Quarta-feira, Abril 06, 2005

Primo Levi

No oitavo capítulo, Vila-Matas procura mais razões para escrever. Encontra uma em Primo Levi (1919-1987), que passou um ano no campo de concentração de Auschwitz. Segundo o escritor italiano, muitos dos prisioneiros "queriam sobreviver não só por instinto de conservação, mas porque desejavam contar o que haviam visto". Ou seja, a literatura serviria aqui como ferramenta para dar forma perene à memória, como registro e como alerta. O que combina com a clássica caracterização da comunicação como instrumento de modificação da realidade.