quarta-feira, 31 de agosto de 2005

[ 20:48 ]

As minhas listas de filmes, livros e discos recomendados estão entre as páginas mais populares deste site, e vez por outra chegam emails pedindo uma lista similar com recomendações de histórias em quadrinhos. Finalmente consegui fazer uma seleção razoavelmente organizada com quarenta e cinco títulos, na maior parte dos casos séries completas e não álbuns individuais.

De 1900 a 1950:

  • Flash Gordon (Alex Raymond)
  • Krazy Kat (George Herriman)
  • Little Nemo in Slumberland (Winsor McCay)
  • Terry and the Pirates (Milton Caniff)
  • The Spirit (Will Eisner)

    Séries da Europa:
  • Astérix (René Goscinny & Albert Uderzo)
  • Blake et Mortimer (E.P. Jacobs)
  • Corto Maltese (Hugo Pratt)
  • Mortadelo y Filemón (Francisco Ibañez)
  • Tintin (Hergé)

    Séries dos EUA:
  • Bone (Jeff Smith)
  • Groo the Wanderer (Sergio Aragonés & Mark Evanier)
  • Mad #1-23 (Harvey Kurtzman)
  • Mr. Natural (Robert Crumb)
  • Usagi Yojimbo (Stan Sakai)

    Tiras:
  • Calvin and Hobbes (Bill Watterson)
  • Dilbert (Scott Adams)
  • FoxTrot (Bill Amend)
  • Mafalda (Quino)
  • Pearls Before Swine (Stephan Pastis)

    Super-Heróis:
  • Batman: The Dark Knight Returns (Frank Miller)
  • Batman: Year One (Frank Miller)
  • Daredevil #165-191 (Frank Miller)
  • The Amazing Spider-Man #1-38 (Stan Lee & Steve Ditko)
  • Wolverine: Weapon X (Barry Windsor-Smith)

    Alan Moore:
  • Batman: The Killing Joke (Alan Moore & Brian Bolland)
  • From Hell (Alan Moore & Eddie Campbell)
  • The League of Extraordinary Gentlemen (Alan Moore & Kevin O'Neill)
  • V for Vendetta (Alan Moore & David Lloyd)
  • Watchmen (Alan Moore & Dave Gibbons)

    Outros:
  • Akira (Katushiro Otomo)
  • Hellboy (Mike Mignola)
  • L'Incal (Alejandro Jodorowsky & Moebius)
  • Preacher (Garth Ennis & Steve Dillon)
  • Transmetropolitan (Warren Ellis & Darick Robertson)

    Brasileiros:
  • Chiclete com Banana (Angeli)
  • Fradim (Henfil)
  • Fráuzio (Marcatti)
  • Hotel Nicanor (Flavio Colin)
  • Musashi (Júlio Shimamoto)
  • Níquel Náusea (Fernando Gonsales)
  • Paralelas (Watson Portela)
  • Piratas do Tietê (Laerte)
  • Viagem ao Centro da Terra (Luiz Gê)
  • Zodiako (Jayme Cortez) #

    [ 15:54 ]

    Arte na rua: Streetsy. #

    terça-feira, 30 de agosto de 2005

    [ 19:11 ]

    E cheguei ao último episódio de The Time Tunnel, o trigésimo da série, A Cidade do Terror. Além de continuar na linha monstro-da-semana (agora são alienígenas azuis empenhados em roubar todo o oxigênio do planeta Terra) que dominou a parte final do seriado, traz várias frases engraçadas (exemplo: "Olhe para ele, é um morto-vivo ambulante!") e alguns diálogos de puro nonsense (exemplo: Tony faz uma pergunta e Doug responde com "Não sei. Mas não precisamos de perguntas agora e sim de respostas."). A ação desta vez se passa em 1978 na cidadezinha (fictícia, imagino) de Cliffport, no Maine (Stephen King, are you there?). No final da história, como é habitual, os dois cientistas são transportados mais uma vez pelo caleidoscópico túnel que os levará a outra época, mas como se tratava do último episódio (a série foi cancelada subitamente), eles caem no Titanic, ou seja, de volta ao primeiro capítulo e sugerindo um loop interminável. Ao que tudo indica, os doutores Tony Newman (James Darren) e Doug Phillips (Robert Colbert) ainda estão perdidos nos "infinitos e misteriosos caminhos do tempo". Como eu simpatizei mais com os coadjuvantes que com os protagonistas, prefiro acreditar que não foi incompetência da equipe do túnel do tempo e que a doutora Ann MacGregor (Lee Meriwether, que já tinha sido a Mulher-Gato na série Batman) e o doutor Raymond Swain (John Zaremba, de filmes de sci-fi como Earth vs. the Flying Saucers e 20 Million Miles to Earth, ambos com efeitos especiais do Ray Harryhausen) não resgataram propositadamente os dois cientistas metidos a heróis e secretamente se divertiam em vê-los saltando de uma situação perigosa para outra. #

    [ 17:50 ]

    O New York Times publicou alguns textos interessantes contra o criacionismo, entre eles Show Me the Science do Daniel C. Dennett ("The proponents of intelligent design use a ploy that works something like this. First you misuse or misdescribe some scientist's work. Then you get an angry rebuttal. Then, instead of dealing forthrightly with the charges leveled, you cite the rebuttal as evidence that there is a 'controversy' to teach.") e Design for Confusion do Paul Krugman ("The important thing to remember is that like supply-side economics or global-warming skepticism, intelligent design doesn't have to attract significant support from actual researchers to be effective. All it has to do is create confusion, to make it seem as if there really is a controversy about the validity of evolutionary theory. That, together with the political muscle of the religious right, may be enough to start a process that ends with banishing Darwin from the classroom."). #

    [ 16:02 ]

    Só eu acho estranho que a Folha de S. Paulo faça uma matéria sobre a segunda edição do concurso internacional The BOBs sem mencionar que weblogs brasileiros foram premiados na primeira edição? #

    [ 15:16 ]

    Agora há pouco escrevi um post sobre Marcel Duchamp no Pulsão Negativa e fiquei lembrando de umas coisas. Primeiro lembrei de ter ouvido falar de uma histórica partida de xadrez entre o Marcel Duchamp e o John Cage. Fui pesquisar um pouco e encontrei várias referências ao evento, que aconteceu Toronto em 1968. Em Becoming Duchamp, descobri que foi Duchamp quem ensinou Cage a jogar. Num site sobre as obras do Cage, encontrei uma explicação sobre o tal concerto, Reunion. Mas o melhor material que encontrei sobre o evento foi Somewhere between Dream and Reality, que inclui várias fotos e até registro de áudio do concerto. A segunda coisa que lembrei foi que o Luiz Paulo Baravelli, no início de 2000, escreveu um artigo sobre Duchamp e Picasso para a velha Esfera. Fui procurar no fundo do baú e encontrei o texto, que devo republicar em breve no Burburinho. #

    segunda-feira, 29 de agosto de 2005

    [ 15:27 ]

    O filme seguinte, em vhs, foi Bicentennial Man (EUA, 1999), do Chris Columbus. O início é bem fiel ao conto, mas ao colocar um romance como ponto central da trama o roteiro de certa forma trivializa o espírito original da história do Asimov, muito mais amplo que uma história de amor (ressalva: nunca li The Positronic Man, o livro que o Robert Silverberg fez em 1993 a partir do conto do Asimov, portanto não sei quais modificações foram feitas ao original na adaptação literária e quais na adaptação cinematográfica). Mesmo transformado numa espécie de Pinocchio in Love, porém, Bicentennial Man é ainda uma história razoável, infelizmente não tão poderosa quanto o conto. Um detalhe incômodo: o nome da empresa fictícia U.S. Robotics foi mudado no filme para NorthAm Robotics a pedido da empresa real de mesmo nome, que não deveria ter o direito de fazer isso porque ela mesma inspirou seu nome no Asimov. #

    [ 14:55 ]

    Sou defensor dos direitos de autor, mas os ataques da indústria do entretenimento contra seu próprio público estão passando dos limites aceitáveis. Assisti I, Robot no meu iBook G4. Numa cena cuja composição me agradou (um robô em primeiro plano com o laboratório ao fundo), resolvi capturar a imagem para fazer um wallpaper. Para minha surpresa, o computador me informou que a captura de imagens estava suspensa enquanto eu tivesse um dvd rodando. Qual a justificativa para me vedarem acesso ao fair use? Por que proteção aos direitos de autor se transformou em ataques abusivos dos intermediários? #

    [ 14:40 ]

    Depois de ler tantos contos com robôs do Asimov, resolvi assistir novamente dois filmes baseados nesse universo. Primeiro, em dvd, vi I, Robot (EUA, 2004), do Alex Proyas. Gostei tanto quanto da primeira vez. O filme inclui idéias do livro I, Robot (desde coisas básicas como as três leis da robótica até detalhes como o robô que se esconde entre outros robôs iguais, cena tirada do conto Little Lost Robot) mas também idéias de livros posteriores do Asimov, como o sonho do robô Sonny (de Robot Dreams) ou a linha de raciocínio do computador Viki (que segue a lei número zero, só apresentada de forma explícita em Robots and Empire). O roteiro também usa personagens do Asimov (Lawrence Robertson, Alfred Lanning, os robôs NS-5), porém tratando-os de forma diferente do texto original (Susan Calvin é quem parece ter mudado mais, sendo apresentada como um personagem menos frio e mais emotivo que na maior parte das histórias do Asimov). É curioso notar também que o filme explora o tema "robô-como-ameaça", exatamente o que Asimov declarou ter tentado evitar com esta série de contos. Mais sobre as leis da robótica no Burburinho: Leis Epigramáticas - Parte 2. Mais sobre o livro no Burburinho: Eu, Robô. #

    [ 13:38 ]

    O furacão Katrina aproxima-se de New Orleans e a cidade é evacuada. O Alex Castro deixa para trás seu cão Oliver e carrega consigo os livros Ulisses e The History of the Decline and Fall of the Roman Empire. A Poppy Z. Brite deixa para trás mais de vinte animais (mas consegue ainda levar um cão e um gato) e carrega consigo os livros A Confederacy of Dunces e When the Saints Go Marching In. Fico imaginando se, passado o perigo, ambos voltarão para casa, se conhecerão e viverão um romance tórrido cercado de livros e animais de estimação. #

    [ 13:16 ]

    Tenho lido (ou relido) várias revistas em quadrinhos, entre elas: Samurai: Heaven & Earth, do Ron Marz e do Luke Ross (desenhos bacanas, mas como eu só tinha os três primeiros capítulos fica difícil avaliar a história); The League Of Extraordinary Gentlement 1 e 2, do Alan Moore e do Kevin O'Neill (espetacular, um dos meus trabalhos preferidos do Moore); Promethea, do Alan Moore e do J. H. Williams III (interessante sem ser entusiasmante, mas fiquei sem saber o fim da história, já que pensava que minhas trinta revistas cobriam a série toda quando na verdade existem mais dois volumes). #

    [ 13:09 ]

    Os últimos capítulos de The Time Tunnel demonstram total falta de senso de ridículo. No episódio 28, Tony e Doug vão novamente para o futuro, mais especificamente o ano 8433, no sistema planetário da estrela Canopus, e encontram pela terceira vez seres prateados (quase sempre que queriam mostrar homens do futuro ou do espaço os produtores recorriam à mesma idéia dos rostos prateados). No episódio 29, vão para o Sudão em 1883, onde além de ingleses colonialistas combatendo uma revolta nativa enfrentam também alienígenas cabeçudos (mas desta vez esverdeados e não prateados) tentando conquistar a Terra. Definitivamente, abandonaram a fórmula inicial de mandar os viajantes do tempo para momentos importantes da história e entraram num esquema de "um monstro novo todas as semanas". #

    domingo, 28 de agosto de 2005

    [ 14:07 ]

    Esta semana no Burburinho, um texto da Nicole Cabral sobre o artista Fernando Botero e um texto meu sobre o livro I, Robot. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    sábado, 27 de agosto de 2005

    [ 17:45 ]

    The Celebrity Atheist List: an offbeat collection of notable individuals who have been public about their lack of belief in deities. #

    [ 16:14 ]

    Cut and Paste: a history of photomontage. #

    [ 16:13 ]

    Colagens bacanas: Julien Pacaud. #

    [ 15:36 ]

    Akinori Oishi cria microfilmes. #

    [ 15:32 ]

    A origem dos EUA, contada por um inglês: The fanatics who founded America. "Two years later they made their way across the Atlantic to found a new country. Their attitudes to sex, God and the Bible would become the cultural DNA of the United States. Now, at a time when fanatics are seeking to turn back the wheel of history, when twice as many Americans are said to believe in the Devil as Darwin's theory of evolution, and the most powerful nation on earth has a President described by The New York Times as a 'messianic American Calvinist', it is worth looking over our shoulders at the fanatics who fled these shores to America in 1620." #

    [ 15:25 ]

    Doc Searls: "Vanity isn't the only reason to have feeds of searches for one's own name. It's also one of the best ways to start, join and participate in public (multi-blog) conversations. Also to see what works and what doesn't." #

    sexta-feira, 26 de agosto de 2005

    [ 17:36 ]

    É comicamente surpreendente a erudição e o poder dedutivo dos protagonistas de The Time Tunnel. Em todos os episódios dizem com naturalidade coisas como "é um escudo asiático, Mongólia do tempo de Genghis Khan" ou "ele tinha a aparência de um viajante do tempo, um ser do futuro". A série não é boa mas é engraçada. #

    [ 17:30 ]

    No episódio 24 de The Time Tunnel, Perseguição pelo Tempo, Tony e Doug vão pela primeira vez para duas épocas que ainda não tinham visitado: o futuro (mais especificamente o ano 1.000.000, onde encontram uma civilização baseada no sistema de colméia, com soldados, operários e mestres criados através da engenharia genética) e o passado longínquo (mais especificamente o ano 1.000.000 BC, onde encontram uns jacarés fantasiados de dinossauros). O vilão da trama chama-se Nimon e é interpretado por ninguém menos que Robert Duvall. #

    [ 16:34 ]

    Eu já trabalhei doze anos produzindo e dirigindo comerciais para televisão (no Brasil e na Europa) e dez anos criando websites (no Brasil e nos EUA). Neste tempo todo, assombra-me constatar como tantos clientes de culturas diferentes, ramos diferentes e requisitando serviços diferentes, são capazes de um comportamento tão semelhante: asseguram-se de estar contratando alguém qualificado técnica e artisticamente para o trabalho e depois não permitem que o profissional contratado aplique essas qualificações, solicitando alterações significativas e desfigurando o produto final. O argumento, explícito ou implícito, é quase sempre o mesmo, o velho "o cliente sempre tem razão". É verdade, quem está pagando tem direito de ter o produto final que lhe aprouver, inclusive um pior do que o profissional contratado é capaz de fazer. #

    [ 14:45 ]

    Net Rage (arquivo pdf): A Study of Blogs and Usability. #

    quinta-feira, 25 de agosto de 2005

    [ 17:52 ]

    Gorilas versus Polvos. #

    [ 17:49 ]

    Artigo/Entrevista com Robert Anton Wilson, autor da cultuada Illuminatus! Trilogy: Premature Illumination. "Faith-based organizations say we don't need any more research, we know enough now, we can be dogmatic, whereas researchers say we don't know enough now, investigate, research. Faith is a reason to become stupid: 'From this point forward, I will remain stupid.' To me, faith-based organizations are responsible for everything I see wrong with this planet. Research-based organizations are responsible for everything I like about it. Before the French Revolution, the average life expectancy was 37 years. Now it's 78 years. All due to research-based organizations. Not at all due to faith-based organizations. All faith-based organizations give you is George Bush. Research-based organizations give you cures for disease." #

    [ 17:44 ]

    Peter Byrne mistura J.P. Sartre com J.K. Rowling: Potter Nausea. "It is the Dark One, not Potter, who chooses the true path to freedom. Voldemort does not rely upon hoary Hogwartian dogmas for courage. He smashes tradition's chains and liberates himself and his followers by freely choosing to "nihilate" the self-deception at the core of Potter's decadent society: a belief in the goodness of magic. He rejects Dumbledore's psychological determinism and authoritarianism, as well as the realpolitik of the Ministry of Magic, declaring that he alone is the cause of his own actions. The alumni of Hogwarts find cold comfort in their nonexistence by struggling - absurdly - against Voldemortian Negation, which is nothing less than self-responsibility revealed." #

    [ 15:43 ]

    Já gostei muito do Martin Scorsese. Seu After Hours está na minha lista de filmes recomendados. Considero Life Lessons, seu segmento em New York Stories, um dos melhores curta-metragens que assisti. Recentemente, porém, seus trabalhos pouco ou nada me dizem. Por isto só agora assisti em vhs The Aviator (EUA-Japão-Alemanha, 2004). Não é tão ruim como Gangs of New York nem tão aborrecido como The Age of Innocence, mas está longe de ser um filme merecedor das indicações ao Oscar que recebeu. Leonardo DiCaprio faz um grande esforço mas não convence. Cate Blanchett foi premiada pela pior de suas interpretações que já vi. Alan Alda, sim, merecia ter levado a estatueta e é o grande destaque no elenco. De resto, mais um filme do Scorsese que pouco ou nada me diz. #

    [ 10:26 ]

    O site Artocracy é uma galeria de arte onde você escolhe um trabalho, efetua a compra online, faz o download de um arquivo pdf de alta definição e pode imprimir e enquadrar em casa ou numa loja especializada. A curadora Megan Murphy teve a gentileza de me incluir entre os artistas selecionados, e dez fotos minhas estão disponíveis por lá. #

    quarta-feira, 24 de agosto de 2005

    [ 16:00 ]

    Continuando minha exploração da obra do Asimov, agora comecei a ler The Early Asimov, compilação de quase uma trintena de seus primeiros contos. Umas das coisas mais interessantes do livro é a narrativa do próprio Asimov que aparece entre as histórias, contando como ele escreveu cada uma, os contatos com os editores, as rejeições e as publicações. #

    [ 14:26 ]

    Carinhas: The Face of Things. #

    [ 14:24 ]

    Identificando manipulação de imagens: Photo Fakery. #

    [ 14:22 ]

    Fotos de lugares abandonados: Abandoned. #

    [ 14:20 ]

    Livros não como produto final mas como matéria-prima: Altered Books. #

    [ 13:47 ]

    Os capítulos de The Time Tunnel vão piorado consideravelmente no decorrer da série. No episódio 18, aparecem uns alienígenas prateados que tentam invadir a Terra (ou pelo menos o Arizona) no século XIX. No episódio 19, temos o fantasma do imperador Nero assombrando soldados da Primeira Grande Guerra e viajando até as instalações do túnel do tempo. Mas ainda mais ridículo é o episódio 20, quando os dois cientistas vão até a antiga cidade de Jericó para confirmar as lendas da Bíblia e fazer pregações teístas, numa história que inclui até intervenções divinas. E eles achavam que estavam fazendo "ficção-científica". #

    [ 12:43 ]

    Começou aqui: Open Letter To Kansas School Board (registrado no PPP há dois meses). Espalhou-se por uma série de produtos aqui: FSM Apparel and Merchandise. Virou verbete de enciclopédia aqui: Flying Spaghetti Monster. E você, já foi touched by his noodly appendage? #

    terça-feira, 23 de agosto de 2005

    [ 21:29 ]

    Para quem gosta de cinema e para quem gosta de design: Titles Designed by Saul Bass. #

    [ 21:27 ]

    Esculturas curiosas: Jessica Joslin. #

    [ 21:26 ]

    Pinturas interessantes: Jared Joslin. #

    [ 16:22 ]

    Depois de reler The Bicentennial Man (a primeira leitura tinha sido há mais de um par de décadas), voltei àquela questão de qual teria sido o melhor conto escrito pelo Isaac Asimov. Ele mesmo colocava The Last Question em primeiro lugar, The Bicentennial Man em segundo e The Ugly Little Boy em terceiro. Fui então reler este último e cheguei à seguinte classificação pessoal (sujeita a alterações se eu encontrar um conto ainda melhor que estes nas minhas próximas leituras asimovianas): 1. The Bicentennial Man (por ser estimulante intelectual e emocionalmente); 2. Nightfall (por ser estimulante intelectualmente); 3. The Ugly Little Boy (por ser estimulante emocionalmente); 4. The Last Question (por ser uma idéia engenhosa). Claro que estou simplificando ao extremo minhas razões para gostar de cada conto, e todos eles são suficientemente ricos para terem mais de um só nível de leitura, mas acho que assim consigo explicar de forma resumida por que os classifiquei nesta ordem. #

    [ 15:24 ]

    Depois de mais de um mês usando o Bloglines, estou satisfeito com algumas coisas e insatisfeito com outras. Uns problemas são pequenos (por exemplo, vez por outra o site parece esquecer os feeds que já li e repete uma série de posts antigos). Outros são bem maiores, que me fazem considerar se é uma boa idéia colocar toda a minha leitura de feeds rss num serviço centralizado. Várias vezes encontrei o Bloglines fora do ar, o que, mesmo por alguns minutos, atrapalha minhas leituras. E se o site deixar de existir (como tantos outros serviços gratuitos que já desapareceram), corro o risco de perder minha lista de feeds, meus clippings, minhas anotações? Não seria mais seguro usar um leitor de feeds localizado no meu próprio computador e armazenando aqui todas as informações? Alguém tem considerações sobre o assunto, argumentos pró-Bloglines ou sugestões de alternativas? #

    [ 14:19 ]

    A frase mais usada nos episódios dublados de O Túnel do Tempo: "Depressa, atrás deles!" Repetida tantas vezes que se tornou piada involuntária. #

    [ 14:02 ]

    Vez por outra o Burburinho recebe uma mensagem deste tipo. A pessoa é capaz de entrar na internet, encontrar o site, localizar a página de contato e mandar seu recado, mas não tem o discernimento necessário para perceber que se trata de um site brasileiro com comentários sobre filmes e séries (entre outros assuntos) e não do site oficial da série ou do filme do qual ela é fã. Um exemplo recente (na grafia original do remetente): "Eu queria que voces colocasse a serie de volta na tv, e como faco para ir pro japao mande respota pelo meu imail abracos." Mais um, recebido hoje (também com a grafia original do remetente): "E ai os dois filmes velozes e furiosos foi tri voces deviao faser o 3 por favor e com o torreto vai e com o rome tanbem." Aí eu me questiono se o site será tão ruim que algumas pessoas não percebem o que é ou se será tão bom que até visitantes de neurônios frouxos conseguem se comunicar conosco. #

    [ 13:09 ]

    Nestes dias sem internet, assisti alguns filmes de horror em dvd. 11:11 (Canadá, 2004), escrito e dirigido pelo Michael Bafaro, tem uma trama razoável sobre doppelgangers enterrada numa subtrama desnecessária sobre profecias apocalípticas. O roteiro é óbvio quando poderia ser sutil (a natureza da doppelganger, por exemplo, nunca chega a ser segredo) e obscuro quando poderia ser simples (o final dúbio, por exemplo). Fraquinho. Dorian (GB-Canadá, 2001), do Allan A. Goldstein, é uma mistura curiosa de O Retrato de Dorian Gray (do Wilde) com Fausto (do Goethe). A maior parte da ação se passa nos anos oitenta, e fica a dúvida se o ambiente quase kitsch é deslize da produção ou recriação de época. Malcolm McDowell se destaca facilmente em meio ao elenco desconhecido, e seu já habitual overacting efeminado se encaixa bem no personagem demoníaco. A Sétima Vítima (Darkness, EUA-Espanha, 2002), escrito e dirigido pelo Jaume Balagueró, constrói um clima interessante em torno do velho tema da casa mal-assombrada, conseguindo evitar o velho clichê do "este-morre-agora-quem-será-o-próximo?". Apoiando-se em boas interpretações (Lena Olin, Anna Paquin, Giancarlo Giannini e o menininho Stephan Enquist) e boa direção (Balagueró recebeu vários prêmios por seu Los Sin Nombre, que ainda não assisti), o filme se destaca em meio à falta de inspiração de tantos títulos recentes no gênero de horror. #

    segunda-feira, 22 de agosto de 2005

    [ 20:40 ]

    Terminei de ler The Complete Robot, do Isaac Asimov. Muito bom. Nem todos os contos são espetaculares, claro, mas vários são ótimos. Os dois últimos, That Thou Art Mindful of Him e The Bicentennial Man, são particularmente interessantes, ainda mais quando apresentados em conjunto, por sugerirem ângulos diferentes sobre o mesmo problema, o da identidade dos robôs e dos humanos. O que faz que um homem seja um homem, o que faz que um robô seja um robô, e onde fica a fronteira entre uma coisa e outra? À primeira vista pode parecer uma questão simples mas basta pensar um pouco sobre ela para perceber as complicações lógicas. #

    [ 20:23 ]

    Já assisti quinze dos trinta episódios de O Túnel do Tempo. Chega a ser cômico como os dois cientistas infelizes sempre saem de uma situação ruim para outra ainda pior: naufrágio do Titanic, cerco do Álamo, desembarque da Normandia, etc. Nenhuma explicação é dada para essas coincidências ou mesmo para o fato de se deslocarem não só no tempo mas também no espaço. Outras perguntas que ficam sem resposta: por que em cada viagem suas roupas voltam ao que eram quando entraram no túnel? por que eles vão somente ao passado e nunca ao futuro? por que só vão a períodos em que havia civilização? por que insistem em dizer a todos que são viajantes do tempo mesmo depois de perceberem que ninguém acredita? por que os gregos do capítulo da Guerra de Tróia falam inglês e, pior que isso, referem-se aos seus deuses pelos nomes romanos? como os dois cientistas possuem tanto preparo físico e tantas habilidades de combate para enfrentar com qualquer arma (ou mesmo desarmados) guerreiros profissionais de qualquer época? por que ninguém se preocupa com o que pode acontecer se mudarem o passado? #

    [ 19:39 ]

    Esta semana o Burburinho traz um texto do Luis Gustavo Claumann sobre a série Drawn Together e também a segunda parte dA Saga do Tio Patinhas. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    [ 19:00 ]

    Depois de cerca de cento e vinte horas desplugado, estou de volta. Águas de Lindóia tem somente um provedor de acesso à internet, que oferece serviço em três velocidades: lenta, muito lenta e quase parando. Como se isto não fosse tortura suficiente, na quarta-feira da semana passada, numa confluência de incompetência com irresponsabilidade, nos deixaram sem conexão, um blackout que durou nada menos que cinco dias. O problema ainda não foi resolvido, e retorno à rede com uma ligação temporária de duração incerta. Agora tenho trabalho atrasado, emails acumulados e humor deteriorado. #

    quarta-feira, 17 de agosto de 2005

    [ 11:51 ]

    Alguns links em português para esta quarta-feira modorrenta: Ateus.net, Ateísmo.net, O Encosto, Realidade, Sociedade dos Cientistas Mortos, Projeto Ockham, Dicionário do Cético. #

    terça-feira, 16 de agosto de 2005

    [ 19:56 ]

    Ontem assisti o último episódio (duplo) desta primeira fase de Lost. Tão bom quanto o resto da série, mas eu esperava mais. Num final de temporada, depois de vinte e quatro episódios só com mistérios, acho que os fãs mereciam ao menos algumas respostas. Não todas, claro, mas alguma coisinha, uma pequena satisfação para a curiosidade. Em vez disso, fomos brindados somente com mais mistérios, mais perguntas, mais dúvidas. Para mim, foi um pouco decepcionante. Se essa vai ser a estratégia dos roteiristas para os próximos tempos, receio que a série comece a ficar cansativa. #

    [ 19:16 ]

    Para quem usa o programa há muito tempo: Photoshop Splash Screens. #

    segunda-feira, 15 de agosto de 2005

    [ 13:43 ]

    Roger Ebert tem sua lista de filmes mais odiados. Alguns são alvos fáceis, como The Waterboy, Catwoman ou Battlefield Earth. Outros podem ser discutidos, como Stargate, Constantine ou Armageddon. Mas tenho dificuldade em levar a sério um crítico que odeia Betty Blue e The Usual Suspects (este último presença incontornável na minha lista de filmes recomendados). #

    [ 12:31 ]

    Assisti em dvd A Maldição do Anel, que veio com o título original Curse of the Ring mas foi chamado de Ring of the Nibelungs nos EUA e The Sword of Xanten na Inglaterra. É uma produção de 2004 para a televisão européia, dirigida pelo Uli Edel, contando a lenda do Siegfried e do anel dos Nibelungos. A trama se aproxima muito mais das lendas medievais que da versão contada nas óperas do Richard Wagner (além das diferenças, a história do filme só abrange o que seriam as duas últimas óperas do ciclo, Siegfried e Götterdämmerung, deixando de lado a primeira parte, Das Rheingold, com a origem do tesouro, do anel e do capacete Tarnhelm, e a segunda parte, Die Walküre, com a origem de Brünnhilde e Siegfried). Não gostei muito do ator principal, Benno Fürmann (de The Sin Eater), mas talvez seu ar perdido combine com o herói que se deixa manipular por todo o filme. O resto do elenco, porém, é muito bom, das bonitinhas Kristanna Loken (a andróide de Terminator 3) e Alicia Witt (de Vanilla Sky) ao maquiavélico Julian Sands (de Warlock) e ao veterano Max von Sydow (que há quase cinqüenta anos jogou xadrez com a morte no bergmaniano O Sétimo Selo). O filme funciona bem como aventura e ao menos apresenta um herói diferente (trágico e falível) do que já se tornou tão comum no cinema atual (imbatível e sempre com uma piadinha para cada ocasião). Fiquei com vontade de reler a história do Siegfried (deve haver uma dúzia de versões diferentes), e por coincidência trouxe comigo na viagem um livrinho comprado num sebo de Alexandria, The Medieval Myths (Mentor Books, EUA, 1961), da Norma Lorre Goodrich, que traz um capítulo só para ele. #

    domingo, 14 de agosto de 2005

    [ 21:29 ]

    Esta semana o Burburinho fala de exploradores dos quadrinhos (a primeira parte de A Saga do Tio Patinhas, aquele texto que eu tinha prometido) e de exploradores da realidade (Roald Amundsen e o Pólo Sul, texto do Luis Gustavo Claumann). Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    sábado, 13 de agosto de 2005

    [ 16:29 ]

    No início deste ano fiz um weblog com fotos da minha viagem ao sul do Brasil. Agora retrabalhei algumas daquelas imagens em formato maior e publiquei num sitezinho: Bip Bop Boom. #

    [ 16:12 ]

    Ótimo site sobre estêncil, com galerias e tutoriais: Stencil Revolution. #

    [ 15:58 ]

    Ilustrações bacaninhas: Julian Hector #

    sexta-feira, 12 de agosto de 2005

    [ 20:44 ]

    Consegui umas gravações da velha série O Túnel do Tempo (The Time Tunnel, EUA, 1966-1967), criada pelo Irwin Allen, o mesmo de Perdidos no Espaço e Terra de Gigantes. É muito divertido rever os episódios que eu assistia na televisão quando criança, especialmente por estarem com a dublagem original (que tem preciosidades como um explorador inglês do século XIX dizendo para um indígena: "vai, vai com a sua turma"). Agora, com licença, vou ver mais uma aventura do doutor Doug Phillips (aquele de paletó e gravata) e do doutor Tony Newman (aquele com camisa de gola rolê). #

    [ 18:46 ]

    Hoje este weblog recebeu muitas visitas vindas da página Os melhores de 2004 da revista IstoÉ Gente. Alguém saberia dizer o que gerou esse novo interesse pela matéria publicada originalmente no início do ano? #

    [ 18:33 ]

    As capas de disco mais sensuais? Bullz-Eye's Sexiest Album Covers. Para mim, Country Life (Roxy Music) poderia estar em primeiro lugar, e Amorica (Black Crowes) em segundo. E não sobra um lugarzinho sadomasô para uma capa feita pelo H.R. Giger para Emerson, Lake & Palmer ou para Debbie Harry? #

    [ 18:10 ]

    Eu tenho várias contas de email e inevitavelmente recebo todas as semanas centenas de mensages de spam, vírus e phishing. Várias delas contêm texto aparentemente gerado de forma aleatória, e vez por outra surge alguma que parece um poema dadaísta. Um exemplo de hoje: "I am sold not yet and when he returns splitting the air with noise." #

    quinta-feira, 11 de agosto de 2005

    [ 21:55 ]

    O Burburinho é um dos sites compilados pelo Plantão Marmota. Thanks, André! #

    [ 18:53 ]

    Depois de I, Robot, agora estou lendo The Complete Robot, uma trintena de contos do Isaac Asimov escritos entre 1939 e 1976 (e incluindo os nove contos de I, Robot). Não esgota o tema (ele ainda tem mais histórias sobre robôs espalhadas por outros livros) mas forma um belo panorama. #

    [ 18:41 ]

    Assisti em dvd Riding the Bullet (EUA-Canadá, 2004), do Mick Garris. A história é interessante mas caberia num curta-metragem, e toda a parte central do filme é desnecessária e um bocado repetitiva. Rapazinho mutcholoco (Jonathan Jackson) dos anos sessenta volta à sua cidade natal para visitar a mãe (Barbara Hershey) no hospital. Pelo caminho, pega carona com um morto-vivo (David Arquette) que o obriga a fazer uma escolha terrível. No meio disso, a inevitável metáfora (afinal, trata-se de uma história do Stephen King) envolvendo uma montanha-russa (a Bullet do título). O diretor e roteirista Mick Garris já adaptou vários trabalhos do autor, como Sleepwalkers, The Stand e The Shining, entre outros. #

    quarta-feira, 10 de agosto de 2005

    [ 22:11 ]

    Som do dia: The Six Wives of Henry VIII, do Rick Wakeman, o primeiro disco que comprei. Em 1975, Wakeman veio ao Brasil e tocou no Rio de Janeiro, onde eu morava. Não fui até o Maracanãzinho ver o show, mas como bom fã de Jules Verne procurei saber o que era aquela música chamada Journey to the Centre of the Earth. Um vizinho conseguiu uma fita cassete com alguns trechos mal gravados, o suficiente para me interessar na mistura estranha de sons de sintetizador, corais cavernosos e bateria pop. No dia seguinte fui procurar o disco nas lojas, mas a popularidade do show tinha esgotado todos os exemplares. Na segunda ou terceira loja que visitei, porém, encontrei outro disco do Wakeman, o seu primeiro trabalho solo, The Six Wives of Henry VIII. Ouvi um par de faixas e já mandei embrulhar, era oficialmente minha primeira aquisição discográfica, em glorioso vinil. Mais tarde comprei Journey to the Centre of the Earth, The Myths and Legends of King Arthur and the Knights of the Round Table, e outros. Por essa época descobri também Emerson, Lake & Palmer e comprei Tarkus e Brain Salad Surgery. E não demorou muito para que Wakeman e EL&P me fizessem prestar atenção à música erudita, o primeiro com Lisztomania, os outros com Pictures at an Exhibition. Logo passei a comprar discos de Liszt e de Mussorgsky, e então Wagner e Ravel, e inevitavelmente Mozart e Beethoven, e assim por diante. Já não tenho mais aquele primeiro vinil de The Six Wives of Henry VIII mas ainda tenho uma versão em cd (atualmente encaixotada nos EUA) e uma em mp3 (armazenada no meu iBook). #

    [ 18:25 ]

    Interessante debate sobre classificação e categorização. De um lado, Clay Shirky apresenta seus argumentos em Ontology is Overrated. Do outro, Gene Smith e Peter Merholz fazem tabelinha para atacar Shirky com Market populism in the folksonomies debate (minha impressão é que Smith exagera ao representar a posição de Shirky e seu ataque é direcionado mais a essa representação exagerada que ao que Shirky realmente disse), Clay Shirky's Viewpoints are Overrated (com argumentos melhores e mais específicos que os de Smith) e Ontology is Overrated follow-up (bem melhor que seu texto anterior, particularmente quando fala da complementaridade entre search e browse). Clay Shirky é consultor freelancer e autor de Planning for Web Services e Peer-to-Peer: Harnessing the Power of Disruptive Technologies. Gene Smith faz parte da empresa canadense de user experience nForm. Peter Merholz faz parte da empresa californiana de user experience Adaptive Path e foi possivelmente a primeira pessoa a chamar weblog de blog. #

    terça-feira, 09 de agosto de 2005

    [ 20:35 ]

    Assisti em dvd Vingança Final (I'll Sleep When I'm Dead, GB-EUA, 2003), do Mike Hodges. Começou bem, com um mistério e uma promessa de vingança, mas terminou de forma um bocado atrapalhada, deixando várias pontas soltas na história e uma sensação de que ficou faltando um pedaço do filme. Decepcionante. Curioso ver a sessentona Charlotte Rampling (de La Caduta Degli Dei e Il Portiere di Notte) como par romântico do quarentão Clive Owen (de Closer e King Arthur). #

    [ 19:55 ]

    Três momentos inesquecíveis:

  • Madrid, década de 80, sessão de cinema na Gran Via, The Phantom of the Opera de 1925, acompanhamento ao vivo com órgão
  • Venezia, década de 90, concerto de violinos na Chiesa della Pieta, onde Vivaldi dava aulas e compunha suas músicas
  • Miami, década de 00, American Airlines Arena, partida da NBA entre Miami Heat e Washington Wizards, com Michael Jordan jogando #

    segunda-feira, 08 de agosto de 2005

    [ 23:24 ]

    Na pesquisa que fiz para um artigo sobre o Tio Patinhas, acabei lendo exatamente 133 histórias do Carl Barks e 75 do Don Rosa. Claro que o texto não fala de todas elas, mas eu queria todas as referências disponíveis sobre o passado do pato avarento. Agora vou passar uns tempos longes dos quadrinhos da Disney. A Saga do Tio Patinhas entra no Burburinho no próximo weekend. #

    [ 22:17 ]

    Assisti em dvd The Phantom of the Opera (EUA-GB, 2004), do Joel Schumacher. Que coisa horrível! A música é péssima e na maior parte do tempo o elenco recita uma cantilena insuportável. A história original foi modificada até atingir o limite do ridículo. O Fantasma da Ópera (Gerard Butler), que deveria ser uma criatura completamente desfigurada (como Lon Chaney na versão de 1925) e é descrita na letra da música como "gárgula horrenda", tem somente uma pequena deformação no rosto que não o faz ficar mais feio que o Russell Crowe depois de levar uns tabefes em Gladiator. Ele usa uma máscara pequena e elegante, que quando retirada tem inexplicáveis efeitos, como revelar um desfiguramento maior que a superfície da máscara e mudar completamente o penteado do ator. A fotografia é ótima, os cenários e figurinos são bons, Minnie Driver está divertida no papel da diva Carlotta, mas o todo resto é lamentável. Por que deixam o Joel Schumacher desfigurar clássicos assim? Não bastou ele ter colocado mamilos nos uniformes de Batman & Robin? Patético. #

    [ 13:35 ]

    Galeria de imagens fractais do Jock Cooper: Fractal Recursions. #

    [ 13:30 ]

    Três coisas que usei muito e se tornaram peças de museu: máquina de escrever, fita cassete, película fotográfica. #

    [ 13:24 ]

    Lesser-Known Movie Prequels. Minha preferida é Four Bachelorette Parties and a Friend in the Hospital. #

    domingo, 07 de agosto de 2005

    [ 20:17 ]

    Esta semana o Burburinho faz uma edição musical com Luis Gustavo Claumann (Emir Kusturica and No Smoking Orchestra) e Ayrton Mugnaini Jr. (Memórias Musicais do Cárcere). Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

    sábado, 06 de agosto de 2005

    [ 19:36 ]

    Relendo I, Robot, me lembrei de dois famosos contos do Asimov, Nightfall e The Last Question. O primeiro, de 1941, é considerado por muita gente o melhor conto do Asimov. O segundo, de 1956, é considerado pelo próprio Asimov seu melhor trabalho. Curiosamente, os dois são construídos em cima da idéia de ciclos (embora em escalas bem diferentes). Eu prefiro Nightfall, por dois motivos. Primeiro, por ter uma narrativa mais envolvente, com personagens próximos de nós (apesar de serem todos habitantes do planeta Lagash). Segundo, por tratar a religião de forma completamente irreverente. The Last Question também se baseia num conceito engenhoso (talvez mais engenhoso que Nightfall), mas com personagens sem importância e dramaticidade quase ausente, e é ambíguo em relação à religião (pode-se argumentar que a desmistifica ou que a confirma). De qualquer forma, os dois são muito bons. #

    [ 18:59 ]

    Bicicletas bacanas: Specialized. #

    [ 18:54 ]

    Lost começa a ser exibida na Inglaterra na próxima semana, e o Guardian publica um texto sobre a série: After the crash... Discordo da idéia central do artigo, de que a série é um produto e uma metáfora dos EUA na era do terrorismo e que seria substancialmente diferente se feita antes da derrubada das torres gêmeas de New York, mas mesmo assim a leitura é interessante. #

    sexta-feira, 05 de agosto de 2005

    [ 18:31 ]

    Todos os comentários que li ou ouvi sobre Reencarnação (Birth, EUA, 2004), do Jonathan Glazer, eram negativos. Mesmo assim, na ausência de outra coisa para assistir, vi o filme ontem em dvd. Para minha surpresa, gostei. O estilo é um pouco pretensioso mas a história é muito boa. Por que achei pretensioso? Porque em vários momentos da narrativa a coisa mais importante não parece ser a trama e sim a própria narrativa, como se o diretor parasse o filme para dizer "viu como eu sou bom?". Se perdoarmos, porém, esses rebuscamentos desnecessários, a história é suficientemente atraente para tornar o filme interessante. #

    [ 13:00 ]

    O Bansky, de quem eu já falei aqui, foi até a Palestina para grafitar o muro construído pelos israelenses. Uma forma de protesto e solidariedade que parece fazer sentido na nossa cultura. Mas é sempre difícil nos colocarmos no lugar das pessoas com quem nos solidarizamos, que podem ter uma visão bem diferente do que está acontecendo. Um ótimo exemplo foi o diálogo do artista com um velho palestino que o observava. O velho disse que a pintura fazia o muro ficar bonito, e Bansky agradeceu. Mas o velho não estava elogiando: "Odiamos esse muro, não queremos que fique bonito, é melhor você ir pra casa." #

    quinta-feira, 04 de agosto de 2005

    [ 23:09 ]

    Retomei a leitura de Nada É o Que Parece Ser (Editora Arx, 2005), da Patricia Highsmith, que tinha ficado no Brasil quando fui para os EUA em abril. Agora estou na segunda parte, com contos de 1952 a 1982, e já me deparei com algumas pequenas preciosidades, como por exemplo o começo de Música para Morrer: "Aaron Wechsler chegou ao trabalho às seis e dez. Ele ficara alguns minutos a mais que o habitual separando cartas depois que a agência do correio fechou, às cinco horas, só para dar a impressão de que hoje era um dia igual aos outros, que ele não estava absolutamente inquieto e ansioso para sair dali, apesar de o corpo de Roger Hoolihan estar todo espremido e sangrando num depósito dos fundos, onde se guardavam as malas postais sobressalentes." Não somente um ótimo início de narrativa mas também uma interesante armadilha para o leitor. #

    [ 19:07 ]

    Adivinhe o filme: Guess Which Movie. #

    quarta-feira, 03 de agosto de 2005

    [ 22:47 ]

    Terminei de reler I, Robot, do Isaac Asimov. Prosa simples, leitura agradável, histórias interessantes. Eu me lembrava muito bem de alguns contos (o robô que anda em círculos e o robô que se esconde, por exemplo) e nada lembrava de outros (o robô telepata e o robô minerador, por exemplo). Acho que vou escrever um texto sobre I, Robot para o Burburinho. #

    [ 15:20 ]

    Há uns anos escrevi no Burburinho sobre o Eugène Atget. Agora descobri um site (sem nome) que compara a Paris de hoje com a Paris que o Atget fotografou. Bacana. #

    [ 15:18 ]

    Este filme parece bem interessante: The God Who Wasn't There. Alguém por aí já assistiu? #

    terça-feira, 02 de agosto de 2005

    [ 21:32 ]

    Leitura importante: An Introduction to Copyfighting. "I think a lot of people incorrectly assume that Copyfighters are people who believe that copyright should be abolished and that everything should be free. Copyfighters aren’t saying that all media should be freely distributed. We are saying that as consumers of media (film, television, software, literature, etc.) we have certain rights that we would like to protect. One of these rights is Fair Use. Fair Use means that you can reuse copyrighted work without permission as long as you are commenting on it, or copying/parodying the original. Fair Use is what allows you to quote song lyrics when writing a review of a new CD. Another right is First Sale. First Sale means that when you buy something, you own it and are thus entitled to sell it to someone else. First Sale is what allows you to buy a book, read it, then sell it on half.com for someone else to enjoy." #

    [ 21:19 ]

    Mistura interessante de roguelike game com xadrez: ChessRogue. #

    [ 20:46 ]

    Desde que voltei ao Brasil recebi duas propostas de trabalho no mínimo peculiares. Em junho, uma das maiores editoras do Brasil queria que eu escrevesse uma coluna semanal num dos sites deles, sem remuneração. Faz sentido trabalhar de graça para uma empresa que todos os anos fatura muitas centenas milhões de reais? Em julho, uma agência de comunicação de São Paulo me fez uma proposta de agenciamento na qual ela revenderia meus textos (inéditos, entregues em consignação e sem garantia de venda) e ficaria com 75% do valor arrecadado. Faz sentido receber somente um quarto do dinheiro gerado pelo meu trabalho e entregar três quartos para intermediários? Dei resposta negativa para as duas propostas, claro, e fiquei me perguntando se algum dia ainda vou receber uma oferta com remuneração digna no Brasil. #

    [ 16:36 ]

    Ótima análise do design do Friendster, com boas sugestões para resolver os vários problemas de estética e usabilidade: Friendstr: UI Case Study. #

    [ 15:32 ]

    Frase do dia: "I hate flowers. I paint them because they're cheaper than models and they don't move." (Georgia O'Keeffe) #

    [ 13:43 ]

    Já tínhamos o Skeptic's Dictionary, a Collection of Strange Beliefs, Amusing Deceptions, and Dangerous Delusions do Bob Carroll, agora temos também a Encyclopedia of Claims, Frauds, and Hoaxes of the Occult and Supernatural do James Randi. #

    segunda-feira, 01 de agosto de 2005

    [ 18:54 ]

    Assisti em dvd Perseguição (Pursued, EUA-Canadá, 2004), do Kristoffer Tabori. A premissa de um caça-talentos que ganha um milhão de dólares para cada profissional recrutado é um bocado inverossímil no atual mercado de trabalho, mas descontado este exagero o thriller não chega a ser ruim. O elenco é quase todo canadense (Gil Bellows, Conchita Campbell, Sarah Strange), com exceção do Christian Slater (que fica bem como psicopata) e do Michael Clarke Duncan (num tipo de papel bem diferente do que ele costuma fazer). Mediano. #

    [ 18:32 ]

    Weblog de crítica aos quadrinhos publicados nos jornais dos EUA: The Comics Curmudgeon. #

    [ 18:21 ]

    Fumaça colorida: Coloured Smoke. #