino. A história acompanha o poeta desde seu retorno à Inglaterra em 1811 depois de uma longa viagem por países mediterrâneos até sua morte em 1824 na Grécia. Há, porém, uma lacuna surpreendente e decepcionante: quando Byron resolve deixar a Ingleterra novamente em 1816 após o fim do seu casamento, em vez do famoso episódio da reunião com Claire, Polidori e o casal Shelley às margens do Lac de Genève, o que vemos é o letreiro "três anos depois..." e um salto para Byron em Veneza. Uma estranha decisão narrativa, que ignora uma época emblemática da mitologia byroniana e deixa de lado o fim do relacionamento com Claire e a solidificação da amizade com Shelley. Byron é interpretado pelo Jonny Lee Miller (o Zero Cool de Hackers e o Sick Boy de Trainspotting), um pouco mais vigoroso que Hugh Grant em Remando al Viento e um pouco menos alucinado que Gabriel Byrne em Gothic. Uma das coisas mais interessantes do filme é o destaque dado ao William Fletcher, interpretado pelo Philip Glenister (de Calendar Girls), o criado que acompanhou Byron da adolescência até a morte. #

[ 10:23 ]

Terminei de ler The Mournful Teddy, do John J. Lamb. O mistério criminal é bem engendrado e os personagens são interessantes. Para o meu gosto, a narrativa poderia ser um pouco mais ágil e sem a enorme quantidade de detalhes que não acrescentam muito à trama, mas mesmo assim é uma leitura leve e agradável, daqueles livrinhos bons para ler num weekend na praia ou, como foi o meu caso, na cama, enrolado num cobertor, bebendo chá. Bacaninha. #

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

[ 19:39 ]

Em 1998, o Ken Russell, diretor de Gothic, fez um filme com o Hugh Grant, ator de Remando al Viento, com história inspirada não na Mary Shelley, autora com que os dois tinham acabado de trabalhar, mas em outro escritor clássico do gênero, Bram Stoker, o criador de Dracula. Eu ainda não tinha assistido esta curiosidade, que foi a minha sessão de dvd de ontem: The Lair of the White Worm (GB, 1988). O filme é uma grande brincadeira, adaptação muito livre do conto original, com freqüentes piscadelas de olho indicando que estamos vendo nada mais que uma diversão descompromissada. O Hugh Grant (que pouco depois interpretaria Frederic Chopin com um cabelinho ridículo em Impromptu) é o herdeiro de um herói mítico que derrotou a serpente gigante Dionin, e a Amanda Donohoe (que pouco depois interpretaria C.J. Lamb, minha advogada preferida da série L.A. Law) é a sacerdotisa do culto à tal serpente que, afinal, ainda está fazendo vítimas na Inglaterra rural dos anos oitenta. O resto do elenco é composto de semi-desconhecidos como a Catherine Oxenberg (que é casada com o Casper Van Dien e, junto com o marido, foi uma das vozes do videogame Starship Troopers) e a Sammi Davis (que recentemente apareceu na série Lost como mãe do Charlie). #

[ 19:13 ]

Falta pouco mais de uma semana para o início da quarta temporada de Lost, e voltam as elocubrações sobre a série. Um bom exemplo: Everything I Need to Know I Learned From Lost. #

[ 09:46 ]

Conhece aquele filminho irritante e intelectualmente desonesto que nos obrigam a ver nos dvds que compramos ou alugamos, aquele que nos tenta convencer que um download da internet é a mesma coisa que o roubo de uma bolsa ou de um automóvel? Pois os verdes europeus resolveram responder com outro filminho: I Wouldn't Steal. "They argue that their laws are necessary to support artists, but in reality all they're protecting is their own profits. The Greens in Europe and worldwide has been opposing these laws. We believe that consumers are willing to pay if offered good quality at a fair price. We also believe that sharing is expanding culture – not killing it." #

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

[ 10:56 ]

Ontem assisti também no History Channel o documentário Life After People, uma teorização muito interessante, com depoimentos de cientistas e animações em 3d, sobre o que aconteceria ao planeta se os seres humanos desaparecessem subitamente. Agora fiquei com vontade de ler o livro The World Without Us, do Alan Weisman, que trata do mesmo assunto. #

[ 10:47 ]

O terceiro episódio de The Sarah Connor Chronicles ontem foi um pouco pior que os anteriores. Começou com mais um sonho inútil para a narrativa (no more dreams, please), continuou com dramas escolares desinteressantes (e um bocado mal explicados), e terminou com mais uma cena de guerrilha ludista (afinal, é este o conceito básico da história, que precisamos controlar os avnaços tecnológicos a qualquer custo, antes que as máquinas se tornem mais espertas que nós). Eu esperava mais. #

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

[ 20:36 ]

Meu primo Flávio estava contando que tinha gostado da criatura com olhos nas mãos de Pan's Labyrinth e eu me lembrei da mulher com olhos nos seios de Gothic. Acabei fazendo uma sessão dupla em dvd para rever dois filmes da mesma época (segunda metade dos anos oitenta) e sobre o mesmo tema (Lord Byron, Percy Shelley, Mary Shelley, Claire Clairmont e John Polidori reunidos numa mansão às margens do Lac de Genève em 1816, encontro do qual saíram as histórias Frankenstein e The Vampyre). Gothic (GB, 1986), do Ken Russell, eu assisti pela primeira vez na estréia em Porto Alegre. No estilo delirante do diretor de Tommy e Lisztomania, o episódio é recontado em tom de pesadelo embalado por fartas doses de láudano. O elenco foi quase todo muito bem escolhido, e Gabriel Byrne, Julian Sands e Natasha Richardson criam bons retratos de, respectivamente, Lord Byron, Percy Shelley e Mary Shelley. Myriam Cyr como Claire Clairmont não compromete, mas Timothy Spall faz um John Polidori muito exagerado, como se fosse uma diva embriagada que perdeu o poodle de estimação. O filme é rico em referências visuais (por exemplo, o quadro The Nightmare, do Henry Fuseli, recriado no pesadelo da Mary Shelley) e literárias (por exemplo, Byron chama Shelley de "o Prometeu moderno", expressão que se tornaria o subtítulo do livro Frankenstein). Gothic pode não ser uma obra-prima mas representa vigorosamente o ethos e o pathos dos poetas românticos. Curiosidade: o íncubo no quadro é interpretado pelo Kiran Shah, que serviu de duplo para o Elijah Wood em The Lord of the Rings. Remando al Viento (Espanha, 1988), do Gonzalo Suárez, eu assisti pela primeira vez na estréia em Madrid. A história é basicamente a mesma de Gothic, com o encontro dos seis personagens na mansão e com o imaginário fantasmagórico interferindo em suas realidades. Aqui a narrativa se estende um pouco mais e não se limita ao verão no Lac de Genève, dando-nos oportunidade de ver outros episódios como Byron em Veneza ou a cremação de Shelley em Viareggio. Em comparação com o elenco de Gothic, Hugh Grant, Valentine Pelka e Lizzy McInnerny interpretam, respectivamente, Lord Byron, Percy Shelley e Mary Shelley de forma muito mais sóbria, porém não necessariamente mais sombria, enquanto Elizabeth Hurley como Claire Clairmont e José Luis Gómez como John Polidori conseguem desempenhos mais convincentes que os do outro filme. Um deslize estranho do roteiro é apresentar a morte do Polidori cinco anos antes de ter realmente ocorrido. Curiosidade: La Fornarina, uma das amantes italianas de Byron, é interpretada pela Bibí Andersen, atriz transexual que apareceu em vários filmes do Pedro Almodóvar. Remando al Viento é todo ele mais contido que Gothic, mas o tipo de horror que oferece é mais persistente, acompanhando seus personagens por todos os lados e não se desvanecendo com a luz do sol. Não considero que um seja melhor que o outro e acho que devem ser assistidos como um par. #

[ 12:40 ]

A alemã Ramona Markstein pendurou no pescoço do seu gato Fritz uma câmara fotográfica que dispara automaticamente a cada quinze segundos, permitindo que o felino fotografe seus passeios: fritz-cam. O resultado é interessante, mas eu não chamaria o gato de fotógrafo. O Fritz é um assistente, a Ramona é a fotógrafa. #

[ 10:50 ]

Meu primeiro esforço para controlar a entrada de informação começa a dar resultados. Nos últimos dias reduzi minhas listas de discussão de 32 para 9 e meus feeds rss de 360 para 99. Ainda fico com aquela impressão que está acontecendo alguma coisa importante e não estou sabendo, mas o aumento de tempo disponível para outras coisas parece compensar o incômodo. Mais ajustes em breve. #

domingo, 20 de janeiro de 2008

[ 19:37 ]

Terminei de assistir em dvd a segunda temporada de Star Trek: Voyager. A qualidade dos roteiros é bem desigual, variando do muito bom (Prototype, por exemplo, uma história sobre uma raça de robôs e como a B'Elanna pode ajudá-los a evitar a extinção, com um twist final) ao ridículo (Threshold, por exemplo, com bobagens como Paris e Janeway se transformando em criaturas com aparência de bagre e gerando uma prole instantânea). Algumas idéias razoáveis são destruídas pela péssima execução (The Thaw, por exemplo, onde aparece um ambiente virtual com jeito de ter sido projetado por alguém que queria imitar o Fellini e acabou criando um circo de cidade do interior). Um episódio simpático foi Tuvix, em que os dois personagens mais irritantes da série, Tuvak e Neelix, são combinados numa só pessoa (Tom Wright) graças a um acidente no teletransportador, mas infelizmente durou pouco a esperança que ficaríamos livres do vulcano amuado e do talaxiano infantil. E eu achava que nesta série não apareceria o Q (John de Lancie), porque com seus poderes seria capaz de estalar os dedos e mandar a Voyager de volta para casa, solucionando de forma abrupta o problema que envolve toda a história, mas estava enganado. Death Wish traz não só o Q que já conhecemos mas também um novo Q (Gerrit Graham), e também uma discussão interessante sobre os limites entre os direitos do indivíduo e os direitos da coletividade. Melhor ator convidado da temporada: Brad Dourif (indicado ao Oscar por One Flew Over the Cuckoo's Nest e visto mais recentemente como Grima Wormtongue em The Lord of the Rings) como um assassino betazóide em Meld. Melhor episódio da temporada: o já citado Prototype, com menção honrosa para Lifesigns, onde The Doctor vive um romance com a versão holográfica de uma médica vidiian. Pior episódio da temporada: o já citado Threshold, com menção honrosa para Innocence, onde o Tuvak fica cuidando de umas criancinhas alienígenas. #

[ 11:46 ]

Apesar do dia ensolarado, a temperatura lá fora está nos 21°F (-6°C), com sensação térmica de 6°F (-14°C). #

[ 10:57 ]

Animações oníricas e divertidas: Las Aventuras de Mister Coo. #

sábado, 19 de janeiro de 2008

[ 14:23 ]

Sessão dupla com filmes muito toscos. Em dvr assisti Death Race 2000 (EUA, 1975), do Paul Bartel, sobre uma corrida onde o objetivo é atropelar pedestres, num país dominado por um presidente totalitarista e por uma mídia sensacionalista. O roteiro é ridículo, os cenários são ridículos, os figurinos são ridículos. David "Kung Fu" Carradine é o herói, Sylvester "Rocky" Stallone é o vilão. Em dvd assisti The Toxic Avenger (EUA, 1985), do Lloyd Kaufman, sobre um faxineiro bobão que é contaminado por lixo atômico e se transforma num monstro vingador. O roteiro é ridículo, as interpretações são ridículas, os efeitos especiais são ridículos. Coincidentemente, a história também inclui o atropelamento de pedestres. Apesar de indesculpavelmente ruins (ou exatamente por causa disso) os dois filmes conseguiram público suficiente para justificar mais obras do mesmo tipo (que eu não pretendo assistir): o Paul Bartel fez em seguida Cannonball, também com o David Carradine e também sobre uma corrida assassina, e o Lloyd Kaufman já fez três continuações, The Toxic Avenger Part II, The Toxic Avenger Part III: The Last Temptation of Toxie e Citizen Toxie: The Toxic Avenger IV. #

[ 14:11 ]

Som do dia: Beatles 'n' Choro, canções do quarteto de Liverpool tocadas em ritmo de chorinho por Henrique Cazes (cavaquinho e arranjos), Rildo Hora (gaita), Hamilton de Holanda (bandolim), Carlos Malta (sax e flauta), Marcello Gonçalves (violão 7 cordas), e outros. Quatro volumes deliciosos. Algumas músicas, como When I'm Sixty-Four ou You're Gonna Lose That Girl, encaixam-se tão bem ao novo estilo que parecem ter sido originalmente compostas como chorinhos. #

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

[ 12:52 ]

Sessão dupla em dvr. Union Station (EUA, 1950), do Rudolph Maté, é uma história de investigação policial em torno do seqüestro de uma moça cega. William Holden é o chefe de segurança da estação ferroviária do título e Nancy Olson é a secretária do pai da seqüestrada. No mesmo ano, os dois contracenaram num filme muito melhor, Sunset Boulevard, que lhes valeu indicações ao Oscar de melhor ator e melhor atriz coadjuvante. Union Station não me entusiasmou muito, achei a trama razoável mas sem surpresas (a curiosidade maior foi ver um cercado cheio de vacas em plena New York dos anos cinqüenta). The Woman in White (EUA, 1948), do Peter Godfrey, é uma história de mistério com elementos de ficção gótica como loucura, hipnose, doppelgängers, segredos de família e mansões com passagens secretas. O vilão, conde Fosco, interpretado pelo Sydney Greenstreet (de The Maltese Falcon e Casablanca), é o melhor personagem do filme, com traços de outro vilão que acho ótimo, o Oliver Haddo de The Magician (e talvez o Somerset Maugham tenha mesmo usado algo do Fosco em seu Haddo, já que The Woman in White, o livro original do Wilkie Collins, foi um sucesso quase cinqüenta anos antes). O filme tem ainda a sempre fantasmagórica Agnes Moorehead (de Citizen Kane e Hush, Hush, Sweet Charlotte) e é bem bacaninha. #

[ 10:53 ]

Continuo avançando no livro The Collected Stories of Vernor Vinge. Just Peace (escrito em parceria com o William Rupp) e Original Sin são aventuras passadas em outros planetas. O primeiro, New Canada, é habitado por humanos, descendentes de exploradores da Terra, e a história tem um enredo político com elementos de guerra fria. O segundo, Shima, é o lar de criaturas vorazes de vida curta que estão evoluindo culturalmente num ritmo assustador e que pode ser uma ameaça à hegemonia dos humanos. Win a Nobel Prize! é curtinho, em forma de carta, menciona uma tecnologia para aumentar a eficiência cerebral, e não tem muita graça. The Barbarian Princess mistura temas de ficção-científica e de fantasia épica de forma interessante mas não empolgante. The Blabber, um dos melhores contos do livro, tem a primeira referência às zonas de pensamento, divisão do espaço em regiões com possibilidades tecnológicas diferentes, conceito que o Vinge também usou em outros livros. A trama é bacana e me deixou querendo saber mais daquele universo. Agora só falta um conto para terminar o livro, Fast Times at Fairmont High, que recebeu um Hugo Award em 2002. #

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

[ 15:04 ]

Ontem assisti em dvd The Man from Earth (EUA, 2007), do Richard Schenkman. Exemplo brilhante de economia narrativa, é uma história de ficção-científica sem efeitos especiais, sem cenas de ação, sem tiros ou explosões, sem heróis e sem vilões. O filme todo é uma longa conversa entre um professor universitário que está de partida e outros professores que vieram despedir-se dele. E a conversa é surpreendente e interessantíssima, com um forte tema central mas com desvios pelos terrenos da história, da biologia, da psicologia e da religião. O roteiro é o último (e o melhor) trabalho do Jerome Bixby, responsável pelas histórias de episódios famosos de The Twilight Zone (It's a Good Life) e de Star Trek (Mirror, Mirror). The Man from Earth é imperdível. #

[ 11:30 ]

Som do dia: Lux Vivens, álbum produzido pelo David Lynch com a Jocelyn Montgomery cantando e tocando músicas da Hildegard von Bingen. Combina bem com o dia de neve. #

[ 10:19 ]

Começou a nevar. #

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

[ 19:49 ]

Assisti mais uma vez no canal TCM The Bridge on the River Kwai (EUA-GB, 1957), do David Lean. O Alec Guinness interpreta um personagem muito interessante, o coronel Nicholson, que se considera um defensor da civilização contra a barbárie e não percebe ser um representante do pensamento arcaico britânico, arauto da divisão radical de classes (simbolizada aqui na sua veemente recusa em deixar que seus oficiais executem o mesmo tipo de trabalho braçal que seus soldados) e da guerra como um jogo entre cavalheiros (gosto muito da explosão do oficial japonês: "Do not speak to me of rules! This is war! This is not a game of cricket!"). Por este papel ele ganhou o Oscar de melhor ator (The Bridge on the River Kwai levou também os prêmios de melhor filme, melhor direção, melhor cinematografia, melhor roteiro adaptado, melhor montagem e melhor música). O problema de assistir este filme é depois passar dois ou três dias assobiando aquela música que os soldados assobiam. #

[ 11:51 ]

Os super-heróis da Marvel vão à galeria de arte: Stan Lee Tribute Artwork. #

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

[ 12:18 ]

Comecei a assistir em dvd a segunda temporada de Star Trek: Voyager, e estou gostando um pouco mais que da primeira. Continuo não simpatizando muito com os personagens (incomodam-me especialmente o vulcano amuado Tuvak, o talaxiano crianção Neelix e, claro, a pior capitã de Star Trek, Janeway) e continuo achando os roteiros um pouco fracos (além de um excesso de technobabble, há uma tendência acentuada de conduzir a história através de decisões apressadas: uma das frases mais usadas é "the only course of action is...", quando na verdade sempre existem outros caminhos a serem considerados), mas os temas explorados estão ficando um pouco mais interessantes. Projections, por exemplo, trata de questões de identidade, com o médico holográfico questionando se os acontecimentos ao seu redor seriam reais ou simulados e se ele seria realmente um programa de computador ou um delírio do seu criador. Outro episódio com tema interessante é Non Sequitur, com o Harry Kim transferindo-se para uma realidade alternativa (simulação computorizada? universo paralelo? delusão psicopatológica?) muito melhor que a sua situação anterior a bordo de uma nave perdida no quadrante delta. A questão levantada é semelhante à do personagem Cypher em The Matrix ("I know this steak doesn't exist. I know that when I put it in my mouth, the Matrix is telling my brain that it is juicy and delicious. After nine years, you know what I realize? Ignorance is bliss."), mas claro que o ortodoxo Harry Kim tem uma reação diferente. #

[ 11:49 ]

E se o Google Maps gerasse resultados no mesmo estilo de SimCity? A empresa chinesa Alading parece ter a resposta: Los mapas de las ciudades, más bonitos en dibujos. #

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

[ 22:32 ]

Vi agora o segundo episódio de The Sarah Connor Chronicles. A confusão cronológica é um pouco maior que eu tinha percebido ontem. Em Terminator 3: Rise of the Machines tinha ficado estabelecido que a Sarah morria de leucemia em 1997. Mas a série começa em 1999 e ela ainda está viva. E só depois de viajar para 2007 fica sabendo que teria morrido alguns anos antes. Então, ao contrário do que eu pensava, esta nova história não se encaixa entre T2 e T3 mas entra após o segundo filme e ignora o que aconteceu no terceiro, criando um timeline diferente. Para complicar ainda mais, está em pré-produção um quarto longa-metragem na série (o título provisório deste T4 é Terminator Salvation: The Future Begins) que supostamente deve ser a continuação de T3, seguindo uma linha cronológica diferente da série. #

[ 14:34 ]

Assisti em dvd The Good German (EUA, 2006), do Steven Soderbergh. História de espionagem, romance e mistério na Berlim do pós-guerra, com elementos de Casablanca e de The Third Man. A produção e a cinematografia fazem um bom trabalho de recriação do clima dos filmes da época, e George Clooney e Cate Blanchett convencem como par central. The Good German nunca chega ao mesmo nível dos filmes que o inspiraram, mas ainda assim é bacaninha. #

[ 14:21 ]

Ontem consegui completar o jogo Avernum 5. Depois de incontáveis horas caçando os inimigos do império, lutando contra monstros míticos, e negociando com os habitantes das profundezas de Avernum, finalmente encontrei o vilão Dorikas, invadi seu castelo e e derrotei seu pequeno exército. A paz está restaurada, ao menos até lançarem Avernum 6. #

domingo, 13 de janeiro de 2008

[ 22:53 ]

Uma forma segura de me fazer perder confiança num filme ou numa série de tv é começar com uma cena de ação e perigo para em seguida revelar que era só o sonho de um dos personagens. Pois foi exatamente assim que começou hoje The Sarah Connor Chronicles. Outro problema com este episódio inicial foi a falta de sutileza com que rearranjaram a cronologia dos filmes (a trama se encaixa entre Terminator 2: Judgment Day e Terminator 3: Rise of the Machines) não só para criar uma narrativa que se sustente como série de televisão mas também obviamente para baratear os custos de produção mudando a ação de 1999 para 2007. Ao menos as duas atrizes principais são boas, a Lena Headey (de 300) como Sarah Connor e a Summer Glau (de Serenity) como o novo modelo de robô do futuro. #

[ 22:40 ]

Que não haveria a cerimônia de entrega dos Golden Globes, por causa da greve dos roteiristas, eu já sabia. A surpresa foi o programinha mambembe que a NBC preparou para anunciar os premiados, com um cenário kitsch e um par de apresentadores palpiteiros. Assustador. Quanto aos vencedores, para mim a mais inesperado foi House ter perdido os dois prêmios a que havia sido indicada (best drama television series e best performance by an actor in a drama television series) para Mad Men, uma série nova sobre publicitários dos anos sessenta. #

[ 11:55 ]

Durante o jantar de ontem surgiu uma dúvida. Que idioma teria o maior número de palavras? Quando morei na Espanha, ouvi de muita gente que seria o castelhano. Quando morei em Portugal, testemunhei até um certo orgulho dos nativos ao dizer que a língua vencedora seria o português. Aqui nos EUA, ninguém tem dúvida que o inglês possuiria muito mais vocábulos que qualquer outra língua. Procurei números pela internet e descobri que não é assim tão fácil fazer as contas. Afinal, o que qualificaria uma palavra para pertencer ao vocabulário de uma língua? A organização Global Language Monitor afirma que existem mais de novecentas mil palavras na língua inglesa. Mas para chegar a esse número, eles incluem vocábulos de todo o mundo, não só dos EUA, da Grã-Bretanha e de outros países onde o inglês é a língua oficial mas também dialetos surgidos em lugares onde o inglês é idioma estrangeiro, como por exemplo o chinglish. Além disto, policiam a internet diariamente em busca de neologismos mas nunca retiram uma palavra da lista, mesmo que não seja usada há séculos. Deixando exageros como este de lado, resolvi usar como base de comparação somente dicionários de ampla aceitação acadêmica. O Oxford English Dictionary tem pouco mais de trezentas mil verbetes. O Diccionario de la Real Academia Española tem perto de duzentos mil verbetes. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa tem pouco mais de duzentos mil verbetes. Por esta contagem, o inglês mostra uma significativa vantagem sobre o castelhano e o português. Um detalhe, porém, poderia inverter os resultados. Não estão contabilizadas como verbetes variações existentes em castelhano e português mas ausentes no idioma inglês, como diferenças de gênero (por exemplo, "ugly" em inglês serve como masculino e feminino mas em português temos "feio" e "feia" e em castelhano temos "feo" e "fea") ou de conjugação (por exemplo, enquanto em inglês "jump" serve para todas as pessoas do singular e do plural, em português temos "pulo", "pulas", "pula", "pulamos", "pulais", "pulam"). Se considerarmos que estas variações são palavras, então o castelhano e o português teriam um número de palavras significativamente maior que o inglês. Se algum dos estimados leitores puder sugerir textos que tratem especificamente desta questão eu ficaria muito grato. #

[ 10:44 ]

Ontem fui jantar na Yanni's Greek Taverna com a Caroline e o Michael, um casal de brasileiros que se mudou para a região de Washington há pouco tempo. Boa comida e conversa divertida variando de viagens gastronômicas pela Europa à estrutura genética do verme causador da esquistossomose. #

sábado, 12 de janeiro de 2008

[ 16:10 ]

Assisti em dvd The Guardian (EUA, 2006), do Andrew Davis. O filme não é ruim, e seria um pouco melhor se não fosse tão longo e não tentasse contar tantas histórias diferentes. Começamos a assistir e dizemos "ah, é a história de um herói da guarda costeira, que salva vidas e tem problemas no casamento". A narrativa vai avançando e descobrimos que "ah, é a história de um herói da guarda costeira que se aposenta e vai ser instrutor dos próximos heróis da guarda-costeira". Mais um pouquinho e "ah, é a história do relacionamento do instrutor com o aluno promissor que tem um passado misterioso". Quando parece que a trama está chegando ao fim, ainda vem mais um pedaço enorme e concluímos que "ah, a história ainda vai ter mais um pedaço para vermos como termina o relacionamento do instrutor com o aluno". Passadas mais de duas horas, ainda temos um epílogo para nos darmos conta que "ah, afinal aquilo que disseram no começo se encaixa aqui no final mas não era assim tão condizente com o tom do resto do filme". Kevin Costner (de Dances with Wolves) é o heroizão, Ashton Kutcher (da série That '70s Show) é o heroizinho, Sela Ward (da série House) é a mulher do heroizão, Melissa Sagemiller (da série Life) é a namorada do heroizinho, Clancy Brown (da série Lost) é o chefe dos heróis. #

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

[ 22:57 ]

Terminei de assistir a primeira temporada de Star Trek: Voyager. Depois da primeira dúzia de episódios a série melhora um pouco, mas comparada com Star Trek: The Next Generation e Star Trek: Deep Space Nine ainda deixa muito a desejar. Mesmo os melhores roteiros perdem um pouco do impacto por causa de alguns personagens muito fracos. Tuvok, interpretado pelo Tim Russ, é um dos piores, porque em vez da ausência de emoção supostamente encontrada nos vulcanos o máximo que ele consegue oferecer é um ar de eterno descontentamento com eventuais escorregadelas de irritação. Neelix, interpretado pelo Ethan Phillips, aparentemente criado para ser um contraponto ao controle emocional dos vulcanos, acaba sendo igualmente cansativo com sua exuberância emotiva e sua necessidade de participar em tudo. Melhor episódio da temporada: Jetrel (a Voyager encontra o haakoniano que inventou a bomba responsável pela morte de milhões de talaxianos, o que gera uma reflexão sobre a responsabilidade de cientistas e militares em situações como o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki). Pior episódio da temporada: Learning Curve (Tuvok dando treinamento militar a um grupo de rebeldes da tripulação da Voyager, numa trama bobinha e previsível). #

[ 10:33 ]

Fotos curiosas: Matt Stuart. #

[ 10:10 ]

Bom texto para ser discutido com os amigos numa mesa de bar: The Pirate's Dilemma. "We live in a world where it is legal for a company to patent pigs, or any other living thing except for a full birth human being, but copying a CD you bought onto your hard drive is considered an infringement of someone else’s rights. A place where an average law abiding citizen could owe more than $12 million dollars in fines if they were sued every time they accidentally violated copyright law in a single day. A society where it’s ok for each of us to be hit with 5,000 advertising messages every 24 hours, usually without our permission, but creating a piece of art and placing it in public yourself without permission can land you in prison. This isn’t just about the pros and cons of file sharing - this is about an entire species losing its sense of perspective, failing to understand the potential of one of its most precious (and yet most abundant) resources." #

[ 09:29 ]

E já que estamos falando de simplicidade... The Four Laws of Simplicity, and How to Apply Them to Life. #

[ 09:12 ]

Durante os dez primeiros dias de janeiro, fiz uma experiência controlada: tentei integrar à minha rotina diária o processamento de emails (via Gmail) e feeds (via Bloglines) de forma que ao final de cada dia ambas caixas de entrada estivessem vazias e eu não tivesse leituras postergadas. O resultado foi ao mesmo tempo positivo e negativo. Positivo porque consegui concluir a tarefa todos os dias. Negativo porque levei muito mais tempo do que me parece razoável. Com 32 listas de discussão e 360 feeds de rss, a única forma de manter este ritmo seria fazer disto a minha atividade principal. Como a intenção não é essa, vou ter que controlar a minha curiosidade, aceitar que é impossível monitorar todos os assuntos e todas as fontes que eu gostaria, e revolucionar o meu sistema de entrada de informação com uma simplificação radical. É esta a missão para os próximos dez dias. #

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

[ 19:49 ]

Assisti em dvd Smokin' Aces (EUA-GB-França, 2006), escrito e dirigido pelo Joe Carnahan. Trama policial rebuscada, com muitos personagens entrecruzando-se em torno de um comediante de Las Vegas (Jeremy Piven) que está pronto para testemunhar contra a máfia e tem agentes do FBI protegendo-o e matadores de aluguel no seu encalço. Bacaninha. O elenco é grande e variado, incluindo atores mais jovens (Ben Affleck e Ryan Reynolds), atores mais velhos (Ray Liotta e Andy Garcia), e figuras do mundo da música (Alicia Keys e Common). Curiosidade: o Matthew Fox, da série Lost, aparece num papel pequeno e contracena somente com o Nestor Carbonell, também da série Lost. #

[ 13:52 ]

Palestra curtinha do J.J. Abrams: The Mystery Box. #

[ 13:22 ]

Os candidatos a presidente dos EUA vistos como personagens da série Harry Potter: Candidate Casting Couch: Harry Potter. Os candidatos a presidente dos EUA vistos como personagens de uma escola imaginária: Eleições americanas: um ABC. Os candidatos a presidente dos EUA vistos como personagens da série Star Wars: Star Wars Guide to the Candidates. #

[ 10:53 ]

Esta foto do tubarão seguindo o barquinho já circulou muito pela internet. Aqui o fotógrafo Thomas P. Peschak conta como a imagem foi capturada: Kayaking with Great White Sharks. #

[ 10:11 ]

Som do dia: Mostly Other People Do the Killing, jazz estranho e interessantíssimo. "We're Mostly Other People Do the Killing. We're named Peter and Jon and Moppa and Kevin. We all went to music school for a while. We play jazz. We like to play all the jazz all the time all at once as fast as possible. Moppa writes the tunes. Except for the ones written by other people. They're funny. Jazz is funny." #

quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

[ 16:07 ]

Assisti em dvr Three Days of the Condor (EUA, 1975), do Sydney Pollack, que eu nunca tinha visto. Thriller sobre um funcionário da CIA que, sem saber a razão, se torna alvo de assassinos. O elenco é bom (Robert Redford, Faye Dunaway, Max von Sydow), a história é interessante (baseada num livro do James Grady), mas o filme perdeu um pouco do impacto porque desde 1975 (Nixon tinha saído da Casa Branca e o mundo ainda se recuperava da crise do petróleo) já vimos várias histórias de conspiração e espionagem mais cínicas e mais violentas que esta. Curiosidade: o livro original se chama Six Days of the Condor e o Sydney Pollack só usou metade dos dias no seu filme. #

[ 10:46 ]

O doutor Gregory House informa: Everybody Lies. #

[ 10:35 ]

Um dos primeiros escritores que capturou minha atenção adolescente fora da ficção-científica foi o Jorge Luis Borges. O primeiro conto dele que li foi El Otro (se não me falha a memória publicado na revista Status), narrando o encontro do Borges jovem com o Borges velho, este tentando convencer aquele que eram os dois a mesma pessoa. Fui logo procurar mais contos e devorei Historia Universal de la Infamia, Ficciones, El Aleph, La Muerte y la Brújula, El Informe de Brodie e El Libro de Arena, alguns em traduções publicadas pela Editora Globo, outros em fotocópias dos originais argentinos que eu lia com o dicionario ao lado. Pois recentemente parece que o Borges voltou à moda, e um artigo do jornal ABC comenta os livros que o apontam como "un visionario de internet": Jorge Luis Borges, ciberautor de moda en los Estados Unidos. Talvez seja hora de reler Borges mais uma vez. #

[ 09:43 ]

E as eleições primárias de New Hampshire tiveram resultados bem diferentes das de Iowa. Desta vez os vencedores são Hillary Clinton entre os democratas e John McCain entre os republicanos. A corrida pode ter ficado mais interessante mas continuo achando que nenhum dos candidatos tem perfil para se um bom presidente. #

terça-feira, 08 de janeiro de 2008

[ 10:06 ]

Sessão dupla em dvr com os dois primeiros títulos do Mark Robson, que fez filmes de gêneros variados, incluindo guerra (The Bridges at Toko-Ri), melodrama (Peyton Place), desastre (Earthquake) e suspense (The Prize). Eu já tinha assistido os dois primeiros em 2002, e não quis perder a oportunidade de revê-los quando o TCM os exibiu novamente. Repito os comentários da época. Sobre The Seventh Victim (EUA, 1943): "Kim Hunter, em seu filme de estréia, procura a irmã desaparecida em New York e acaba encontrando uma seita satânica (que, apesar de retratada de uma forma um tanto ingênua, pode ter inspirado os satanistas de Rosemary's Baby). Vários momentos memoráveis, como o assassinato do detetive particular e o cadáver no metrô, e um interessantíssimo final negro e surpreendentemente nihilista." Sobre The Ghost Ship (EUA, 1943): "O inicio é lento, mas uma vez estabelecida a situação (um oficial demissionário preso num navio em alto mar com um capitão homicida e uma tripulação não cooperativa) a tensão é muito bem montada." #

segunda-feira, 07 de janeiro de 2008

[ 19:06 ]

Por causa do filme The Beast with Five Fingers, comecei a procurar mais informações sobre música composta para uma só mão e esbarrei numa informação que pode ser uma pista perdida da série Lost ou mais possivelmente só uma coincidência curiosa. A DHARMA Initiative foi fundada pelo casal Gerald and Karen DeGroot. Os dois são apresentados aos espectadores pela primeira vez naquele filminho (Swan Orientation Film) narrado pelo Marvin Candle, que depois aparece em outro filminho (Pearl Orientation Video) como Mark Wickmund. Num dos filmes ele parece ter os dois braços, noutro ele parece ter um braço falso. Foi difícil não pensar nisto tudo quando descobri um pianista holandês chamado Cor de Groot (1914—1993), que teve um problema numa mão, passou a tocar só com a outra, e eventualmente recuperou a habilidade de tocar com as duas. Acho muito difícil haver alguma relação entre o músico e os cientistas misteriosos, mas não deixa de ser interessante descobrir estas conexões sutis. Surpreendentemente, a Lostpedia menciona outros homônimos (um escritor, um filósofo, um enxadrista) porém esquece o Cor de Groot. #

[ 12:32 ]

O pioneiro Howard Rheingold lançou um vídeo-blog: Howard Rheingold's Vlog. #

[ 12:28 ]

Na semana passada tivemos vários dias com temperaturas abaixo de zero. Hoje me surpreendi com um dia ensolarado e agradabilíssimos vinte graus Celsius. #

[ 10:06 ]

O Times publicou uma lista dos cinqüenta maiores escritores britânicos do pós-guerra, combustível para muitas discussões acaloradas: The 50 greatest British writers since 1945. O poeta Philip Larkin (The Whitsun Weddings) encabeça a lista, seguido do George Orwell (1984) e do William Golding (Lord of the Flies). O J.R.R. Tolkien (The Lord of the Rings) aparece em 6º lugar, a Angela Carter (The Infernal Desire Machines of Doctor Hoffman) em 10º, o C.S. Lewis (The Chronicles of Narnia) em 11º, a J.K. Rowling (série Harry Potter) em 42º, o Philip Pullman (His Dark Materials) em 43º, e o Michael Moorcock (Elric of Melniboné) em 50º, dando uma forte representação para os autores de fantasia. A ficção-científica também é destacada, e além do já citado Orwell a lista tem também a Doris Lessing (Shikasta) em 5º, o Anthony Burgess (A Clockwork Orange) em 17º, e o J.G. Ballard (The Drowned World) em 27º. Um belo guia de leitura para gostos variados, dos eruditos como Ian McEwan (Amsterdam) e Kazuo Ishiguro (The Remains of the Day) aos populares como Ian Fleming (série James Bond) e John Le Carré (The Spy Who Came in from the Cold). #

domingo, 06 de janeiro de 2008

[ 21:53 ]

Assisti em dvd The Breed (EUA, 2006), do Nicholas Mastandrea. O velho truque de pegar um grupo de jovens (neste caso, não tão jovens), colocar num lugar isolado (neste caso, uma ilha) juntamente com uma ameaça mortal (neste caso, uma matilha de cães assassinos). A história não tem surpresas, é possível até prever quem vai sobreviver, em que ordem os outros vão morrer, e como vai ser o susto final. Pior ainda, os cães nunca parecem tão ameaçadores assim, o mesmo problema que já tínhamos visto em filmes como Cujo. No elenco, somente nomes conhecidos de séries de televisão: Michelle Rodriguez (de Lost), Oliver Hudson (de Rules of Engagement), Taryn Manning (de Drive), Eric Lively (de Modern Men) e Hill Harper (de CSI: NY). Descartável. #

[ 10:48 ]

Uma lambreta, uma câmara fotográfica e a estrada: Vespa Vagabond. #

[ 10:42 ]

A conhecida tabela periódica dos elementos agora tem uma nova versão em espiral e com hexágonos substituindo os quadrados: The Periodic Spiral. #

sábado, 05 de janeiro de 2008

[ 19:11 ]

Sessão dupla em dvr com Peter Lorre em filmes envolvendo mãos de pianistas. The Beast with Five Fingers (EUA, 1946), do Robert Florey, é a história de uma série de crimes inexplicados e a possibilidade de terem sido cometidos pela mão decepada de um pianista morto. A construção do mistério é engenhosa, e o casarão em que se passa a ação e a música sombria (acho que a "música da mão" é um trecho da Chaconne para Mão Esquerda, que o Brahms adaptou do Bach) colaboram muito para o clima taciturno do filme. O roteiro só se perde um pouco no final, ao tentar explicar minuciosadamente os acontecimentos e em especial no epilogo supostamente humorístico e muito diferente do tom da narrativa. Razoável. Mad Love (EUA, 1935), do Karl Freund, é a história de um pianista que, depois de um acidente, recebe mãos transplantadas de um assassino. Trata-se da refilmagem de um clássico do expressionismo alemão, Orlacs Hände, que tem o mesmo diretor e o mesmo ator de Das Cabinet des Dr. Caligari, Robert Wiene e Conrad Veidt. Nesta nova versão, que ainda mostra fortes influências impressionistas (arquitetura enviesada, sombras lúgubres, etc), Peter Lorre é o médico mentalmente perturbado que opera o pianista (Colin Clive, de Frankenstein) e que é apaixonado pela esposa do pianista (Frances Drake, de The Invisible Ray). Muito bom. #

[ 10:17 ]

Aos poucos, vão retornando as séries de tv. Ontem exibiram episódios novos de Stargate Atlantis (Sci-Fi) e Women's Murder Club (ABC), ambos muito bons. Curiosamente, as duas séries contam agora com o mesmo ator, Joe Flanigan, que numa é o tenente-coronel John Sheppard e noutra é o agente do FBI John Ash. #

[ 10:04 ]

Você já foi a uma entrevista de emprego e teve que se submeter àquelas perguntas sem imaginação e com pouca utilidade, sabendo que não pode dar uma resposta honesta e tem que dizer o que o entrevistador espera que você diga? Pois aqui vai o desabafo bem humorado de alguém que parece ter muita experiência com este tipo de situação: 100 preguntas para comer 3 veces al día. #

sexta-feira, 04 de janeiro de 2008

[ 20:21 ]

Depois de reclamar da tripulação da Voyager, fiquei aqui pensando como eu formaria o meu grupo de personagens para uma série no universo Star Trek. Resolvi fazer um joguinho: escalar personagens de outras séries recentes, que seriam interpretados pelos mesmos atores e teriam os mesmos traços de personalidade mas se comportariam como pessoas daquela época, com o conhecimento e o treinamento necessários para ocupar um posto de oficial da federação. Foi uma brincadeira divertida, e fiquei satisfeito com a minha seleção final para a U.S.S. Nemo Nox. Commanding Officer: Captain Gregory House (Hugh Laurie), da série House. First Officer: Sydney Bristow (Jennifer Garner), da série Alias. Science Officer: Adrian Monk (Tony Shalhoub), da série Monk. Chief of Security: Vic Mackey (Michael Chiklis), da série The Shield. Chief Engineer: John Locke (Terry O'Quinn), da série Lost. Chief Medical Officer: Charlie Crews (Damian Lewis), da série Life. Communications Officer: Susan Mayer (Teri Hatcher), da série Desperate Housewives. Ship's Counselor: Preston Burke (Isaiah Washington), da série Grey's Anatomy. Emperor of the United Klingon and Cardassian Nations: Tony Soprano (James Gandolfini), da série The Sopranos. Leader of the Maquis Rebels: Jack Bauer (Kiefer Sutherland), da série 24. Alguém se anima a escrever um roteiro? #

[ 19:48 ]

Não fiquei muito entusiasmado com o início da primeira temporada de Star Trek: Voyager. É bacana a idéia de juntar uma tripulação de rebeldes com uma tripulação da federação, todos numa nave perdida a 75.000 anos-luz da Terra, tentando voltar para casa, mas os personagens e os roteiros são bem mais fracos que nas séries anteriores, parecendo mesmo terem sido aproveitados do material descartado de The Next Generation ou de Deep Space Nine. A minha impressão é que, ao criar os protagonistas da Voyager, os roteiristas passaram pouco tempo trabalhando nos traços da personalidade de cada um e muito tempo se preocupando em representar o maior número possível de grupos étnicos: o Harry Kim (Garrett Wang) é chinês, a mestiça klingon B’Elanna Torres (Roxann Dawson) é latina, o vulcano Tuvok (Tim Russ) é negro, o Chakotay (Robert Beltran) é descendente de índios americanos, e nenhum deles é um personagem interessante. A capitã Kathryn Janeway (Kate Mulgrew) é para mim a figura mais irritante na nave, mas não vou culpar os criadores por isso, já que tenho uma antipatia natural pela atriz e pela personagem, tão sem explicação como a minha antipatia natural pela Renée Zellweger ou pelo Russell Crowe. Aquele penteado ridículo tampouco ajuda, e desde o primeiro episódio ela conquistou no meu coração o título de pior capitão das séries Star Trek. A alienígena Kes (Jennifer Lien), que parece a Gloria Menezes bem novinha interpretando o Link de The Legend of Zelda, tem potencial para se transformar num personagem interessante, mas o seu namorado Neelix (Ethan Phillips), supostamente o comic relief da série, não tem muita graça e pode se tornar cansativo com seu comportamento infantil. Com tudo isto, o melhor personagem de Star Trek: Voyager é facilmente o holograma médico chamado somente de The Doctor (e interpretado também pelo melhor ator do elenco, o Robert Picardo). A minha esperança é que os personagens evoluam rapidamente e que os roteiros comecem a se tornar mais interessantes. #

[ 10:27 ]

Se ficarem confirmados a nível nacional os resultados das eleições primárias de ontem em Iowa, teremos uma disputa presidencial entre o democrata Barack Obama e o republicano Mike Huckabee. Eu não daria meu voto para qualquer um deles, mas ao menos não é o pior cenário possível. Obama talvez não seja tão ruim como Edwards e Clinton. Huckabee talvez não seja tão ruim como Romney e McCain e Giuliani. Ainda assim, não vejo motivos para comemorações. #

quinta-feira, 03 de janeiro de 2008

[ 16:32 ]

Artigo da Wired sobre o espetáculo que assisti em junho de 2007: Meet the Mario Maestros Who Have Videogame Music Rocking Concert Halls. #

[ 10:33 ]

Eu não esperava muito quando assisti em dvd I Now Pronounce You Chuck & Larry (EUA, 2007), do Dennis Dugan, mas mesmo assim fiquei estupefato com a tosquice do filme, uma das maiores bobagens que vi nos últimos tempos. Uma comédia sobre a controvérsia dos casamentos gay parece uma boa idéia, mas o filme não é engraçado nem consegue comentar o tema inteligentemente. Pavoroso, lugar garantido an lista dos piores de 2007. #

[ 10:11 ]

Continua o frio. A temperatura lá fora agora está nos 25°F (-3°C), com sensação térmica de 15°F (-9°C). #

quarta-feira, 02 de janeiro de 2008

[ 15:42 ]

Qualquer trekkie sabe que Vulcan é o nome do planeta onde nasceu o Spock, distante dezesseis anos-luz da Terra. O que poucos sabem é que Vulcan também era o nome do planeta que o francês Urbain Le Verrier anunciou, erroneamente, ter descoberto entre Mercúrio e o Sol, em dois de janeiro de 1860. A Wired comemorou hoje o 148º aniversário da falsa descoberta: Gentlemen, I Give You the Planet Vulcan. #

[ 10:36 ]

Comecei a reler a série em quadrinhos Les Tours de Bois-Maury, escrita e desenhada pelo belga Hermann Huppen (o mesmo autor do western feminista Comanche e do drama pós-apocalíptico Jeremiah). É uma saga medieval em tons sombrios, com personagens atormentados vivendo numa época de violência e obscurantismo. Eu descobri os primeiros volumes, em versão espanhola (a mesma que estou relendo), quando morava na Europa no início dos anos noventa, e agora quero acompanhar a história completa, incluindo os álbuns que nunca li. #

[ 10:25 ]

Som do dia: Jazzgang Amadeus Mozart, do Claude Bolling, com clássicos como Eine Kleine Nachtmusik e Rondo Alla Turca tocados em ritmo dixieland. Os puristas que me perdoem mas é uma mistura deliciosa. Acho mesmo que se o Mozart estivesse vivo hoje passaria o dia usando computadores para criar peças complicadíssimas de música erudita e à noite se refugiaria em clubes de jazz para jam sessions movidas Jack Daniel's. #

[ 10:14 ]

O Comic Book Resources perguntou a vários quadrinistas qual a sua história preferida em 2007. O título mais citado foi The Spirit (a nova versão do Darwyn Cooke), seguido de perto por Sinestro Corps War (uma saga no universo dos Lanternas Verdes). Curiosamente, o Jeph Loeb foi o único entrevistado a escolher um dos seus prórpios trabalhos, Fallen Son: The Death of Captain America. #

[ 09:52 ]

Eu tinha planejado fazer coisas na rua hoje, mas a previsão de temperatura máxima nos 36°F (2°C) com muito vento e sensação térmica de 24°F (-4°C) me fez mudar de idéia. #

terça-feira, 01 de janeiro de 2008

[ 18:44 ]

Assisti em dvd Rescue Dawn (EUA, 2006), do Werner Herzog. Apesar de ser uma produção estadunidense, com elenco hollywoodiano (Christian "Batman" Bale, Steve "Sahara" Zahn, Jeremy "Solaris" Davies), o estilo despojado do diretor alemão parece estar intacto, incluindo câmaras na mão e planos longos. A história é interessante, quase uma fábula de determinação e sobrevivência. Porém, ao focar-se nas torturas e nas privações sofridas pelo protagonista, o filme menciona só muito discretamente o importantíssimo fato que antes de ser vítima ele era na verdade o agressor, e que não estaria naquela situação se não tivesse se oferecido para ir lá jogar bombas. #

[ 17:34 ]

Som do dia: La Grange, do ZZ Top, tocada várias vezes seguidas em alto volume. #

[ 17:27 ]

Dia frio e ensolarado, fui passear no National Zoological Park. Caminhei durante três horas vendo leões, tigres, elefantes, hipopótamos, ursos, gorilas, e muitos outros animais. Um começo de ano divertido. #

[ 10:26 ]

Projeto para 2008: assistir todas as séries do universo Star Trek que ainda não assisti. Já vi os 80 episódios de Star Trek: The Original Series, os 178 de Star Trek: The Next Generation e os 176 de Star Trek: Deep Space Nine, e agora chegou a vez de Star Trek: Voyager. Comentários em breve. #

[ 10:01 ]

Hoje o Por um Punhado de Pixels completa sete anos de existência, com um total de 7327 posts. Meus agradecimentos a todos que prestigiam este modesto weblog. #