quarta-feira, 31 de março de 2010

[ 22:14 ]

Balanço de março: assisti 22 filmes (incluindo os looooongos War and Peace e Lawrence of Arabia) e uns 42 episódios de séries de tv (incluindo a primeira temporada de Sherlock Holmes), li um livro (The World of Karl Pilkington), ouvi 19 palestras (da série Great Ideas of Philosophy), fui a uma exposição (Georgia O'Keeffe: Abstraction), terminei um jogo no Playstation (Dragon Age: Origins) e joguei um pouco de outro (Little Big Planet). #

[ 21:42 ]

Vinho da noite: Don Elias Garnacha 2008, da Catalunya. Trouxe saudades da época que morei lá. #

[ 21:35 ]

Assisti em blu-ray Moon (GB, 2009), do estreante Duncan Jones (que é filho do David Bowie). Sam Rockwell (de The Hitchhiker's Guide to the Galaxy) é o funcionário solitário de uma base lunar, tendo como companhia somente um robô com voz do Kevin Spacey (de K-PAX). Depois de um acidente, ele acaba descobrindo que a sua situação é bem diferente do que ele imaginava. História bacaninha e bem executada, com uma dose de mistério, uma dose de aventura, e uma dose de questionamento sobre identidade. Gostei. #

terça-feira, 30 de março de 2010

[ 11:22 ]

Terminei de assistir em dvd a série The Adventures of Sherlock Holmes, com os episódios The Greek Interpreter, The Norwood Builder, The Resident Patient, The Red-Headed League e The Final Problem. As histórias evidentemente não seguem a ordem original de publicação. Por exemplo, The Red-Headed League é o segundo conto do livro The Adventures of Sherlock Holmes, o primeiro da coleção, e The Final Problem é o último conto do livro The Memoirs of Sherlock Holmes, o segundo da coleção. Essa mudança na ordem da narrativa obrigou os roteiristas a algumas liberdades na adaptação. Como The Final Problem conta o embate final entre Holmes e Moriarty, e com esta nova ordem Moriarty ainda não tinha aparecido, o vilão foi encaixado como mentor do crime de The Red-Headed League, uma história na qual ele originalmente não aparecia. Imagino que a segunda temporada da série comece com The Empty House, que explica o retorno de Holmes depois dos acontecimentos de The Final Problem. #

segunda-feira, 29 de março de 2010

[ 20:13 ]

Vinho da noite: Château de Camarsac Cuvée Prince Noir 2006. Bordeaux Supérieur AOC, França. Supimpa. #

[ 19:52 ]

Assisti em blu-ray The Time Traveler's Wife (EUA, 2009), do Robert Schwentke, baseado no livro homônimo da Audrey Niffenegger. Eric Bana (de Star Trek) é um sujeito que viaja no tempo descontroladamente, a bonitinha Rachel McAdams (de Wedding Crashers) é a esposa do cronoviajante. Muito bom e muito triste. Pode ser visto literalmente (mistura de romance com sci-fi) ou metaforicamente (estudo sobre a dificuldade de conectar com outras pessoas porque estamos sempre partindo inesperadamente em nossas próprias viagens). Gostei muito. #

domingo, 28 de março de 2010

[ 16:07 ]

Sessão dupla em dvr com filmes baseados em clássicos da literatura com protagonistas que querem fazer parte da alta sociedade a qualquer custo. Primeiro, Madame Bovary (EUA, 1949), do Vincente Minnelli, baseado no livro do Gustave Flaubert. Emma Bovary (Jennifer Jones) é a caipira francesa romântica que se casa com um médico de aldeia (Van Heflin) para subir na vida mas, não contente com a pacata existência de classe média numa cidade pequena, passa a trair o marido na tentativa de se juntar à aristocracia ou de se mudar para a capital. Depois, Wuthering Heights (EUA, 1939), do William Wyler, baseado no livro da Emily Brontë. Cathy (Merle Oberon) é a caipira inglesa que se apaixona pelo cigano Heathcliff (Laurence Olivier) mas resolve se casar com o vizinho aristocrata (David Niven) por causa das oportunidades sociais que isso lhe proporciona. Os dois filmes têm personagens que analizam suas vidas e seus objetivos de maneira constrangedoramente superficial, que se sentem superiores às suas situações e merecedores de situações melhores, que rejeitam e desprezam seus companheiros por serem espelhos indesejados da sua realidade, e que finalmente, quando as coisas não correm bem, personagens que optam pelo papel de vítima trágica das circunstâncias e que mergulham na autodestruição como uma última chance de obter atenção. Faz muito tempo que li os livros, mas me parece que, em ambos casos, as histórias foram encurtadas e suavizadas para as telas. Mesmo assim, são filmes cássicos. Madame Bovary foi indicado para o Oscar de direção de arte, Wuthering Heights levou o Oscar de melhor cinematografia em preto e branco e foi também indicado para os prêmios de melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro, melhor trilha sonora, melhor direção de arte, melhor ator e melhor atriz coadjuvante. #

sábado, 27 de março de 2010

[ 15:19 ]

Jogo da vez: Little Big Planet. Passei um par de horas me deliciando com a animação bacaninha do jogo, mas depois que passou a novidade não me animei a continuar jogando. Não que Little Big Planet seja ruim, pelo contrário, mas não tenho muita paiência para este gênero, basicamente uma versão mais sofisticada dos velhos jogos de plataforma, com um personagem pulando para cá e para lá, vencendo obstáculos e colecionando coisinhas pelo caminho. Recomendado para quem gosta de jogos das séries Super Mario ou Sonic the Hedgehog. #

sexta-feira, 26 de março de 2010

[ 14:34 ]

Assisti em dvr Scenes of a Sexual Nature (GB, 2006), do Ed Blum. Completamentre filmado no famoso parque londrino Hampstead Heath, o filme é uma coleção de diálogos entre casais de variados tipos (casados, divorciados, gays, numa blind date, etc). Não há história, só um apanhado de atitudes e comentários sobre relacionamentos. Simpático, mas sem grande impacto. #

[ 14:27 ]

O Ricky Gervais, numa entrevista recente com o Jon Stewart, mencionou o Karl Pilkington, que trabalhou com ele no programa de rádio The Ricky Gervais Show. Eu fiquei com a impressão que se tratava de um sujeito inteligente com idéias excêntricas, e comprei o seu primeiro livro, The World of Karl Pilkington, que terminei de ler ontem. Grande decepção. O Karl Pilkington é basicamente um inglês simplório e sem estudo, com idéias que variam entre o estúpido e o absurdo. Em alguns momentos o livro é engraçado, principalmente pelos comentários sarcásticos do Ricky Gervais e do Steve Merchant, mas a maior parte dos diálogos é pura bobagem inconseqüente. Perda de tempo. #

quinta-feira, 25 de março de 2010

[ 14:07 ]

Uma visão tradicional, elitista, pouco popular, e extremamente defensável do atual estado da crítica cinematográfica: Do Movie Critics Matter? "All opinions are not equal; the opinion most worth disseminating is the informed opinion, based on experience and learning." #

[ 13:57 ]

Assisti em dvd Ne Le Dis à Personne (França, 2006), do Guillaume Canet. Ótima trama de mistério, com um crime do passado atormentando o marido da vítima no presente e revelando uma história bem diferente do que a maior parte dos envolvidos imaginava. François Cluzet está muito bem como protagonista, e num papel pequeno aparece a encantadora Kristin Scott Thomas, que é tão convincente como francesa quanto como inglesa (ela nasceu na Inglaterra mas passou grande parte da sua vida na França). A história é baseada no livro Tell No One, do Harlan Coben. #

quarta-feira, 24 de março de 2010

[ 13:22 ]

Bom desabafo sobre a pobreza criativa dos vampiros contemporâneos: I Demand Better Vampires. #

[ 13:15 ]

Sessão dupla em dvr com comédias sem graça e com finais totalmente absurdos. Soul Men (EUA, 2008), do Malcolm D. Lee, tem o Samuel L. Jackson (de Pulp Fiction) e o Bernie Mac (de Ocean's Eleven) como cantores aposentados ajustando suas desavenças e se preparando para um último show. Só se salvam as passagens musicais, todo o resto é bem bobinho e inverossímil. O Bernie Mac morreu antes do lançamento do filme, e no dia seguinte morreu o Isaac Hayes, que também estava no elenco. My Best Friend's Girl (EUA, 2008), do Howard Deutch, tem a Kate Hudson (de Almost Famous), o Dane Cook (de Mr. Brooks) e o Jason Biggs (de American Pie) num triângulo amoroso implausível e desinteressante. O filme gera várias perguntas, como "o que passa na cabeça da Kate Hudson, uma atriz indicada para um Oscar, para aceitar participar num desastre destes?" ou "como alguém pode achar uma boa idéia colocar o Dane Cook no papel de galã irresistível?". #

terça-feira, 23 de março de 2010

[ 14:28 ]

Continuo vendo também The Adventures of Sherlock Holmes, com os episódios The Crooked Man, The Speckled Band, The Blue Carbuncle, The Copper Beeches (neste último, aparece a Natasha Richardson em início de carreira). #

[ 14:25 ]

Ontem o canal Showtime terminou de reprisar a primeira temporada de United States of Tara e exibiu o primeiro episódio da nova temporada. Não é a melhor série de todos os tempos mas é interessante e assistível. #

segunda-feira, 22 de março de 2010

[ 10:25 ]

Assisti em dvr Lawrence of Arabia (GB, 1962), do David Lean, que eu não via há muitos e muitos anos. Boa história (baseada na vida do T.E. Lawrence), boa cinematografia (do Freddie Young), boa música (do Maurice Jarre), bons atores (Peter O'Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn, Omar Sharif, Claude Rains), um filmaço merecedor dos sete Oscars recebidos (filme, diretor, cinematografia, música, edição, som, direcção de arte). Como retrato de de um sujeito com personalidade complexa é um filme fascinante, mas imagino que como representação histórica esteja bem longe da realidade. Além de alguns fatos e datas que não se encaixam bem com os relatos dos livros de história, há também toda a questionável idéia colonialista do homem branco e civilizado que vai liderar os nativos selvagens e incapazes de qualquer proeza sem ajuda externa. Mas como o filme é baseado nos escritos do próprio Lawrence, é natural que seja a sua visão da realidade a ser apresentada. Curiosidade: Lawrence of Arabia foi lançado no ano em que eu nasci, e tem agora 47 anos, a mesma idade que tinha o T.E. Lawrence quando morreu. #

domingo, 21 de março de 2010

[ 15:35 ]

Assisti em dvd Los Cronocrímenes (Espanha, 2007), do Nacho Vigalondo. Uma trama bacaninha sobre paradoxos (ou ausência de paradoxos) possivelmente criados por viagens no tempo, mas tudo feito de forma simples, com poucos atores e sem a parafernália habitual de filmes de ficção-científica. Em alguns momentos a história pode parecer um pouco forçada, mas aos poucos as peças do puzzle se encaixam e tudo se explica com a motivação do protagonista variando de "não estou entendendo o que está acontecendo" para "preciso seguir esta série de ações" para "tenho que dar um jeito de mudar o passado" para "ah, agora entendi o que está acontecendo e só preciso seguir esta série de ações". Gostei. #

[ 15:25 ]

Depois de um inverno com nevascas históricas em Washington DC, tivemos uma semana de primavera antecipada, com dias ensolarados e temperaturas chegando nos 70°F (21°C). Aproveitando o dia agradável, ontem ao final da tarde fui encontrar a Carol e o Michael para uns petiscos gregos numa das mesinhas na calçada da Yanni's Greek Taverna. #

sexta-feira, 19 de março de 2010

[ 11:47 ]

Ontem começou a segunda temporada de FlashForward. A trama continua pouco convincente, não por causa da premissa de ficção-científica mas por causa dos comportamentos inverossímeis de vários personagens e das absurdas e óbvias coincidências. Descobrimos que o flashforward do Simon afinal era falso e que o flashforward do Mark afinal tinha mais coisas convenientemente ainda não reveladas. Parece que estão tentando reescrever partes da história para tornar a série um pouco mais interessante, mas o resultado ainda deixa muito a desejar. O pior de tudo é o protagonista da série, Joseph Fiennes é um ator muito fraquinho para carregar o manto de herói atormentado que vai salvar o mundo. #

quinta-feira, 18 de março de 2010

[ 20:20 ]

Vinho da noite: Château Fouzilhon 2008, Coteaux du Languedoc AOC, França. Muito bom. #

[ 17:39 ]

Assisti em dvr The Caller (EUA, 2008), do Richard Ledes. Parecia uma história interessante, com bons atores (Frank Langella e Elliott Gould), mas a estrutura mambembe (principalmente o MacGuffin completamente implausível e sem relação com o resto da trama) e o final óbvio e sentimentalóide (e que nada acrescenta ao que já foi dito antes) transformam a coisa toda num filme arrastado e desnecessário. Salva-se só o piano melancólico da trilha sonora do Robert Miller. #

quarta-feira, 17 de março de 2010

[ 10:27 ]

Já me conformei com a idéia que Lost, com apenas mais oito episódios, não vai oferecer respostas para muitas das perguntas que ficaram penduradas (em 2007, por exemplo, eu fiz cinqüenta perguntas e grande parte delas ainda não foi respondida), ou vai oferecer respostas sem grande impacto (como a explicação para os números). Só espero que neste finalzinho de série não estraguem completamente o encantamento criado durante anos (principalmente nas duas primeiras temporadas) e não terminem a história com bobagens do tipo "era tudo um sonho" (ou variações deste tema) ou "fulaninho era um anjo" (ou variações deste tema). #

terça-feira, 16 de março de 2010

[ 15:57 ]

Assisti em blu-ray Gamer (EUA, 2009), da dupla Mark Neveldine e Brian Taylor (os mesmos que dirigiram Crank e produziram Pathology). Achei bem melhor do que eu esperava, e apesar de alguns detalhes um pouco bobinhos (por exemplo, a caricata apresentadora de televisão interpretada pela Kyra Sedgwick, ou o comportamento de todos os comparsas do vilão no final da história), o filme é bem interesante, misturando os universos de mundos virtuais como Second Life e de first-person shooters como Doom. Gerard Butler (de 300) é o herói poderoso que luta, atira e estraçalha, Michael C. Hall (de Dexter) é o vilão poderoso que controla todas as tecnologias e todos os dinheiros. Assistível. #

segunda-feira, 15 de março de 2010

[ 15:09 ]

Ontem comecei a assistir a terceira temporada de The Tudors. A primeira esposa, Katherine of Aragon, já se foi. A segunda esposa, Anne Boleyn, já se foi. Agora o Henry VIII está na terceira esposa, Jane Seymour. Entra em cena o Francis Bryan, cavaleiro caolho amigo do rei, que já deveria ter aparecido antes porque era primo da Anne Boleyn mas que continua zanzando pela corte porque também era primo da Jane Seymour. Um sujeito de quem eu nunca tinha ouvido falar era o cardeal Waldburg, mas imagino que seja um personagem de alguma forma importante porque é interpretado pelo Max von Sydow. Os dois primeiros episódios trataram principalmente da revolta dos camponeses de Lincolnshire e de Yorkshire contra reformas religiosas e fechamento de monastérios, entre outras coisas. Claro que as coisas não vão terminar bem para os revoltosos. #

domingo, 14 de março de 2010

[ 19:49 ]

Vinho da noite: The Wisdom Cabernet Sauvignon 2006. Californiano, do Alexander Valley. Um bom vinho, mas prefiro meus cabernets mais encorpados e mais ricos em tanino. #

[ 19:46 ]

Assisti em dvd Cold Souls (EUA-França, 2009), escrito e dirigido pela estreante Sophie Barthes. Uma comédia que é basicamente um drama com uma premissa absurda levada a conseqüências extremas, parece uma mistura de Paul Auster e Charlie Kaufman, com elementos de Kafka e participação especial da máfia russa. No meio de tudo isso, questões existenciais interessantes. Paul Giamatti é o ator perfeito para uma história dessas. Gostei e recomendo. #

[ 10:48 ]

Hoje é 14 de março (3/14), dia do Pi. #

sábado, 13 de março de 2010

[ 13:15 ]

Eu nunca li o famoso Guerra e Paz, do Leo Tolstoy, e nunca tinha visto a famosa versão cinematográfica dos anos cinqüenta, então aproveitei a oportunidade quando o canal TCM exibiu War and Peace (EUA, 1956), do King Vidor. Não faltam nomes conhecidos no elenco: Henry Fonda, Audrey Hepburn, Mel Ferrer, Vittorio Gassman, Anita Ekberg, Herbert Lom, e um Jeremy Brett bem jovenzinho, quase um quarto de século antes de interpretar Sherlock Holmes para a Granada Television. Imagino que, com 208 minutos de duração, a história tenha sido extremamente condensada, já que a versão russa de 1967 passava de sete horas e a versão inglesa de 1972 chegava às quinze horas. O que restou foi um retrato da aristocracia russa durante a invasão napoleônica, e eu geralmente acho difícil simpatizar com os problemas dos privilegiados. Não fiquei particularmente sensibilizado com a mocinha mimada em busca do seu príncipe encantado (no final ela deixa para trás seus móveis e seus quadros para poder salvar um punhado de soldados, como se fosse um nobre sacrifício), ou com o herdeiro latifundiário tentando entender a nova realidade política do país (sua idéia de "vou ali ver como é a guerra e já volto" me fez rir), e muito menos com o príncipe que vai para a guerra para não ter que aturar a esposa (e quando arranja uma segunda possível esposa resolve ir para a guerra novamente e deixar a moça esperando por um ano). Talvez o livro seja muito menos inocente que o filme (sim, eu acho que a literatura russa do século XIX era bem mais avançada, em vários aspectos, que o cinema hollywoodiano dos anos cinqüenta), mas não sei se me animo a ler 1.400 páginas para descobrir a diferença. #

sexta-feira, 12 de março de 2010

[ 12:31 ]

Assisti em blu-ray The Hurt Locker (EUA, 2008), da Kathryn Bigelow. Achei a história interessante, mas fiquei surpreso por ter sido considerado o melhor filme do ano pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences. Oscars de melhor direção e melhor edição, sim, escolhas merecidas. Mas melhor filme do ano me parece um exagero. Mesmo a estatueta de melhor roteiro certamente poderia ter ido parar em melhores mãos, já que The Hurt Locker não tem exatamante uma estrutura primorosa. Os personagens são bem apresentados, formando um triângulo (veterano racional, veterano passional, novato oscilando entre a influência de cada veterano), mas a trama é basicamente formada por pequenos episódios desconectados (é possível remover ou substituir alguns desses episódios sem alterar fundamentalmente o filme). Repito, achei a história interessante, só não concordo que The Hurt Locker seja uma boa escolha para melhor filme do ano. E isso sem entrar na discussão da ideologia embutida na trama, dos soldados estadunidenses do bem combatendo os iraquianos do mal, do herói imprudente romantizado como paradigma do guerreiro valoroso. #

quinta-feira, 11 de março de 2010

[ 22:04 ]

Depois de muitas horas de diversão, estou aposentando o Dragon Age: Origins. Joguei as seis possíveis origens (Human Noble, City Elf, Dalish Elf, Magi, Dwarf Commoner, Dwarf Noble) e completei o jogo duas vezes (como Rogue Human Noble e como Rogue Dwarf Noble). A história é boa, e é bacana ver alguns episódios de pontos de vista diferentes. Os diálogos entre os vários personagens que podem se juntar ao grupo também acrescentam outra camada por cima da aventura (a minha passagem preferida é quando o guerreiro mais sisudo e truculento do bando revela ter roubado uns biscoitos de um garotinho gordo "que já tinha comido biscoitos demais"). O final do jogo oferece a oportunidade de conversar uma última vez com todos os personagens, o que dá ao jogador uma sensação de ter realizado alguma coisa de verdadeiro impacto naquele mundo fictício. Acho que o preço a pagar por uma história tão bem finalizada e com tantos detalhes é a perda de liberdade para o jogador, e em muitos momentos me senti forçado a tomar certos caminhos (uma opção de diálogo que não aparece, uma porta que é impossível de abrir, etc). Por causa disso, Dragon Age: Origins me pareceu mais perto daqueles livros-aventura do Steve Jackson ("se quer lutar com zombie vá para a página 142, se quer fugir pela janela vá para a página 38") que dos velhos RPGs jogados ao redor de uma mesa, onde as possibilidades eram quase infinitas (um jogo recente que emula razoavelmente bem aquela sensação, apesar das limitações do computador, é The Elder Scrolls IV: Oblivion). #

quarta-feira, 10 de março de 2010

[ 18:27 ]

Hoje, após um bom almoço no Bertucci's, fui até a Phillips Collection ver a exposição Georgia O'Keeffe: Abstraction (a mesma exposição que esteve recentemente no Whitney Museum em New York e que depois vai para o Georgia O’Keeffe Museum em Santa Fe). Alguns quadros que eu já conhecia, e muitos que eu não conhecia, todos com a idéia interessante de reduzir objetos às suas formas e cores básicas de maneira tão extrema que o resultado se torna abstrato (ou, em alguns casos, quase abstrato). Como complemento, também presentes fotos do seu parceiro Alfred Stieglitz, incluindo algumas comparações curiosas. Depois, aproveitando que a tarde estava ensolarada e não muito fria, voltei para casa caminhando e ouvindo uma palestra do Daniel N. Robinson sobre Aristóteles. #

terça-feira, 09 de março de 2010

[ 11:15 ]

Ouvindo música no YouTube, parte dois: You're Gonna Miss Me, com Lulu and the Lampshades. #

[ 11:13 ]

Ouvindo música no YouTube, parte um: Beat It, com Pomplamoose. #

segunda-feira, 08 de março de 2010

[ 19:40 ]

Assisti em dvr Evidence of Blood (EUA, 1998), do Andrew Mondshein, baseado no livro homônimo do Thomas H. Cook. David Strathairn (de Good Night, and Good Luck) é o escritor que volta à sua cidadezinha natal para desvendar um mistério, Mary McDonnell (de Dances with Wolves) é a dona do bar local com um mistério a ser desvendado. Um drama policial bacaninha, mas com um problema comum em histórias do gênero. Para que o mistério seja revelado somente no momento mais oportuno para a narrativa, é criado um mecanismo artificial para manter o espectador no escuro. Neste caso, temos dois destes mecanismos. Primeiro, logo no início do filme o protagonista recebe um envelope com uma pista importante (literalmente rotulada como a pista crucial a ser seguida) mas só bem perto do final ele percebe o significado da pista (que deveria ter sido imediatamente óbvio para o personagem). Segundo, o investigador tem memórias de infância que desvendariam o caso facilmente, mas que graças a um conveniente trauma só são desbloqueadas bem pertinho do final do filme. #

sábado, 06 de março de 2010

[ 19:09 ]

Para acompanhar a série The Tudors, assisti dois filmes sobre a época. Em dvr, vi The Private Life of Henry VIII (GB, 1933), do Alexander Korda. Uma visão ingênua da história, onde tudo é decorrência das vontades das figuras famosas, e fatores econômicos, políticos e sociais parecem não existir. Pior que isso, as interpretações são um bocado teatrais e o Charles Laughton dá um espetáculo de overacting no papel principal. Difícil entender como recebeu um Oscar por aquilo. Também no elenco, a Elsa Lanchester, que alguns anos depois voltaria a contracenar com o Laughton, em Rembrandt, mas que será sempre lembrada como Bride of Frankenstein. Em blu-ray, vi The Other Boleyn Girl (EUA-GB, 2008), do Justin Chadwick. Uma visão grandemente romantizada das irmãs Boleyn, principalmente da Mary, que aqui aparece como uma moçoila pura e ingênua mas que na verdade já era uma mulher escolada com vários romances no currículo quando se tornou amante do Henry VIII. Uma coisa que incomoda na narrativa é que, lá pelo meio do filme, depois de uma longa preparação, tudo começa a acontecer tão rapidamente que eu achei que o meu aparelho estava com defeito e pulando cenas. O elenco ao menos é bom, com a bonitinha Natalie Portman como Anne Boleyn, a bonitinha Scarlett Johansson como Mary Boleyn, o Eric Bana como Henry Tudor (ele não me convence muito em nenhum dos seus papéis, talvez ainda seja trauma por causa do Hulk), a Ana Torrent como Katherine of Aragon (boa idéia escolher uma espanhola para interpretar este papel, ao contrário da Catarina da série The Tudors que fala um castelhano atrapalhado), e a Kristin Scott Thomas como mãe das mocinhas Boleyn (talvez o melhor papel do filme). #

sexta-feira, 05 de março de 2010

[ 20:41 ]

Vinho da noite: The Optimist Shiraz Cabernet 2008. Não gostei. Não sei se foi a safra, a marca, ou a mistura de uvas shiraz (80%) com cabernet (20%), mas achei ácido demais e alcoólico demais, não passei da primeira taça. #

[ 16:34 ]

Assisti em dvr Little Big Man (EUA, 1970), do Arthur Penn, um filme que eu não via há décadas. Dustin Hoffman é o narrador (possivelmente não muito confiável) da história de Jack Crabb (ele mesmo), um homem branco que viveu entre índios Cheyenne, voltou à sociedade dos homens brancos, voltou aos índios, e repetiu várias vezes esse vai-e-volta até se tornar o único sobrevivente branco no massacre de Little Bighorn. A história, episódica, oferece um comentário divertido sobre os diversos estereótipos do velho oeste (índios, soldados, religiosos, vigaristas, pistoleiros, etc) mas o ponto central do filme é a crítica do genocídio promovido pelos colonizadores brancos, principalmente através do exército, contra a população nativa do país. Curiosamente, o filme que levou o Oscar naquele ano foi Patton, biografia de um general. Little Big Man nem foi indicado. #

quinta-feira, 04 de março de 2010

[ 15:38 ]

Voltando ao meu ciclo sherlockiano, comecei a assistir em dvd a série da Granada Television The Adventures of Sherlock Holmes, com o Jeremy Brett interpretando o detetive e o David Burke como doutor Watson. Os episódios adaptam os contos do Conan Doyle mas não seguem ordem cronológica. Assim, a primeira temporada, de 1984, começa com A Scandal in Bohemia, The Dancing Men, The Naval Treaty e The Solitary Cyclist. Brett faz um excelente Holmes, com várias das características apresentadas nos livros, das variações de humor à falta de consideração com os sentimentos alheios. E o Watson aqui parece finalmente ter recebido algum respeito dos roteiristas, que o colocam como parceiro coadjuvante nas aventuras do detetive (como nas histórias originais) e não como um bobalhão usado para efeito cômico (como em tantas adaptações para cinema e televisão). #

quarta-feira, 03 de março de 2010

[ 11:06 ]

Sessão dupla em dvr com filmes indie. The Night of the White Pants (EUA, 2006), escrito e dirigido pela Amy Talkington, é mais uma história razoavelmente interessante que acaba não indo a lugar algum. Um roqueiro/traficante/programador (Nick Stahl, o John Connor de Terminator 3) colide com a família disfuncional da sua namorada (Selma Blair, de Cruel Intentions), particularmente com o seu pai (Tom Wilkinson, de Michael Clayton), o distinto empreendedor falido que usa as calças brancas do título. Fraco. The Education of Charlie Banks (EUA, 2007), dirigido pelo Fred Durst (mais conhecido como líder da banda Limp Bizkit), conta a história de um adolescente (Jesse Eisenberg, de The Hunting Party) dos anos oitenta e um sujeito (Jason Ritter, da série Joan of Arcadia) que oscila entre nêmesis e amigo do protagonista. O filme é um pouco lento mas a dinâmica entre os dois é interessante. Também no elenco, Chris Marquette (de Fanboys) e Sebastian Stan (da série Kings). Razoável. #

terça-feira, 02 de março de 2010

[ 20:20 ]

Vinho da noite: Torciano Crete Rosse Chianti 2007. Bom para acompanhar um fettuccine ou uma lasanha. #

[ 11:05 ]

Assisti em dvr Pathology (EUA, 2008), do Marc Schölermann. Uma agradável surpresa, o roteiro vai além do costumeiro thrillerzinho do tipo "quem será o próximo a morrer?" e explora temas como moralidade versus amoralidade, riscos versus conseqüências, e médicos com complexo de divindade. O elenco está cheio de rostos conhecidos mas de baixo custo: Milo Ventimiglia (da série Heroes), Michael Weston (da série House), Alyssa Milano (da série Charmed), Lauren Lee Smith (da série CSI), John de Lancie (da série Star Trek: TNG), e num papel pequeno Larry Drake (da velha série L.A. Law). Bacaninha. #

segunda-feira, 01 de março de 2010

[ 13:48 ]

Frederik Pohl, blogueiro: The Way the Future Blogs. #

[ 13:46 ]

Você certamente conhece alguns destes tipinhos: How to Suck at Facebook. #

[ 13:44 ]

Richard Dawkins, agora em desenho animado: What if you're wrong? #