sábado, 30 de setembro de 2006

[ 22:28 ]

Balanço de setembro: assisti 25 filmes e 16 episódios de séries de tv (incluindo a primeira temporada completa de Battlestar Galactica); li 4 livros e 13 álbuns em quadrinhos; visitei 11 exposições de arte. #

[ 21:57 ]

Antes de deixar a cidade, ainda assisti dois filmes nos cinemas de Camba Beach. Ontem, Snakes on a Plane (EUA, 2006), do David R. Ellis (o mesmo diretor de Cellular). Mistura de duas fobias populares, o medo de cobras (ofideofobia) e o medo de aviões (aviofobia), numa história sem muitas surpresas mas não tão ruim como poderíamos esperar de um roteiro armado somente para provocar sustos e arrepios. Samuel L. Jackson, o único nome de primeira linha num elenco de desconhecidos, deve ter se divertido dizendo coisas como "Enough is enough! I've had it with these motherfucking snakes on this motherfucking plane!". Hoje, The Lake House (EUA, 2006), do Alejandro Agresti. Drama romântico com viagem no tempo um pouco no tom de Somewhere in Time e com uma surpresinha um pouco no estilo dos roteiros do Night Shyamalan (daqueles segredos óbvios desde o início mas que o diretor acha que enganam todo o público). O filme até é interessante mas nos últimos minutos mergulha verticalmente em paradoxos temporais de arrepiar qualquer fã de ficção-científica (seria possível escrever um longo ensaio sobre todas as inconsistências internas na história, especialmente as criadas pelo final). Os fãs de romances açucarados, porém, devem gostar. No elenco, o sempre inexpressivo Keanu Reeves e a sempre bonitinha Sandra Bullock. #

[ 15:34 ]

Li cinco álbuns da série Cidades Ilustradas, da editora Casa 21. O primeiro volume é sobre o Rio de Janeiro e de autoria do francês Jano, que desenhou todos os habitantes da cidade como animais antropomorfizados que parecem saídos de uma história do Carl Barks ou do Robert Crumb, criando um contraste muito interessante entre o cenário carioca realista e os personagens de quadrinhos. O segundo volume é sobre Belo Horizonte e de autoria do espanhol Miguelanxo Prado, que conta uma história de tons misteriosos e final interessante enquanto a vai ilustrando com belíssimas aquarelas da cidade. O terceiro volume é sobre Curitiba e de autoria do brasileiro Cesar Lobo, que continua com o mesmo traço limpo que eu acompanhei desde a adolescência em livros do Carlos Eduardo Novaes, em ilustrações na revista Status, e até em quadrinhos de terror na revista Pesadelo. O quarto volume é sobre Salvador e de autoria do brasileiro Marcello Quintanilha, foi o que eu menos gostei, talvez por causa da diagramação modernosa, talvez por causa dos textos fracos que acompanham as boas ilustrações. O quinto volume é sobre Belém e de autoria do francês Jean-Claude Denis, que combinou aquarelas realistas em cores com rascunhos em preto e branco. Bela coleção. Só faltou ler o sexto volume, Cidades do Ouro (sobre Ouro Preto, Congonhas, São João del Rei, Tiradentes e Diamantina), de autoria do brasileiro Marcelo Lelis. #

[ 14:52 ]

Assisti em dvd A História de Todos Nós (The Story of Us, 2004), do Nic Young, documentário do Discovery Channel sobre a evolução do corpo humano, mostrando como certas características (espinha dorsal, olhos frontais, etc) foram herdadas de outras espécies. Bacaninha. #

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

[ 09:28 ]

A Rosinha Monkees comprou o dvd de Killer Klowns from Outer Space (EUA, 1988), dos Chiodo Brothers (que depois produziriam a série de tv Land of the Lost), e assistimos o filme juntos (eu já tinha visto uma vez na época da estréia). É quase um clássico do terror tosco-trash dos anos oitenta, feito com engenhosidade e boa vontade por gente sem muitos recursos ou muita experiência. A trama é parecida com a de The Blob, dos anos cinqüenta, com a bolha do original substituída por palhaços alienígenas que invadem uma cidadezinha e capturam seus habitantes. O elenco é fraquíssimo mas o filme tem valor sentimental para a Rosinha pela presença do seu amigo Peter Licassi, que morreu num acidente uns anos depois. Recomendo Killer Klowns from Outer Space para crianças com coulrofobia (medo de palhaços). #

[ 09:14 ]

Para estudiosos das histórias em quadrinhos: Evolution of Speechballoons. (dica do Henrique Cintra) #

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

[ 12:59 ]

Ontem assisti na DirecTV o primeiro episódio da série Psych. Shawn Spencer (James Roday, de The Dukes of Hazzard) tem poderes de observação extraordinariamente aguçados e, fingindo ser um vidente, ajuda a polícia a desvendar casos complicados. Seus sidekicks são o colega Gus (Dulé Hill, de The West Wing), cuja função parece ser somente ouvir as explicações do Shawn (que não se cala, o que pode se tornar irritante com o passar do tempo), e o pai Henry Spencer (Corbin Bernsen, de L.A. Law), ex-policial que o treinou como observador implacável. O tom de comédia detetivesca lembra muito Monk (não por acaso, da mesma USA Network) mas sem o brilhantismo do Tony Shalhoub. #

[ 11:28 ]

Som do dia: Enter The Haggis, mistura de ritmos celtas com rock e bluegrass. #

[ 11:20 ]

Terminei de ler Aprendendo a Filosofar em 25 Lições - do poço de Tales à desconstrução de Derrida (Zahar, 2004), que é o título brasileiro de Zeno and the Tortoise - how to think like a philosopher, do Nicholas Fearn. Um dos livros mais leves que já vi sobre assuntos tão pesados como a natureza da consciência, a possibilidade de livre arbítrio, ou as relações entre linguagem e realidade. Dos 25 filósofos apresentados, eu só não tinha lido Bentham e Ryle (conhecia os nomes mas não as obras), Hegel e Derrida (até tentei ler os livros deles, porém a prosa impenetrável dos dois, cada um em seu estilo hermético pessoal, me fez desistir). Mas mesmo os capítulos sobre autores familiares foram interessantes, principalmente pela simplicidade com que são apresentados pontos importantes das suas teorias. Boa leitura para quem está começando a se interessar por filosofia e também para quem quer repassar as lições do Zenão, do Aristóteles, do Maquiavel, do Wittgenstein, do Popper, do Dawkins e de vários outros. No final tem também umas boas recomendações de leituras. #

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

[ 16:32 ]

Assisti em dvd Irresistible (Austrália, 2006), da Ann Turner. Thriller interessante com uma das surpresas (mas não todas) estragada pelo título brasileiro, Identidade Roubada (se o mesmo incompetente fosse traduzir The Usual Suspects imagino que ele o batizasse de O Manco Mentiroso). Boa interpretação da Susan Sarandon (Oscar por Dead Man Walking), acompanhada pelo Sam Neill (de The Piano) e pela Emily Blunt (de The Devil Wears Prada). #

terça-feira, 26 de setembro de 2006

[ 12:52 ]

Observações sobre Battlestar Galactica - V: DS9 x BSG

Não é difícil encontrar muitas semelhanças entre Battlestar Galactica e Star Trek: Deep Space Nine (e não é coincidência que o principal responsável por BSG, Ronald D. Moore, tenha trabalhado antes como roteirista e produtor em TNG e DS9, incluindo o episódio-piloto desta última). A importância da religião é o paralelo mais óbvio, com papel central para a mitologia dos bajorans em DS9 (e mais tarde os founders que se consideravam e eram tratados como deuses) e para a mitologia das doze colônias em BSG (e também a motivação religiosa dos cylons). DS9 tinha em Sisko um líder que era também um ícone religioso, o emissário dos profetas; BSG tem em Rosslin uma líder que é também um ícone religioso, indicada nas profecias como guia da humanidade. Os founders de DS9 eram seres polimorfos capazes de assumir forma humana e circular entre seus inimigos sem serem detectados imediatamente; os cylons de BSG criaram modelos com forma humana e podem e circular entre seus inimigos sem serem detectados imediatamente. E, como curiosidade, DS9 tinha um cientista brilhante a bordo, Julian Bashir (Alexander Siddig), e BSG tem um cientista brilhante a bordo, Gaius Baltar (James Callis), e se os dois personagens desempenham funções diferentes na estrutura da série não passa despercebida a impressionante semelhança física entre os dois. Existem ainda vários outros paralelos entre as duas séries, é só saber procurar. #

[ 12:21 ]

Observações sobre Battlestar Galactica - IV: homem x máquina

Os cylons eram originalmente robôs metálicos criados pelos humanos para facilitar suas tarefas diárias, até que um dia esses servos mecânicos resolveram se rebelar e matar seus mestres. Aqui temos o debate básico sobre o papel da tecnologia, a ética da ciência, os limites para o conhecimento aplicado, e todas aquelas questões de Frankenstein ou, para ir mais longe, do mito de Prometeu. Em cima disto, Battlestar Galactica constrói variantes interessantes, dando aos cylons não somente inteligência (como o HAL 9000 de 2001) mas também aparência humana (como os replicantes de Blade Runner), o que já provoca novos questionamentos (por exemplo, é justificável torturar uma criatura destas como fez a Starbuck em Flesh and Bone ou prometer a liberdade para ela e em seguida matá-la sem pena como fez a Roslin no mesmo episódio?). O labirinto ético torna-se ainda mais tortuoso com o surgimento de cylons com lealdades divididas, cylons com filosofia e religião, e cylons com um projeto que parece ser, no final da primeira temporada, a criação de híbridos humanos. Onde fica a linha divisória entre "é uma máquina e deve ser tratada como tal" e "é uma nova espécie e deve ser tratada como tal"? #

[ 12:01 ]

Observações sobre Battlestar Galactica - III: religião

Os humanos da série parecem ser em sua maioria politeístas, adorando os deuses do panteão grego clássico, mas não é difícil perceber grandes influências do mormonismo no enredo (as doze colônias perdidas e as dez tribos de Israel, o mítico planeta chamado Kobol e a mítica estrela chamada Kolob, etc). Os cylons parecem ser todos monoteístas, seguindo o deus único que consideram ser a verdadeira divindade e tentando eliminar quem não partilha dessa fé (sua motivação principal na guerra contra os humanos parece ser religiosa). O ateu mais proeminente, Gaius Baltar (James Callis), não só carrega a culpa de ter sido o responsável (mais por irresponsabilidade que por decisão consciente) pela vitória inimiga no ataque contra as colônias mas ainda tem uma presença cylon implantada em seu cérebro, que entre outras coisas tenta convertê-lo à fé do deus único. #

[ 11:40 ]

Observações sobre Battlestar Galactica - II: política

O conflito entre poder civil (Laura Roslin) e poder militar (William Adama) agrava-se quando a presidenta resolve fazer um tratamento contra o câncer com base em drogas alucinógenas e passa a ter visões místicas que a fazem parecer, aos seus próprios olhos e aos de seus seguidores, uma profeta religiosa que guiará a humanidade para sua salvação. Independentemente do que farão com isso os roteiristas da série, revelando se Rosslin era mesmo guiada pelos deuses num universo teleológico ou somente uma fanática perdida num universo sem forças sobrenaturais, a trama reforça o aspecto elitista de Battlestar Galactica, deixando o pobre cidadão das doze colônias sempre nas mãos de algum líder imposto de cima, seja ele político, militar ou religioso. #

[ 11:10 ]

Observações sobre Battlestar Galactica - I: autoridade

Os heróis da série são figuras de autoridade. William Adama (Edward James Olmos, primeiro nome nos créditos), é o líder militar dos sobreviventes das doze colônias. Ele não foi escolhido democraticamente nem promovido até a posição atual, simplesmente foi o oficial mais graduado a sobreviver. Laura Roslin (Mary McDonnell, segundo nome nos créditos) é a líder civil dos sobreviventes das doze colônias. Ela não foi escolhida democraticamente nem promovida até a posição atual, simplesmente foi a única ministra a sobreviver. Estes dois protagonistas assumem suas posições de poder sem muitos problemas, decidindo o destino da espécie humana como se realmente tivessem autoridade para isso. Quando surge alguma dissidência, como por exemplo nos episódios três (Bastille Day) e onze (Colonial Day), é personalizada por um terrorista com sonhos de grandeza (Tom Zarek, interpretado por Richard Hatch, que na série dos anos setenta tinha encarnado o capitão Apollo, filho do William Adama). #

[ 10:39 ]

Assisti em dvd a primeira temporada de Battlestar Galactica (13 episódios). Gostei, com algumas restrições. Nos próximos posts vou comentar aspectos diferentes da série, com base somente na mini-série de 2003 e na primeira temporada de 2004, as únicas que vi até agora. #

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

[ 12:49 ]

Na Time, análise interessante sobre o sucesso da série: Why the Future of Television is Lost. #

[ 12:37 ]

Som do dia: Kaki King, folk progressivo (whatever that means). E para ver a moça brincando com o violão, tem este vídeo aqui: Playing With Pink Noise. #

[ 10:53 ]

E já que linkei o Alex Castro nos dois posts anteriores, vou linká-lo mais uma vez neste. Ele está lançando um livro de contos, Onde Perdemos Tudo, em formato pdf com venda pela internet por três dólares. Experiência interessante que, se for um sucesso, poderá abrir caminho para mais autores brasileiros vendendo seus livros dessa forma e transformando os leitores em, como diz o Alex, "acionistas da novíssima literatura brasileira". #

[ 10:39 ]

Tenho recebido também emails de novos leitores, e aqui vão dois exemplos. Uma moça tímida que prefere não ver seu nome divulgado me chamou de "capitão peixinho", mandou textos lúdicos e disse que me encontrou através do site Educarede. Ela comentou sobre um efeito interessante de manter um weblog ou um álbum de fotos online. Vamos acrescentando um post hoje, uma imagem amanhã, despretensiosamente e geralmente sem visão de conjunto, e quando alguém descobre esse amontoado de coisas depara-se com um mosaico que (bem ou mal) representa o autor, muitas vezes de forma inesperada. "Me senti como quem acha uma garrafa bem tampadinha e protegida com mil escritos guardados", disse ela antes de me chamar de "Aladim de fotos". O Thiago Gonçalves disse caiu aqui seguindo um link do LLL e ficou matutando se é preciso uma imensa herança familiar para morar em tantas cidades distantes e diferentes. Pelo contrário, eu sempre quis viajar e raras vezes tive dinheiro para me dedicar ao turismo. Então a solução encontrada foi me mudar para algum local estratégico, arranjar um emprego por lá, e fazer passeios pelas redondezas. Este método tem a vantagem adicional de permitir conhecer lugares e culturas de uma forma inacessível ao turista, aberta somente para quem consegue passar mais tempo num lugar. Claro que é preciso ter um pouco de desprendimento para fazer isto, mas até agora não tenho qualquer arrependimento pelas minhas escolhas.

É sempre bom receber mensagens dos leitores, novos ou antigos, continuem escrevendo para alegrar este escriba (e por favor tenham paciência para esperar as respostas, porque nem sempre consigo mergulhar na minha pilha de emails com a rapidez desejada). #

[ 10:18 ]

Recebi vários emails elogiando o novo layout deste modesto weblog e ainda não tive tempo de responder a todos, então aproveito para agradecer aqui a gentileza dos leitores e citar algumas das mensagens mais recentes. Roberto Silva: "Gostei da nova interface do PPP, como sempre limpo e objetivo. Blog de quem sabe blogar." Alexandre Bobeda: "Achei bem interessante teu novo layout. Está bacana!" Alex Castro: "O bonequinho ficou legal e gostei da ideia de colocar uma foto." Thanks a todos! #

[ 09:47 ]

No domingo fomos a Blumenau e vimos dois filmes. O primeiro foi The Devil Wears Prada (EUA, 2006), do David Frankel. Boas interpretações da Meryl Streep (Oscar por Kramer vs. Kramer e Sophie's Choice) e do Stanley Tucci (Emmy por Winchell e Golden Globe por Conspiracy) numa historinha um pouco maniqueista (todos os personagens do mundo da moda são obcecados pelas aparências e vêem aquilo quase como uma religião) e um bocado hipócrita (os amiguinhos da protagonista almejam o sucesso profissional mas a condenam por fazer sacrifícios pessoais para chegar onde eles não conseguiram chegar). A bonitinha Anne Hathaway (de The Princess Diaries e Brokeback Mountain) é a Cinderella com complexo de culpa que prefere voltar a ser gata borralheira, alter ego da Lauren Weisberger, autora do livro original, que trabalhou como estagiária da editora da Vogue Anna Wintour e depois escreveu o best seller fofoqueiro que a tornou rica e famosa. Depois assistimos Bandidas (França-México-EUA, 2006), de Joachim Roenning e Espen Sandberg. Comediazinha com ambientação de western, com a bonitinha espanhola Penélope Cruz (de La Niña de tus Ojos e All the Pretty Horses) e a bonitinha mexicana Salma Hayek (de Dogma e Frida) roubando bancos e mostrando decotes generosos. O Steve Zahn (de That Thing You Do! e Happy, Texas) contracena com elas num papel que nunca vai esquecer, porque tem que beijar as duas em várias cenas, e o cantor country Dwight Yoakam (de Sling Blade e Panic Room) é o vilão com cabelo ensebado e bigodinho ridículo. Divertido e descartável, estilo sessão da tarde com pipoca. #

[ 09:13 ]

No sábado, fomos ao cinema em Balneário Camboriú assistir Silent Hill (EUA-Canadá-Japão-França, 2006), do Christophe Gans (o mesmo diretor de Le Pacte des Loups). Gostei da arte do filme (principalmente de alguns monstros interessantíssimos, como por exemplo as enfermeiras sem rosto que se movem como um grupo de dança contemporânea embriagado) mas achei a trama fraquinha (um cruzamento de Carrie com história de cidade fantasma). Eu joguei o primeiro Silent Hill no século passado em algum PlayStation emprestado, e reconheci no filme vários elementos do videogame, da policial motoqueira às ruas ocupadas somente pela neblina. No elenco, Radha Mitchell (de Visitors e Melinda and Melinda), Sean Bean (que já tinha sido o pai que perde a filha num filme de terror em The Dark), Deborah Kara Unger (de Payback e The Salton Sea), Laurie Holden (a Marita Covarrubias de The X-Files), Alice Krige (a Lady Jessica Atreides de Children of Dune e a rainha borg de Star Trek: First Contact) e Jodelle Ferland (que também é uma menininha fantasma em Kingdom Hospital). #

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

[ 18:16 ]

Três coisas que nunca tive:

  • bicicleta
  • telefone celular
  • tatuagem
    #

    [ 18:16 ]

    Três coisas que já tive e não tenho mais:

  • automóvel
  • apartamento
  • bigode
    #

    [ 10:11 ]

    Passagens compradas. De ônibus, dia 01 de outubro, vou para Águas de Lindóia, SP. De avião, dia 30 de outubro, vou para Washington, DC. #

    quinta-feira, 21 de setembro de 2006

    [ 10:25 ]

    Assisti em dvd a mini-série Battlestar Galactica (EUA, 2003), dirigida por Michael Rymer, que serve de episódio-piloto para a série homônima de 2004. Eu não cheguei a acompanhar a série da década de setenta (talvez por achar estranho a presença do Ben Cartwright, patriarca de Bonanza, numa nave espacial), mas vi o suficiente para perceber diferenças marcantes neste remake. O Starbuck era um homem (Dirk Benedict) e agora é uma mulher (Katee Sackhoff). O Boomer era um negro (Herb Jefferson Jr.) e agora é uma oriental (Grace Park). O Baltar era um simples traidor (John Colicos) e agora é um sujeito com conflitos de consciência (James Callis). Existem muitas outras diferenças, claro, com a série original servindo quase somente de inspiração para a nova Battlestar Galactica. Gostei da mini-série, abre vários caminhos para desenvolver temas interessantes (sobrevivência da espécie, conflito entre liderança civil e liderança militar, guerra de homens contra máquinas, etc). E, claro, tem aquela loira má (Tricia Helfer) cheia de nuances (humana e sintética, carola e sensual, real e imaginária). Quero assistir o resto da série. #

    [ 09:40 ]

    Li o álbum de quadrinhos La Marque de la Sorcière (Dargaud, 1985), com roteiro de Gregorio Harriet e arte de Daniel Redondo. É o primeiro de uma série em cinco volumes, contando a história de uma mulher perseguida pela falsa acusação de bruxaria. A narrativa tem um tom folhetinesco, lembrando um pouco os enredos do Alexandre Dumas, e os desenhos são realistas e detalhados. Bacaninha. #

    quarta-feira, 20 de setembro de 2006

    [ 16:49 ]

    Todos se preparam para a terceira temporada de Lost, que começa dia quatro de outubro nos EUA. Quem ainda não assistiu esta excelente série e acha que em duas semanas não consegue ver todos os dvds com os quase cinqüenta episódios anteriores, aqui vai um resumão do que já aconteceu: The Newbies Guide to Lost. #

    [ 13:18 ]

    Ainda sobre O Clã das Adagas Voadoras. O título original em chinês nem menciona adagas ou punhais, e a única tradução razoavelmente fiel foi a espanhola. A Manuela D.L. Ramos explica melhor: "Distribuído em língua inglesa sob a designação de The House of Flying Daggers, chegou às salas portuguesas com o nome de O Segredo dos Punhais Voadores, tradução literal do título francês Le Secret des Poignards Volants. Em italiano ficou La Foresta dei Pugnali Volanti, em espanhol Emboscada desde Diez Direcciones. Nos dicionários: 十面埋伏. Shi = dez; mian= lado; Shi mian = dez lados; de todos os lados; em redor; Mai = enterrar; Fu = prostrar, esconder, montar uma emboscada, submeter; Mai fu = emboscada, emboscar. Assim de todas as versões, a espanhola é a que mais se aproxima da expressão chinesa 'shi mian mai fu' que, de acordo com a definição no dicionário de expressões idiomáticas (da Shanghai Jiao Tong University Press), significa 'to ambush on all sides// ambush on ten sides// to surround (the city) on all sides'." (link descoberto pela Rosinha Monkees) #

    [ 13:10 ]

    A Rosinha Monkees ainda não tinha visto O Clã das Adagas Voadoras (Shi Mian Mai Fu, China-HK, 2004), do Zhang Yimou, então assisti novamente com ela em dvd. Muito bom. Acho que vou ter que incluir este filme na minha lista de recomendações cinematográficas. (Incluí mesmo, e aproveitei para acrescentar também um do Woody Allen.) #

    [ 12:19 ]

    Eu sou um pouco míope (1.50 em cada olho) e há mais de vinte anos uso óculos para dirigir automóveis e para assistir filmes. De perto, porém, sempre enxerguei bem. Ao menos até o início deste ano, quando comecei a notar um pouco de dificuldade para ler letrinhas miúdas. Ontem fui ao oftalmologista e ele confirmou minha suspeita: presbiopia. É a diminuição da capacidade do olho para focalizar de perto causada pela idade (para não deixar dúvidas, a palavra "presbiopia" vem do grego "olho velho"), conhecida popularmente como "vista cansada". Saí de lá com uma receita para óculos de leitura (0.50 em cada olho). #

    [ 11:34 ]

    Li mais uma revista em quadrinhos com o Green Lantern, Lanterna Verde - O Senhor do Anel (Editora Abril, 2002), com roteiro de Judd Winick e arte de Dale Eaglesham e Darryl Banks. Kyle Rayner (que substituiu o Hal Jordan como Lanterna Verde) e Jade (filha do Alan Scott, o primeiro Lanterna Verde) vão ao planeta Tendax para a celebração do tratado de paz entre os Matiac e os Magdum, que se enfrentavam em guerra tradicional e em ataques terroristas desde que os primeiros se instalaram em terras já ocupadas pelos segundos. A inspiração é óbvia, o interminável conflito entre árabes e judeus no Oriente Médio. Um ataque terrorista acaba com a festa e mata centenas de pessoas. Kyle pergunta a um dos combatentes: "Mas onde isso vai parar? Quantas outras crianças têm que morrer? Tem um número certo? Quando vocês vão chegar em um acordo?" A trama é curta demais para se aprofundar numa questão espinhosa como esta, mas ao menos oferece um posicionamento político em relação a um conflito deste tipo, também através do super-herói: "É uma guerra santa. O povo tá disposto a se sacrificar... e morrer... por uma causa. Quem a gente vai proteger? De que lado ficamos? Eu e você não somos parte disso... E nem podemos ser." #

    [ 11:07 ]

    Comemoração: trinta anos de Kripta. (E eu me arrependo muito de ter vendido minha coleção completa da revista quando ainda era adolescente.) #

    terça-feira, 19 de setembro de 2006

    [ 12:22 ]

    Assisti em dvd Verdade Nua (Where the Truth Lies, GB-Canadá, 2005), do Atom Egoyan. Kevin Bacon (de Hollow Man) e Colin Firth (de Girl with a Pearl Earring) formam uma dupla de entertainers dos anos cinqüenta (supostamente inspirados em Jerry Lewis e Dean Martin). Quinze anos depois da sua separação, eles são alvo de uma investigação da ambiciosa jornalista Alison Lohman (de Matchstick Men), que quer desvendar os segredos de um crime do passado. Bacon e Firth estão ótimos, Lohman nem tanto. Trama interessante, com vários narradores formando a história aos poucos e algumas surpresinhas no final. Bacaninha. #

    [ 12:15 ]

    Li o álbum de quadrinhos Flash & Lanterna Verde: De Volta à Era de Prata (Mythos Editora, 2004), que é a versão brasileira de Flash & Green Lantern: The Brave and the Bold, com roteiro de Mark Waid e Tom Peyer e arte de Barry Kitson e Tom Grindberg. As seis histórias (originalmente uma mini-série em seis partes) juntam Barry Allen (o Flash antes que o papel fosse assumido por Wally West) e Hal Jordan (o Lanterna Verde antes que o papel fosse assumido pelo Kyle Rayner), com participações especiais do Jay Garrick (o primeiro Flash), do Alan Scott (o primeiro Lanterna Verde) e do Oliver Queen (o Arqueiro Verde). O álbum todo tem um gostinho nostálgico, lembrando bem o tom dos tempos anteriores à Crise nas Infinitas Terras. Destaque para Quantas Vezes um Homem Pode Virar o Rosto, a história que tem o Arqueiro Verde como convidado, no estilo da fase em que o Denny O'Neil e o Neal Adams colocaram os dois heróis verdes a rodar pelos EUA e a discutir problemas sociais, cada um de sua perspectiva (o Lanterna conservador e o Arqueiro progressista). E o Oliver solta até uma das suas frases clássicas, atual nos anos setenta e atual hoje: "Uma cidade que troca a liberdade pela segurança vive numa ilusão paranóica." #

    [ 11:50 ]

    O Cardoso dá um tapa na orelha do Polzonoff (com uma dose de carinho mas mesmo assim um tapa na orelha, e muito bem dado): Adeus Aos Blogs. #

    segunda-feira, 18 de setembro de 2006

    [ 14:31 ]

    Sessão dupla em dvd. Uma Comédia Nada Romântica (Date Movie, EUA, 2006), do Aaron Seltzer, pretende fazer para as comédias românticas o mesmo tipo de sátira que a série Todo Mundo em Pânico fez para os filmes de terror. Mas a mistura não funciona tão bem, um pouco talvez por ter faltado talento (algumas piadas esticam-se interminavelmente, pecado fatal num filme de humor) mas quase certamente também porque sátira funciona muito melhor em cima de coisas sérias que em cima de coisas originalmente cômicas. Restam algumas risadas rarefeitas enquanto vamos identificando pastiches de Bridget Jones's Diary, My Big Fat Greek Wedding, Meet the Parents, Meet the Fockers, Hitch, e muitos outros. Destaque para o sorriso contagioso da ruivinha Alyson Hannigan, mais conhecida como a Willow de Buffy the Vampire Slayer. Dia de Ira (Day of Wrath, GB-Hungria, 2006), do Adrian Rudomin, apresenta uma trama de crimes e conspirações numa cidadezinha da Espanha do século XVI, dominada pela Santa Inquisição e pela perseguição aos judeus. Christopher Highlander Lambert é o xerife encarregado de desvendar uma série de assassinatos misteriosos onde desaparecem os cadáveres, as testemunhas e (quase) todas as pistas. Produção modesta mas bacaninha, recomendável especialmente para quem gosta de histórias criminais do passado distante como Der Name der Rose e The Reckoning. #

    [ 13:45 ]

    Terminei de ler Lo Mejor de la Ciencia-Ficción del Siglo XIX. O penúltimo conto foi do Robert Duncan Milne, de quem eu ainda não tinha lido coisa alguma. En el Sol é um relato apocalíptico, com o planeta Terra sucumbindo às altas temperaturas provocadas pela colisão de um cometa com o sol. Não é fácil encontrar contos do Milne na internet, existe um livro à venda chamado Into the Sun mas os contos, apesar de estarem no domínio público, aparentemente não estão disponíveis na rede. O último conto foi do Frank R. Stockton, famoso pela história The Lady or the Tiger? (aquela em que o protagonista tem que escolher que porta abrir sabendo que atrás de uma está um tigre faminto e atrás de outra a princesa com quem quer casar). Una Historia de Gravedad Negativa é uma narrativa divertida sobre um cientista típico da literatura do século XIX, trabalhando sozinho em seu laboratório doméstico, e sua invenção genial e, segundo o autor, também perigosa. Não é difícil encontrar, por trás da história de aventuras e contratempos familiares, um posicionamento bem conservador sobre o papel da tecnologia nas nossas vidas. Os outros trabalhos do Stockton, também todos no domínio público, estão disponíveis para download no Projeto Gutenberg: Stockton, Frank Richard. #

    [ 13:24 ]

    Análise interessante de uma revista em quadrinhos (do Paul Dini), apontando erros e acertos da arte seqüencial de hoje: How To Write A Superhero Comic. #

    domingo, 17 de setembro de 2006

    [ 16:18 ]

    Depois que incluí aí ao lado uma descrição me autodenominando "criatura nômade", alguns leitores pediram para eu listar os lugares onde já estive. Impossível citar cidade por cidade, eu não me lembraria de todas, mas aqui vai um breve resumo. Complementa a lista dos lugares onde morei e a lista das minhas maiores viagens por terra. Prepare-se para um post longo e de interesse restrito.

    No Brasil, não conheço muito lugares. No Rio Grande do Sul, estive em Porto Alegre (onde morei alguns anos) e arredores, na serra gaúcha (trabalhei um ano em Caxias do Sul e visitei quase todas as cidades vizinhas), e no litoral todo de Quintão até Torres. Em Santa Catarina, também conheço quase todo o litoral, de Araranguá a São Francisco do Sul, e um pouco do interior, principalmente no triângulo formado por Brusque, Rio do Sul e Jaraguá do Sul, com Blumenau no centro. No Paraná, só uma rápida passagem por Curitiba e outra por Vila Velha. São Paulo é mais familiar, nasci em Santos e morei alguns anos na capital. Meus pais moram em Águas de Lindóia e por isso passeei por todo o circuito das águas (Amparo, Itapira, Socorro, Serra Negra, etc), e pela área ao redor de Campinas. Também tenho família em Jaú, o que propiciou muitas viagens por aquela região (Bauru, Barra Bonita, etc). Ah, uma vez fui até Barretos receber um prêmio num concurso literário. De Minas só conheço um pedacinho minúsculo perto de São Paulo, incluindo Monte Sião e Ouro Fino (a terra do menino da porteira). Já fiz uma viagem pela rodovia Rio-Santos, conhecendo todo aquele trecho do litoral, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilha Bela, Caraguatatuba, Ubatuba, Parati, Angra dos Reis, etc. Morei vários anos no Rio de Janeiro, o que deu oportunidade para conhecer também a serra fluminense (Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, etc) e o litoral norte do estado (Niterói, Saquarema, Araruama, Cabo Frio, mas acho que nunca estive em Búzios). Quando era criança, fiz uma viagem a Salvador com os meus pais, mas pouco me lembro de lá além de ter comido muitos acarajés e de ter ficado com as costas muito queimadas na praia. E aqui termina o meu conhecimento do Brasil. Nada mais na região nordeste, nada de norte ou centro-oeste. Aceito convites.

    Na Europa, passeei muito. Na primeira vez que fui, em 1981, morei em Madrid e rodei muito por toda a região (Toledo, Ciudad Real, etc). Fiz uma viagem de carro de lá até Valencia e de navio de Valencia até as Ilhas Baleares. Em Mallorca, visitei a capital Palma de Mallorca, morei uns tempos em Alcudia, e conheci a ilha toda. Depois mudei para Ibiza, visitei a capital Eiviza, morei uns tempos em Sant Antony de Portmany, e conheci a ilha toda. Voltando para o continente, me instalei primeiro em Sant Feliu de Guíxols e logo depois em Lloret de Mar, onde fiquei mais tempo e de onde parti em pequenos passeios pelas redondezas (Blanes, Tossa del Mar, Platja d'Aro, e, claro, Barcelona). Fui de ônibus de Lloret de Mar até London, onde morei uns meses mas não fiz nenhum passeio fora da cidade. Fiz uma viagem de trem de London a Stockholm. A partir daí, fui visitando algumas cidades e seus arredores até voltar para o Brasil: Oslo, Copenhagen, Roterdam, Amsterdam, Paris e Roma.

    Na segunda vez que fui para a Europa, em 1988, me instalei em Lisboa, onde morei oito anos. Viajei por Portugal inteiro, é certamente o país onde conheci mais lugares, do Algarve ao Minho, das cidades maiores às aldeias minúsculas. Nessa época também viajei muito pela Espanha, com freqüentes visitas a Madrid mas também com passeios pela Andalucia, por Extremadura e pela Galicia. Fui algumas vezes a Bruxelas, a trabalho, e outras a Paris, a passeio. Fiz uma viagem de carro de Lisboa a Cannes, onde fiquei para ver o festival do filme publicitário e conhecer a região, incluindo Monaco. E, lembrando de países pequenos, também passei uma vez por Andorra. Com os meus pais, fiz duas viagens pela Europa, uma por Madrid, Paris, Reims, Marseille, Torino, Roma, Vaticano, Firenze e Venezia, outra pela Grécia, principalmente Atenas e praias ao sul, incluindo Vouliagmeni e Glyfada, a região do Peloponeso, incluindo Corinto, Patras, Nauplia, Epidaurus, Eratine, Micenas, Olimpia, Aracova, Delfos, e outros lugares dos quais não vou lembrar o nome, e algumas ilhas sarônicas, Egina, Poros e Hidra. Acho que não esqueci de nada. Ainda falta muito a visitar na Europa.

    Nos EUA, só pisei pela primeira vez em 2001. Conheci um pouco da Florida, incluindo Miami Beach (onde morei quase um ano) e arredores, com uma incursão a Orlando para uma convenção sobre histórias em quadrinhos. Fiz uma viagem num caminhãozinho de mudança atravessando Florida, Georgia, South Carolina, North Carolina e Virginia. Morei alguns anos no norte da Virginia, em Dumfries e Alexandria, bem pertinho de Washington, DC, e fiz muitos passeios por toda aquela região, incluindo o sul de Maryland. Também passei um dia em New York. Agora que o meu visto de imigração foi finalmente aprovado, espero voltar para lá em breve e poder fazer muitos novos passeios pelo país. #

    [ 15:14 ]

    Weekend dedicado à comilança e à despedida dos meus locais de repasto preferidos em Balneário Camboriú. Na sexta à noite, no Pasta & Grill, refestelei-me com aquele suculento filé mignon ao molho de mostarda acompanhado de arroz com amêndoas e batatas noisette. Para o almoço de sábado, em mais uma visita ao simpático Café Colonial do Tirolez, chafurdei-me em pães e queijos e presuntos e tortas e bolos e trocentas outras coisas. No domingo, arrematando, locupletei-me com picanha, maminha, fraldinha e várias outras carnes do rodízio da churrascaria Rio Grande, a melhor da cidade, e na sobremesa ainda misturei sagu de vinho e mousse de chocolate. Depois deste pequeno festival de gula, agora pretendo passar por uma fase de alimentação mais comedida. #

    sábado, 16 de setembro de 2006

    [ 16:58 ]

    Assisti em dvd O Plano Perfeito (Inside Man, EUA, 2006), do Spike Lee. Boa trama de assalto a banco, com um plano que se não é perfeito como sugere o título brasileiro ao menos é muito bem elaborado. Spike Lee acerta a mão na direção e sabe aproveitar o bom elenco à sua disposição: Denzel Washington, Clive Owen, Jodie Foster, Christopher Plummer, Willem Dafoe. Gostei. Curiosidade: dois atores que participaram de Dog Day Afternoon, clássico os filmes de assalto a banco, aparecem em Inside Man em papéis semelhantes aos que tinham feito antes, uma refém (Marcia Jean Kurtz) e um entregador de pizza (Lionel Pina). #

    [ 16:34 ]

    Os planos mudaram tanto que acabei não indo ao Barcamp neste weekend. Mas espero que a desconferência seja um sucesso. #

    sexta-feira, 15 de setembro de 2006

    [ 14:28 ]

    O sétimo dvd da segunda temporada de Lost traz, entre outras atrações, um mapa das ligações entre os personagens (Desmond está ligado a Kelvin, que está ligado a Sayid, que está ligado a Nadia, que está ligada a Locke, and so on). Mas em alguns aparelhos o dvd é muito lento para passar de um personagem a outro, o que torna a navegação um bocado aborrecida. Felizmente, o pessoal da Lostpedia mapeou o mapa e colocou tudo numa só página para fácil consulta: Lost Connections. #

    [ 14:21 ]

    Desenhos animados de primeira linha: Paul Driessen. The Boy Who Saw the Iceberg é muito bacana, com um imaginativo split-screen. #

    [ 14:17 ]

    Som do dia: Carolina Eyck, tocadora de theremin. #

    [ 13:14 ]

    Houve um momento, no final de abril deste ano, em que tudo parecia perdido, em que toda a espera parecia ter sido inútil, em que o meu visto de imigrante parecia só um sonho inatingível. Felizmente, com a ajuda da minha advogada Shaina Silvers (que foi incansável durante todo o processo) e com um apelo ao US Department of State (que deu parecer favorável ao meu pedido), consegui que o consulado dos EUA no Rio de Janeiro mudasse sua decisão inicial (baseada num erro técnico) e me concedesse o tão almejado visto de imigrante. A sensação agora é que o carrinho da montanha russa chegou vagarosamente ao topo da subida e que daqui para frente virá uma descida vertiginosa cheia de curvas e talvez até mesmo algum loop. #

    quinta-feira, 14 de setembro de 2006

    [ 23:07 ]

    Depois de esperar durante três anos, oito meses e quatro dias, hoje recebi o meu visto de imigrante para os EUA (E11 Class: person with extraordinary ability in the sciences, arts, education, business, or athletics). Alba notanda lapillo. #

    [ 10:59 ]

    Assisti em dvd Paparazzi (EUA, 2004), do Paul Abascal. Misture um pouco da vida do Bruce Willis com um pouco da morte da Lady Diana, complete com um Death Wish yuppie e você terá basicamente o roteiro deste filme. O galã nervosinho Cole Hauser (de The Cave) é perseguido pelas câmaras dos fotógrafos Tom Sizemore (de Dreamcatcher), Daniel Baldwin (de Vampires), Tom Hollander (de Pirates of the Caribbean 2) e Kevin Gage (de Blow). Quando os paparazzi provocam um acidente e colocam em risco a vida da sua esposinha e do seu filhinho, o valentão resolve partir para a vingança que muitos astros de Hollywood já sonharam. Infelizmente, tudo isto é apresentado de forma simplória e maniqueista. Nenhum fotógrafo na história é bonzinho, todos têm ficha na polícia, são chantagistas e estupradores, bebem muito, não se barbeiam, enfim, uma turminha de vilões caricatos. Os ricos e famosos do show bizz, pelo contrário, são sempre apresentados como vítimas da curiosidade do público e da falta de ética dos paparazzi, como se a riqueza e a fama que eles têm não dependesse de alimentar exatamente essa curiosidade do público e como se fotojornalistas não tivessem o direito de fazer o seu trabalho (por exemplo, fotografando uma figura pública num lugar público). Muito fraco. O Mel Gibson é um dos produtores e aparece rapidamente numa cena. #

    [ 10:38 ]

    O que é mais longo, um yottametro ou um yoctometro? E o que é mais rápido, um petasegundo ou um femtosegundo? Não sabe? Talvez esta tabela ajude: Femto. #

    [ 10:32 ]

    Chegou ontem à locadora da esquina a caixa da segunda temporada de Lost e já fui lá buscar o último dvd, que contém o material extra que não foi exibido na televisão. Muitas coisas interessantes, entrevistas com equipe e elenco, cenas dos bastidores, e até um vídeo secreto (escondido no menu) sobre os dharma cookies. #

    quarta-feira, 13 de setembro de 2006

    [ 09:07 ]

    Assisti em dvd Minotaur (GB-Alemanha-França-Espanha, 2006), do Jonathan English. Grupo de jovens de uma aldeia na costa do Mediterrâneo (que estranhamente está coberta de neve) é levado para Creta para ser sacrificado ao minotauro (que aqui não é a mítica criatura metade homem e metade touro, e sim um boi gigante dos infernos), e a partir daí a trama se assemelha muito a histórias onde adolescentes ficam presos num lugar qualquer (neste caso, o labirinto do monstro) e vão sendo mortos um a um. O elenco tem o replicante Rutger Hauer (num papel pequeno com uma barba enorme), Tony Todd (o agente funerário de Final Destination) e mais um monte de gente que eu nunca tinha visto antes. Fraquinho. #

    [ 08:48 ]

    Aproveitei as muitas horas que fiquei sentado num ônibus na viagem ao Rio de Janeiro para ler dois livros. Na ida, li Uma História Farroupilha (L&PM, 2004), do Moacyr Scliar. Não traz novidades para quem já conhece a história da revolta dos farrapos, mas é uma ótima introdução para quem ainda não conhece. Coloca o protagonista, um imigrante italiano fictício, no caminho das várias figuras históricas da época, como Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi, e vai narrando os principais momentos do conflito. Tem também o mérito de questionar a idéia que a luta dos gaúchos foi um movimento popular. Diz o ex-seminarista Floriano: "Eles - Bento Gonçalves, os outros - dizem que esta é uma guerra heróica do povo rio-grandense contra o governo central. Mas de qual Rio Grande falam? O Rio Grande do estancieiro ou o Rio Grande do peão? O Rio Grande do rico ou o Rio Grande do pobre? Conflitos sempre existiram em nossa terra, meu caro. E qual a razão desses conflitos? Riqueza. Poder." Na volta, li Uma Agulha para o Diabo (The Fever Tree and other stories, L&PM, 2003), da Ruth Rendell. Eu já tinha lido outros livros dela (lembro-me agora de The Tree of Hands e Live Flesh) mas nunca um de contos como este. Gostei. Temas interessantes (sempre em torno de crimes), personagens bem delineados (o menino da primeira história é o meu preferido), prosa simples e direta. Já me disseram que os meus contos se parecem um pouco com os do Roald Dahl, talvez por causa dos assuntos que escolho e do perfil dos meus protagonistas, mas foi nestes contos da Ruth Rendell traduzidos para o português (pela Leila de Souza Mendes Pereira) que encontrei frases como as que eu acho que escreveria nos lugares que eu acho que colocaria, uma identificação literária curiosa. Quero ler mais coisas dela. #

    [ 08:30 ]

    Som do dia: Pauline London, neo-bossa-dance. #

    [ 08:22 ]

    Já me perguntaram se não errei ao descrever meu almoço de domingo, dizendo stroganoff em vez de strogonoff. No cardápio do restaurante ucraniano estava stroganoff. Na Wikipedia está também stroganoff, e ainda vem uma explicação: "It is also very popular in Brazil (where it is better known as strogonoff or estrogonofe), but the recipe is slightly different there, with tomato sauce added to the cream." Savvy? #

    terça-feira, 12 de setembro de 2006

    [ 14:46 ]

    No domingo pela manhã, fomos visitar a famosa feira de artesanato de Curitiba, também conhecida como Feira do Largo, centenas de barraquinhas espalhadas pelo setor histórico da cidade, com venda de coisas de todos os tipos, de brinquedos de madeira a roupas de tricô, de móveis rústicos a comida polonesa, de livros usados a pinturas em acrílico. As construções antigas da região são também uma atração, e no meio de tudo isto ainda encontramos o Memorial de Curitiba, um edifício de arquitetura interessante com espaço para exposições (vimos as peças vencedoras do 13º Prêmio IBGM de Designer de Jóias Destinos do Brasil) e para apresentações musicais e teatrais. O almoço foi no restaurante Durski, especializado em comida ucraniana. Eu comi um delicioso stroganoff de mignon com retka (trigo sarraceno, com sabor parecido ao do arroz integral) e platzki (batatas raladas, ovos, temperos, sal e molho de cogumelos frescos). Yummy! Antes de sair da cidade ainda rodamos um pouco de carro e passeamos pelo Shopping Crystal Plaza. Curiosidade: somente no domingo, vi no trânsito de Curitiba uma Ferrari Testarossa, uma Harley-Davidson como a do Peter Fonda em Easy Rider (mas sem a pintura com as cores dos EUA), um calhambeque igual ao Chugga-Boom do desenho animado Corrida Maluca e um Aston Martin como o do 007 (no tempo do Sean Connery). #

    [ 10:42 ]

    A sessão dupla de sábado começou com Miami Vice (EUA-Alemanha, 2006), do Michael Mann. Eu nunca vi qualquer episódio da série de tv homônima, por isso não posso fazer comparações. O tom do filme me lembrou um bocado Heat e a fotografia noturna granulada tem o mesmo estilo de Collateral, ambos do mesmo diretor. O tema principal me pareceu ser o relativismo moral, com protagonistas cuja missão é aplicar a lei mas que o fazem de forma enviesada, selecionando arbitrariamente que bandidos perseguir, que bandidos usar como aliados e que bandidos deixar escapar. O elenco é bom: Colin Farrell (de Alexander), Jamie Foxx (de Ray), Gong Li (de Memoirs of a Geisha), Naomie Harris (a bruxa de Pirates of the Caribbean 2). A segunda parte da sessão dupla, para espairecer, foi Minha Super Ex-Namorada (My Super Ex-Girlfriend, EUA, 2006), do Ivan Reitman. Mistura de Superman com Fatal Attraction, mas com papéis invertidos e em ritmo de comédia. O Luke Wilson (de Alex & Emma e The Family Stone) é fraquinho, mas a Uma Thurman (de Kill Bill e Be Cool) segura muito bem o filme com sua interpretação de super-heroína neurótica. Aparecem também a Anna Faris (a musa da série Scary Movie), o Rainn Wilson (das séries The Office e Six Feet Under), o Eddie Izzard (Emmy pelo seu show Dress to Kill) e a Wanda Sykes (que eu acho sem graça mas já ganhou o prêmio de comediante mais engraçada no American Comedy Awards). Divertidinho e descartável. #

    [ 10:26 ]

    No sábado, cheguei cedo em Curitiba e esperei na rodoviária pela Rosinha Monkees, que foi até lá de carro sem se perder pelo caminho, o que para ela é digno de louvor. Aproveitamos a manhã para passeios turísticos e fomos conhecer o Jardim Botânico e a Ópera de Arame, dois lugares com belas estruturas metálicas (uma estufa e um teatro, respectivamente) encaixadas em ambientes cheios de vegetação. O almoço foi, seguindo dica de um colega da Rosinha, no restaurante Hora Extra, onde me entupi com uma das melhores feijoadas que já experimentei. Em seguida, largamos nossas coisas no hotel Blue Tree St. Michel (agradável e confortável), e encaramos uma sessão dupla de cinema no Shopping Curitiba, ali pertinho (comentários no próximo post). E, depois de duas noites dormindo em ônibus, fui cedo para a cama para um merecido repouso. #

    [ 07:46 ]

    Comparação entre a série de tv Lost e a série de quadrinhos Watchmen: The Lost Watchmen Theory. Idéias interessantes num texto com spoilers recomendável somente para quem conhece bem as duas séries. #

    [ 07:43 ]

    Comemorando em português: 40 anos de Jornada nas Estrelas. Comemorando em inglês: Shatner, Nimoy and 40 years of Star Trek. #

    [ 07:39 ]

    Frase do dia: "Desculpem-me os puristas e zelotes, mas a melhor técnica de SEO que conheço é produzir conteúdo de qualidade. O resto é firula." (Carlos Cardoso) #

    segunda-feira, 11 de setembro de 2006

    [ 19:43 ]

    De Balneário Camboriú para o Rio de Janeiro, o filme de bordo foi Paradise, Hawaiian Style (EUA, 1966), do Michael D. Moore, estrelado pelo Elvis Presley. O rei do rock'n'roll pilota helicópteros, flerta com moças de biquini, canta e toca aquela guitarra mágica (cada vez que ele estica o braço alguém fora do enquadramento lhe atira o instrumento sempre disponível). Quase todos os passageiros que tentaram acompanhar a história acabaram caindo no sono. Curiosidade: o par romântico do Elvis é a inglesa Suzanna Leigh, estrela de filmes de horror como The Deadly Bees, Lust for a Vampire e Son of Dracula (este último com outro ícone roqueiro, Ringo Starr). Do Rio de Janeiro para Curitiba, não teve filme. #

    [ 10:39 ]

    Depois de perambular por dez exposições de arte na tarde de sexta-feira, parei para descansar no restaurante do Centro Cultural Banco do Brasil, e me presenteei com um chá Earl Grey acompanhado de pão de Petrópolis ao forno com queijo parmesão e uma generosa fatia de torta de nozes com baba de moça, tudo ao som de agradável pianinho. Uma longa viagem para Curitiba ainda me aguardava, mas os passeios paranaenses eu conto amanhã. #

    [ 10:34 ]

    Para fechar o passeio artístico, fui ao Centro Cultural Banco do Brasil ver a exposição do Anish Kapoor, com o já conhecido jogo de côncavos e convexos, de reflexos e sombras, de ilusões de óptica e questionamentos espaciais. A peça forte, claro, é a instalação que dá nome à mostra, Ascension, uma coluna de fumaça branca subindo em espiral pelos mais de trinta metros de altura do saguão do edifício e escapando pelo topo da cúpula. Ao redor, um monte visitantes boquiabertos olhando para aquilo. Palmas para o Kapoor. #

    [ 10:17 ]

    Minha parada seguinte foi no Centro Cultural Correios, prédio antigo (inaugurado em 1922) com um elevadorzinho muito simpático (parece saído de um filme da nouvelle vague). A exposição do térreo não me agradou muito, pinturas da Nina Rosa num estilo abstrato que pouco me diz (além de "alguém jogou um balde de tinta nessa tela"), mas no terceiro andar tinha a mostra comemorativa dos quarenta anos de carreira do cenógrafo Helio Eichbauer, muito interessante, com maquetes (adoro maquetes), desenhos, fotos e até algumas telas de fundo dos espetáculos. Vale a visita. #

    [ 09:51 ]

    Na Caixa Cultural, vi a exposição Fotografia Brasileira Contemporânea, coletânea interessante mas desigual que junta umas cinqüenta fotos de autores e temas variados, mas o grande destaque estava no andar de cima, a excelente retrospectiva Di Cavalcanti - Um Perfeito Carioca. Muita coisa boa, 51 óleos e 59 desenhos e aquarelas, das décadas de 1920 a 1970. O destaque da mostra, para mim, é a parede com vários retratos femininos enfileirados, uma das especialidades do Di Cavalcanti. Quem gosta do trabalho dele vai se encantar, e é possível que quem não gosta passe a gostar. Imperdível. #

    [ 09:43 ]

    A segunda parada da tarde de sexta-feira foi o Museu Nacional de Belas Artes. Vi um pouco de pintura (Brueghel, Tiepolo, Boudin, e vários nomes que eu não conhecia) e um pouco de escultura (incluindo uma cópia da Vitória de Samotrácia), mas o grande destaque foi a exposição Quadrinhos da Espanha Democrática 1975-2005/6, com quase cem pranchas originais de artistas como Luis Bermejo, Esteban Maroto, Miguelanxo Prado, e tantos outros. Muito bacana. #

    [ 09:22 ]

    Comecei com o Museu de Arte Moderna. A exposição principal era Um século de arte brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand, basicamente a mesma que vi em Porto Alegre em março deste ano mas com algumas peças a mais (e talvez algumas a menos). Destaque para os dois quadros da Tarsila do Amaral, O Vendedor de Frutas e Urutu. Gostei também de uma escultura de parede do Abraham Palatnik, Objeto Cinético, que parece um quadro do Miró em três dimensões. No mesmo MAM, vi a exposição O Desenho Moderno Brasileiro 1917-1950, com Oscar Niemeyer, Flávio de Carvalho, Lasar Segall e vários outros, incluindo mesmo a Maria Helena Vieira da Silva, que era portuguesa e depois se naturalizou francesa mas viveu alguns anos no Brasil. A última exposição que vi no MAM foi Impermanências: Imagens do Tibet, com ótimas fotos da Silvia Grossmann. Belas paisagens com azulíssimos céus polarizados e rostos nativos muito expressivos. Gostei. #

    [ 09:12 ]

    Depois de sair do consulado dos EUA no Rio de Janeiro, vi-me com seis horas livres até a partida do meu ônibus de volta. Resolvi aproveitá-las para rondar exposições de arte no centro da cidade. Nos próximos posts vou contar o que vi. #

    [ 08:45 ]

    Minha longa jornada em busca de um green card parece ter feito uma curva auspiciosa e entrado por caminhos mais promissores. No primeiro dia de setembro recebi um telefonema do consulado dos EUA comunicando que meu visto havia sido aprovado e pedindo que eu fosse ao Rio de Janeiro levar o meu passaporte para eles na sexta-feira seguinte. Com um feriado na véspera, não foi fácil conseguir passagens baratas. De avião, com sorte, gastaria por volta de mil reais. Acabei optando por uma viagem mais cansativa, mas muito mais barata, e fui de ônibus, gastando somente trezentos reais. Saí daqui na quinta-feira à tarde, viajei dezesseis horas de Balneário Camboriú até o Rio de Janeiro, passei a sexta-feira por lá, e retornei na mesma noite, viajando doze horas do Rio de Janeiro até Curitiba (não consegui um horário direto para Balneário Camboriú que se encaixasse no meu cronograma). Foi cansativo mas ao menos saí da capital carioca com a promessa de receber nas próximas semanas uma encomenda do consulado contendo meu passaporte com o tão esperado visto de imigração. Eu só acredito quando ele estiver nas minhas mãos. #

    sexta-feira, 08 de setembro de 2006

    [ 18:44 ]

    Ontem eu estava em Balneário Camboriú. No meio da tarde, entrei num ônibus e hoje amanheci no Rio de Janeiro. Esta noite entro noutro ônibus e quando acordar amanhã devo estar em Curitiba. Três dias, três cidades, três estados. E muuuitas horas de estrada. Quando voltar para Camba Beach conto como foi o passeio. (Agora estou digitando num computador mambembe numa cabine minúscula na estação rodoviária do Rio de Janeiro.) #

    quinta-feira, 07 de setembro de 2006

    [ 12:07 ]

    Assisti em dvd Tudo Por Dinheiro (Two for the Money, EUA, 2005), do D.J. Caruso (de The Salton Sea e Taking Lives). Al Pacino em ótima interpretação (lembrando um pouco The Devil's Advocate) acompanhado de Matthew McConaughey (de Failure to Launch e dúzias de outros títulos, ele anda fazendo filmes e mais filmes) e Rene Russo (que andava sumida desde Big Trouble). História interessante e cheia de subtemas (diferentes tipos de vícios, relacionamento entre patrão e empregados, pressão por desempenho profissional, círculos familiares disfuncionais, entre outros). "There's no such thing as too far. You understand? You push everything as far as you can. You push and you push and you push until it starts pushing back. And then you push some goddamn more." #

    quarta-feira, 06 de setembro de 2006

    [ 15:47 ]

    Depois de muito tempo sem mudar o layout do Por um Punhado de Pixels, inauguramos hoje uma nova versão. Eu queria fazer alguma coisa extremamente simples, quase minimalista, e acabei trabalhando somente com uma ilustração (a foto do novo mascote na coluna lateral) e duas cores (verde e azul, para combinar com a roupa do mascote). O layout é tableless e foi testado em Firefox, Opera, MSIE e Safari. Se alguém encontrar problemas, por favor me avise. #

    [ 12:52 ]

    Eu não poderia esperar muito de uma comédia romântica com criancinhas órfãs e um pastor luterano como galã, mas Um Presente para Helen (Raising Helen, EUA, 2004), do Garry Marshall, ultrapassa qualquer previsão: é aborrecido, retrógrado e sem graça. O John Corbett parece ter um dom especial para aparecer em filmes estúpidos, acumulando em seu currículo coisas como Raising Helen, My Big Fat Greek Wedding e Serendipity. E ainda tem frases como "I'm a sexy man of God and I know it." Bleargh! #

    [ 12:30 ]

    Artigo interessante sobre os roteiristas de Lost: All Who Wander Are Not Lost. "It was very challenging at first because there was no defined force of antagonism, which is where stories start in drama television (...) And every week we were searching for, Well, what's the force of antagonism? And sometimes that can be a natural phenomenon, like a landslide or a rainstorm. Other times it's a character conflict between members of the survivors. And at times it's them versus other people on the island. But the search for the force of antagonism has always been at the core of how we construct our episodes." #

    terça-feira, 05 de setembro de 2006

    [ 11:54 ]

    Assisti em dvd Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, França-GB, 2005), do Joe Wright, e continuei sem entender a razão de tanto encanto com a obra da Jane Austen, cujos livros parecem ser todos sobre mocinhas procurando maridos na Inglaterra do século XIX. Sim, eu sei que ela conseguiu aplicar um olhar irônico sobre as convenções da época e que suas tramas continham uma boa dose de crítica social, mas história atrás de história e principalmente filme atrás de filme (eu já vi pelo menos três versões recentes de cada um dos livros mais conhecidos, Sense and Sensibility, Pride and Prejudice e Emma), acabam cansando. O destaque para mim neste mais novo Pride and Prejudice foi o Donald Sutherland, que brilhantemente consegue dizer muito fazendo tão pouco. #

    [ 11:01 ]

    Esperar em fila de banco para ser atendido já era suficientemente ruim. Aí inventaram uma perversão no processo, que é pegar uma senha para entrar na fila. E hoje fiquei conhecendo uma nova variante diabólica criada por algum burocrata desocupado. Na Caixa Econômica Federal, para fazer um simples depósito, você precisa entrar numa fila para ser atendido por uma funcionária que agenda o seu atendimento por outra funcionária e então, munido de uma senha e de um horário marcado, você fica esperando ser chamado. Claro que ninguém percebeu que o processo de agendamento demora mais que o próprio depósito e que eliminando esse passo intermediário a espera diminuiria. Em algum lugar do país, os deuses da burocracia dançam em júbilo ao redor da fogueira do tempo perdido. #

    segunda-feira, 04 de setembro de 2006

    [ 13:29 ]

    Assisti em dvd Terapia do Amor (título bobo para Prime, EUA, 2005), do Ben Younger. Para quem, como eu, não gosta muito de comédias românticas (por habitualmente pegarem premissas falsas sobre relacionamentos, jogarem num ambiente fictício de cinema hollywoodiano e tentarem oferecer como conclusão lições para aplicação prática na vida real), é até bem razoável, descontados um ou outro exagero no roteiro. Meryl Streep (Oscars por Kramer vs. Kramer e Sophie's Choice), Uma Thurman (de Pulp Fiction) e Bryan Greenberg (de The Perfect Score) formam o trio central. Bonzinho, mas não no mesmo nível do filme de estréia do Ben Younger, Boiler Room. #

    [ 09:59 ]

    Texto muito interessante sobre conceitos básicos de física e biologia aplicados aos filmes de monstros: The Biology of B-Movie Monsters. (dica do Cris Dias) #

    [ 09:57 ]

    O fabuloso mundo do merchandising: Lost: The Board Game. #

    domingo, 03 de setembro de 2006

    [ 14:37 ]

    Como eu já tinha visto Jumanji e Zathura, resolvi assistir o único filme restante inspirado em livros do Chris Van Allsburg, e aluguei em dvd The Polar Express (EUA, 2004), do Robert Zemeckis. Que coisa horrível! A animação em 3d mapeada em cima de atores reais é interessante, mas a fábula moral é intragável. O filme conta a história de um menino que começa a duvidar de certas coisas mas no decorrer da aventura aprende a "importância" de acreditar sem questionar. Todas as crianças que assistem The Polar Express deveriam ter direito a longas conversas sobre as virtudes da curiosidade, do ceticismo e do pensamento crítico. #

    [ 14:02 ]

    Weekend de comilança em Camba Beach: filé ao molho de mostarda, arroz com amêndoas e batatas roesti, no Pasta & Grill; poke maguro (prato típico da gastronomia havaiana, cubos de atum na conserva de molho shoyu, limão, molho inglês, óleo de gergelim torrado, cebola ralada e cebolinha) seguido de um barco com cem peças de sushi, no Edomae; café colonial com ovos mexidos, esfihas, embutidos, queijos, tortas salgadas e doces, strudel de maçã e banana, cheese cake de limão, no Café Colonial do Tirolez. Yummy! #

    sábado, 02 de setembro de 2006

    [ 15:55 ]

    Assisti em dvd Zathura: A Space Adventure (EUA, 2005), do Jon Favreau. Baseado num livro do Chris Van Allsburg, é basicamente uma segunda parte de Jumanji, com o jogo passando dos perigos da selva para os perigos do espaço sideral. Bons atores mirins (Jonah Bobo e Josh Hutcherson) e muita ação (com mais efeitos visuais mecânicos que computadorizados), uma aventura bacaninha e talvez até melhor que Jumanji (mas sem o encanto de ter no elenco o Robin Williams e a Kirsten Dunst bem novinha). Agora fiquei curioso para ver os próximos filmes que o Jon Favreau planeja dirigir, John Carter of Mars (baseado nos livros do Edgar Rice Burroughs) e Iron Man (baseado nos quadrinhos da Marvel). #

    sexta-feira, 01 de setembro de 2006

    [ 14:56 ]

    Sexta-feira de frio, chuva, raios e trovões. Mas nem tudo é sombrio e algumas boas notícias vieram alegrar este primeiro dia de setembro. #

    [ 14:48 ]

    Som do dia: Silversun Pickups. Banda nova de Los Angeles, eles já lançaram o segundo álbum, Carnavas, mas ainda estou ouvindo o primeiro, Pikul, de 2005. #

    [ 12:14 ]

    Ótimo artigo, cheio de exemplos, sobre fotos retocadas que mudam a notícia: Pictures That Lie. #

    [ 11:16 ]

    Assisti em dvd Doom (GB, 2005), do Andrzej Bartkowiak (o mesmo de Romeo Must Die). Eu não esperava muito, por ser a adaptação de um jogo de computador, gênero que já gerou muitos filmes fracos (como Wing Commander ou Tomb Raider) e muitos filmes horríveis (como Mortal Kombat ou Super Mario Bros.). Surpreendi-me com uma trama razoavelmente interessante, produção boa com efeitos visuais competentes, e até fidelidade ao espírito e ao visual do jogo, incluindo aí uma seqüência de uns cinco minutos que simula a experiência na frente do computador jogando um FPS (first person shooter). No elenco, Karl Urban (o Eomer de The Lord of the Rings), The Rock (de The Scorpion King) e Rosamund Pike (de Die Another Day). Divertido, especialmente para quem já passou horas e horas jogando Doom. Atenção também ao mini-documentário sobre o jogo que vem no dvd. Curiosidade: o título brasileiro é Doom - A Porta do Inferno mas no filme, ao contrário do jogo, os monstros não saíram do inferno. #

    [ 11:01 ]

    Paira uma nuvem negra sobre os weblogs brasileiros. O Imprensa Marrom foi atacado judicialmente pela empresa HCO International (o link vai para o próprio Imprensa Marrom, esperamos que continue online). A Alcilene Cavalcante foi atacado judicialmente pelo ex-presidente José Sarney (o link vai para o weblog da irmã dela, porque o da Alcilene foi censurado pelo provedor). Liberdade de expressão? Só para quem tem dinheiro para advogados e outros custos judiciais. #