terça-feira, 31 de janeiro de 2006

[ 16:47 ]

Balanço de janeiro: assisti 13 filmes, 2 temporadas de séries de tv (The 4400 e Smallville) e 8 dvds musicais; li 5 livros e 40 revistas em quadrinhos; escrevi 3 artigos (2 para o Burburinho, 1 para a revista Cortante a ser publicado em breve). #

[ 14:36 ]

Assisti em dvd A Promessa (The Pledge, EUA, 2001), do Sean Penn. Elenco impressionante (além do Jack Nicholson dominando o filme ao lado da Robin Wright Penn, esposa do diretor, aparecem em papéis pequenos Vanessa Redgrave, Helen Mirren, Benicio Del Toro, Mickey Rourke, Sam Shepard e Harry Dean Stanton) numa história interessante (baseada em livro do Friedrich Dürrenmatt). O filme é bom, apesar de deprimente. Sean Penn deveria se concentrar mais em dirigir que em interpretar. #

[ 13:46 ]

Os idiomas mais falados no mundo: The 30 Most Spoken Languages of the World. O mandarim vai disparado na frente, sem surpresa. Listando somente as línguas que usam o alfabeto latino, temos castelhano, inglês, português, alemão, malaio, francês, turco, italiano e polonês, nesta ordem. #

[ 13:37 ]

Fotos bacanas: Beautiful China. #

[ 12:05 ]

Terminei de ler Tales of Hoffmann. As narrativas são por vezes confusas, mas as histórias prendem a atenção por estarem cheias de coisas estranhas e acontecimentos misteriosos, automatas e alquimistas, sonâmbulos febris e músicos apaixonados, e várias donzelas belíssimas escondidas atrás de janelas inacessíveis. Meu conto preferido é Mlle. de Scudéri, um mistério criminal passado na França de Louis XIV. #

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

[ 14:03 ]

Animação bacaninha, para pensar: Dance, Monkeys, Dance (dica por email do NightHiker). #

[ 10:15 ]

Ontem fui ao cinema assistir Munich (EUA, 2005), do Steven Spielberg. O tema é espinhoso: o conflito entre judeus e palestinos. Aparentemente uma condenação da violência como método eficaz para resolver a questão ("não há paz no fim de disto tudo", diz um dos personagens), o filme não me pareceu suficientememente veemente em sua mensagem. Fiquei com a impressão que muitos espectadores vão entender os assassinos israelenses como heróis e os assassinos palestinos como bandidos, especialmente por causa do modelo narrativo de thriller. E o final, em New York, com o World Trade Center ao fundo, passa uma mensagem dúbia, criando um elo entre o terrorismo dos anos setenta e o de hoje, fundamentalmente diferentes. Algumas cenas são muito bem construídas (por exemplo, o momento hitchcockiano em que uma menininha inesperadamente entra na casa onde uma bomba está prestes a explodir), outras nem tanto (por exemplo, os flashbacks mostrando o episódio que dá título ao filme, artificialmente ligados ao protagonista). #

[ 09:43 ]

Li a mini-série em quadrinhos (seis revistas) Daredevil vs Punisher - Means and Ends (Marvel, 2005), roteiro e arte do David Lapham (autor da premiada série Stray Bullets). O tema central, como acontece em várias histórias do Punisher, é a questão ética do vigilantismo: o que é mais condenável, assassinar criminosos sem piedade (posição defendida pelo Punisher) ou mandá-los para a cadeia com a possibilidade de saírem algum dia para cometer novos crimes (posição defendida pelo Daredevil)? O assunto é complexo mas ganha alguns bons exemplos e argumentos nestes quadrinhos, sem dar razão completa a um ou outro lado. Interessante. #

domingo, 29 de janeiro de 2006

[ 14:54 ]

Esta semana o Burburinho começa a publicar em capítulos uma biografia do escritor Monteiro Lobato, de autoria do Gian Danton. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

[ 10:31 ]

Ontem assisti na DirecTV Starsky & Hutch (EUA, 2004), do Todd Phillips. Talvez o filme tenha algum interesse para quem era fã da série de tv, mas eu, que só vi um ou outro episódio nos anos setenta, achei tudo uma bobagem sem graça. Roteiro infantil, direção desinspirada (e com cenas mal armadas onde fica óbvia a substituição dos atores por dublês), elenco sofrível (Ben Stiller e Owen Wilson repetindo a dupla do terrível Zoolander). Péssimo. #

sábado, 28 de janeiro de 2006

[ 14:35 ]

Devagar, muito devagar, os cubículos começam a ser questionados como solução ideal para distribuição de espaço no escritório. Um texto interessante sobre o assunto: Death to the Cubicle! (É de junho de 2005 mas só li hoje.) #

[ 09:32 ]

Li a graphic novel The Life Eaters (Wildstorm, 2003), com roteiro do David Brin (autor dos livros da série The Uplift Saga) e arte do Scott Hampton (que já desenhou Batman, Hellblazer e Books of Magic, entre outros). A primeira parte (a melhor) é baseada num conto do próprio David Brin, Thor Meets Captain America, publicado na coletânea Hitler Victorious, e a segunda parte (não tão boa mas também interessante) é uma continuação da história. A premissa é curiosa: e se os nazistas tivessem vencido a guerra, com o auxílio dos lendários deuses nórdicos? Assim temos destemidos sobreviventes dos aliados (que falharam no Dia D, conhecido naquela realidade como Dia da Derrota) tentando desesperadamente obter alguma vantagem sobre os aparentemente imbatíveis Thor e Odin. Os rebeldes contam com a ajuda de um desertor, Loki (irmão de Thor e filho de Odin), mas muitas perguntas estão por responder. Será mesmo possível vencer essas divindades? Serão mesmo deuses ou serão alienígenas? Podem confiar em Loki? As respostas não são previsíveis e a leitura não decepciona. No final do álbum, um texto do David Brin sugere que o gênero ficção-científica (science fiction), freqüëntemente pouco preocupado com a ciência em si, seja rebatizado para história especulativa (speculative history). Parece uma boa idéia? #

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

[ 11:14 ]

Análise do filme Batman Begins: Gothic Oedipus: subjectivity and Capitalism in Christopher Nolan's Batman Begins. #

[ 11:10 ]

Fotos de paisagens: Leping Zha. #

[ 10:26 ]

E onde eu arranjei tantos dvds de música country para assistir? Saíram todos da coleção da Rosinha Monkees, que além de fã do quarteto mônquico é também apreciadora de cowboys musicais. Como estou hospedado na sua casa em Balneário Camboriú, recebendo invejável tratamento VIP Platinum, aproveito e também vou explorando sua considerável coleção de cds e dvds. Thanks, Rosinha! #

[ 10:16 ]

Som do dia (concluindo a semana country): Brooks & Dunn. Assisti dois dvds deles, The Greatest Hits Video Collection (14 videoclips), de 1997, e Red Dirt Road (6 videoclips), de 2003. Destaque para o pianinho de Boot Scootin' Boogie. "Out in the country past the city limits sign / Well there's a honky tonk near the county line / The joint starts jumpin everynight when the sun goes down / They got whiskey, women, music and smoke / It's where all the cowboy folk go to boot scootin' boogie." #

[ 10:02 ]

Assisti em dvd O Dia Perfeito (Employee of the Month, EUA, 2004), do Mitch Rouse. A história começa bem, avança promissoramente, depois ameaça desviar-se para um drama sem graça mas entra então num final cheio de reviravoltas que chega a mudar o gênero do filme. No elenco, Matt Dillon (de Wild Things), Steve Zahn (de Happy, Texas) e Christina Applegate (de The Sweetest Thing). Bacaninha. #

[ 09:41 ]

Leituras em quadrinhos: Paralelas, by Wason Portela, 1986, Press Editorial. É uma edição especial passada no mesmo universo da série Paralela, publicada na revista Spektro, mas agora com histórias diferentes de vários roteiristas. Traço com influência clara do Moebius (especialmente nas paisagens) e toques de Manara (especialmente nas mulheres). Aparecem também homenagens a outros quadrinhos, como por exemplo uma participação do Tintin e do Capitão Haddock como policiais. As histórias, porém, são fraquinhas. Fradim #1, by Henfil, 1971 (a que eu reli agora foi a segunda edição, de 1980, a primeira é muito rara). Fiquei surpreso ao constatar como a série envelheceu e não tem nem uma fração da graça de quando li pela primeira vez nas décadas de setenta (no Pasquim) e oitenta (em revista própria). Claro que tem valor histórico, mas não me conseguiu provocar nem um sorriso. Ferdinando e os Schmoos, by Al Capp, Gibi Especial #3, 1975, RGE. Outra série que envelheceu. Quando comecei a ler as historinhas do Ferdinando nos anos setenta eu já não achava muita graça (apesar de gostar do traço), afinal era uma coisa produzida décadas antes como sátira aos costumes de outra época e outro país. A história dos Shmoos, porém, é emblemática como crítica ao capitalismo. #

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

[ 11:36 ]

Som do dia (continuando a semana country): a bonitinha Shania Twain. Assisti dois dvds dela, The Platinum Collection (21 canções em videoclips), de 2001, e Up! Live in Chicago (22 canções ao vivo), de 2003. "Honey, I'm home and I had a hard day. / Pour me a cold one and oh, by the way, / rub my feet, gimme something to eat, / fix me up my favorite treat." (Honey, I'm home!) #

[ 11:05 ]

Ontem fui ao cinema assistir As Loucuras de Dick e Jane (Fun with Dick and Jane, EUA, 2005), do Dean Parisot. Considerando que o filme tem o careteiro Jim Carrey encabeçando o elenco, até que não chega a ser muito ruim. A primeira metade é a melhor, mostrando o lado tragicômico do desemprego de classe média, com críticas aos picaretas das grandes corporações (nos créditos finais aparece um agradecimento a empresas fraudulentas como Enron e Tyco e a executivos corruptos como Kenneth Lay e Dennis Kozlowski, pela inspiração para a história). Quem acompanha as aventuras do Generalíssimo El Busho vai encontrar também uma rápida paródia ao seu célebre "now watch this drive" (no filme, "now watch this shot"). A segunda metade, porém, decepciona por apresentar uma solução tão caricata e inverossímil que funciona quase como uma capitulação: isso é o que temos que fazer, mas só funciona num filme, então estamos ferrados. Nunca assisti o Fun with Dick and Jane da década de setenta (com George Segal e Jane Fonda nos papéis que agora são do Jim Carrey e da Téa Leoni), não posso comparar com este remake. #

[ 09:46 ]

Fotos aéreas que parecem fotos de maquetes: Olivo Barbieri. #

[ 09:35 ]

Axteismo: si tagli la testa a Dio. No alla chiesa, no alle religioni. #

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

[ 13:39 ]

Adendo sobre o Newsvine. Não é a primeira vez que um projeto aparentemente bacana decepciona quando lemos o inescapável user agreement. Diz lá que, ao escrever algum texto para o site, você "grant Newsvine a non-exclusive, irrevocable, royalty-free, perpetual and fully sublicensable and transferable right to use, reproduce, modify, adapt, translate, distribute, publish, create derivative works from and publicly display and perform such User Content throughout the universe in any media, now known or hereafter devised". Direito de usar sem exclusividade é razoável, mas direito de modificar o seu trabalho ou criar obras derivadas dele começa a ser demais. Pior, apesar da conversa que o colaborador é remunerado com 90% da publicidade vendida em páginas escritas por você, o contrato diz que eles não têm qualquer obrigação de pagar ou mesmo de mencionar o seu nome junto com os textos, que depois de entregues tampouco podem ser alterados ou apagados pelo autor: "Newsvine may, but is under no obligation to, offer you any payment for User Content that you submit or the opportunity to edit, delete or otherwise modify User Content once the it has been submitted to Newsvine. Newsvine shall have no duty to attribute authorship of User Content to you, and shall not be obligated to enforce any form of attribution by third parties." Com termos desses eles nunca vão receber uma colaboração minha. #

[ 12:56 ]

Hoje comecei a navegar pelo Newsvine. O Carlos Castilho explica o que é: A notícia não é o mais importante no revolucionário projeto Newsvine. O Pedro Doria também: O futuro da notícia? #

[ 09:34 ]

Som do dia (continuando a semana country): Alabama. Assisti o dvd For the Record 41 Number One Hits, com um show de mais de três horas no Las Vegas Hilton em outubro de 1998, onde eles cantam em ordem cronológica todos os seus sucessos. Acho que minhas músicas preferidas no dvd são Tennessee River (logo a primeira, de 1980) e If You're Gonna Play in Texas You've Gotta Have a Fiddle in the Band (de 1984). #

[ 08:58 ]

Ontem li Watchmen e a Teoria do Caos (Marca de Fantasia, 2005), do Gian Danton. Uma interessante aproximação da obra clássica do Alan Moore e do Dave Gibbons, Watchmen, com conceitos científicos contemporâneos como caos e fractais. O Gian Danton é colaborador do Burburinho e tem um weblog chamado Idéias de Jeca-Tatu. O livro é bacana, recomendo. #

[ 08:39 ]

Ilustrações interessantes: Óscar Villán. #

[ 08:37 ]

Fotos interessantes: Mark Holthusen. #

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

[ 15:16 ]

Leituras em quadrinhos: Arena, roteiro e arte by Bruce Jones, 1988. Mistura tiranossauros ferozes, aviões supersônicos e paradoxos temporais com uma trama em estilo Texas Chainsaw Massacre. Interessante. Lex Luthor: A Biografia Não-Autorizada, roteiro by James Hudnall, arte by Eduardo Barreto, 1990. Mais uma versão, pouco inspirada, para a vida do maior inimigo do Super-Homem. Fraco. Codex Arcana, de vários autores, homenagem ao H.P. Lovecraft publicada em 1999 pela Dark Horse. São três histórias de inspiração lovecraftiana mas sem grandes atrativos ou surpresas. Mike Mignola (criador de Hellboy), que desenhou a capa, aparece também como roteirista da primeira história, a melhorzinha. #

[ 15:01 ]

Falar mal dos outros pode ser uma arte, e torna-se particularmente divertido ler os ataques quando concordamos com os alvos escolhidos: 50 Most Loathsome People in America, 2005. Recomendo a leitura integral do texto, mas não resisto a citar aqui alguns dos meus trechos preferidos. Martha Stewart ("Only in America could a plutocrat convicted of insider trading find sympathy among her social inferiors."), Bruce Chapman ("Founder of the misnamed Discovery Institute. Despite its pioneering title, Chapman's organization seeks to make one of the world's oldest, dumbest ideas the prevailing ideology."), George Lucas ("It needs to be said: George Lucas is an awful writer and a shitty, shitty director."), Ann Coulter ("Only redeeming quality is that she is impossible to take seriously - really more of a shock comic than a political commentator, whether she knows it or not."), Paris Hilton ("Her continued success as a celebrity famous for nothing, despite the eerie resemblance she bears to the inbred banjoist from Deliverance and a lack of talent so profound that others become duller as they approach her, indicates that something is fundamentally wrong with humanity."), Barbara Bush ("Her polluted womb nurtured the seed of American decadence. The root of America's decay; the poison tree from whence the fruit loop George W. Bush sprang."), Judith Miller ("A dutiful stenographer, Miller regurgitated all of Chalabi's erroneous assertions about Iraq's weapon’s capabilities without skepticism and threw in a few of her own. Essentially started a war with bad reporting, and remained indefatigably self-satisfied throughout the ensuing imbroglio, her mantis-like face fixed in a smile behind oddly insectival sunglasses."), George W. Bush ("Simply put, the stupidest man ever to lead this country."). #

[ 13:03 ]

Som do dia (continuando a semana country): Dixie Chicks. Assisti dois dvds delas, An Evening with the Dixie Chicks, de 2002, e Top of the World Tour, de 2003. O repertório é quase o mesmo em ambos, mas o segundo tem som melhor (menos intereferência do barulho da platéia), montagem mais caprichada (misturando imagens de vários shows da mesma série), e até as meninas parecem mais animadas. Minha música preferida (nos dois dvds) é Lil' Jack Slade, a mais bluegrass da playlist. #

[ 11:26 ]

Sete razões por que este weblog não tem um sistema de comentários

Vez por outra recebo uma mensagem de alguém perguntando por que este weblog não tem um sistema de comentários. Minha resposta é quase sempre a mesma: "tem, sim, e você acaba de usá-lo, chama-se email". E é verdade. Um método eficiente, respondo diretamente quando o assunto parece ser de interesse restrito e respondo publicamente no weblog quando o assunto parece ser de interesse mais abrangente (especialmente quando corrige ou responde algum post anterior). Mesmo assim, muita gente continua querendo saber por que não instalo um sistema de comentários no qual os leitores possam deixar seus recados aqui para que todos os vejam. Resolvi listar várias razões, algumas importantes, outras pueris, umas justificáveis, outras completamente arbitrárias.

1. Não tenho paciência para spam profissional nos comentários ("vendemos viagra, cds piratas e diplomas universitários").
2. Não tenho paciência para spam amador nos comentários ("oi, gostei muito do seu blog, visite o meu").
3. Não tenho paciência para trolls nos comentários ("você só escreve bobagem, vai catar coquinho").
4. Não tenho paciência para aquelas discussões criadas por quem acha que tem todo direito de fazer o que quiser no meu espaço.
5. Minha mania de organização se sente agredida com comentários sem qualquer relação com o assunto do post.
6. Vários weblogs de sucesso tampouco têm sistemas de comentários (por exemplo, Mark Evanier, Seth Godin, James Wolcott, entre muitos outros).
7. Quase todos os leitores de weblogs também possuem weblogs, e os que ainda não têm podem criar um rapidamente. A resposta a qualquer coisa que eu escreva aqui no meu weblog pode ser dada facilmente aí no seu weblog, criando um diálogo entre weblogs. #

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

[ 12:33 ]

Li a mini-série (seis revistas) Batman/Huntress: Cry For Blood, com roteiro do Greg Rucka e arte do Rick Burchett. Histórias da máfia em Gotham City, como em The Long Halloween, um tema que eu gosto de ver no universo ficcional do Batman. Esta série é muito mais sobre a caçadora que sobre o homem-morcego, mas não deixa de ser interessante. #

[ 11:43 ]

Som do dia (iniciando uma semana country): Willie Nelson. Assisti o dvd do seu show holandês de junho de 2000, Live in Amsterdam. O velhote é um clássico. Destaque também para o Mickey Raphael na harmônica. "Mamas, don't let your babies grow up to be cowboys. / Don't let 'em pick guitars or drive them old trucks. / Let 'em be doctors and lawyers and such. / Mamas, don't let your babies grow up to be cowboys. / 'Cause they'll never stay home and they're always alone. / Even with someone they love." (Mama Don't Let Your Babies Grow Up To Be Cowboys) #

[ 11:32 ]

Assisti em dvd O Mundo de Leland (The United States of Leland, EUA, 2003), escrito e dirigido por Matthew Ryan Hoge. Uma espécie de O Estrangeiro em versão adapatada para a vidinha confortável dos subúrbios dos EUA. Bom elenco (Don Cheadle, Lena Olin, Kevin Spacey), mas a narrativa é lenta e recheada de frases com pretensão filosófica, particularmente irritantes quando vindas de um protagonista adolescente com complexo de guru. Não gostei. #

[ 11:18 ]

Culinária criativa em weblog: Ideas in Food. #

[ 10:59 ]

Em muitos jogos de basketball, um time não consegue fazer mais de 80 pontos. Ontem, na partida entre Los Angeles Lakers e Toronto Raptors, Kobe Bryant fez, sozinho, 81 pontos. Em toda a história da NBA, só um jogador pontuou mais alto, o lendário Wilt Chamberlain em 1962. Congratulations, mr. Bryant! (Kobe erupts for 81 points, 2nd most ever) #

domingo, 22 de janeiro de 2006

[ 19:15 ]

Esta semana no Burburinho, a segunda parte do texto sobre pseudônimos coletivos. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

sábado, 21 de janeiro de 2006

[ 22:49 ]

Depois fomos até Blumenau para um passeio pelo Shopping Center Neumarkt e uma sessão de cinema. Escuridão (The Dark, GB-Alemanha, 2005), do John Fawcett, é uma grande bobagem, com roteiro infantil, direção arrastada, e montagem cheia de acordes vigorosos para assustar o espectador no momento errado. Uma mancha escura no currículo da Maria Bello e do Sean Bean. #

[ 22:33 ]

Hoje fizemos um passeio até Pomerode para visitar a XXIII Festa Pomerana. Bandinhas tocando música folclórica alemã, muita gente vestindo os tradicionais trajes da região, quase todos dançando e bebendo chopp. A grande atração para mim foi o almoço, um buffet de iguarias germânicas incluindo hackepetter (carne crua moída e bem temperada), kassler (bisteca de porco defumada e grelhada, meu prato preferido na culinária alemã), eisbein (joelho de porco), bockwurst (salsichão vermelho ou branco, eu prefiro o vermelho), marreco assado, alcatra grelhada, frango ao molho de páprica, pernil ao forno, tatu recheado, galeto, salada de batatas, queijos coloniais, entre outras coisas, tudo acompanhado de uma boa mostarda preta. Para completar, um bananenstrudel, versão tropical do apfelstrudel, substituindo a maçã por banana. Supimpa. #

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

[ 08:46 ]

Assisti em dvd A Good Woman (GB-EUA-Espanha-Itália, 2004), do Mike Barker. No início da história eu estava achando muito estranha a excessiva quantidade de frases famosas do Oscar Wilde usadas nos diálogos, até que me dei conta que o filme é uma adaptação da sua peça Lady Windermere's Fan. Bom elenco: Scarlett Johansson, Tom Wilkinson e Helen Hunt (parecendo mais velha do que é). No Brasil, foi rebatizado estupidamente de A Falsária. #

[ 08:39 ]

Li o álbum de quadrinhos Níquel Náusea: Vá Pentear Macacos (Devir, 2004), do Fernando Gonsales. Eu sempre rio com estas tirinhas, é surpreendente a imaginação do Gonsales para inventar tantas piadas boas com animais. Em 2001 ele deu uma entrevista para o Burburinho: Conversa com Fernando Gonsales. #

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

[ 20:34 ]

Bricksmith: brincando com LEGO no Mac. #

[ 09:46 ]

Assisti em dvd os treze episódios restantes da primeira temporada de Smallville, e não mudei muito a minha opinião de que parece uma versão disfarçada de Buffy, com vampiros e demônios substituídos por outras criaturas estranhas mas mantendo o esquema de representar metaforicamente os problemas do cotidiano adolescente. E continuo achando que Lex Luthor, na série, é um personagem bem mais interessante que o protagonista Clark Kent. Curioso notar também que, num lugar com 45.001 habitantes (é o que diz a placa na entrada da cidade), tudo acontece sempre com ou ao redor da mesma meia dúzia de pessoas, Clark Kent e seus amigos. O último episódio é o clássico cliffhanger, terminando com vários personagens em situação de perigo, mas não sei se me animo a ver a segunda temporada para saber o que aconteceu com eles. #

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

[ 21:51 ]

Como o primeiro conto de Lo Mejor de la Ciencia-Ficcion del Siglo XIX era El Hombre de la Arena do E.T.A. Hoffmann, aproveitei para emendar com a releitura de Tales of Hoffmann, coleção de uma dúzia de histórias do mesmo autor, incluindo o próprio The Sandman. Eu tinha lido na adolescência um livro com o mesmo título mas não tenho certeza se os contos eram os mesmos. Anyway, agora estou mergulhando novamente no universo hoffmanniano de alquimistas, automatas e muitas referências musicais, que parece ter inspirado autores como Kafka e Poe. #

[ 13:14 ]

Colagens fotográficas: Cédric Tanguy. #

[ 13:11 ]

Fotos do mundo da sinuca: Pool Hustlers. #

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

[ 19:28 ]

Andei relendo alguns gibis antigos do Batman que apareceram por aqui, todos bem fraquinhos. O Filho do Demônio, roteiro by Mike Barr, arte by Jerry Bingham, sem data. Batman reencontra sua paixão Tália, filha do vilão Ra's al Ghul, e desta vez a engravida. Um filho para o homem-morcego? Scarface, roteiro by Alan Grant, arte by Charlie Adlard, sem data. Um dos vilões mais estranhos de Gotham City, Scarface é um boneco de ventríloquo, feito da madeira de uma forca onde morreram centenas de assassinos, que ganhou vida e se tornou uma espécie de Chucky mafioso. Luar, roteiro by John Byrne, arte by Arthur Adams (com arte-final do Dick Giordano), 1988. Batman pede ajuda ao Super-Homem para livrar a cidadezinha de Fayerville de um ataque de vampiros. Faces, roteiro by James Owsley, arte by Michael Bair, 1989. No prólogo, Jason Todd é o novo Robin e Barbara Gordon ainda é a Batgirl; na segunda parte, Jason já morreu e Barbara está numa cadeira de rodas. Tem uma daquelas cenas em que Batman fica desacordado por mais de uma hora e nenhum dos bandidos lembra de levantar a máscara e descobrir a identidade secreta do herói. As Dez Noites da Besta, texto by Jim Starlin, arte by Jim Aparo, 1987. Batman e Robin defendendo membros do governo ligados de alguma forma ao projeto Guerra nas Estrelas, aquele do presidente Reagan, que também aparece na história. Os heróis tentam proteger de um ataque um almoço para arrecadar fundos para o partido republicano, e depois têm um diálogo interessante. Robin: "O Parker esteve envolvido com a Liga Democrática dos Estudantes quando estava na faculdade." Batman: "No final dos anos sessenta, muitos jovens se filiaram a essa entidade para protestar contra a guerra do Vietnã. Apenas isso não faz do Parker um espião comunista." #

[ 10:16 ]

Ontem assisti na televisão a entrega dos Golden Globes. Gostei muito de ver Lost levando o prêmio de melhor série dramática (por que uma espera tão grande pela segunda temporada no Brasil?) e o Philip Seymour Hoffman ganhando o troféu de melhor ator dramático (ainda não vi Capote, mas sou fã dele desde Boogie Nights, Happiness e Magnolia). Os grandes vencedores da noite, porém, foram dois filmes que não despertam muito o meu entusiasmo para ir ao cinema. Brokeback Mountain levou quatro prêmios (drama, diretor, roteiro e canção) mas eu acho o Ang Lee um diretor sobrevalorizado, com filmes medianos aclamados como obras-primas (Sense and Sensibility, por exemplo) e outros simplesmente desastrosos (Hulk, por exemplo), e tenho dúvidas se Brokeback Mountain está fazendo sucesso pela sua qualidade ou pelo tema polêmico. Walk the Line levou três prêmios (musical, atriz e ator) e eu até gosto do Johnny Cash, o biografado, mas nutro certa antipatia pelo par central, Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon, que também considero sobrevalorizados. Enquanto isso, filmes que eu realmente gostei nos últimos tempos, Crash e A History of Violence, foram simplesmente ignorados na premiação. #

[ 09:45 ]

No final de 2004, num pequeno ato de rebeldia, fui até o barbeiro da esquina e mandei passar máquina um na minha cabeça. Desde então, era o corte que vinha mantendo. Mas ontem resolvi mudar e mandei passar máquina zero. Gostei. #

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

[ 17:38 ]

Durante o weekend, assisti em dvd os oito primeiros episódios da primeira temporada de Smallville (2001-2002). A premissa é interessante, recontar a adolescência do Super-Homem num ambiente contemporâneo incorporando também outros elementos da biografia do homem de aço. O episódio-piloto é particularmente eficiente em amarrar pontas soltas da história (que já passou pelas mãos de incontáveis roteiristas de quadrinhos, televisão e cinema), como por exemplo os meteoritos que caem em Smallville junto com a nave que traz o pequeno Kal-El (explicando a abundância de kriptonita nas histórias do super-herói) e causam mortes e estragos gigantescos (explicando a necessidade que Clark Kent sente em ser um benfeitor da humanidade, já que nutre um complexo de culpa de dar inveja a Jean Valjean). Claro que são inevitáveis as diferenças entre a história dos quadrinhos e a da série de tv, até porque mesmo nos gibis já tivemos diversas versões do que aconteceu na adolescência do herói. Entre as alterações mais óbvias, temos a presença de Lex Luthor como amigo de Clark Kent (apesar das indicações que ainda se transformará no famoso vilão que conhecemos), uma Lana Lang morena (nos quadrinhos ela é tradicionalmente ruiva ou loira, contrastando com Lois Lane, esta sim morena) e um Pete Ross negro (nos quadrinhos ele era um loirinho sardento). Passado o episódio-piloto e todas as comparações entre hq e tv, Smallvile me lembrou muito a série Buffy: adolescentes de high school envolvidos com casos estranhos, com o tradicional monstro da semana em primeiro plano e os namoricos dos protagonistas como pano de fundo. Até o grupo de amigos Clark-Chloe-Pete lembra de alguma forma a trinca Buffy-Willow-Xander. E se Sunnydale foi construída em cima de Hellmouth, um portal para o mundo dos demônios, Smallville tem sua cota de criaturas extraordinárias e perigosas por causa dos efeitos da kriptonita ali acumulada. O elenco de Smallville é curioso. Tom Welling é obviamente velho demais para ainda estar na escola, e não me convence muito como Clark Kent. Michael Rosenbaum (de Poolhall Junkies) é facilmente o melhor ator entre os jovens da série, e faz de Lex Luthor o verdadeiro herói da história: milionário, morando sozinho numa mansão, dirigindo um Porshe, para que super-poderes? Para interpretar os pais adotivos de Clark, foram escolhidos dois atores com passado conhecido: Annette O'Toole, que aparece aqui como Martha Kent, já foi Lana Lang em Superman III, de 1983, e John Schneider, o novo Jonathan Kent, ficou famoso nos anos oitenta como Bo Duke na série The Dukes of Hazzard (rebatizada no Brasil como Os Gatões). Gostei o suficiente de Smallville para ter curiosidade de ver os outros episódios da primeira temporada. #

[ 16:23 ]

A Noite dos Cangaceiros Mortos-Vivos, página 129: "Ao contrário do que todo mundo pensa, a Bahia não é uma unidade federativa, mas uma agência de publicidade reconhecida pelo governo federal como estado. Tudo que os caras sabem fazer são musiquinhas cheias de vogais (aêaêaê, aíaíaí, aôaôaô), todas autopromocionais. Como é líndia a praia de Itapuã, a lagoa do Abaeté, o Pelô, a Baixa do Sapateiro, o Mercado Modelo. Aí você chega lá e é um cheiro de mijo do cacete, umas praias entupidas de ratos e uns cantores pretensiosos posando de intelectuais. Vê se pode. Cantor nasce com um neurônio a mais do que jumento pra não cagar no meio do show. Como é que uma besta dessas pode ser intelectual?" #

[ 16:16 ]

A Noite dos Cangaceiros Mortos-Vivos, página 110: "Veja o Niemeyer, por exemplo. Stalinista desde criancinha, o cara construiu o maior monumento sebastianista da cristandade: Brasília. A cidade parece maquete de filme do Roger Corman. Cenário de história em quadrinhos vagabunda. Um monte de concreto no meio do cerrado. Um monte de prédios germânicos num país tropical. Não é à toa que político brasileiro faz tanta cagada. Os caras vivem numa cidade que parece cenário, porra! Como é que eles vão ter senso de realidade? Niemeyer construiu aquela merda pra esperar a volta de Dom Sebastião. Não precisava nem ser o Tião original. Um Tião comuna, um Tião Pol Pot, um Tião Zapata, um Tião Fidel já estava bom demais. Não vai chegar ninguém, ô Niemeyer mané! Maniemeyer! Niemané! Le Corbusier dos pobres. Estagiário da Bauhaus. Bobão. Feio. Babaca. Tontão." #

[ 16:09 ]

Li quase de uma só vez as duzentas páginas de A Noite dos Cangaceiros Mortos-Vivos (Editora Nova Alexandria, 2001), do Edson Aran. Divertido, sarcástico, irreverente, afiado e despudorado, um dos livros de humor mais inteligentes dos últimos tempos. É uma espécie de road book (não existe road movie? pois este é um road book) onde três protagonistas destrambelhados (um sósia do Raul Seixas que pensa ser negro, um índio aculturado que gosta de destruir coisas, e um contrabandista de armas que quer ser revolucionário, segundo o narrador "três representantes das raças que formaram essa grande nação: preto porra louca, índio safado e branco filho da puta") percorrem o país numa viagem (quase) suicida em nome de uma revolução absurda da qual só eles participam (e mesmo assim nem todos estão plenamente convencidos dos ideais do cangaceirismo). A trama é bacaninha, narrada em paralelo a um longo flashback, com muitas cenas de ação (o enredo é quase um Natural Born Killers que deu certo, cheio de tiroteios e explosões), e ainda tem hilariantes explosões de veneno do narrador-protagonista, que atira seu mau humor em tudo que se move (e no que não se move também, nos próximos posts vou transcrever alguns trechinhos ferinos). Só acho um absurdo os livros do Paulo Coelho venderem milhões enquanto A Noite dos Cangaceiros Mortos-Vivos fica esquecido num balaio de ofertas (comprei o livro por R$2,50). Muito bom, recomendo. #

[ 09:36 ]

Esta semana no Burburinho, o Marcus Vinicius Garrett Chiado fala sobre o filme Zathura, aventura infanto-juvenil com atmosfera de anos oitenta. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

domingo, 15 de janeiro de 2006

[ 11:34 ]

Hoje meu processo de imigração para os EUA completa três anos. Sim, inicialmente, quando fiz o pedido do visto de imigrante, deram-me um documento dizendo que a resposta viria num máximo de seis meses. Não era verdade. Primeiro, adiaram o prazo de 180 dias para 360 dias. Depois, para 485 dias. A partir, daí, não se preocuparam mais em dar novos prazos. Com todas essas esperas, meu visto de permanência expirou e fui forçado a sair do país. Quando finalmente recebi uma carta informado que a solicitação estava aprovada, achei que meus problemas tinham terminado, mas era somente o início de uma nova fase. Fui mais uma vez obrigado a voltar ao Brasil e continuar tratando do processo de imigração através do consulado. Mesmo assim, as cartas pedindo mais documentos e mais taxas a serem pagas são enviadas para meu endereço antigo nos EUA, onde eles sabem que não estou. Novas exigências vão surgindo pelo caminho, novos pedidos de documentos dos quais eles já possuem cópias, novas etapas que não constavam no percurso inicial, e sempre novas esperas sem prazo definido.

Quando o processo foi iniciado, eu estava nos EUA com dois vistos válidos (um de trabalho e um de turismo), com casa e com trabalho. Hoje, apesar de ter seguido todos as exigências legais e de já ter esperado seis vezes mais que o previsto, estou no Brasil, sem vistos para voltar, sem casa e sem trabalho. A partir deste mês, estou oficialmente desligado do meu endereço estadonidense (todas as minhas coisas estão sendo transferidas para um armazém por tempo indeterminado) e da empresa para a qual prestava serviços lá (com a distância física, acabou tornando-se inviável continuar a colaboração). E aqui no Brasil ainda não tenho residência fixa (vou com a minha malinha e o meu iBook pelas casas de amigos e familiares de bom coração) nem trabalho (fica difícil conseguir emprego quando não sabemos onde moramos ou quanto tempo vamos ficar num lugar).

E aí eu me pergunto, como na música do David Byrne, "well, how did I get here?" Claro que, se eu soubesse há três anos que o resultado seria este, não teria seguido este caminho tortuoso. Mas ninguém avisa, quando você pede um visto de imigrante nos EUA, que vão passar anos antes que sua situação seja resolvida, que vão ignorar os prazos dados por eles mesmos, que vão forçar a sua saída do país mesmo depois do processo aprovado e impedir a sua volta por tempo indeterminado. Não, a burocracia kafkiana vai agindo pouco a pouco, trabalhando sempre com a ilusão que falta pouco para o fim do percurso, só mais um documento, só mais uma taxa, só mais um mês, só mais um documento, só mais uma taxa, só mais três meses...

Quanto tempo de espera ainda tenho pela frente? Ninguém parece saber ao certo. O que vou fazer enquanto isso? Ainda não sei, tenho algumas idéias, porém nada definitivo. Por agora, continuo minha vidinha nômade, misturando dias de Kafka com dias de Kerouac. #

sábado, 14 de janeiro de 2006

[ 21:14 ]

The Science of Superman: "According to the basic laws of physics, Krypton is impossible." #

[ 21:08 ]

Pintura bacana: Ray Caesar. #

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

[ 14:37 ]

Da série Curiosidades Que Aprendemos Lendo Histórias em Quadrinhos. Pergunta: Por que os botões da roupa masculina ficam do lado oposto aos botões da roupa feminina? Resposta: O costume vem da época em que as aristocratas tinham empregadas para abotoar suas roupas, e os botões no lado esquerdo facilitavam a tarefa para as empregadas destras, que eram maioria. Os homens destros também eram maioria, e seus botões ficavam do lado oposto para que pudessem desembainhar suas espadas sem risco que se prendessem nas beiradas da roupa. (em Y: The Last Man #41) #

[ 14:31 ]

Da série Curiosidades Que Aprendemos Lendo Histórias em Quadrinhos. Pergunta: Além do Dick Sargent e do Dick York, quem mais interpretou o personagem Darrin Stevens, marido de Samantha na série A Feiticeira (Bewitched)? Resposta: Bill Mumy, o Will Robinson de Perdidos no Espaço (Lost in Space), interpretou Darrin Stevens no episódio em que Endora, mãe de Samantha, o transforma num menino. (em X-Factor #1) #

[ 14:16 ]

Leituras em quadrinhos: The New Adventures of Hitler (publicado originalmente na revista Crisis #46, em 1990), roteiro do Grant Morrison, arte do Steve Yeowell, um Hitler jovem na Inglaterra, completamente louco, vendo homens imaginários dentro do guarda-roupas e querendo encontrar o cálice sagrado, fraquinho; Wolverine and Venom (publicado originalmente nas revistas Marvel Comics Presents #117 a #122, em 1992), roteiro do Howard Mackie, arte do Sam Kieth, crossover armadilha para fãs desavisados, fraquinho; Y: The Last Man #41, que continua sendo uma das melhores séries em publicação; X-Factor #1, a nova série, aparentemente centrada no mutante múltiplo Madrox, bom começo, mas ainda é cedo para julgar; O Gato, aventura antiga do Mestre do Kung Fu, que era um dos meus super-heróis preferidos no início dos anos setenta, juntamente com o Batman e o Arqueiro Verde. #

[ 13:03 ]

E já que o assunto é vocabulário, aproveito para colocar aqui as novas expressões que aprendi, enviadas por email por um amigo de São Paulo que prefere manter-se anônimo, estudioso do linguajar dos travestis da rua Augusta (interesse puramente acadêmico, claro). Dar a Elza: roubar, enganar alguém. Acuendar o picumã: usar peruca. Equê do bofe: mentira do rapaz. #

[ 12:51 ]

Há quase um ano eu tentei descobrir como como se chamaria quem nasce em Balneário Camboriú. A resposta que os habitantes locais nos deram na época foi balnearcamboriense. Mas hoje recebi um email esclarecedor do leitor Maurício, corrigindo este equívoco com a lei municipal nº 1935/00, assinada em janeiro de 2000 pelo prefeito Leonel Arcângelo Pavan: "Fica institucionalizado como adjetivo pátrio para as pessoas nascidas no Município de Balneário Camboriú, a denominação balneocamboriuense." Thanks! #

[ 12:44 ]

Li Delito por Dançar o Chá-Chá-Chá (Delito por Bailar el Chachachá, Ediouro, 1998), do Guillermo Cabrera Infante. São três contos vagamente interligados, onde pouca coisa acontece. Nos dois primeiros, o relacionamento frágil de um casal fica no centro da narrativa. No terceiro, a verborragia em primeira pessoa domina o texto, o mais longo dos três, e divaga por temas variados até chegar ao chá-chá-chá do título, parte de uma tese segundo a qual as formas artísticas não estariam necessariamente ligadas ao ambiente político em que são geradas, ao contrário do que pregaria o socialismo castrista (do qual Cabrera Infante escapou exilando-se na Inglaterra). Não gostei muito. #

[ 12:23 ]

Assisti em dvd Frida (EUA-Canadá-México, 2002), da Julie Taymor. Interessante biografia da artista mexicana, bem melhor, por exemplo, que a biografia do Modigliani que vi esta semana (curiosamente, gosto muito mais dos quadros dele que dos dela). Salma Hayek está muito bem como Frida Kahlo (e muito bonita, apesar da verdadeira Frida ser feia), mereceu a indicação ao Oscar (o prêmio foi para a Nicole Kidman, por The Hours), e Alfred Molina faz um ótimo Diego Rivera. Destaque também para a música (que levou um Oscar) e a direção de arte (que foi indicada para a estatueta mas perdeu para Chicago). #

[ 09:20 ]

Há exatos seis meses o Burburinho comemorou seu quarto aniversário e aproveitei para lançar uma experiência com o conceito de micromecenato, criando uma caixinha de doações para tentar envolver a comunidade de burbunautas na sustentabilidade do site. Eu tinha dúvidas quanto aos resultados, mas nunca imaginei que a iniciativa seria um fracasso tão magnífico. Em seus cento e oitenta dias de existência, a caixinha recebeu contribuições de somente duas pessoas, coletando um total de exatos cinqüenta dólares. A decepção foi suficientemente grande para me fazer repensar o projeto. O que vai acontecer com o Burburinho? Nos próximos seis meses continua tudo como antes, porque quero ver o site chegar ao seu quinto aniversário. Depois de 13 de julho de 2006, imagino as seguintes opções: (a) recebemos alguma oferta de patrocínio integral do site e continuamos a fazer o Burburinho, possivelmente com algumas mudanças para refletir a presença do patrocinador, ou (b) deixamos de atualizar o site e deixamos de enviar os boletins, mantendo somente os arquivos disponíveis, colocando o Burburinho em hibernação. Quero aproveitar a oportunidade para agradecer imensamente aos dois heróis anônimos que depositaram sua contribuição na caixinha do Burburinho. A internet precisa de mais gente como vocês. #

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

[ 14:13 ]

Li o álbum de quadrinhos Mapinguari e Outras Histórias (Opera Graphica, 2003), do Flavio Colin (1930-2002). Os três primeiros roteiros, do próprio Colin, passam-se na Amazônia, e os outros dois, de José Augusto e Samuel Schütt, nos Pampas. Nenhuma das histórias é extraordinária, mas o traço primoroso do Colin vale o álbum. O homem sabia desenhar muito bem e tinha um estilo único. #

[ 13:59 ]

Esculturas feitas com garfos: Fork Art. #

[ 13:53 ]

Hoje li duas reportagens interessantes sobre escritores com histórias duvidosas. O James Frey, autor do best-seller supostamente autobiográfico A Million Little Pieces, parece ter inventado quase tudo que está no livro: The Man Who Conned Oprah. O JT LeRoy, autor de The Heart Is Deceitful Above All Things, parece não passar de um personagem inventado, por trás do qual se esconderia a cantora Laura Albert: Who is the Real JT LeRoy?. Em comum, os dois têm um (suposto) passado de sexo, drogas e crimes, além de um presente recheado de dólares das vendas de seus livros. #

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

[ 21:29 ]

Li o álbum de quadrinhos Hugo Para Principiantes (Devir, 2005), do Laerte. Bem divertido, ri até das tirinhas que já conhecia. Acompanho os quadrinhos do Laerte desde a década de oitenta, Piratas do Tietê, aqueles palhaços atrapalhados (tinham nome os palhaços?), os gatos (ele branco, ela preta), Overman... E o Hugo é o meu preferido, parece um alter-ego do autor vivendo num mundo-limite onde o absurdo acontece com tanta naturalidade que nos reconhecemos nas situações surreais que ele protagoniza. Bacana. #

[ 15:10 ]

Meu equipamento fotográfico, que ficou guardado nos EUA, agora passa a ser oficialmente uma velharia, já que a Nikon anunciou hoje que deixará de fabricar e comercializar, entre outros produtos, câmaras que usam filme e objetivas de foco manual: Nikon prepares to strengthen digital line-up for 2006. "As a result of the new strategy Nikon will discontinue production of all lenses for large format cameras and enlarging lenses with sales of these products ceasing as soon as they run out of stock. This also applies to most of our film camera bodies, interchangeable manual focus lenses and related accessories." #

[ 14:39 ]

How to Improve Your Logo: "A logo that depends on fancy special effects is not a solid logo. Special effects include drop shadows, bevels, lens flares, reflections, and stylistic filters." #

[ 14:37 ]

The Mark of Zorro, de 1920, dirigido por Fred Niblo, com Douglas Fairbanks no papel do espadachim mascarado, está disponível para download gratuito. #

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

[ 21:02 ]

Assisti em dvd Modigliani (EUA-GB-França-Alemanha-Itália, 2004), do Mick Davis. Paris, início do século, as artes plásticas em ebulição, Amedeo Modigliani pintando magnificamente e mergulhando numa espiral de autodestruição, com problemas de relacionamento e dependência de drogas. Andy Garcia interpreta bem o personagem-título, mas o filme é melodramático demais para o meu gosto. Além disto, o roteiro tem alguns deslizes históricos, como por exemplo mostrar Modigliani e a amante sendo enterrados juntos (na verdade, a família da Jeanne Hébuterne não permitiu que isso acontecesse, e só muitos anos mais tarde os dois corpos foram reunidos) ou afirmar que Picasso morreu dizendo o nome de Modigliani (nunca tinha ouvido falar nisso, já que as famosas últimas palavras do pintor espanhol são sempre citadas como "drink to me" - o Paul McCartney até fez uma canção sobre isto). O filme tem algum interesse para quem gosta dos artistas da época (aparecem, entre outros, Picasso, Utrillo, Cocteau, Rivera e Gertrude Stein), mas fiquei um pouco decepcionado. #

[ 16:52 ]

Leituras em quadrinhos: mais duas revistas (4 e 5) da série Forgotten Realms, contando a história do Drizzt Do'Urden (continuo gostando e com vontade de ler os livros originais); mais três revistas (14, 15 e 16) da série Ex Machina (boa mas não tão boa como a outra série do mesmo autor, Y: The Last Man); a primeira revista de Angel Stomp Future, do Warren Ellis (achei fraquinha, muito distante da qualidade de Transmetropolitan ou Fell); Batman / Danger Girl, crossover do Homem-Morcego com a equipe de garotas perigosas do J. Scott Campbell e do Andy Hartnell (história fraca mas excelente arte do Leinil Francis Yu); a primeira revista de Friendly Neighborhood Spider-Man, nova série do Homem-Aranha com participação do Capitão América (não fiquei particularmente impressionado). #

segunda-feira, 09 de janeiro de 2006

[ 10:15 ]

Assisti em dvd Alvo Errado (Who Is Cletis Tout?, EUA-Canadá, 2001), do Chris Ver Wiel. Uma idéia interessante: um falsário (Christian Slater) conta sua história para o assassino contratado para o matar (Tim Allen), que por ser fanático por cinema vai aplicando técnicas de roteiro à narrativa que ouve. Pena que a trama seja demasiadamente inverossímil, tirando toda a graça do filme. Bobinho. #

[ 09:34 ]

Algumas vezes fico com aquela sensação de que as coisas vão começar a melhorar, que os problemas estão chegando ao fim, que o pior já passou e que devo me preparar para a fase boa que virá a seguir. Aí invariavelmente recebo uma notícia ruim, para confirmar a inutilidade de tanto otimismo. #

domingo, 08 de janeiro de 2006

[ 22:00 ]

Esta semana no Burburinho, um texto meu sobre Alan Smithee, Walter Plinge e Ellery Queen: pseudônimos coletivos - parte 1. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

sábado, 07 de janeiro de 2006

[ 16:58 ]

Depois de um opíparo almoço na Churascaria Rio Grande, onde prestei minhas profundas homenagens à santíssima trindade da picanha, da maminha e da fraldinha, fui visitar a 2ª Feira de Rua do Livro de Balneário Camboriú. Além de dividir espaço com a Feira de Arte e Artesanato, o evento oferece pouquíssimos títulos e pelo menos metade nas categorias esoterismo e auto-ajuda. Depois de muito peneirar, comprei quatro livros por dez reais: O Caso das Rosas Fatais (Let Me Call You Sweetheart), da Mary Higgins Clark (quando eu morava em Portugal, li alguns livros dela e gostei); Delito por Dançar o Chá-Chá-Chá (Delito por Bailar el Chachachá), do Guillermo Cabrera Infante (de quem nunca li nada mas estava na minha lista de autores a conhecer); As Infernais Máquinas de Desejo do dr. Hoffman (The Infernal Desire Machines of dr. Hoffman), da Angela Carter (de quem só tinha ouvido falar); e A Noite dos Cangaceiros Mortos-Vivos, do Edson Aran (não sei quem ele é mas o título do livro foi irresistível). #

[ 11:05 ]

Como estava ao alcance da mão, peguei o livro Are Men Necessary? (Putnam, 2005), da Maureen Dowd, e comecei a ler. Eu conhecia a autora por suas colunas de opinião política no New York Times, e não sabia que ela também se aventurava a escrever sobre relacionamentos amorosos (o subtítulo do livro é When Sexes Collide). Mas achei o texto muito fraco, anedótico, um apanhado de declarações de amigos e familiares, parecendo muito um artigo esticado daquelas revistas tipo Cosmopolitan (ou sua versão brasileira, Nova). Li somente até o final do primeiro capítulo (página 76, de um total de 338) e larguei. #

[ 10:10 ]

The Hidden State Steps Forward: "The danger is not abstract or merely symbolic. Bush's abuses of presidential power are the most extensive in American history. He has launched an aggressive war ("war of choice," in today's euphemism) on false grounds. He has presided over a system of torture and sought to legitimize it by specious definitions of the word. He has asserted a wholesale right to lock up American citizens and others indefinitely without any legal showing or the right to see a lawyer or anyone else. He has kidnapped people in foreign countries and sent them to other countries, where they were tortured. In rationalizing these and other acts, his officials have laid claim to the unlimited, uncheckable and unreviewable powers he has asserted in the wiretapping case. He has tried to drop a thick shroud of secrecy over these and other actions. There is a name for a system of government that wages aggressive war, deceives its citizens, violates their rights, abuses power and breaks the law, rejects judicial and legislative checks on itself, claims power without limit, tortures prisoners and acts in secret. It is dictatorship." #

[ 09:51 ]

Primeiro, a Intel: Intel Launches New Logo. Agora, a Kodak: Kodak unveils new logo. Só eu que acho esses novos logotipos feinhos? #

sexta-feira, 06 de janeiro de 2006

[ 15:11 ]

Os Sonhadores me fez lembrar de duas leituras importantes do final da minha adolescência. A primeira era uma história resumida das manifestações estudantis apresentadas no filme do Bertolucci, Paris 1968 - as barricadas do desejo, de Olgaria C.F. Matos. A outra era um romancezinho despretensioso chamado Porcos Com Asas - diário sexo-político de dois adolescentes, de Marco Radice e Lidia Ravera. Foi a partir destes livros, ambos publicados pela Editora Brasiliense (e acho que ambos hoje fora de catálogo), que despertei para outras leituras libertárias e acabei descobrindo Proudhon, Stirner, Thoreau, Bakunin, Kropotkin, e tantos outros. Logo em seguida fui morar na Espanha. Bons tempos. #

[ 14:36 ]

Assisti em dvd Os Sonhadores (The Dreamers, Itália-França-GB, 2003), do Bernardo Bertolucci. Há muito tempo eu não via um filme tão no espírito dos anos sessenta europeus, não só na história mas também no estilo da narrativa, no conteúdo dos diálogos, no descompromisso da conclusão. Muito interessante. E tem ainda a estonteante Eva Green em apoteótica nudez. Gostei. #

[ 08:02 ]

Apesar do meu protesto de anos passados contra o Prêmio iBest (2001, 2002 e 2003), o Por um Punhado de Pixels foi listado por eles este ano entre os dez melhores sites do Brasil na categoria Blog. Meus agradecimentos ao Comitê iBest. #

quinta-feira, 05 de janeiro de 2006

[ 11:47 ]

Assisti em dvd a primeira temporada de The 4400. As 4.400 pessoas do título sumiram sem deixar rastro durante todo o século XX e reapareceram misteriosamente no início do século XXI, todas juntas, sem ter envelhecido, algumas com poderes sobrenaturais. Quase todos suspeitam de interferência extraterrestre mas ninguém lembra o que realmente aconteceu (o episódio final da temporada revela alguns segredos mas não responde todas as perguntas). A fórmula da série parece simples e propícia para quantos episódios quiserem fazer: uma trama central acompanha dois investigadores do DHS (tentativa de recriar a dupla Mulder e Scully?) e meia dúzia dos integrantes dos 4.400, enquanto os outros vão aparecendo ao ritmo de um por episódio e servindo de "história da semana". Na verdade, a premissa é melhor que o desenvolvimento da série, achei tudo muito previsível e um pouco simplório. No elenco, Joel Gretsch (da série Taken, que também tinha humanos abduzidos e uma menininha loira no meio do mistério), a australianinha Jacqueline McKenzie (de Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood), Laura Allen (de Mona Lisa Smile), Peter Coyote (tentando ser o chefe durão mas bonzinho quando na verdade é só mais um burocrata autoritário) e o impronunciável Mahershalalhashbaz Ali (de Crossing Jordan e Threat Matrix). #

[ 10:06 ]

Câmara fotográfica para ser atirada no ar: Satugo. "Simply throw Satugo into the motive to catch the moment, where it hits you get a picture, or take air photos by activating the timer before throwing the Satugo." #

[ 10:04 ]

Gostei das bordas animadas deste site: Neave. #

quarta-feira, 04 de janeiro de 2006

[ 21:50 ]

Hoje passei o dia no parque Beto Carrero World. Lamentável. Eu já tinha lido e ouvido comentários como "atrações de nível internacional" e "a Disney World brasileira", e caí no engodo. O preço do ingresso é absurdamente alto e nada no parque justifica os R$73,00 deixados na entrada. As filas para as atrações são enormes e desorganizadas, sem linhas de delimitação ou proteção para o sol. Um brinquedo simples como o Trem Fantasma tem uma espera de mais de uma hora para um percurso de somente três minutos. Pontos mais populares, como a Montanha Russa ou o Império das Águas (um barquinho que atravessa umas corredeiras), geram filas de duas horas ou mais para percursos também de poucos minutos. Apesar do preço alto do ingresso, várias atrações cobram ainda outro ingresso: Castelo do Terror (R$ 7,00), Excalibur (R$ 9,00), West Selvagem Show (R$ 17,00, incluindo refeição). Os lanches oferecidos em vários lugares do parque são caros e decepcionantes. Mesmo em plena temporada turística, muitas partes do parque estavam em obras e fechadas para o público. O jardim zoológico tem alguns animais bonitos (o destaque, evidentemente, é o tigre siberiano), mas em número decepcionante (os de Balneário Camboriú e de Pomerode, para citar dois da mesma região, apresentam muito mais variedade por um preço muito menor). O pior de tudo, porém, é o ar tosco de todo o Beto Carrero World, grosseiro em concepção e execução, imitação muito mal feita de coisas vistas em parques de outros países, mistura de idéias díspares alinhavadas sem grandes cuidados. Um bom exemplo deste espírito tosco é a apresentaçao circense que encerra o dia no parque, o Beto Carreiro Country Show, com índios e cowboys em sketches que ficam entre o teatro infantil amador e as velhas lutas de Ted Boy Marino e outros astros do Telecatch. Outro exemplo do espírito tosco é o passeio de trenzinho pela Terra da Fantasia, percurso que inclui uma coleção de estátuas disformes (de índios, de tamanduás subindo em árvores, de sapos gigantes, e até de Tarzan e sua família, com uma Jane que parece ter feito um implante de silicone nos seios), passa pela casa do Papai Noel (com um boneco de "neve" em pleno verão catarinense), pela fazenda do próprio Beto Carreiro (com uma encenação entre bandidos e mocinhos mais farsesca que filme mudo do Tom Mix), e termina apoteoticamente numa caverna de dinossauros de fibra de vidro com o realismo de decoração natalina em shopping center. Tosco, tosco, tosco. #

terça-feira, 03 de janeiro de 2006

[ 14:58 ]

Esculturas com líquidos magnéticos: Magnetic Fluid Art Project. #

[ 14:56 ]

O futuro da televisão, pelo bom humor do criador de Buffy e Firefly: Guest Columnist Joss Whedon Eyes the Future of TV. #

[ 11:33 ]

O texto saiu hoje traduzido no Estado de S. Paulo, mas só está disponível online para assinantes. O original em inglês está no Chicago Tribune, aberto para quem quiser ler: Stung, sources strike back at journalists in cyberspace. "In this new world, the audience and sources are publishers. They are now saying to journalists, 'We are producers, too. So the interview lies midpoint between us. You produce things from it, and we do, too.'" #

[ 11:25 ]

Poemas lidos por poetas: The Poetry Archive. #

[ 11:11 ]

Quando ninguém mais esperava, a volta de Bartleby: Pulsão Negativa. #

segunda-feira, 02 de janeiro de 2006

[ 15:55 ]

O Burburinho começa o ano com o Luis Gustavo Claumann falando do ogro, da princesa e do burro: Shrek. Seja um burbunauta bem informado e receba por email, gratuitamente, todas as edições do nosso boletim. #

[ 09:50 ]

Comecei a ler The Best Science Fiction of the 19th Century, antologia organizada pelo Isaac Asimov em 1981, com histórias de E.T.A. Hoffmann, Mary Shelley, Edgar Allan Poe, Nathaniel Hawthorne, Edward Page Mitchell, Robert Duncan Milne e Frank R. Stockton. A versão que eu tenho é em castelhano, Lo Mejor de la Ciencia Ficción del Siglo XIX, publicada pela Ediciones Martínez Roca, de Barcelona. Na introdução, Asimov arrisca várias possíveis definições para ficção-científica e acaba ficando com esta: "Podemos definir pues la ciencia ficción como la rama de la literatura que trata de las respuestas humanas a los cambios al nivel de la ciencia y la tecnología, entendiendo que los cambios implicados deben ser racionales y acordes con lo que se sabe de la ciencia, la tecnología y los seres humanos." O que coloca o início do gênero no século XIX, porque somente após a revolução industrial o avanço tecnológico tornou-se suficientemente rápido para ser observado durante a vida de uma pessoa, e sugere como marco inaugural o livro Frankenstein, da Mary Shelley. #

[ 09:29 ]

Assisti em dvd O Terceiro Olho (The I Inside, GB-EUA, 2003), do Roland Suso Richter. Thriller em forma de puzzle, em que o espectador é convidado a descobrir junto com o protagonista o que realmente está acontecendo. O roteiro é engenhoso e em alguns momentos lembra The Butterfly Effect, mas fiquei decepcionado com o final, que além de ter sido telegrafado logo no início é uma solução demasiadamente fácil. No elenco, Ryan Phillippe (de Crash), Sarah Polley (de Go) e a bonitinha Piper Perabo (de Coyote Ugly). #

[ 09:13 ]

Terminei de ler Second Foundation, do Isaac Asimov. Como o título sugere, a trama centra-se agora na Segunda Fundação, criada por Hari Seldon juntamente com a Primeira Fundação. As duas histórias, Search by the Mule e Search by the Foundation, narram os esforços de vários grupos para descobrir a misteriosa localização da Segunda Fundação e as artimanhas desta para continuar oculta e monitorando das sombras (ou, quando necessário, manipulando) os avanços da civilização. Bacaninha, mas continuo preferindo o primeiro livro da trilogia. Na verdade, eu acho as histórias que o Asimov escreveu sobre robôs bem mais interessantes que estes três primeiros livros da série Foundation. #

domingo, 01 de janeiro de 2006

[ 14:10 ]

Hoje o Por um Punhado de Pixels comemora seu quinto aniversário, num total de 5775 posts. Meus agradecimentos a todos que prestigiam este modesto weblog. #